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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Não à ozonioterapia - Receita de Médico

Ludhmila Hajjar


A Covid-19 deixou marcas indeléveis no nosso país. Perdemos mais de 700 mil vidas, sofremos as complicações da Covid longa, temos os desafios de lidar com o extenso número de pessoas nas filas para procedimentos cirúrgicos e exames diagnósticos, vivemos o aumento significante das doenças cardiovasculares e do câncer, e ainda temos que lutar diariamente contra a desinformação e contra a disseminação de tratamentos ilusionistas.

A sanção da Lei 14.648, de 04/08/2023, que autoriza a ozonioterapia no território nacional como tratamento complementar para uma série de doenças, remonta ao período do negacionismo que tanto combatemos. Trata-se de uma prática não baseada em evidências científicas, não regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e que pode trazer lesões e efeitos adversos aos pacientes. Durante a pandemia, ganhou destaque por ser defendida como uma terapia eficaz contra o coronavírus por leigos e grupos anti-ciência que tanto fizeram para destruir as recomendações corretas e respaldadas para o controle da doença.

A Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa), desde 2022, declara que a ozonioterapia só pode ser utilizada na dentística, na periodontia, na endodontia e para auxílio à limpeza e assepsia de pele, uma vez que para outras finalidades não há comprovação de eficácia e de segurança. Entidades como a Academia Nacional de Medicina (ANM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) se posicionaram publicamente pelo veto diante da falta de evidências científicas que sustentem a indicação da prática.

Infelizmente, nos últimos anos, disseminam-se clínicas e consultórios oferecendo aplicações do gás ozônio através do ânus, da vagina e por via intravenosa como promessa de cura do câncer, de infecções virais, endometriose, doenças cardiovasculares e depressão, e inúmeros pacientes se veem explorados pagando altos preços por uma terapia inerte.

Em 2018, o Ministério da Saúde divulgou uma portaria que incluía a ozonioterapia à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento autorizava sem bases fundamentadas que a técnica fosse praticada por diferentes profissionais de saúde como terapia integrativa (e complementar) em doenças cardiovasculares, para alívio da dor, cicatrização de feridas, doenças inflamatórias crônicas, entre outras situações. No entanto, ainda em 2018, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução classificando a ozonioterapia como um procedimento de caráter experimental, cujo uso deveria ser limitado apenas para estudos e ao ambiente acadêmico.

O uso da ozonioterapia é bastante antigo: há relatos de que o gás ozônio, descoberto em 1840, tenha sido usado por soldados alemães para tratar feridas durante a Primeira Guerra Mundial.
Acredita-se que o ozônio atue para melhorar a oxigenação dos tecidos e para fortalecer o sistema imunológico por meio de mecanismos celulares em resposta a um estresse oxidativo. 
Porém, até o momento, a ozonioterapia para tratamento de doenças crônicas não significa nada além de crença, de misticismo, de ilusão. 
 
A ciência no Brasil sofreu uma redução de 7,4% em 2022 em comparação a 2021, registrando o pior índice entre 51 países analisados, comparável ao desempenho da Ucrânia, um país em guerra. 
Com 10 milhões de analfabetos e milhares de pessoas sem educação de qualidade, temos uma população vulnerável, que precisa ser protegida por políticas públicas sedimentadas e pela informação adequada. 
Não à ozonioterapia, não ao charlatanismo e sim à ciência.

Ludhmila Hajjar - Receita de Médico - Blog em O Globo


terça-feira, 8 de agosto de 2023

Ozonioterapia - Cada vez mais fica claro quem são os verdadeiros negacionistas - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia - VOZES

 


Ozonioterapia
Uso polêmico e questionado durante a pandemia da Covid-19, ozonioterapia vira lei sancionada por Lula.| Foto: Agência Senado/arquivo

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, deve estar chocada com a decisão de Lula, ao passar por cima dela e sancionar uma lei que ela queria ver vetada. 
Uma lei que muita gente da comunidade científica está achando absurda: a liberação da ozonioterapia, que tinha sido objeto de piadas da esquerda, inclusive envolvendo Bolsonaro, durante a pandemia. 
Havia charges com muito desrespeito, mas que não foram convertidas em processos por abuso da liberdade de expressão.[aliás, as ilustres senhoras que pensam fazer parte do governo do atual presidente, deveriam desconfiar que para o petista mulher 'ministro' não merece  nenhuma consideração. A 'estepe', Simone Tebet que está ministra do Planejamento, não foi atropela e sim tratorada pelo demiurgo - foi a última a saber que um órgão do seu importante ministério tinha um novo dono; a Trindade, também foi tratorada; a ministra irmã da vereadora assassinada ainda não foi recebida em audiência pelo presidente petista - desconsideração que se estende a duas outras que reclamaram e a outras.]
 
E a sanção presidencial sai no mesmo dia em que tomamos conhecimento de uma divulgação na Nature, num scientific report, mostrando o impacto da hidroxicloroquina nas infecções causadas pelo vírus da Covid-19 nos alvéolos pulmonares
Diz o texto que, nas células epiteliais ciliadas, o tratamento foi efetivo contra danos e infecções. 
Mais uma vez fico pensando na responsabilidade dos negacionistas do tratamento, os que diziam que não havia tratamento, que não podiam tratar. Quantos morreram por causa disso! Temos de continuar lembrando.
 
Ditador venezuelano está de volta ao Brasil
Esta terça é dia de reunião dos presidentes dos países da Amazônia e chega aqui, entre os presidentes, um ditador, Nicolás Maduro. 
É assim, como ditador, que ele é tratado nos países europeus
O fato de Lula defendê-lo e dizer que ele está sendo vítima de “injustiça” causou escândalo até no presidente esquerdista do Chile, Gabriel Boric, e muito mais no presidente do Uruguai, Luís Lacalle Pou. [temos notícias, ainda não confirmadas, que o tirano venezuelano desistiu = mandou um representante; a alegada desistência parece ser por medo do ditador de ser preso e entregue aos USA, que oferecem uma boa recompensa pela cabeça daquele ditador.] 
 
Agora vamos saber o que Flávio Dino queria tanto esconder
A CPMI do 8 de Janeiro agora pode ter as imagens que o ministro Flávio Dino não queria fornecer. 
Ele bateu o pé, primeiro disse que a Polícia Federal não permitia, aí fizeram-no lembrar de que ele é o chefe da PF. 
Depois Dino disse que era o Supremo, mas agora Alexandre de Moraes disse que ele pode, sim, entregar as imagens.  
Estão todos curiosos para saber que imagens são essas que o ministro não queria revelar. 
Tomara que não tenham sido editadas, canceladas ou apagadas.
 
Justiça no atacado continua desrespeitando o direito dos brasileiros
A Procuradoria-Geral da República denunciou mais 40 dos manifestantes que foram presos e postos em ônibus, como era na Alemanha de Hitler. Agora já foram convertidas em processo criminal 1.290 denúncias. 
Os brasileiros estão virando réus em julgamentos por bloco, é a Justiça atacadista, que julga no atacado. 
É algo nunca visto, porque, pelo devido processo legal, o processo, as acusações, as provas, tudo tem de ser individualizado
Isso é o devido processo legal em uma democracia. Agora, com mais 40 que certamente serão também incluídos, serão 1.330 réus.
 
Tem réu até por ameaça ao ministro Luís Roberto Barroso: Allan dos Santos.  
O processo tinha sido arquivado, mas o Ministério Público recorreu e a 10.ª Turma da Justiça Federal de Brasília decidiu que ele vira réu. 
Esse crime de ameaça dá de um a seis meses de prisão, mas é difícil de comprovar, porque às vezes se confunde injúria com ameaça. 
É preciso haver materialidade, ou seja, a pessoa precisa demonstrar que tem condições, potencial de realizar a ameaça. 
E a suposta ameaça consistiu no seguinte: Barroso teria dito que Allan dos Santos é “terrorista digital”, e ele respondeu “tire o digital e verá o que será feito dele”.  
O relator disse que isso contém um tom de ameaça. 
Agora já temos até o tom. Mas não se trata de música, e sim de justiça.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES