O Tempo
Foro de São Paulo dita políticas contra a soberania nacional
Paulatinamente, na medida em que o atual governo tenta reverter o caos que inunda todo o País, em todos os campos do Poder, com raras exceções, enfrenta tenaz resistência de quem contribuiu definitivamente para tal caos. É de revoltar o comportamento sujo, imoral e criminoso do PT e de seus representantes no Congresso, bem como nos meios de comunicação e nas universidades. A quadrilha se apossou do governo, chefiada por Lula e cometendo toda sorte de crimes, incluso o desvio bilionário de recursos do Tesouro Nacional. As políticas populistas e assistencialistas, colocadas em prática, criaram vasto curral eleitoral e uma massa carente fiel.
Após as
últimas eleições, parte importante da herança material dessa quadrilha petista
e aliados, apesar da prisão de Lula, está viva e resistente. É
integrada, fundamente, pelo Foro de São Paulo (FSP), pelo Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), pela Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e pelo pouco conhecido e falado Foro Mundial Social. Este último, também,
criado e dirigido, internacionalmente, pelo PT. Assim, a
quadrilha, devidamente coordenada pelo partido, tem a capacidade de organizar,
enquadrar, conscientizar e impregnar, psicologicamente, uma grande massa, que
abarca todas as idades, base de sua resistência
Ao final da
década de 90, após a ruína do comunismo, influenciado por Fidel Castro, Lula e
outros aliados fizeram ressurgir, na América Latina, por meio do FSP, o que
chamam de uma alternativa ao neoliberalismo: o “socialismo radical”, agora
acoplado ao populismo e ao bolivarianismo. O FSP
apresentou resultados surpreendentes. Ascenderam ao poder, em diferentes
países, vários candidatos bolivarianos e marxistas, integrantes e seguidores do
FSP. A partir do
segundo encontro DO FSP, no México, em 1991, este passou a ter caráter
consultivo e deliberativo, subordinando seus integrantes às decisões acordadas
nos encontros do FSP e, consequentemente, às ações a serem desenvolvidas internacionalmente
e, internamente, nos respectivos países partícipes.
Tais
deliberações têm como objetivo a implantação do comunismo no continente, fato
que transfere para um segundo plano os interesses nacionais e fere os
princípios da soberania e autodeterminação dos países-membros. No Brasil,
também, contraria a Lei Orgânica dos Partidos Políticos (LOPP), que define: “a
ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com o seu estatuto
e programa, sem subordinação a entidade ou governo estrangeiros” (art. 5). Essa lei,
no conceito do FSP, se torna letra morta.
O FSP foi
presidido por Lula até sua eleição, em 2002, adotando política de favorecimento
aos países partícipes. Eleito
Presidente do Brasil, no exercício do governo, desenvolveu diplomacia
presidencial “ditada” pelo foro, traduzindo política externa de cunho
ideológico, intensamente prejudicial aos interesses brasileiros e, por diversas
vezes, ferindo a Soberania Nacional. Como
exemplos, sem consulta ao Congresso, concedeu o perdão para dívidas
externas de vários países e deu solução a conflitos de interesse com o
Paraguai, o Equador, a Bolívia e a Argentina com prejuízos de monta para o
Brasil.
Também, é
exemplo a defesa da ditadura bolivariana de Hugo Chávez e o apoio a Evo
Morales, da Bolívia, mesmo quando este contrariou interesses brasileiros e
agrediu a soberania nacional. O
estabelecimento de relações especiais com Cuba, por meio de milionários
investimentos e a vinda de 12 mil médicos, a peso de ouro, para o Brasil, faz
parte do alinhamento e de ilegais acordos secretos de Lula e do PT
concretizados dentro do FSP. A recusa de
Lula em taxar as Farc como narcotraficante e terrorista foi outra imposição do
FSP. O Itamaraty as tratou como forças beligerantes, mesmo após a prisão do
traficante Fernandinho Beira-Mar pelo Exército colombiano.
(...)
O Tempo - Marco Antônio Felício é General do Exército e PhD em ciência política e estratégia