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domingo, 5 de novembro de 2023

Por que Lula sabota a economia brasileira - Leandro Ruschel

         A Folha afirma em editorial que Lula sabota o país, ao anunciar que o governo deixará de cumprir a meta fiscal, uma postura "incompreensível", segundo o jornal.

Em primeiro lugar, é preciso lembrar do papel da Folha, e de praticamente toda a "imprensa", que se transformou em mero aparelho de esquerda, cujo único propósito é militar pela agenda socialista, ao mesmo tempo que promove a censura e a perseguição aos não alinhados.

Fazem isso por ideologia, já que os jornalistas são formados em universidades dominadas pela esquerda há décadas, e por incentivos econômicos, pois recebem gordas verbas publicitárias dos governos esquerdistas, enquanto passaram fome durante o governo Bolsonaro.

Por conta disso, a militância de redação de Globo, Folha, Estadão e afins atacaram sistematicamente o governo anterior, e chancelaram a operação de retirada de Lula da cadeia, alçando o descondenado pelo maior escândalo de corrupção da história à presidência, sob o absurdo argumento de "defesa da democracia".

Ora, o grande promotor de ditaduras pela América Latina é o próprio Lula. Em parceria com o carniceiro Fidel Castro, ele fundou o Foro de São Paulo, cujo objetivo manifesto é recriar no continente "o que foi perdido no Leste Europeu", ou seja, ditaduras socialistas.

Cuba é o modelo, exportado com sucesso para países como Venezuela e Nicarágua, e parcialmente implementado em outros países, como Bolívia e Argentina.

Não fosse o suporte diplomático, político e econômico do Brasil, durante os governos petistas, não haveria o desastre venezuelano, que produziu a maior crise imigratória da história da América Latina, com 7 milhões de pessoas deixando o país (de uma população total de 30 milhões). Já os que ficaram, enfrentam o inferno, menos os integrantes do partido e seus parceiros, enriquecidos além da imaginação.

Essa é a deixa para ajudar a Folha a entender a postura do descondenado Lula. 
O objetivo de qualquer socialista não é promover o bem do povo, ou mesmo de redistribuir a riqueza entre os pobres. 
Infelizmente, muitos militantes de redação acreditam nessa falácia, além de outros idiotas úteis na esquerda.
 
O objetivo do movimento socialista é EMPOBRECER a população, para facilitar o controle político absoluto. 
É muito mais fácil se eternizar no poder quando a população é dependente do estado. 
É exatamente por isso que a esquerda domina o Nordeste, por exemplo.
Só que esse movimento de empobrecer completamente a população não é fácil de ser promovido, especialmente num país de dimensões continentais, como o Brasil. 
Na Argentina, em que o processo está bem avançado, surgiu Javier Milei como resposta, arriscando colocar água no chopp peronista.
 
A última tentativa do PT nesse sentido foi rechaçada pelo povo, resultando na queda da Dilma, e na prisão "do chefe do esquema", segundo o Ministério Público.  
Com ajuda determinante da militância de redação, a operação Lava-Jato foi desfeita, e o descondenado está "de volta à cena do crime", junto com Alckmin, que cunhou a frase durante a campanha em que fazia de conta que era oposição, no famigerado Teatro das Tesouras que envolveu a cena política brasileira desde a redemocratização.
 
Seguro de que NUNCA mais acontecerá nada parecido com a Lava-Jato, Lula acredita que o país está pronto para que o projeto socialista avance. Logo, ele acha que conseguirá destruir parcialmente a economia brasileira para eternizar seu grupo no poder. 
Esse sempre foi o projeto de longo prazo, apesar de eventual aceitação estratégica das regras de mercado, pelas circunstâncias favoráveis.

Para fazer avançar o processo, o PT apresenta o jogo dialético, a especialidade da esquerda. Enquanto o companheiro Haddad faz o jogo de "amigo do mercado", fazendo de conta que busca a responsabilidade fiscal, Lula joga para a galera, dinamitando as contas do governo, sob a desculpa de "ajudar os pobres", contra "a ganância do mercado".

Assim, vai se criando uma dinâmica em que Lula empurra o país para o desastre planejado, enquanto o companheiro Haddad promove os dois passos para trás, quando há exageros, evitando que a corda arrebente e seja produzido um novo desfecho Dilma.

A coisa só não avança tão rápido porque o Centrão, que faz o contra-peso à busca da hegemonia política petista, não embarcou no projeto.  
Não por falta de interesse numa ditadura chavista à la brasileira, mas porque não confia que o PT iria de fato dividir o poder num arranjo desses.

O Centrão, diferentemente do PT, enxerga um certo nível de liberdade econômica como a galinha dos ovos de ouro para alimentar os cofres públicos, mantendo de pé os milhares esquemas de corrupção que opera, evitando assim uma revolta das massas, como ocorreu durante o desastre econômico de Dilma, que colocou todo o sistema corrompido sob risco de morte.

Por sua vez, o grande empresariado faz um jogo duplo, em que mantém certo apoio ao governo petista, enquanto pressiona pela manutenção dos pilares da economia, entre eles, a responsabilidade fiscal. Esse grande empresariado depende, direta ou indiretamente, do governo, seja por receita direta, seja por regulações que podem fazer seus negócios prosperarem, ou serem destruídos.

Todos os agentes citados concordam em apenas um aspecto da agenda totalitária em curso no Brasil: a necessidade de criminalizar a direita, cuja agenda moralizante, e de diminuição do estado obeso, representa a grande ameaça ao establishment corrupto.  
Já em relação à economia, há profunda discordância e oposição à agenda petista de destruir para conquistar.

Logo, o cenário mais provável é a manutenção de um processo de diminuição das liberdades políticas, e de perseguição aos não alinhados, enquanto a economia ficará em banho-maria, pois, ao mesmo tempo que os petistas não tem força para promover a terra arrasada, proponentes do liberalismo econômico (meia bomba) tampouco tem meios de impor essa agenda.

Resumindo, o Brasil está entre o chavismo sonhado pelos petistas, e o capitalismo de estado chinês, em que o traço em comum é o fim das liberdades individuais, com o segundo oferecendo algum nível de prosperidade financeira. A esperança é que os agentes de poder sigam discordando.

Não é nada animador, mas é o que temos para o momento.

*         Enviado pelo autor. Original em https://leandroruschel.substack.com/p/por-que-lula-sabota-a-economia-brasileira

Transcrito do site Percival Puggina


domingo, 29 de outubro de 2023

Golpe desvia pagamentos via Pix em compras online feitas por computadores; veja dicas se proteger - O Estado de S. Paulo

Nomeado de GoPix, novo malware é instalado em desktops e notebooks quando o usuário acessa sites falsos, que normalmente contêm erros de digitação no nome

Mais um golpe que desvia pagamentos feitos pelos Pix, agora em pagamentos feitos por computadores, foi identificado pela Equipe de Investigação e Análise da Kaspersky, empresa de segurança digital. A fraude, com versão similar em celulares, redireciona os valores para criminosos e o vírus infecta equipamentos de consumidores e empresas.

Segundo a Kaspersky, a técnica não é nova, mas é a primeira vez que é usada para esquemas fraudulentos de pagamentos envolvendo o Pix. Identificada em dezembro de 2022, a fraude já foi bloqueada mais de 10 mil vezes.

O esquema anterior, também denunciado pela empresa de segurança, visava transações instantâneas realizadas pelo celular. Já o novo malware, nomeado de GoPix, infecta desktops e notebooks e usa uma técnica diferente para redirecionar pagamentos online.

Compras online

Segundo Fabio Assolini, diretor da Kaspersky para a América Latina, o novo golpe afeta também empresas públicas e privadas. “Verificamos que ele não atua em transferência entre indivíduos, mas apenas em pagamentos de compras online”. diz.

Nessa modalidade, o lojista gera uma cobrança via Pix para o pagamento. O mais comum é o cliente copiar e colar o código e é nesse momento que é feita a troca da chave para redirecionar o dinheiro para os golpistas.

A disseminação do GoPix ocorre por meio de anúncios maliciosos na internet, usando links patrocinados em buscas no Google feitas com erro de ortografia para WhatsApp Web. Por exemplo, se o usuário escreve WatsApp. Também houve fraudes usando o dos Correios, no mesmo esquema de links patrocinados.

“A infecção ocorre em etapas”, afirma Assolini. Após a instalação do GoPix, o malware entra em um estágio de espera aguardando que a vítima realize um pagamento digital via Pix. Segundo ele, desde janeiro, a ameaça já foi bloqueada 10.443 vezes nos produtos da Kaspersky, somente em clientes brasileiros.

Como evitar o golpe

  • Anúncios falsos: priorize resultados de buscas orgânicos e baixe apenas sites oficiais. A infecção ocorre quando o usuário acessa sites falsos
  • Pagamento digital: revise o nome do destinatário do Pix para verificar se é o do vendedor. Muitas vezes são usados nomes de ‘laranja’ para receber o pagamento
  • Segurança: Tenha um bom antivírus instalado, pois o GoPix consegue identificar alguns dos dispositivos e desviar o vírus para uma pasta compactada, por exemplo em formato zip

Economia - O Estado de S. Paulo


segunda-feira, 4 de setembro de 2023

A Argentina vem aí… - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

"Cadê aquela turma que dizia que em seis meses viraríamos Argentina e em um ano a Venezuela?", questionou o senador Randolfe Rodrigues [o estridente.] ao divulgar a notícia do Estadão de que o PIB do Brasil é o 7º em ranking de crescimento e pode voltar ao top 10 das maiores economias em 2023.

A economia não vai tão bem assim como o senador petista quer acreditar - ou fazer outros acreditarem
Tivemos um crescimento de menos de 1% no trimestre, com uma arrecadação fiscal despencando.  
A esquerda celebra a mediocridade.
 
O pouco da economia que se mostra resiliente se deve às reformas do governo anterior. É o legado Guedes, a herança positiva de Bolsonaro, a inércia de medidas importantes
Tudo no atual governo aponta na direção contrária: mais gastos, mais ministérios, mais ingerência estatal na economia e, apesar de mais impostos, menos arrecadação tributária.
 
Mas o ponto central nem é rebater a euforia artificial do senador petista, e sim perguntar: virar uma Argentina seria uma tragédia, pela ótica da esquerda? 
Então por que o presidente Lula continua defendendo o atual governo argentino, responsável pela situação do país? 
Por que o próprio Lula disse que a Argentina vai bem, em que pese uma inflação acima de 100% ao ano?

A Argentina está indo na contramão dos demais países da América Latina, que dão os primeiros passos no afrouxamento da política monetária para poderem retomar a atividade econômica. 
Os primeiros a reduzir os juros foram o Chile e o Brasil. 
E na sequência devem vir Peru, México e Colômbia.

Com uma inflação prevista para atingir mais de 160%, uma das mais elevadas do mundo, e uma expectativa de ver seu PIB encolher 3% neste ano, segundo projeções do Itaú, o país teve de aumentar suas taxas básicas de juro de 97% para 118% no mês passado.

Ora bolas, não é o PT que culpa nosso Banco Central independente pela economia mais estagnada, cujo "crescimento" o partido ao mesmo tempo festeja? 
Então como explicar que o país controlado pela esquerda lulista vai ter de subir juros, enquanto nosso Banco Central, com autonomia, pode finalmente reduzi-lo?

Eis a verdade inapelável: o Brasil ainda consegue algum crescimento apesar do PT, não por causa dele
Mas tudo caminha na direção oposta do que deveria, e em breve, ao seguir nessa rota, o lulismo vai colocar o Brasil numa situação parecida àquela da Argentina. 
É o resultado inexorável do esquerdismo econômico, que mistura ignorância, populismo e inveja dos empreendedores de sucesso, que criam riqueza e empregos.

Essa notícia até poderia ser alvissareira para os brasileiros decentes. Afinal, tudo indica que o liberal Javier Milei pode ser eleito nas próximas eleições, quiçá no primeiro turno. Mas aí o patriota brasileiro lembra que a Argentina tem voto impresso, que não tem um TSE todo poderoso como o nosso, e que sua Suprema Corte não chegou ao patamar de ativismo do nosso Supremo.

Talvez nem mesmo a crise econômica contratada pelo petismo poderá ser suficiente para salvar o Brasil - uma vez mais - das garras dos comunistas. 
O povo nem tem coragem mais de sair às ruas para protestar, depois do que aconteceu no 8 de janeiro. 
Talvez o Brasil pule mesmo a etapa argentina para seguir direto rumo ao destino venezuelano, a meta do PT...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


sexta-feira, 30 de junho de 2023

Comunista com orgulho defende democracia relativa - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo   

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Lula não faz mais qualquer questão de manter aparências, de ficar dentro de um armário democrata para agradar seus companheiros tucanos que assinaram cartinha pela democracia contra Bolsonaro. O petista parece ter ligado o "dane-se" e resolveu expor o que qualquer pessoa minimamente atenta já sabe: ele, de democrata, não tem nada!

O presidente disse que os movimentos de esquerda “enfrentam” o discurso da direita de costume, família e patriotismo, ao mesmo tempo em que diz ter orgulho de ser chamado de comunista

 A declaração foi dada durante a abertura do 26º encontro do Foro de São Paulo, realizado em Brasília, com os movimentos de extrema esquerda da América Latina. “Aqui, no Brasil, enfrentamos o discurso do costume, da família e do patriotismo. Ou seja, enfrentamos o discurso que a gente aprendeu a historicamente combater”, disse durante o evento. Ainda durante o discurso, Lula elogiou o “companheiro Chávez”, em referência ao ditador venezuelano Hugo Chávez a quem diz ter uma admiração. “Fazia críticas pessoalmente e elogiava em público”, disse o presidente.

Essas falas ocorreram no dia seguinte em que Lula, numa entrevista, disse que não critica a "ditadura venezuelana" pois democracia é um conceito relativo, e a Venezuela de Maduro "faz mais eleição do que o Brasil". O editorial da Gazeta do Povo resumiu: "Esse tipo de apoio a ditaduras latino-americanas, que já seria um problema por si só, indica também que Lula as enxerga como modelo para o Brasil".

Lula nem tenta, portanto, parecer o Mandela pacifista que seus companheiros tucanos tentaram inventar. Ele rasgou a máscara bem diante de seus apoiadores envergonhados, que tentavam, no dia anterior, afirmar que o Foro de SP não é comunista.  
Lula sempre bajulou Fidel Castro, o maior tirano do continente, e foi com ele que fundou o Foro de SP para "resgatar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu", i.e., o comunismo.
 
Mas nossos militantes disfarçados de jornalistas fingem não saber de nada disso. Antes diziam que o Foro de SP sequer existia, que era paranoia de "reacionário" como Olavo de Carvalho. 
Hoje tentam mentir alegando se tratar de um espaço da esquerda para debates democratas. 
Aí vai lá o próprio Lula e esfrega a verdade em suas caras de pau!
 
Não é nada fácil a vida de militante que precisa defender um Lula democrata e pacifista
Essa patota demoniza quem fala em ameaça comunista no Brasil, mas o próprio Lula tem orgulho de ser chamado de comunista, ataca família e patriotismo, e relativiza o conceito da democracia, para defender o modelo ditatorial venezuelano, que persegue e tortura dissidentes críticos.
 
O Brasil vai de vento em popa! Parabéns aos envolvidos, aos "democratas" tucanos que assinaram aquela carta patética para ajudar na "volta do ladrão à cena do crime", como diria Alckmin. 
O modelo autoritário avança em nosso país, e todos aqueles que fizeram o L são cúmplices.
 Afinal, nada do que Lula disse essa semana é novidade, para quem não estava hibernando nas últimas décadas...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


terça-feira, 27 de junho de 2023

Por que o STF recebeu o presidente argentino? - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino - VOZES

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O presidente Lula comentou nas redes sociais: "Feliz de receber hoje o amigo Alberto Fernandez em Brasília. Completamos 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Argentina, uma parceria que só contribui para o desenvolvimento econômico, social e cultural da nossa região. Que continuemos trabalhando juntos pelo melhor dos nossos povos".

A relação entre Brasil e Argentina é longa mesmo, mas o presidente petista omite, de propósito, que essa parceria vai muito além quando se trata de ambos. Fernandez "fez o L", apoiando abertamente Lula na eleição, que por sua vez já tinha apoiado Fernandez antes.  
Ambos estão ligados por laços que nem o Foro de SP resume...

A América Latina foi tomada por uma onda vermelha, e os tentáculos comunistas do Foro de SP se alastram por vários países. Manter a Argentina é estratégico para a aliança comunista, até porque o concorrente de peso é o "Bolsonaro argentino", o libertário Javier Milei, chamado de "extrema direita" pela imprensa de extrema esquerda.

Lula não pode se dar ao luxo de ver um país vizinho abandonar o rumo socialista e prosperar bem ao lado do Brasil
Por isso já prometeu várias vezes despejar o dinheiro do trabalhador brasileiro no país dos hermanos, para ajudar Fernandez. E de ajuda ele precisa! A economia está em frangalhos, a inflação passou de 100% ao ano, e nem dá para culpar o Banco Central pelas mazelas.  
A Argentina fez o L antes e colhe os resultados sombrios disso.

É bom lembrar que os petistas, quando interessa, ligam para indicadores de mercado. Randolfe Rodrigues, o senador saltitante, comentou hoje: "Pra fechar o dia, duas notícias: o Ibovespa teve seu primeiro recorde de valorização em 7 anos, registrando 9 semanas de alta, e o dólar iniciou a semana cotado a R$ 4,767, o menor valor em mais de 1 ano. E a única sorte nessa história é a nossa de termos Lula presidente!"

O Brasil ainda surfa a maré bolsonarista, com a inércia das reformas deixadas por Paulo Guedes e sua equipe.  
Guardei o print desse comentário para lembrar ao senador [estridente] que tais indicadores importam, quando estiverem apontando o derretimento da economia brasileira após as lambanças petistas
E não se enganem: o derretimento virá, como já veio na Argentina.
 
Logo, está muito claro que o Brasil petista tenta salvar a pele do companheiro argentino, e por isso Fernandez visita tanto o Brasil - quase tanto quanto o próprio Lula, que vive rodando no estrangeiro com Janja e torrando R$ 700 mil em duas diárias em Paris
São colegas socialistas unidos pelo projeto de manter o poder do Foro de SP.
 
Tudo "certo". Mas e o STF com isso? Que diabos o presidente argentino foi fazer no Supremo Tribunal Federal?!  
É comum o STF receber chefes de estado para uma conversa? 
O que está acontecendo aqui? 
O STF virou parte desse esforço petista para ajudar seus companheiros de fronteira?
 
Lá, sabemos que o grupo de Kirchner andou tendo problemas com a Corte Suprema. 
Se ao menos fosse possível indicar advogados e amigos do presidente para ocupar a Corte Constitucional, como no Brasil...


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 2 de junho de 2023

"A realidade não está em Brasília, na boca de Lula, mas em Pacaraima" - Alexandre Garcia

"O povo venezuelano já foi feliz. Tinha a maior renda per capita da América Latina; eram os "sauditas" sul-americanos do petróleo"

Minha candidata ao Prêmio Nobel da Paz é a Operação Acolhida. Desde junho de 2018, já entraram no Brasil mais de 800 mil venezuelanos, que deixaram seu país natal por causa da fome e das perseguições políticas. Segundo o órgão de refugiados da ONU, já deixaram a Venezuela sete milhões de pessoas, a maioria indo para a Colômbia, porque é vizinha e tem a mesma língua. 
Os que vieram para o Brasil pela Operação Acolhida, em geral, chegaram famintos, subnutridos, doentes, e foram alimentados, tratados e encaminhados, do extremo norte do Brasil, para os estados brasileiros, para terem vida digna para si e família. O Exército Brasileiro cumpriu uma honrada missão humanitária nessa operação. Por isso, foi estranho ver gloriosos Dragões da Independência, do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, formados em alas, apresentando lanças para honrar o causador do êxodo de venezuelanos, Nicolás Maduro, enquanto subia a rampa do Palácio do Planalto.
 
O povo venezuelano já foi feliz. Tinha a maior renda per capita da América Latina; eram os "sauditas" sul-americanos do petróleo; o combustível, lá, era quase de graça; só dirigiam carrões americanos; abarrotados de divisas, importavam o que de melhor havia no mundo
Mas veio Hugo Chávez e seu bolivarianismo, uma versão sul-americana de marxismo. Se Marx não deu certo na União Soviética, em cerca de 70 anos de poderes divinos sobre as pessoas, por que não daria certo na América Latina, onde a memória do povo não tem Tolstói para contar a História? Quem sabe um Bolívar revisado? Com isso, destruíram a Venezuela. Chávez morreu há 10 anos, e Maduro é seu sucessor, com esse Bolívar de propaganda, que contrasta o Bolívar libertador.

Hugo Chávez inventou uma união de países sul-americanos para ver se por aqui viceja o marxismo. A Unasul foi criada em 2008 por ele, com o apoio de Lula. Não sobreviveu ao estatuto do Mercosul, que exige democracia de seus integrantes. Como Lula não exige isso de Evo, de Ortega nem de Maduro, quer recriar a Unasul, talvez com outro nome. Doutor Goebbels fazia isso, tal como antes fizeram os bolcheviques. Troca o nome e faz o mesmo. É o que pretende fazer com os presidentes visitantes, depois da recepção especial com que celebrou Maduro, na segunda-feira, no Palácio do Planalto e no Itamaraty.

O Doutor Freud estudou o mecanismo de fuga com seus pacientes em Viena. Lula foge das questões internas, que não consegue resolver, viajando. China, Japão, Europa, Estados Unidos… e, agora, Brasília, reunindo vizinhos para propor a paz no mundo e a bem-aventurança na América Latina. Não consegue se impor, como gostaria, ao Congresso Nacional, porque ainda vive na primeira década do milênio. 

Mas sonha com liderança externa e gera propaganda com essa reunião em Brasília. Áulico não falta para aplaudir o argumento dele de que há preconceito contra Maduro, numa narrativa sobre as consequências de seu governo. Só que a realidade não está em Brasília, na boca de Lula, mas em Pacaraima, com a Operação Acolhida mostrando o que acontece além da fronteira com a Venezuela.

Alexandre Garcia - Correio Braziliense


quarta-feira, 10 de maio de 2023

Visita de Alberto Fernández - Lula quer ajudar a falida Argentina às custas do sacrifício do povo brasileiro

Gazeta do Povo - VOZES

Leonardo Coutinho

Brasil, América Latina, mundo (não necessariamente nesta ordem)

Alberto Fernández e Lula se cumprimentam, durante a visita do argentino a Brasília esta semana| Foto: EFE/André Borges

O presidente argentino Alberto Fernández esteve em Brasília para uma missão de vida ou morte. A Argentina quebrou. Quebrou mesmo. A Argentina, aliás, sempre flerta com a bancarrota. Mas com Fernández, a economia se esfarelou de vez. As reservas do país estão sob sangria e já atingiram o nível mais baixo dos últimos sete anos. 
Com uma inflação que já supera a 100% por ano (e não para de subir) e uma seca histórica que reduziu drasticamente a produção do agronegócio – a principal fonte de dólares para o país. 
Ele voltou para casa com uma promessa de seu homólogo brasileiro de que fará “todo e qualquer sacrifício para ajudar a Argentina”.
 
Lula pode dizer isso, pois foi eleito para representar o povo brasileiro. 
Mas quando Lula o diz, ignora o fato de que o sacrifício não será feito por ele, mas pelo povo que o elegeu. [cabe a famosa pergunta aos que votaram no apedeuta petista: "quem mandou fazer o L?agora, aguentem que vai doer".]
Em seu terceiro mandato, Lula reproduz o vício de governar o Brasil como se o país fosse seu. Como se o Brasil fosse o PT.
 
A Argentina está na iminência de não ter dólares para pagar importações. Alguns economistas estimam que as reservas líquidas do Banco Central da República Argentina estejam por volta de US$ 2 bilhões. 
Para um país, isso não é nada. Em termos objetivos, é o mesmo que estar no cheque especial.

Como em um tango, não é de hoje que a economia e a política da Argentina dão um passo para a frente, um para o lado e dois para trás. Depois de cada suspiro, o país dá uma estagnada e depois piora ainda mais. Nessa dança infinita, que imita os passos de um dos símbolos nacionais, os argentinos colecionam dívidas monumentais e calotes.

Quando Lula fala em “sacrifício para ajudar”, ele está prevendo que os contribuintes brasileiros terão que assumir a conta que certamente jamais será quitada pelos vizinhos do sul. Em seu pronunciamento, Lula citou os Brics cujo banco de desenvolvimento é presidido por Dilma Rousseff – e o indefectível BNDES, que durante o petismo foi a peça-chave para o envio de bilhões para ditaduras amigas na África, América Latina e Caribe
Dinheiro que não só financiou obras, como serviu para alimentar o maior caso de suborno internacional da história.

O governo Lula desenha uma linha de crédito para Argentina poder usar para importação de bens brasileiros. O plano é dar um cartão pré-pago, cujo limite pode ser bilionário, para Fernández comprar no Brasil o que a Argentina está na iminência de não mais poder pagar aos fornecedores que já acumulam boletos não pagos por Fernández.

A China já fez isso durante os governos de Cristina Kirchner, Mauricio Macri e no de Fernández. 
A dinheirama virou fumaça no irremediável populismo argentino. 
As contas impagáveis transformaram a Argentina em uma escrava da dívida.

O “sacrifício” brasileiro é líquido e certo. A ideia de conceder crédito para um país importar produtos brasileiros é boa. Estimula a indústria e o agro locais, gerando empregos e riqueza no Brasil. Mas na prática, quando esses recursos são entregues a caloteiros, o resultado é uma tragédia na qual os benefícios obtidos pelas operações são anulados pelo prejuízo que recai sobre o Tesouro e consequentemente sobre os mais necessitados.

O emprego do BNDES para a concessão de crédito para os argentinos é ainda mais esdrúxulo considerando que, em março, o BNDES anunciou que planeja contrair empréstimos com a China que somam R$ 6,5 bilhões. Ou seja, o mesmo BNDES que está se encalacrando com a China será a fonte de um empréstimo que possivelmente jamais será pago pelos argentinos.

O sacrifício vai ser grande. E saiba de uma coisa: é apenas o começo
.

Leonardo Coutinho, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 15 de abril de 2023

Cem dias, sem governo: da “ordem e progresso” para “desordem e regresso” Deltan Dallagnol

Vozes - Gazeta do Povo 

Durante a campanha, Lula prometeu um governo com muita picanha, empregos e crescimento econômico
Cem dias após o início de seu mandato, a picanha está distante, o crescimento dos empregos foi modesto, menor do que no ano anterior, e o crescimento econômico só está se mostrando uma realidade para as grandes empreiteiras da Lava Jato, que podem ter seus acordos de leniência anulados, a pedido de partidos governistas, e receber de volta o dinheiro público que desviaram.
 
Com seu mote de "o Brasil voltou", temos que concordar: ele voltou, regrediu, para um Brasil que demonstra proximidade ideológica com os ditadores da América Latina, como Maduro e Ortega. 
Um Brasil que retrocede, criando rusgas com as nações democráticas que estão ao lado da Ucrânia, enquanto Lula nos aproxima da Rússia, tentando fazer com que uma nação democrática invadida por uma ditadura ceda seus territórios pela "paz" proposta pelo governo brasileiro.
 
Voltamos também à nossa proximidade com a ditadura iraniana. Em fevereiro, o governo federal autorizou que duas embarcações de guerra iranianas atracassem no Rio de Janeiro
O Irã, país reconhecido mundialmente pelas suas violações massivas aos direitos humanos e perseguição às mulheres, é acusado de fornecer armas à Rússia na guerra contra a Ucrânia e produzir armas de destruição em massa. O ato foi duramente criticado pelos Estados Unidos, nosso segundo maior parceiro comercial, com quase 18% das nossas exportações.
 
Além disso, retornou a ideia de que o BNDES, um banco para o desenvolvimento nacional, deve financiar projetos de engenharia em países vizinhos
A realidade é que o PT quer beneficiar as empreiteiras investigadas na Lava Jato, que, por sua vez, repassavam propinas ao partido e a governos estrangeiros
Enquanto há outras necessidades urgentes no Brasil, Lula quer financiar ditaduras como Venezuela e Cuba, que nos deram um calote de R$ 3,5 bilhões.
 

 

E sabe quem também voltou? O orçamento secreto. Outra contradição do petista ao longo dos últimos cem dias foi em relação ao orçamento secreto, que foi julgado inconstitucional por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de ter criticado o mecanismo criado durante a gestão do antecessor, o governo Lula tem permitido, em troca de apoio parlamentar, que o Congresso indique a destinação de verbas, o que deveria ser feito pelos ministérios.

Mudaram o mecanismo, das emendas do parlamentar relator do orçamento, as "RP9", para as "RP2", usadas na destinação de verbas dos ministérios. 
A transparência segue não existindo, dificultando a fiscalização e a investigação de desvios de recursos por parlamentares e seus aliados políticos nas suas bases, onde o dinheiro é recebido. 
Basta lembrar que em Pedreiras, no Maranhão, [estado que foi governado por 8 anos pelo ministro Dino - o ministro que só pensa em prender, prender e prender...]  teriam sido extraídos, num ano, 540 mil dentes de seus 39 mil habitantes - um dado absurdo que provavelmente significa que houve um esquema escrachado de desvio de dinheiro público. 
Mas é preciso admitir que algumas coisas mudaram, pois antes o orçamento secreto chegava a R$ 19,4 bilhões e agora poderá alcançar R$ 46 bilhões.

Se o orçamento secreto é, como Lula o chamou na campanha presidencial, "o maior esquema de corrupção de todos os tempos", esse foi o Brasil que cresceu: o da falta de transparência e do excesso de oportunidades para a corrupção. Lula sempre esteve em primeiro lugar nos maiores escândalos de corrupção brasileiros e certamente não poderia correr o risco de perder essa posição.

Mais uma vez, o Brasil que voltou é aquele da escolha de políticos para chefiar órgãos, ministérios e entidades públicas sem competência ou experiência para as suas funções, a fim de cumprir o programa político de loteamento e aparelhamento de estatais, para que elas sirvam aos interesses políticos do PT e de seus aliados, em detrimento de servirem aos brasileiros. No passado, vimos no que descambou esse sistema, cujas entranhas foram expostas no Mensalão e na Lava Jato.

Outro retrocesso é o do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que vai do Banco Central para as abas do Ministério da Fazenda, onde fica sujeito a interferências políticas
O COAF é o órgão de inteligência financeira brasileiro, que coleta informações para iniciar ou subsidiar investigações de lavagem de dinheiro proveniente de todo tipo de crime, especialmente corrupção e tráfico de drogas. 
Enquanto no discurso petista seus governos jamais interferiram em apurações, são gritantes as medidas para o  aparelhamento dos órgãos de investigação. Até o discurso de que o novo Procurador-Geral da República seria escolhido a partir da lista tríplice já mudou.

Voltou também o Brasil que idolatra criminosos debaixo do governo do Partido dos Trabalhadores. O mesmo homem que retornou à cena do crime, como disse seu próprio companheiro de chapa Geraldo Alckmin, homenageia corruptos. Em fevereiro, no aniversário do PT, o condenado José Dirceu apareceu no palco e foi ovacionado pela militância petista quando anunciado.

Segundo reportagens, Dirceu tem andado pelos bastidores, onde sua presença é considerada "mais do que o normal" para o partido, que acredita que ele não só "deveria" como "merece" aparecer mais. José Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de reclusão por sua participação no esquema de corrupção do Mensalão, fora as várias condenações na Lava Jato. José Genoíno, que também apareceu em vídeo no aniversário do PT, foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão.

Tem mais: desmonte do setor de combate à corrupção na Controladoria-Geral da União, erosão da lei das estatais, ataque ao setor de compliance da Petrobras, manutenção nos cargos de ministros envoltos em escândalos de desvios e malversação de recursos, vingança contra agentes da lei que combateram a corrupção e a perspectiva de nomeação para o STF de alguém especializado em garantir a impunidade de corruptos são medidas que mostram que realmente o Brasil voltou, aquele mesmo que foi sitiado e saqueado por pessoas que diziam proteger o povo enquanto o roubavam.

É bem visível que o "Brasil da esperança" se converteu em um "Brasil da desilusão". Neste ano, a criação de empregos está em declínio e não em ascensão como vinha ocorrendo. 
Em fevereiro, foram assinadas 241,8 mil carteiras de trabalho, uma queda de 26,4% em relação ao mesmo período de 2022. O aumento do salário mínimo prometido na campanha petista não passou de R$ 18, ficando em R$ 1.320, aquém dos R$ 1.400 prometidos por Bolsonaro. [a propósito a projeção do PT na proposta orçamentária para o orçamento de 2024, é que o salário mínimo passe para R$ 1.388 =reajuste inferior a  R$ 6,00 mensal.]   
Tivemos o segundo pior desempenho da Bolsa num início de mandato desde o Plano Real, em 1994. Foi o pior fevereiro em 22 anos, com uma queda de 7,49%. [agora,  no inicio de abril, a Bolsa subiu alguns pontos, mas, antes do final da próxima semana a Bolsa cai o que subiu na semana que findou e o dólar volta a ultrapassar os R$ 5 = efeito do fiasco que foi a viagem à China.]

Lula, ao invés de assumir sua responsabilidade, segue culpando falsamente outros nomes e áreas. Ele tenta fazer de bode expiatório o Presidente do Banco Central, Campos Neto, economista renomado com formação na Universidade da Califórnia. Pretende jogar sobre ele a culpa pela estagnação econômica, mas ela é do Governo Federal, que apresentou um novo arcabouço fiscal que não foi capaz de afastar a desconfiança dos investidores na trajetória explosiva da dívida pública. Para conter o aumento da dívida, o novo marco fiscal do governo, segundo o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, “levará à alta brutal da carga tributária”, que já está dentre as mais elevadas do mundo.

Enquanto isso, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) reviu para cima a expectativa de inflação para 2023. Na nova projeção, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o valor saltou de 4,9% para 5,6%. A previsão de aumento da inflação nos serviços foi de 5,4% para 6%. A ausência de uma âncora fiscal confiável, a tendência de ampliação de despesas e os ataques à independência do Banco Central afastam a confiança do mercado e auxiliam no aumento inflacionário.

Tudo isso se reflete na falta de confiança, no Brasil e no exterior, de que a economia, as empresas e os brasileiros prosperarão neste governo. Pesquisa da Quaest divulgada há um mês apontou que 94% do mercado financeiro não confia em Lula. 
É praticamente uma unanimidade - contrária.  
O comportamento do governo Lula afasta investidores do Brasil.  De fato, menos confiança gera menos investimento. E menos investimento gera menos emprego. No primeiro trimestre após a eleição de Lula – novembro, dezembro e janeiro – o desemprego voltou a subir após dez quedas consecutivas, indo de 8,6 para 9 milhões de pessoas. Em fevereiro, o número subiu para 9,2 milhões – uma taxa de 8,6%. O clima econômico vai de mal a pior.
 
Certo ainda é que o governo Lula deixará milhões de brasileiros na merda. Literalmente. Por meio de dois decretos, Lula enfraqueceu o projeto de universalizar os serviços de água potável e esgoto para 99% e 90% dos brasileiros, respectivamente, até 2033
Hoje, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e 100 milhões não têm acesso ao esgoto. O Brasil investe entre 10 e 12 bilhões anualmente no setor, mas seria necessário investir cerca de R$ 24 bilhões para atingir a meta.
 
 Diante da escassez de recursos, foi criada uma solução pelo Congresso em 2020: o marco legal do saneamento básico, que abriu espaço para empresas privadas, mediante licitação, realizarem os investimentos e prestarem o serviço
Contudo, Lula fez uma série de mudanças, por meio de seus decretos, que privilegiam as estatais de água e esgoto que não demonstraram ter capacidade financeira ou planos para os investimentos e a universalização dos serviços até 2033.

Isso é muito preocupante porque o Brasil perde vidas, saúde e riqueza com esse atraso. Segundo o IBGE, 11 mil brasileiros morrem anualmente por falta de saneamento. Além disso, 17,6 milhões se afastaram do trabalho por diarreia ou vômito só em 2017 e a universalização do serviço trará ganhos anuais de mais de R$ 9 bilhões, segundo dados do Instituto Trata Brasil. A visão estatizante de Lula amarra o Brasil ao passado e nos afasta da modernização.

Ao olharmos para o mote "O amor venceu", temos a certeza de que essa foi a maior mentira da campanha. 
Que tipo de amor é esse que riu da ameaça de morte sofrida pela família de Sergio Moro durante uma coletiva de imprensa? 
Que amor é esse que constantemente nos divide entre "nós" e "eles"? 
Que amor é esse que deseja prejudicar os outros e cercear sua expressão por meio de um ministério da verdade?  
Onde está o amor na conivência desse governo com a violação de direitos por meio da invasão de terras produtivas?

Além disso, não podemos esquecer que esse "amor" luta contra a defesa da vida: Lula retirou o Brasil do acordo internacional do Consenso de Genebra, que visa proteger o nascituro e a saúde das mulheres
Durante a campanha, Lula chegou a dizer que era contra o aborto para diminuir sua rejeição entre o povo religioso, mas a retirada do acordo internacional mostra que ele estava apenas enganando os eleitores mais uma vez.

Há muito mais, mas não caberia neste artigo. Ao fim dos cem primeiros dias, o governo não entregou nenhum resultado. Certo é que, nestes primeiros cem dias de(s)governo, o slogan de Lula se consolidou: “o Brasil voltou” - de fato, voltou para trás. A principal missão do Congresso Nacional nestes quatro anos será a de lutar contra esses e outros retrocessos. E a cobrança ou apoio dos brasileiros será fundamental. Eu sei, você está lendo isso e sentindo toda a desmotivação do mundo. Está se sentindo revoltado e impotente. Mas não se engane, você não é.

Em  cem dias,
nunca tivemos uma oposição tão atuante e cidadãos conservadores e liberais tão ativos. O fruto disso é claro: apesar dos inúmeros erros, Lula não conseguiu nenhuma vitória significativa no Parlamento. Com receio de testar sua possível fraqueza no Congresso, tem se mantido inerte.

Além disso, muitos parlamentares têm questionado os desmandos por meio de pedidos de informações, representações aos órgãos competentes, convocação de ministros para prestar esclarecimentos, pedidos de CPIs, decretos para sustar atos presidenciais, pedidos de impeachment, articulação de grupos de fiscalização e medidas no Supremo Tribunal Federal.

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Em 107 minutos Lula provou que não está à altura do cargo

Nós não podemos desistir do Brasil, porque é exatamente isso que aqueles que atrasam o Brasil querem: que você desista, que você perca as suas esperanças
O Brasil que queremos pode ser e será construído mediante a soma de esforços de cidadãos com muito trabalho, estratégia, perseverança e fé. Não vou desistir. Conte comigo e seguirei contando com você.
 
Dental Dallagnol, deputado federal e colunista Gazeta do Povo - VOZES
 
 

domingo, 9 de abril de 2023

Quem tem medo da Unasul? - O Globo

Na noite em que Jair Bolsonaro foi eleito, Paulo Guedes deu uma amostra do que os novos ocupantes do poder pensavam sobre a América do Sul. Ele festejava a vitória num hotel da Barra da Tijuca, a poucos metros da casa do presidente eleito.Ao ouvir uma pergunta sobre o Mercosul, o futuro ministro acusou o bloco de ser dominado por “inclinações bolivarianas”. Em seguida, engrossou com uma repórter do jornal argentino Clarín. “O Mercosul não será prioridade. Era isso que você queria ouvir?”.

Por birra ideológica, o bolsonarismo torpedeou décadas de esforços pela integração regional. Hostilizou países vizinhos, esvaziou a cooperação econômica e ressuscitou a velha política de alinhamento automático aos Estados Unidos. Em abril de 2019, o capitão anunciou pelo Twitter que o Brasil sairia da União de Nações Sul-Americanas, a Unasul. [decisão acertadíssima.] Depois de quatro anos, o presidente Lula acaba de formalizar o retorno à entidade. [EXCELENTE!!! cada vez que o apedeuta presidente destrói alguma realização do presidente Bolsonaro, está também destruindo uma ponte que poderia levar o atual DESgoverno a um final menos infeliz; 
-  cada vez que o boquirroto presidente fala alguma coisa, destrói alguma realização do governo do capitão, e planeja construir algo (só planeja, realizar que é bom, nada) é mais um ponto para a oposição. Aliás, hoje recomendamos aos que querem ler algo criticando, com fundamentação, o DESgoverno atual,  de um texto do  jornal o Globo - parece até escrito pela oposição ao ex-presidiário.]

Apesar de terem muito em comum, os países da região levaram quase dois séculos para dividirem a mesma mesa. A primeira reunião dos 12 presidentes sul-americanos só aconteceu em 2000, por iniciativa de Fernando Henrique Cardoso.Oito anos depois, Lula assinaria o tratado de criação da Unasul. O subcontinente vivia uma maré de governos de centro-esquerda, mas a entidade estava longe de ser monolítica. Entre seus fundadores, figuravam o colombiano Alvaro Uribe e o paraguaio Nicanor Duarte.

Apesar da presença de conservadores, a direita brasileira estrilou. Olavo de Carvalho escreveu que a Unasul teria “poderes para impor o socialismo a todo o continente”. Nesta sexta, o deputado Kim Kataguiri definiu a Unasul como uma “associação de países de regime socialistas (sic), todos extremamente autoritários”. “Não se sabe se o órgão agirá como uma união soviética latina ou um fórum de ditadores do narcotráfico”, [pretendem ser uma URSS latina, uma associação de ditadores narcotraficantes e tudo o mais que não prestar] emendou o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança.

Na última edição dos “Cadernos de Política Exterior”, a embaixadora Eugênia Barthelmess lançou a pergunta: “Quem tem medo da integração da América do Sul?”. A diplomata anotou que os 12 países da região têm PIB conjunto de US$ 3,6 trilhões. [incluindo o PIB do Brasil (PIB em 2022 do Brasil: US$ 1,92 trilhão)  sem o Brasil, o PIB da Unasul cai a menos da metade;
 e, se prosperar a ideia do Brasil se associar a Unasul, tal 'casamento' só dura até o final do governo Lula, evento que se aproxima a cada vez que o 'estadista de fundo de quintal' abre a boca.] representariam a quinta economia do mundo, atrás da Alemanha e à frente da Índia.

O potencial da cooperação não se limita à esfera comercial. Ao somar forças, os sul-americanos podem ampliar sua voz em negociações de temas como defesa, desenvolvimento, saúde e combate às mudanças climáticas. O Brasil é quem tem mais a ganhar com a atuação conjunta. O país concentra quase a metade do território, da população e da economia do subcontinente. A Unasul tem defeitos a serem corrigidos, mas abandoná-la foi uma atitude contrária ao interesse nacional. Para a embaixadora Barthelmess, a medida significou uma “abdicação de liderança brasileira”. “Em nome de rancores cultivados na esfera da política doméstica, sacrificaram-se princípios tradicionais de política exterior do país”, resumiu. [liderar não é, necessariamente, demonstração da importância do líder; muitas vezes, especialmente no caso da Unasul, os liderados são tão sem importância, que liderá-los compromete a imagem do líder.]

Bernardo M. Franco, jornalista - O Globo

 

quinta-feira, 23 de março de 2023

Suspeito de planejar ataque a Moro foi solto pelo STF

Valter Lima Nascimento é a conexão entre traficantes da América Latina e o PCC 

 Valter Lima Nascimento, conhecido como Guinho, suspeito de planejar um atentado contra autoridades, foi solto em abril de 2020 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, a decisão foi assinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, hoje aposentado. [pergunta que insiste em não calar: poderá Guinho ter o fim da Celso Daniel? prefeito petista.]

O criminoso havia sido preso em flagrante em junho de 2014, com 400 quilos de cocaína. Teve a prisão convertida em preventiva e ficou na cadeia até abril de 2015. A condenação saiu em outubro de 2016. Ele foi sentenciado a 20 anos de reclusão, em regime inicial fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A Justiça determinou que ele não poderia recorrer em liberdade e implementou sua prisão provisória. O mandado de prisão foi expedido em outubro de 2017. Em outubro de 2018, o ministro Marco Aurélio afastou pela primeira vez a prisão, ao analisar um pedido da defesa
Deliberação da Primeira Turma do STF, porém, derrubou a decisão em março de 2019, e Guinho voltou a ser preso.

Os advogados do criminoso recorreram à Justiça paulista e ao Superior Tribunal de Justiça, que rejeitaram os recursos. A defesa argumentava que Guinho estava cumprindo provisoriamente a pena, e afirmou que a sua saúde estava “debilitada” por causa de um diagnóstico de hérnia de disco.

Ao analisar o novo pedido da defesa, em abril 2020, Marco Aurélio concedeu a liberdade ao criminoso. O magistrado baseou sua decisão no tempo em que ele passou preso sem condenação definitiva, o que configuraria excesso de prazoA decisão do ministro, porém, foi revista pela 1ª Turma cinco meses depois. Por maioria, os ministros seguiram a divergência aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, que derrubou a decisão de Marco Aurélio.

Segundo a polícia, Guinho é responsável pela principal conexão entre traficantes da América Latina e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele havia sido preso em São Paulo, pela Rota, em 9 de janeiro deste ano.

O criminoso é considerado o braço direito de Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, principal fornecedor de drogas para o PCC. Próximo do chefe da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, Fuminho foi preso em Moçambique em 2020.

 

Atentado contra autoridades
O grupo preso ontem pela Polícia Federal integra o PCC e articulava um atentado contra servidores públicos e autoridades. Entre os alvos da quadrilha, estavam o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e a família dele, e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. Os nove suspeitos presos — seis homens e três mulheres — se encontravam em São Paulo, e os outros dois procurados com mandado de prisão expedido são do Paraná.
 
Redação - Revista Oeste
 

terça-feira, 14 de março de 2023

Até o “progressista” papa Francisco enxerga os abusos na Nicarágua - Gazeta do Povo

Vozes - J.R. Guzzo


O Papa Francisco ao chegar à Praça da Revolução para celebrar a missa dominical em Havana, Cuba, em 20 de setembro de 2015.| Foto: EFE/Alejandro Ernesto

Não há nada de “progressista”, de “consequente” e de politicamente “correto” que o papa Francisco não apoie neste mundo de Deus
Ele gosta da Palestina, do Irã e de organizações “muçulmanas” que se dedicam ao combate ao “imperialismo” e à “reparação” das “injustiças históricas” que foram cometidas pelo cristianismo nos últimos 20 séculos. Ama a CNBB. É a favor da igualdade, da diversidade e da “reforma agrária”; é contra a fome, pobreza e os “agrotóxicos”.
 
Está convencido que os regimes de esquerda na América Latina são forças positivas na “libertação” do continente – e por aí vamos. 
É extraordinário, assim, que esse mesmo papa tenha tomado a decisão de denunciar a ditadura e o ditador da Nicarágua; deve ter achado que passaram de qualquer limite, na sua conduta como malfeitores. 
Quer dizer que até o papa está reclamando? Sim, até o papa está reclamando.

Durante a campanha, a mídia e os candidatos foram expressamente proibidos pelo TSE de dizer que Lula era a favor da ditadura da Nicarágua. Hoje isso é parte da política externa do Brasil. 

O papa Francisco denunciou a Nicarágua como uma “ditadura grosseira”. Disse que o ditador Daniel Ortega sofre de desequilíbrio. [para tudo há um limite: - até mesmo para a tolerância cristã de Sua Santidade, o Papa Francisco.] Manifestou, enfim, a sua indignação contra um dos últimos atos de delinquência da ditadura nicaraguense – a condenação do bispo Ronaldo Alvares a 26 anos de prisão pelo crime de “fake news” e por “desobedecer ao Estado”. Nem o STF, no Brasil, sonhou com tanto até agora.

O pontífice fez, ainda, uma comparação sombria. “É como trazer de volta a ditadura de Hitler em 1935”, disse Sua Santidade. 
É pesado, e é uma das piores críticas que Ortega já recebeu – mas a verdade é que ele parece mais decidido do que nunca a chutar o pau da barraca. 
Uma das suas últimas realizações é banir da Nicarágua as freiras da organização de Madre Teresa de Calcutá
Sério? Sim, é isso mesmo: nem a Madre Teresa escapou. [com todo o respeito devido a Sua Santidade, Papa Francisco, discordamos dele não ter usado como exemplo a ditadura do tirano comunista, Joseph Stalin - que matou mais de 100.000.000 de inocentes - o que o coloca na liderança de todos os genocídios.
Aliás, o trio satânico de genocidas, é formado por comunistas:
- Stalin mais de 100 milhões de vítimas;
- Mao Tse Tung, matou  entre  50 a 80 milhões de chineses;  
- Pol Pot, matou mais de 2,5 milhões no Camboja.
Oportuno lembrar para se ter atenção e cuidado, que o comunismo no Brasil, especialmente Stalin, tem admiradores, estando a comunista  Jandira Feghali entre eles, inclusive com o jargão, publicado nas redes sociais no aniversário do genocida: "“Olha pro céu, meu amor, vê como ele Stalindo”, postou a parlamentar, com uma foto de Stalin ao fundo.  
 
É um escândalo de baixa qualidade que o Brasil, enquanto isso, continue dando todo o seu apoio à ditadura – acaba de recusar-se a assinar um documento de condenação à Nicarágua subscrito por 50 das maiores democracias do mundo. 
Como rebaixar a política externa brasileira a esse grau de marginalidade e de isolamento perante o mundo democrático? 
O PT e a esquerda, até outro dia, denunciavam histericamente que o Brasil, por não se alinhar mais com ditaduras como a de Daniel Ortega, tinha se tornado um “pária na comunidade internacional”.
 
E agora? Durante a campanha, a mídia e os candidatos foram expressamente proibidos pelo TSE de dizer que Lula era a favor da ditadura da Nicarágua. 
Hoje isso é parte da política externa do Brasil. Sempre se pode reclamar ao papa, é claro – mas não vai adiantar nada.


J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 7 de março de 2023

A política externa do governo Lula é digna de um grêmio estudantil: só apoia ditaduras - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - Vozes

Lula é aliado antigo do ditador nicaraguense Daniel Ortega| Foto: EFE / Fernando Bizerra Jr.

O governo Lula está fornecendo ao país pelo menos um tipo muito claro de segurança: erra em tudo o que faz.  
Essa é uma certeza que se pode ter, no meio do mar de instabilidade, de dúvidas e de decisões irresponsáveis que marcam esse começo de caminhada. 
O governo decidiu alguma coisa? Então ninguém precisa ter trabalho pensando a respeito: a decisão, com certeza, foi errada.

Não vai perder o cartaz que lhe deram lá fora, porque não têm ninguém para pôr no seu lugar. Com a sua “política externa” quem sofre é apenas o Brasil.
Foto de perfil de J.R. Guzzo
J.R. GuzzoA política externa”, ou a conduta de grêmio estudantil que passa por diplomacia no Brasil atual, é uma demonstração a mais dessa incapacidade estrutural de acertar que faz o Lula-3 estar sendo o que é. Seu último acesso de inépcia é exemplar.

    É a terceira vez seguida, em apenas dois meses, que a política externa do Brasil se põe em posição frontalmente contrária a das democracias modernas.

O Brasil recusou-se a assinar um documento, promovido pelas mais sagradas democracias do mundo, no qual se denuncia e reprova a ditadura cada vez mais grosseira da Nicarágua. Era uma escolha fácil – até os governos de esquerda do Chile e da Colômbia, para ficar só na América Latina, assinaram o documento de condenação, por acharem que a Nicarágua passou dos limites em matéria de abjeção. Era também uma oportunidade para o Brasil se alinhar com as democracias de Primeiro Mundo que vivem encantadas com Lula e com o que imaginam ser as suas virtudes de “democrata”. O Itamaraty fez a escolha errada: ficou, na prática, do lado da ditadura.

É a terceira vez seguida, em apenas dois meses, que a política externa do Brasil se põe em posição frontalmente contrária a das democracias modernas, civilizadas e anticarbono do mundo; começa a virar uma opção permanente pelo conflito com a gente “de bem” da comunidade internacional.    Lula sempre foi uma figura de sonho para o político intelectual europeu – o nativo que foi catequisado, e transformado num boneco que só emite sons politicamente corretos.

O Brasil já tinha se recusado a atender um pedido do governo da Alemanha, um dos maiores puxa-sacos internacionais de Lula e do PT, para enviar tanques brasileiros fabricados com tecnologia alemã ao teatro de guerra na Ucrânia. Também permitiu, de forma ostensiva e militante, a entrada de navios de guerra do Irã no porto do Rio de Janeiro. Negou-se, aí, a atender um pedido expresso dos Estados Unidos.

Também violou um preceito básico das democracias mundiais, que consideram o regime iraniano um incentivador ativo do terrorismo internacional e não permitem que mande navios para os seus portos. Para que isso? Para mostrar o que os diplomatas de Lula chamam de “independência”.

Seu recado para o mundo é aquela coisa terceiro mundista de 70 anos atrás, burra, obtusa, com prazo de validade vencido e, mais do que tudo, diretamente contrária aos interesses do Brasil: “Gostamos do Irã, da Palestina, das ditaduras bananeiras, do terrorismo, do subdesenvolvimento. Não gostamos dos países que deram certo”.

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES