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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Tudo é lindo



Lula, o nome, já causa enjoo. Quando acompanhado da foto e da legenda, então, é como comer feijoada em mar revolto. Isso porque Lula tornou-se sinônimo de sujeira, de nojeira, de podridão e tudo o que atenta contra o sagrado, o moral e o estético. Lula é um dos principais agentes da falência civilizacional em que vivemos, mas, não é o único, evidentemente, pois, de lulas, cheio está o mundo brazuca com o qual nos estripuliamos por aí. 


Outros lulas, no entanto, que, isoladamente, pouco fedem ou pouco cheiram, lulinhas e lulões, quando unidos, tudo deformam e fazem adoecer, cultural e politicamente, como vermes que circulam em torno da besta-fera, ou peixinhos que se alimentam dos parasitas do peixão, que fazem o leva-e-traz da formiguinha revolucionária. 

Se Lula é o responsável direto - o arquiteto -, das grandes degradações que nos assolam, como Foro de São Paulo, por exemplo, as formigas-vermes-peixes fazem o dia-a-dia da imbecilização nacional. São os operariozinhos da esquizofrenia e da psicopatia; a concretude do conjunto doutrinal gramscista da destruição da vida em sociedade. Destruição financiada com erário público, diga-se.

Unidos, são incontáveis e, conceitualmente, difíceis de nomear, mas, na perspectiva das tribos, nomeiam-se artistas, apresentadores de TV, animadores de auditório, analistas econômicos, desenhistas, cartunistas, socialites, banqueiros, e, sobretudo, Regina Casé e seus concursandos. Sim, meu caro, até a Glória Maria, ex-apresentadora do Fantástico, que pecava por ser apenas Glória Maria, faz, ao que tudo indica, concurso para ser Casé, posto que de um monstro sai outro e outro e outro e seu nome é "semelhança".
 
Lula, Nova República, a besta-fera, Regina Casé, Glória Maria, tudo isso é a mesma coisa, imagem e semelhança da confusão, do engano, da sujeira, da preguiça, do torpor, do maconheirismo, da idiotia, da idolatria. A "semelhança" representa-se por todos eles, desde a latrinal Casé ao multimilionário Edir Macedo. Por todos eles escorre a "semelhança", padronizando a todos na forminha da burrice. Por eles todos deixam-se representar - desde funkeiros, bandidos do morro, e malandros de toda espécie e galardão - até gente chique e graúda como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Fernanda Montenegro, Arruinaldo Azevedo, para, finalmente, chegar ao último grau do enjoo, ao fétido STF e seus ditadores de toga. 

Escrevi, dia desses, que no Brasil existem dois tipos de bandidos, apenas: os bandidos protegidos pelas togas e os bandidos protegidos dentro das togas, e tudo ficou por isso mesmo. Comentei com o motorista. E acrescentei, com algum ar de academicismo que estamos todos sob a égide simbólica de Regina Casé e sua ainda mais simbólica "favela endoidecida".  "Mas em quê se assemelham Regina Casé e os Juízes do Supremo, exatamente", pergunta-me o atento motorista. "Assemelham-se no 'tudo é lindo'," respondi. Então, ele logo saca a pilhéria e acrescenta: "li agora que a tal recriação do Ministério da Cultura foi uma jogada de mestre. Temer recria um ministério sem petralhas e já não mais para petralhas. A coisa ainda não está bem explicada, mas se for assim, parece justo. Afinal, cagar na praça não é cultura e esse negócio de que 'tudo é lindo' é o caralho! Tudo é feio, porra!".

Respondo que sim, claro, tudo é feio por aqui, mas meu pensamento viaja em outra direção: vira-se mestre por tão pouco agora: basta não financiar cagadas na praça, e pronto: é mestre! De quebra, observo que o "tudo é lindo" é o que querem que digamos, os politicamente corretos. Pergunto se ele já ouviu falar do conceito. Então ele, o motorista, me surpreende como neve no verão: "Quando tudo é lindo, feio é ser do contra. De certo mesmo, é o fato de que são os idiotas que alimentam esta 'semelhança' que o senhor falou aí: os maconheirinhos financiados desde sempre pelo papai ausente e pela mamãe invisível, que desistiram deles já na infância". Faz-se pausa. Silêncio enjoado. 

- ALGUÉM OS CRIOU!  ele berra. Voltamos aos discursos.
"Foi a Regina Casé, porra! Agora eu entendo, porra!".
Reforço-lhe a tese: "Foi a Fátima Bernardes, também!"
- Isso, ele diz, aquela babaca também, claro!
Vou ainda mais longe: "Não podemos esquecer da Glória Maria, a neo-maconheirinha do momento, certo?"
- Sim, ele responde, todos eles.
Tento explicar-lhe que quem os criou foi a "semelhança", pois o diabo criou a engenharia social à sua imagem e semelhança e ele pergunta:
- Já estamos em que geração diabólica mesmo?
                                                        * * *
Chegamos ao destino. O motorista meneia com a cabeça e logo filosofa, enquanto verifica contra a luz a nota que lhe dei: "a merda é que o povo só se interessa pela economia. Fodam-se os maconheiros. Quem se preocupa em reeducar esses bostas?... Nem trabalhar eles podem!" 

Fico na minha, esperando o troco, mas ele prossegue: Que diferença faz se fumam uns baseadinhos. Se a economia vai bem, ninguém fica na mão.  - É verdade, respondo enquanto desembarco e então percebo quão prolixo era o meu taxista, que já desaparecia na primeira esquina, à direita.

O motorista, certamente, pensava, "mais cinco ou seis loucos como aquele e eu me aposento".  Sim, não deu-me o troco, o filho da mãe.


Alexandre Bellei, professor, é mestre em filosofia e colaborador da Rádio Vox.


quinta-feira, 30 de abril de 2015

Notas sobre uma nota da CNBB



Quem vai na contramão da segurança e do combate à violência é a própria CNBB, que é contra também a doutrina moral e social da própria Igreja Católica, ao dar voz, apoio e amparo institucional a um projeto de poder totalitário, assassino, cleptocrata , e o pior de tudo, anticristão, que é o projeto de poder do Foro de São Paulo, cujo tentáculo brasileiro mais vistoso é PT.


A nota emitida pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) em 21 de Abril de 2015, ao término da 53ª. Assembléia Geral da CNBB, a despeito de usar muitas vezes a palavra “equívoco”, é ela própria um equívoco, do início ao fim, no que faz jus à origem etimológica do termo: escolha errada.

A começar pela citação bíblica, o único ponto de veracidade do texto que deve ser seguido à risca: “Entre vós não deve ser assim” (Mc 10, 43). De fato,
não se deve levar a sério o texto publicado pela antiga cúpula da entidade que encabeça o projeto de reforma política que visa dar amplos, ilimitados e eternos poderes ao PT/Foro de São Paulo.

Foro de São Paulo, 
Já no início da nota, os subscritores,  Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB; Dom José Belisário da Silva, OFM - Arcebispo de São Luís do Maranhão e Vice-Presidente da CNBB e Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário Geral da CNBB, deixam transparecer certa apreensão com a realidade brasileira, o que na verdade é a apreensão deles mesmos com situação do partido para o qual trabalham descaradamente, o PT, que está na berlinda e encurralado entre a gigantesca oposição que as ruas lhe tem feito e uma crescente onda de novos intelectuais não alinhados à esquerda que os tem desmascarado de maneira contumaz e sistemática.

A nota fala em “ameaça às conquistas a partir da Constituição Cidadã”, do que se pode entender que a verdadeira ameaça é a perda da hegemonia do esquema de poder do
Foro de São Paulo, que começa a ruir no Brasil, que, por sua vez, é seu grande financiador.

Os subscritores falam ainda em “risco à ordem democrática do País”. Ora, de qual ordem democrática eles falam?
Acaso os prelados não estão informados das fraudes nas eleições de 2014 organizadas pela Smartmatic, que já foram amplamente denunciadas diante de jornalistas do mundo inteiro? Somente no Brasil não se fica sabendo de nada, porque aqui a mídia é totalmente comprometida com as subvenções estatais que garantem seu pleno alinhamento aos ditames do Foro de São Paulo.

A corrupção que a CNBB supostamente critica foi praticada em níveis nunca dantes vistos nesta terra -
exatamente pelo partido que a entidade gerou, embalou e continua vergonhosamente a defender ainda hoje. E essa corrupção não tem a destinação de enriquecimento de seus operadores: visa financiar o esquema comunista mundial, o que é facilmente demonstrado pelos empréstimos secretos que o (dês) governo federal tem feito a ditaduras comunistas genocidas, como a de Cuba, por exemplo. Em seguida, a pérola: "O momento não é de acirrar ânimos, nem de assumir posições revanchistas ou de ódio que desconsiderem a política como defesa e promoção do bem comum".
Para quem não está acostumado com o modo de agir fraudulento de agentes comunistas, é sempre prudente lembrar a essência do modus operandi esquerdista, ditado por Lênin: “acuse-os do que fazes, chame-os daquilo que és”. Ora, a única chance que o PT tem de manter-se no poder é exatamente por meio de acirrar os ânimos, notadamente os de sua milícia para-militar comandada por João Pedro Stédile, que tem todo apoio da CNBB, e que dirige essa milícia armada e inimputável diante da lei brasileira, o MST, que pode fazer o que bem entende sem responsabilização civil nem penal. O Sr. Lula da Silva, um dos fundadores do Foro de São Paulo, em fevereiro deste ano, já conclamou este seu particular exército vermelho à defesa do projeto de poder do qual ele é o chefe no Brasil: o projeto do Foro de São Paulo. Já as aludidas “posições revanchistas”, na verdade são as adotadas pelo próprio PT-CNBB: contra os militares, contra a democracia, contra eleições limpas, contra a própria doutrina da Igreja Católica, conforme fica evidente em trechos subsequentes desta própria nota que estamos comentando.

Já o uso da palavra “ódio” é muito revelador: revela um truque sujo para atribuir a um adversário inventado uma prévia desqualificação. Qualquer alegação em contrário aos planos comunistas de PT-CNBB é previamente rotulado de “discurso de ódio”, dirige-se a inimigos inventados e revela a total inversão da realidade, pois são eles mesmos – a seguirem  o conselho de Lênin – os maiores instigadores do ódio: ódio entre as classes sociais, ódio no campo, ódio entre raças, ódio entre os sexos, ódio entre hetero e homossexuais, ódio entre negros e brancos. O verdadeiro discurso de ódio é da claque esquerdista para quem trabalha a CNBB, aparelhando a mais Sagrada das instituições a finalidades as mais espúrias que se possa imaginar.
(...)
A nota não para por aí. Argumenta ainda que a praga da sociedade é a corrupção. Para não repetir que eles ajudaram a criar o maior corruptor da história do Brasil, o PT, de acordo com o próprio magistério da Igreja, a inversão de prioridades é gritante. A vida é o grande bem dado por Deus ao homem, e maior ainda a salvação das almas dos homens nascidos.  A CNBB, contudo, nada pronuncia contra a prática do aborto, que é o assassinato de crianças no ventre materno, sem direito de defesa, e sem direito a um batismo cristão, ou seja, a horrenda prática nega não só a vida ao nascituro, mas também a própria possibilidade de salvação de sua alma. Ao não condenar as práticas abortistas do governo que apoia, a CNBB é cúmplice dos que trabalham pela implantação do aborto. É de se duvidar até mesmo que esta ONG esquerdista seja composta por pessoas cristãs, que omitem sobre assunto muito mais grave do que o desvio de dinheiro público. 
Nenhuma palavra há na nota da CNBB, igualmente, contra o homicídio de parcelas significativas da população brasileira pelos associados ao narcotráfico internacional, tão defendidos pelo PT e pela própria CNBB, através de sua “pastoral carcerária”, que este ano entrou com pedido no STF para solicitar ao seu presidente, o petista Ricardo Lewandowski, a libertação de mais de 24 mil presos. Se algum desses 24 mil “coitadinhos” matar alguém, de quem será a responsabilidade?   Na sequência, a nota diz ainda que a PEC 215/2000 é uma afronta à luta histórica dos povos indígenas “que até hoje não receberam reparação das injustiças que sofreram desde a colonização do Brasil”, ou seja, criticam a própria Igreja que dizem representar, que foi a grande responsável pela catequização dos indígenas e por sua cristianização, assim como pelo descobrimento do Brasil.
A CNBB quer dar mais terras aos índios, mais bens materiais, mas não profere uma só palavra sobre iniciativas que levem o Evangelho a esses povos. Nenhuma preocupação com a salvação das almas dos índios, apenas em engordar suas contas bancárias. Nenhuma preocupação também com o povo brasileiro, cristão em sua imensa maioria. Nenhuma preocupação em dar terra ao povo pobre e cristão, pois se não for índio nem integrante do grupo terrorista do MST, não merece ganhar terra, de acordo com o pensamento cenebebista. Esta seletividade diz muito sobre o verdadeiro “mestre” a quem serve a CNBB. 


Por: Dante Mantovani é doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina, apresentador do programa Música Universal na Rádio Vox e aluno do Seminário de Filosofia do prof. Olavo de Carvalho

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Menores de idade aprovados no Enem



Alguns casos de menores de idade que tiveram boas médias no Enem, apesar de não terem concluído, ou até mesmo começado o Ensino Médio, estão movimentando a opinião pública. Há um rapaz de 14 anos que foi aprovado em medicina e conseguiu na justiça a certificação do Ensino Médio para poder efetuar a matrícula na faculdade.
Já uma mineira que passou para Direito em 4º lugar não teve a mesma condescendência por parte do judiciário. Uma outra jovem do Piauí também foi classificada para Direito apesar de ainda estar no ensino fundamental.

Meu filho, também do ensino fundamental, concluído em 2014, foi aprovado para cursar Ciências Matemáticas e da Terra na UFRJ. Mas como o Brasil só se prepara para ter maus alunos, os bons alunos têm que enfrentar todas essas barreiras em processos judiciais para conseguirem ser reconhecidos em suas capacidades e competências. 

No caso do sergipano que passou para medicina, a secretaria de educação fez uma prova de proficiência para conceder o certificado de ensino médio. A lei diz que ter nota acima 450 nas provas do Enem e mais de 500 em redação, concede a certificação para maiores de 18 anos sem necessidade de nenhuma prova adicional. Quer dizer que a idade deve ser mais importante que o conhecimento? Quer dizer que a Secretaria de Educação tem mais poder e capacidade de avaliação do que o Governo Federal? Quer dizer que um aluno jovem, que estudou além do que foi determinado para a sua faixa etária, tem um reconhecimento menor do que muitos marmanjos, que por vezes largaram os estudos, e hoje fizeram um cursinho para o vestibular e conseguiram notas muito inferiores a deles? 

Por que os maiores de 18, muitos dos quais com nem metade do conhecimento que nossos filhos têm, são aceitos como aptos e maduros, quando estamos cansados de saber que a idade não define nada disso? Por que o nosso país tem políticas para alunos abaixo da média, mas não as têm para alunos acima da média? Quando é que a meritocracia deixará de ser exceção para passar a ser regra? Quando bons alunos poderão colher os frutos do seu esforço pessoal sem precisar de intervenção do judiciário para isso? Uma coisa eu posso garantir: meu filho com 15 anos já estudou até hoje, muito mais do que muitos universitários formados. Não só na escola, mas também nos cursos que conquistou através das Olimpíadas de Matemática das Escolas Públicas.

Ao invés de termos que correr atrás da burocracia para brigar por seus direitos, deveriam ser "os grandes pedagogos da nação" que deveriam vir trazer para ele esse certificado com orgulho. Ele é aluno da rede pública de ensino e superou todas as adversidades, greves e falta de professores para chegar onde chegou. Nada é de graça. Cada ponto foi conquistado com muito esforço. Não é favor reconhecer isso. É uma obrigação de qualquer educador sério. O caso do meu filho se difere dos demais principalmente porque ele já faz um curso universitário especial concedido pela OBMEP.  "A Iniciação Científica (em matemática) é um programa que visa transmitir aos alunos cultura matemática básica e treiná-los no rigor da leitura e da escrita de resultados, nas técnicas e métodos, na independência do raciocínio analítico, entre outros.

O aluno participa em ATIVIDADES DE PESQUISA CIENTÍFICA OU TECNOLÓGICAS, orientadas por professores qualificados, NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR E DE PESQUISA. Com isso, pretende-se despertar a vocação científica do aluno, além de estimular a criatividade por meio do confronto com problemas interessantes da Matemática.

Ou seja, a Iniciação Científica Junior é considerada formação universitária e de pesquisa. Tanto é assim, que meu filho recebe bolsa do CNPq nesses 4 anos que participa do PIC Jr. São 4 anos de uma preparação especial em matemática coordenada pela UFRJ, justamente a universidade para onde foi aprovado pelo ENEM. Medalhistas olímpicos de matemática, podem fazer mestrado e doutorado no IMPA em qualquer idade e escolaridade, mas não podem ser liberados automaticamente para entrar na faculdade. 

Essa é a lógica ilógica do MEC e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Será que algum parlamentar, algum dia, vai dedicar-se a facilitar a vida dos olímpicos do conhecimento, dos homeschoolers e dos autodidatas?

Por: Carla Andrade é formada em psicologia e é uma das apresentadoras do programa Força, Foco & Fé, da Rádio Vox.