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sábado, 9 de julho de 2022

TCDF apura suspeita de superfaturamento no túnel de Taguatinga

Em relatório prévio de auditoria, técnicos do TCDF constataram possível sobrepreço em dois itens da construção. O gasto previsto com a obra seria de R$ 200 milhões, mas vai custar R$ 275 milhões aos cofres públicos 

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apura se houve superfaturamento na compra de dois itens da obra do Túnel de Taguatinga, iniciada em julho de 2020. Uma das grandes promessas de campanha  da gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), o empreendimento é tocado pela Secretaria de Obras do DF e pelo Consórcio Novo Túnel, formado pelas empresas Trier Engenharia, Eterc Engenharia e Geosonda. O TCDF mantém sob sigilo as informações até que o plenário do tribunal analise. A avaliação de possível superfaturamento é do corpo técnico da corte.
  
O indício de sobrepreço soma-se a outros problemas causados pela obra, cujo prazo inicial de entrega era 30 de junho de 2021 limite ampliado, em julho do ano passado, para 31 de outubro de 2022. 
A demora na finalização acarreta mais custos ao empreendimento, que já recebeu R$ 38 milhões a mais do que o planejado, em 10 termos financeiros aditivos. A princípio, o total da obra seria R$ 200 milhões, preço apresentado pelo consórcio vencedor da licitação. No entanto, a Secretaria de Obras afirma, agora, que o custo inteiro será de R$ 275 milhões.

Ao Correio, a Secretaria de Obras explicou que "o orçamento original da obra data de 2013" (veja mais em Memória). "Estamos em 2022, ou seja, esse orçamento passou pelos reajustes anuais previstos em contrato", alegou, em nota. A discrepância de preços não termina aí. O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) alega ter investido R$ 517 milhões, frutos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), repassados conforme a execução da obra, por meio do Programa Avançar Cidades. 

Procurada novamente pelo Correio, a Secretaria de Obras informou que o órgão é financiador do Corredor Eixo Oeste, do qual o Túnel de Taguatinga faz parte, "assim como a revitalização da Avenida Hélio Prates (R$ 68 milhões), o viaduto do Sudoeste (R$ 24,6 milhões), os viadutos do Setor Policial (R$ 9,1 milhões), a requalificação completa da via Epig (R$ 132 milhões) e a implantação do corredor de ônibus no Setor Policial (R$ 50 milhões). Todas essas obras juntas somam R$ 517 milhões". A junção dos custos, porém, chega a R$ 558,7 milhões.

Questionamentos
Quanto ao possível superfaturamento, a secretaria ressaltou que o relatório preliminar do TCDF apontou "algumas questões técnicas que serão prontamente respondidas pela equipe". A pasta destacou que "não há comprovação de superfaturamento, mas apenas questionamentos técnicos apontados pelo órgão de controle", a quem a secretaria chamou de "parceiro". O conselheiro responsável pela auditoria no TCDF é André Clemente, ex-secretário de Economia do governo Ibaneis. O Correio questionou as empresas do consórcio sobre o suposto sobrepreço, mas não recebeu retorno até o fechamento desta edição.

Professor da Universidade de Brasília (UnB), José Marilson Martins Dantas, especialista em controladoria, contabilidade e transparência no setor público, ressalta que os atrasos e os custos extras demonstram falta de planejamento. A necessidade de valores a mais não constitui, por si só, ilegalidade, porque a lei determina limite legal de 25% do preço inicial, tanto para mais quanto para menos. "O projeto recebeu aditivo de 19%, o que mostra falta de governança na construção e planejamento das obras públicas, com constantes reajustes, além de fragilidade e desafio na gestão de obras. Não faz sentido uma obra desse porte e com essa importância ter tantos aditivos assim", questiona.

O GDF atribui o atraso a "interferências imprevistas", como "redes de telefonia e internet que precisaram ser realocadas, postes de iluminação pública que também precisaram ser removidos e a necessidade de remanejamento da rede de distribuição de energia. Também foi necessário fazer atualizações no projeto durante sua execução, uma vez que muitas das normas válidas em 2013 não se aplicam à realidade de hoje", alega o governo local.

José Marilson, no entanto, não aceita as justificativas. "É uma obra previsível, em uma zona urbana. O GDF tinha as informações necessárias quando fez o projeto. Isso apenas ratifica a fragilidade da organização pública", lamenta o professor, que admite a naturalidade no surgimento de gastos inesperados. "Mas imprevistos como postes de iluminação e com esse volume de aditivos não fazem sentido", avalia. O especialista destaca, ainda, o prejuízo social que a demora na conclusão de projetos públicos acarreta. "Não é só uma questão financeira, mas gera expectativa na população e prejudica o planejamento da sociedade, dos empresários e da comunidade, para essa nova forma de circulação", conclui.

Aproveite e leia: MP de Contas da União pede que TCU trave pagamento de leitos desocupados em hospitais do DF

[Tem sentido pagar pelo que não está sendo utilizado? É tão estranho quanto planejar uma obra em um centro urbano, um túnel, e esquecer que postes de iluminação e outros serviços públicos terão que ser remanejados e isto custa dinheiro.]

Cidades - Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

INcompetência de Rollemberg cria mais um item em seu quarto ano de desgoverno = sem viaduto

Relatório do TCDF apontava necessidade de reparos em viaduto desde 2012

Desde então, nenhum reparo foi feito. Reportagens do Correio também mostraram precariedade no local 

ATUALIZANDO A SÍNTESE GOVERNO ROLLEMBERG:

Abaixo a síntese do governo Rollemberg:

Resumo do governo Rollemberg: 

primeiro ano - não tem dinheiro;

segundo ano - não tem aumento de salário;

terceiro ano - não tem água;

quarto ano - não tem voto nem NEM TEM VIADUTO

[prezados leitores: lembrem-se que a mesma inútil Câmara Legislativa do DF que aprovou esta lei e o governador que a sancionou  também expeliram uma lei que foi vetada por inconstitucionalidade e que proibia que os ônibus urbanos do DF transportassem passageiros em pé - o autor dessa lei foi o fantástico  e fenomenal 'bispo' Renato.] 

Abaixo falaremos mais sobre o resumo. Lembrem-se que 2018 é o quarto ano, SEM VOTO,  e para arranjar voto Rollemberg aplica o golpe da ampliação do metrô e realização de outras obras.

[INFELIZMENTE, por falta de manutenção, o DF tem outros viadutos correndo risco de cair] 

A possibilidade de um desastre no viaduto na DF 002 sobre o retorno da Galeria dos Estados não era uma novidade para o poder público. O alerta da precariedade da construção foi dado em 2012 pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e em várias matéria publicadas no Correio. A auditoria do órgão de controle - iniciada em 2011 e concluída em julho de 2012 -apontava que o local precisava de reparos e manutenção urgentes. Sete anos depois, nada foi feito e o resultado foi o desabamento registrado na manhã desta terça-feira (6/2). 

Além do viaduto sobre a Galeria dos Estados, outras seis construções públicas foram marcadas pela necessidade de manutenção e reparos urgentes pela auditoria do TCDF. A maioria, na zona central de Brasília. Inclusive o outro lado do viaduto onde ocorreu o acidente: o que fica sobre a via S2. O viaduto sobre a N2, ao lado do Conjunto Nacional e o estacionamento em frente ao mesmo shopping também estão sob perigo, segundo o relatório do TCDF.  A Ponte do Bragueto no Lago Norte, o viaduto no Eixo L entre as quadras 203/204 Sul, o viaduto do Eixo L entre as quadras 215/216 Sul também correm riscos, conforme apontou o relatório.

Corrosão das ferragens, deterioração do concreto e deficiências nas fundações foram constatado.


Para os especialistas ouvidos na época, em alguns casos, as reformas eram urgentes. Na época, a Novacap garantiu que a inspeção era feita com frequência e que nenhum viaduto corria o risco de cair. O GDF ainda previu um investimento de R$ 30 milhões na reforma de seis deles.  Na reportagem, o Correio lembrava que o Buraco do Tatu havia dado o primeiro sinal de saturação quatro anos antes, em 2006. Parte do asfalto havia cedido e uma cratera surgido na pista.

Desde então, especialistas se mantiveram preocupados com a situação dos viadutos da capital. Ao falar na segunda-feira (5/2) com o Correio, por conta do desabamento da garagem de um bloco na SQN 210, o presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape), Wilson Lang, afirmou: "O viaduto que pega o Eixão e Eixo L, o chamado ‘Buraco do Tatu’, foi construído junto com Brasília e há diversos relatórios que alertam sobre aquela estrutura", comentou.

Correio Braziliense

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Reajuste salarial é uma situação bem diferente de reajuste de ticket alimentação

TCDF concede reajuste salarial com base em lei inconstitucional

Enquanto integrantes do funcionalismo local acumulam três anos sem o reajuste do auxílio-alimentação, o Tribunal de Contas do DF (TCDF) autorizou um incremento de 1,94% no benefício dos 618 servidores da Corte, incluindo conselheiros e procuradores do Ministério Público de Contas. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF da última segunda-feira (15/1), com base no artigo 112, da Lei Complementar nº 840, de 2011, e será aplicada a partir de 1º de janeiro deste ano.

A legislação, no entanto, é a mesma usada como argumento pelo GDF para não conceder aumento aos servidores, pois foi julgada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) no ano passado. “Não houve reajuste nos últimos três anos e não há previsão de reajuste para 2018”, informou, em nota, a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Aumento exige lei específica
Na decisão, publicada em 6 de fevereiro de 2017, o relator, desembargador Jair Soares, definiu que o ” o preceito legal questionado permitia o aumento da remuneração de servidores sem prévia aprovação de lei específica, além de vincular esse reajuste a um fator de correção, o que é vedado tanto pela Constituição Federal”. O magistrado entendeu ainda que “o aludido reajuste anual constituía despesa que deveria ter dotação orçamentária prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob pena de afronta à Lei de Responsabilidade Fiscal”.

A correção prevista pelo TCDF deve ser automática pela inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e custará R$ 15.715,74 ao mês, segundo cálculos do tribunal.

Correio Braziliense 


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O nome disto é PALHAÇADA

Após ameaça de morte, conselheiros do Tribunal de Contas terão aula de defesa pessoal

Responsáveis por fiscalizar o uso do dinheiro público, os conselheiros do Tribunal de Contas do DF (TCDF) e os procuradores do Ministério Público de Contas do DF passarão por um curso de defesa pessoal. O reforço na segurança do órgão foi determinado mês passado após o presidente Renato Rainha ter sido ameaçado de morte através de uma carta anônima.

A aula será ministrada pela Polícia Civil e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que ensinarão os integrantes do TCDF a usar uma pistola .40, entre outras técnicas de defesa.

Vigilantes e alguns servidores do Tribunal também serão capacitados. Os motoristas do órgão terão aulas de direção ofensiva, defensiva e condução de autoridades.  Até a maneira ideal de usar as redes sociais deve fazer parte das aulas. Também serão adquiridos novos detectores de metais.

[o autor da idéia - seja o Rollemberg ou qualquer outro - deve estar de gozação.
Aulas de DEFESA PESSOAL para autoridades ameaçadas de morte?
Conheço bem o assunto DEFESA PESSOAL, em várias modalidades, e garanto que não pode, nem deve, ser apresentada como recurso para proteção de autoridades ou de qualquer pessoa que esteja ameaçada de morte.
No máximo, pode ser um complemento, um socorro, algo a ser usado em último caso, diante da falta, ou falha, de todos os outros.
 
São tantos motivos a fundamentar a recomendação de que a DEFESA PESSOAL não é o meio adequado, que é pura perda de tempo detalhar.
Mesmo assim, cito dois: 
- se a ameaça for para valer, quem vai executar certamente estará preparado para ser eficiente e preciso, com praticamente 100% de usar arma combinado com o fator surpresa;
- a DEFESA PESSOAL pode ser de grande eficiência em uma discussão que evolua para as vias de fato; se defender de uma tentativa de assalto, em que o meliante não esteja de arma em punho e seja o surpreendido; para se defender de uma tentativa de estupro.

Perguntas:
- que valia tem o ilustre conselheiro do TCDF ou qualquer outra autoridade possuir noções de DEFESA PESSOAL sendo alvo de uma arma de fogo manejada com habilidade e favorecida pelo fator surpresa?
- que adianta a ilustre autoridade circular com uma .40 sem ter a habilidade necessária para sacar, destravar e atirar?

Só espero que a infeliz ideia não tenha sido do presidente do TCDF, delegado Renato Rainha, que salvo engano foi delegado de polícia e entende do assunto.
Certamente o presidente do TCDF sabe que neste caso se reforça a segurança - escolta armada - e se investiga para identificar e prender os autores.

Rollemberg e seguidores parem de improvisar na Segurança Pública. Entregue a Segurança Pública para quem conhece do assunto.
Improvisos na Segurança Pública e na Saúde Pública vão causar mais mortes de inocentes.

Pare também de improvisar na Educação Pública e no Transporte Coletivo.

Ou será que vamos ter que fazer um abaixo assinado solicitando ao teu vice que te dê nova admoestação?]
 
 Fonte: Correio Braziliense

 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Governo Agnelo assalta cofres públicos até no aluguel de ninharias – a ordem era roubar, a petralhada previa ser questão de tempo a mamata acabar

Saúde gastou R$ 155,8 mil com aluguel de faqueiro, segundo TCDF

De acordo com relatório da corte, o valor é suficiente para comprar 314 conjuntos similares

A Secretaria de Saúde gastou R$ 155,8 mil com o aluguel de um faqueiro entre 2012 e 2014, aponta o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) em relatório. Um kit de 152 peças, que poderia, segundo a corte, ter sido comprado por menos de R$ 500 acabou por resultar na cifra após ser locado por 980 dias. O valor é suficiente para comprar 314 conjuntos similares. [o valor de mercado, atual, do faqueiro é inferior R$500; só que foi alugado por R$159, 99/dia, por 980 dias, resultando em uma despesa para os cofres públicos de R$ 155.820,00.
Aludido faqueiro deveria ter sido usado em 58 eventos, mas apenas dez desses tiveram realização comprovada.]

O texto aponta que a pasta não demonstrou compatibilidade entre o valor do contrato e a média de mercado. O kit deveria ter sido utilizado em 58 eventos, mas apenas 10 desses tiveram realização comprovada. De acordo com o TCDF, órgãos públicos têm obrigação de apresentar estudos que comprovem ser mais rentável um aluguel em comparação com a compra de produtos. No relatório, os técnicos afirmam ter encontrado faqueiros com 76 peças semelhantes às do locado por R$ 640 e outro, de 91, por R$ 248.
A reportagem tentou contato com o ex-secretário de Comunicação André Duda e com a ex-secretária de Saúde Marília Coelho Cunha, mas não obteve retorno até o momento da publicação.
Fonte: Correio Braziliense