Hoje se
observa com clareza solar o descomunal esforço feito pela esquerda para transformar o Brasil no “tubo de ensaio” do renascimento
da experiência socialista/comunista, mesmo após o seu “nocaute” -
com a queda do Muro de Berlim e a
extinção da União das Repúblicas Socialistas da União Soviética - URSS,
respectivamente, em 1989 e 1991 - na versão
concebida pelo filósofo marxista, membro fundador e ex-Secretário
Geral do Partido Comunista da Itália,
Antonio Gramsci.
Sabidamente
a doutrina de Gramsci tinha como método a implantação do comunismo pela via
pacífica, descartado qualquer método violento, mais ou menos nos moldes antes
defendidos pela corrente
revolucionária russa “menchevique”, em
contraposição à “bolchevique, liderada por Lenin, que ao final venceu com muito
sangue derramado a Revolução Russa de outubro de
1917,derrubando o regime dos “Czares”. Gramsci
queria chegar ao socialismo, pacificamente, criando assim o clima necessário para
implantação definitiva do comunismo, ou marxismo, com alguns “temperos” de sua
autoria, em relação à doutrina original de Marx.
Mas em toda
a marcha da civilização jamais havia surgido no mundo uma população tão bem
“moldada” para receber um programa socialista
“experimental”, testando na própria carne a doutrina do pensador
italiano, o gramscismo. O Brasil da segunda metade do Séc. XX tinha o perfil ideal
para que se implementasse essa experiência. É claro que
os grandes pensadores socialistas não iriam tomar a frente dos trabalhos para convencer o povo
brasileiro das “maravilhas” do socialismo.
Os líderes
gramscistas vislumbraram esse “palco” ideal no Brasil. E não perderam tempo.
Começaram a selecionar dentre os trabalhadores
semianalfabetos os que já tinham se infiltrado na política - e que nem
possuía as condições intelectuais necessárias para saber ao certo o que
significava essa “doutrina”- para que promovessem no Brasil os interesses
da esquerda. E foi justamente essa a
“identificação” que os trabalhadores/candidatos tiveram com a maioria do povo
brasileiro, e que propiciou a sua ascensão rápida na política,
através do voto, especialmente de 2002
para a frente. Esses
trabalhadores ”novatos” na política partidária, geralmente saídos dos
sindicatos, apesar da íntima “aversão” que tinham ao trabalho propriamente
dito, souberam como ninguém fazer “política” e ascender aos cargos eletivos nos Poderes Executivo e
Legislativo. Elegeram-se, com facilidade, vereadores, prefeitos, deputados
estaduais e federais, senadores, governadores e até presidentes da república,
com Lula e Dilma.
Mas essa
experiência do comando político da esquerda, do gramscismo, no Brasil ,deu
pífios resultados. Foi um verdadeiro desastre. Nesse nefasto período em que a
esquerda passou a participar da política, mandando, parcialmente, de 1985 a
2002, e quase totalmente a partir
daí, após a posse de Lula, nunca se roubou tanto do erário. Muitos
garantem que o “roubo” nesse período teria sido em torno de 10 trilhões de
reais, equivalente a cerca 1,5 do PIB
Brasileiro. Essa gigantesca quantia foi estimada pelo Juiz e hoje Ministro da
Justiça, Sérgio Moro.
Pois bem,
durante todo esse período da roubalheira generalizada, tudo passou em “brancas
nuvens” pela mídia. Embora sempre “atenta” a todos acontecimentos, para a
roubalheira petista que praticamente “quebrou” o país, ela nada viu, ouviu,
falou ou escreveu. Seu silêncio foi “sepulcral”. Onde estava
essa mídia durante toda a roubalheira do PT “et caterva”? Só tem uma resposta:
quietinha, comprada e faturando muito alto!!! Mais parece
que nos poucos meses da Gestão Bolsonaro a mídia ficou “doente”. Não sei se foi doença “mental”, ou “moral”. Mas tudo
leva a crer que foi doença “moral”. Essa mídia começou a
enxergar “miragens”. Mas foram “miragens” diferentes. Não se restringiram a ver
malfeitos na política que não mais ocorriam desde 1.01.19. Foi uma “miragem”
estapafúrdia. Que trouxe acontecimentos do passado como se estivessem acontecendo
no presente. Lançou na conta de Bolsonaro o que era devido pelo PT, e que teve
a sua cobertura midiática.
Resumidamente,
o relativo sucesso do gramscismo no
Brasil se deve ao atingimento dos seus objetivos de tomada do poder político, iniciando
pela ocupação dos principais espaços da mídia/meios de comunicação, do comando
nas Escolas e Universidades, da infiltração na própria Igreja, onde logrou
êxito na “doutrinação” de uma infinidade de religiosos, e na ocupação dos
cargos mais relevantes da Política, da Administração Pública e do próprio
Judiciário, onde conseguiu colocar uma grande quantidade de “filhotes” do gramscismo, inclusive como
juízes, desembargadores, e ministros de tribunais superiores. Não escaparam nem
as Forças Armadas da sua infiltração. Nesse ponto, “Nota 10” ao gramscismo.
Deu para
entender as razões do silêncio da mídia
e das diversas autoridades públicas
durante os longos anos da roubalheira do PT ? E por que alguns
resolveram “acordar” somente após o surgimento do escândalo do “mensalão”, dos
anos 2005 e 2006? Mas surpreendentemente
essa mídia, antes mancomunada com o PT,
resolveu romper com o seu silêncio. Mas “rompeu” no momento totalmente
errado. Agiu como se estivesse com a “faísca atrasada”. Acordou só depois de
muito tempo em que deveria ter visto e
denunciado o que se passava de
irregular na política, da roubalheira que acontecia.
Só
“acordou” no Governo Bolsonaro,que tomou
posse em 1º de janeiro de 2019, fazendo um enorme esforço para criar
irregularidades que não existem,fictícias. Como explicado antes, foi pura
“miragem”. Mas esse
fenômeno lamentavelmente não foi “privativo” da mídia. Ele aconteceu também nos
de cargos preenchidos por concurso público, com “estabilidade”, dentre eles
os servidores públicos, e alguns “agentes
políticos” concursados (juízes,por exemplo). Hoje
qualquer concursado com estabilidade se acha no direito de transformar o país
na “Casa-da- Mãe-Joana”, onde todo mundo
manda e ninguém manda, ao mesmo tempo. Uns “metem o bedelho” onde não deveriam, nem poderiam, inclusive invadindo competências
da alçada exclusiva do Presidente da República.
Qualquer
juiz da Comarca de “Cacimbinhas”, por exemplo, se acha no direito de ditar
normas administrativas de repercussão NACIONAL para o Presidente da República
cumprir. Como poderá funcionar um Governo se ele depender da “cabeça”
individual de cada um dos milhares de juízes espalhados por todos os cantos do
país?
Esse é
verdadeiramente o típico reduto da “Casa-da-Mãe-Joana”. Como conceber, por
exemplo, que um só juiz possa “determinar” políticas nacionais sobre radares em
rodovias ou sobre verbas a serem distribuídas pelo Ministério da Educação para
as Universidades?