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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Vem aí o Bolsa Capitão - O Globo


Por Bernardo Mello Franco


MAQUIAGEM ELEITOREIRA

Antes de sonhar com o Planalto, Jair Bolsonaro era um crítico feroz do Bolsa Família. Em 2011, ele disse que o programa serviria para transformar “pobres coitados” e “ignorantes” em “eleitores de cabresto”. “Não interessa ao PT fazer com que o povo tenha cultura, emprego, trabalho, porque vai perder esse curral eleitoral”, pontificou. Segundo o então deputado, transferir renda aos mais pobres significava empurrar o país para o comunismo. Seria preciso “colocar um fim” ao programa antes que o Brasil virasse uma “ditadura do proletariado”. Os microfones da Câmara aceitam tudo, mas o Muro de Berlim já estava no chão desde 1989. 

Leia também: O deboche de Paulo Guedes

Ao subir a rampa, o capitão mudou o discurso. Passou a se dizer um defensor do Bolsa Família, embora seu governo tenha recriado a fila do benefício. Agora ele pretende rebatizar o programa. O novo nome será Renda Brasil, confirmou ontem o ministro Paulo Guedes. A mudança tem um objetivo claro: Bolsonaro quer se apropriar de uma vitrine associada à oposição. Ele poderia fazer isso se melhorasse o programa e ampliasse o número de beneficiários. Preferiu o caminho fácil da maquiagem eleitoreira.

[as palavras do então então deputado Bolsonaro  foram e continuam sendo certas e adequadas.
A solução é ajudar os necessitados, mas ao mesmo tempo desenvolver políticas que propiciem aos 'eleitores de cabresto' oportunidade de sair da dependência. Propiciar tal oportunidade é uma das razões que tornam imperativa a reeleição do presidente Bolsonaro em 2022.
Qual o motivo da necessidade? o Presidente Bolsonaro precisa de mais um mandato para governar e propiciar a libertação dos eleitores de cabresto.
O atual mandato - conferido por quase 60.000.000 de eleitores - se tornou insuficiente devido o fato de em 2019 não pôde governar - o Poder Executivo sofreu boicote sistemático de um dos Poderes irmão, ato sempre convalidado pelo outro irmão.
Em 2020, a pandemia desmontou qualquer perspectiva  de governar - brutal recessão com queda geral do PIB mundial, incerteza quanto ao fim da covid-19 (a bilionária OMS em um dia emite uma recomendação e no seguinte revoga. Os especialistas a cada dez dias adiam a data do inicio do achatamento da curva.)
O ministro Guedes, apesar das restrições a algumas ideias que defende,  agiu com dignidade: teve a coragem de reconhecer que pobres não faziam parte do seu cotidiano - o importante é que agora integram seu dia a dia, o que resultará em melhoras para eles (nós)  e para o Brasil.

O presidente Bolsonaro sofre marcação tão cerrada, que é o único chefe de Estado que até seus exames de saúde não estão protegidos por sigilo.
Se realizar um exame de fezes - cocô na linguagem dele - e não divulgar o resultado aos quatro ventos, algum paladino de nenhuma causa vai ao Supremo e o presidente será compelido a divulgar os resultados.]

Os últimos meses ensinaram ao governo que socorrer os pobres não é só uma ação humanitária. Graças ao auxílio emergencial de R$ 600, Bolsonaro recuperou popularidade na base da pirâmide social. Isso compensou parte de sua queda na classe média, irritada com o descaso federal pela pandemia. Guedes revelou que o coronavírus teve outra utilidade. “Aprendemos que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis”, disse, referindo-se às pessoas que se cadastraram para receber o auxílio. Aos 70 anos, o economista parece ter descoberto a existência dos pobres. Mesmo assim, o governo ainda é traído por seus instintos.

Na quinta passada, o Ministério da Economia transferiu R$ 83,9 milhões do Bolsa Família para a Secretaria de Comunicação. A verba social seria torrada em propaganda. Ontem a pasta foi obrigada a voltar atrás. Não pelo absurdo da ideia, mas para evitar problemas com o Ministério Público e o TCU.

 Bernardo Mello Franco, colunista - O Globo