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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Cheirava mal - Aluno do colégio abriu fogo contra adolescentes dentro de sala de aula

Aluno que matou 2 em escola de GO é filho de PMs e usou arma da corporação, diz polícia

Mães de alunos relatam pânico após ataque a tiros em colégio em Goiânia

A mãe de uma das crianças que estava na mesma sala em que ocorreu o tiroteio que deixou dois mortos e quatro feridos no colégio Goyases, em Goiânia, nesta sexta-feira, contou que a filha, de 13 anos, relatou momentos de pânico na sala de aula após os disparos. A jovem, estudante do oitavo ano, disse que em um primeiro momento achou que o barulho dos tiros era de estalos de bombinhas. Depois, quando viu a arma, que segundo ela seria uma pistola, saiu correndo do local.
Colégio Goyases após ataque a tiros - Reprodução / Facebook

Os dois mortos eram amigos da adolescente, assim como os quatro feridos. Segundo a mãe dela, Carolina Matos, de 37 anos, a estudante está muito nervosa e inconsolável com as cenas de violência. — Quando minha filha viu que eram mesmo tiros, saiu correndo da sala. Ela chegou a ver alguns colegas feridos e está muito abalada porque perdeu dois colegas. Ao sair, ela teve tempo só de pegar o celular e ligar para mim. Fui correndo para a escola e a encontrei muito nervosa, houve uma comoção muito grande — disse a analista de sistemas, que preferiu não revelar o nome da filha.

A aluna está no colégio há quatro anos e tem uma prima, do sexto ano, que também estuda lá. Carolina disse ainda que nunca houve uma situação semelhante dentro da escola.

DESESPERO NA SAÍDA
A autônoma Jane Martins estava na porta do colégio para buscar a filha, do 9º ano, quando se deparou com o desespero e a correria. Segundo ela, os estudantes da instituição só deixam o prédio se os pais se identificarem na porta. Ela relatou que, às 11h40m, ao ver os adolescentes em fuga, pensou se tratar de um assalto dentro do colégio. Com um sobrinho de 3 meses no colo, ela e uma irmã se desesperaram e forçaram a entrada em meio à multidão que saía.— Conseguimos entrar enquanto um menino saía baleado. Ele levou um tiro nas costas. Me desesperei na hora. Minha filha e meu sobrinho estudam lá, e eu achei os dois e coloquei dentro do banheiro de uma loja. Falei para não saíram de jeito nenhum. A gente nem sabia o que estava acontecendo. Poderia ter acontecido em qualquer lugar. É muito triste com as vítimas — contou a mãe, que conhecia o atirador de vista em reuniões e festas da instituição.

A aluna do 9º nono, cuja sala fica ao lado da atacada pelo atirador, contou o horror do momento em que os estudantes notaram o ataque. — Estou muito abalada. Foi horrível. Eu tinha acabado de sair de lá. Eu estudo na sala do lado. Já tinha dado meu horário, e eu estava na quadra quando todo mundo da sala do 8º ano saiu correndo e gritando. Eu nunca falei com ele. Só conhecia de vista. É muito triste. Nada justifica uma coisa dessas — destacou a jovem. Segundo ela, uma amiga confirmou que o atirador era criticado por supostamente cheirar mal. Alunos teriam dito que levariam desodorante para ele.

VÍTIMA DE BULLYING, ATIRADOR ERA CONSIDERADO TRANQUILO
De acordo com a irmã de Carolina Matos, Juliana Gomes, que também tem uma filha no Colégio Goyases, o atirador era visto como um jovem tranquilo. — Não o achava assustador, nada indicou que ele pudesse fazer isso — disse.

Juliana disse que sua filha estuda em uma sala bem próxima de onde houve o ataque. Segundo ela, a menina não entendeu o que estava acontecendo quando ouviu os disparos.

— Ela não está acostumada com essa violência. Quando vi minha filha, ela não falou nada. Só chorou desesperadamente. Agora está tentando absorver tudo o que aconteceu. E ainda acabamos de receber um telefonema dizendo que o amigo delas João Vitor morreu — concluiu a mãe e a tia das alunas do Colégio Coyazes, muito emocionada.

Ainda segundo Juliana, a sobrinha estuda na mesma sala do atirador costumava se sentar a duas carteiras do adolescente, que sofria bullying na escola. Ela disse que a menina contou para a família que o primeiro disparo foi feito dentro da mochila dele.— Diziam que ele tinha um cheiro forte de cecê. Um colega uma vez levou um desodorante e borrifou nele. É algo pesado. Ele deu tiro para cima e depois mirou em um colega que estava atrás dele que implicava muito por causa do cheiro. Um dos colegas foi atingido na costela e a professora orientou para que todos saíssem e evitassem o tumulto. Na sala da minha filha também houve essa orientação, mas alguns quiseram buscar os irmãos da ala da educação infantil. Quando eu cheguei, estavam todos sentados no muro em volta da escola — afirmou.

 Fonte: O Globo

domingo, 27 de agosto de 2017

INsegurança pública no DF - família morre atropelada por carro dirigido por adolescente embriagado

Família morre após ser atropelada por um adolescente no Gama

Segundo a Polícia Militar, o jovem apresentava sinais de embriaguez e carro que ele conduzia capotou após se chocar com um poste e atingiu a família de cinco pessoas que andava pela pista de cooper 

Duas mulheres e um bebê de seis meses morreram na manhã deste domingo (27/8) após serem atingidas pelo carro de um adolescente no Gama Oeste. De acordo com a Polícia Militar, o veículo capotou após se chocar com um poste e atingiu a família de cinco pessoas que andava pela pista de cooper da Quadra 24.

As mulheres e o bebê morreram no local do crime. O idoso chegou a ser levado ao hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e a primeira informação da Polícia Militar do DF constava que o avô da criança, Mun Sun Go, havia morrido. No entanto, o subtenente Erivelton da Silva informou, por volta das 11h, que o idoso havia sido socorrido e está em estado estável no Hospital Regional do Gama (HRG). Uma criança de 2 anos sobreviveu e foi levada também ao hospital, com pequenas escoriações.

As vítimas foram identificadas como Ruth Ester de Jesus Carvalho, 22 anos, e Gabriela de Jesus Carvalho, 19. Moradores da região afirmaram que a família é bastante reservada e o idoso não era brasileiro, mas coreano.

Uma vizinha que não quis identificar diz que eles faziam esse trajeto diariamente para ir ao comércio e resolver outros afazeres. "De manhã ou tarde, sempre passavam por aqui. Fico imaginando se isso acontece durante a semana, várias pessoas fazem caminhada", relata.
 
 Vanessa Quintino, 20 anos, mora em frente ao local do acidente. Ao ouvir um barulho forte, saiu junto com outros vizinhos para ver o que tinha ocorrido e presenciou a cena. "Tinha muita poeira e uma criança em pé sozinha. Segurei ele para não ir na pista e para não ver a a situação das duas mulheres. A única coisa que dizia era carro", contou. 


O jovem, que apresentava sinais de embriaguez, tentou fugir, mas foi detido próximo a um matagal. De acordo com a corporação, ele foi encaminhado para 20ª Delegacia de Polícia (Gama). Por se tratar de um menor de idade, a ocorrência está sendo registrada na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). O adolescente tem antecedentes por roubo e está sob investigação de homicídio.

A polícia confirmou o estado de embriaguez do jovem e também a informação de que o carro um Hyundai Azera, de cor preta, placa JIY 3006 DF, era de propriedade do pai do jovem.  Devido ao acidente, o trânsito ficou interditado e a Companhia Energética de Brasília (CEB) foi até o local por conta do poste que foi danificado. A Polícia Militar do DF ficou no local aguardando a perícia.

 

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Já atingiram meu olho, mas não vão me calar', diz professora agredida

Professora agredida em SC pede que país 'volte a valorizar a educação'

Agredida por um aluno dentro da escola em que trabalha, a professora Marcia Friggi, 51, pediu nesta terça-feira (22) que o país "volte a valorizar a educação" e que alunos e pais de alunos "voltem a respeitar os professores". 


  A professora Marcia Friggi, 51, agredida no interior de Santa Catarina por aluno de 15 anos

"Precisamos voltar a valorizar a educação e a cultura. Precisamos voltar a respeitar os pais, os professores, os mais velhos. O Brasil está esquecendo disso", disse à Folha. Na segunda (21), ela foi agredida a socos por um aluno de 15 anos em Indaial (145 km de Florianópolis). 



A professora publicou na internet fotos em que aparece com corte na testa e com hematoma no olho direito, e desde então vem sendo tratada nas redes sociais como uma espécie de "símbolo do descaso com a educação".  "Infelizmente, isso [agressão] não ocorre só comigo. Vários professores passam por esse problema diariamente. Isso [violência] precisa mudar. Nosso país só vai conseguir melhorar se melhorar a educação." Marcia disse que ainda não consegue abrir o olho direito. "Não estou bem nem fisicamente, nem emocionalmente." 

POLÍCIA
De acordo com relato da professora à Delegacia de Polícia Civil de Indaial, a agressão aconteceu às 10h de segunda-feira no Ceja (Centro de Educação de Jovens e Adultos) da cidade. Era a primeira aula dela com o aluno. No depoimento, Marcia contou que o rapaz se irritou quando ela pediu para ele tirar o livro de cima das pernas e colocá-lo sobre a mesa de estudos. O aluno teria se recusado e a xingado. 

Ainda segundo o depoimento, a professora pediu para o aluno se retirar da sala e ir até à direção. No caminho, segundo a educadora, o rapaz jogou o livro em sua direção, não a atingindo. A agressão aconteceu na sala da direção. Marcia diz ter levado três socos, a ponto de cair contra a parede. Segundo ela, o aluno "é alto, é forte, é um homem". A professora é magra e mede 1,65 m.
O delegado José Klock afirmou que a professora estava machucada no momento do registro da ocorrência e que ele chamado à delegacia e que a polícia ouvirá testemunhas da agressão. 

ANTECEDENTES
O conselheiro tutelar Jair Gilmar Gonzaga informou que o aluno denunciado pela professora já "precisou de encaminhamentos anteriores" da repartição, mas não detalhou os motivos. Limitou-se a dizer que foi por "problemas" nas escolas em que já estudou. "O que podemos dizer é que nunca tivemos um caso de agressão com esta magnitude aqui na cidade. É algo atípico", disse. 

Uma professora da rede municipal da cidade ouvida pela reportagem disse que o aluno "é agressivo" e que está no Ceja porque não conseguiu fazer os ensinos básico e fundamental com os colegas da mesma faixa de idade. "Ela já bateu em colegas. Bateu até na mãe. É um garoto com problemas sérios de relacionamento, sem orientação", disse a professora, que pediu para não ser identificada. 

EXPERIÊNCIA
A professora Marcia Friggi trabalha em mais de uma escola de Indaial, cidade de 65 mil habitantes. Marcia é professora de Língua Portuguesa. Está no magistério há 12 anos. Ela ficará sete dias em casa, de atestado. Colegas a descrevem como "uma pessoa comedida". "A professora Marcia é uma profissional respeitada. É uma pessoa comedida. Sempre respeitou os alunos", disse Andrea Cordeiro, coordenadora de uma escola onde a professora leciona. 

A agressão contra ela foi comentada até por pessoas e entidades fora do âmbito da educação. "Episódios como o da agressão à professora são emblemáticos e não podem ser aceitos, sob hipótese alguma. As medidas socioeducativas pertinentes precisam ser adotadas", disse Glauco José Côrte, presidente da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina). 

"A ampla repercussão do ocorrido precisa ser o ponto de partida para uma reflexão sobre o valor do professor para a sociedade. O respeito aos valores e à dignidade humana começa em casa. Jamais pode ser delegado à escola", disse ele.  Nesta terça, Marcia afirmou que o comportamento do aluno "é reflexo da falta de respeito que ocorre em toda a sociedade" e que "na sala de aula isso vem à tona". Marcia disse que tem recebido milhares de mensagens de carinho, mas que também vem recebendo "manifestações de ódio", o que "não [lhe] surpreende".
Ela afirmou que não tem expectativas sobre o que vai acontecer com o aluno. "A minha parte eu fiz. Não me acovardei. Procurei a polícia, fiz corpo de delito. Agora não é mais comigo." 

OUTRO LADO
A reportagem não conseguiu contato com o aluno acusado de agressão, nem com a família dele. Os nomes do rapaz e dos pais não foram fornecidos pelo Ceja, pela Secretaria de Educação, pela Polícia Civil, pelo Conselho Tutelar e pelo juizado da Infância e Juventude.
Até a tarde desta terça, ele também não havia sido ouvido formalmente por nenhuma entidade que pudesse, indiretamente, fornecer sua versão. A promotoria da Infância e Juventude de Indaial informou que o caso "ainda não foi formalizado" e que provavelmente correrá em segredo de justiça porque se trata de adolescente. 

A direção do Ceja não comentou o assunto. Informou que só a Secretaria de Educação do município falaria sobre o caso. Em nota, a pasta confirmou a agressão, informou que prestou apoio à professora e declarou que repudia "qualquer tipo de agressão moral ou física independentemente da motivação". "A Secretaria de Educação está acompanhando todos os fatos e continuará prestando o apoio necessário à professora", diz o texto. A nota não faz alusão ao aluno. 

O prefeito de Indaial, Andre Moser (PSDB), informou nesta terça que a situação escolar do aluno será discutida nos próximos dias e que a agressão já foi comunicada às autoridades competentes. [esse  marginal é mais um beneficiado pela estúpida determinação legal que impede que menores de 18 anos sejam penalizados quando cometem 'infrações' - no Brasil menor não pode ser preso e sim apreendido e não comete 'crimes' e sim ato infracional.]

Fonte: UOL -  Folha de S. Paulo



á atingiram meu olho, mas não vão me calar', diz professora agredida... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2017/08/22/ja-atingiram-meu-olho-mas-nao-vao-me-calar-diz-professora-agredida.htm?cmpid=copiaecola
Já atingiram meu olho, mas não vão me calar', diz professora agredida... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2017/08/22/ja-atingiram-meu-olho-mas-nao-vao-me-calar-diz-professora-agredida.htm?cmpid=copiaecola
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domingo, 6 de agosto de 2017

Paquistão ordena estupro de uma adolescente como castigo por outro abuso

O outro abuso foi cometido pelo irmão da adolescente, ele estuprou uma menina de 12 anos 

Uma adolescente foi estuprada no leste do Paquistão, mas, em sua aldeia, isso não configurou um delito. Na verdade, foi o conselho local que ordenou o estupro, como punição por um crime semelhante cometido por seu irmão. O conselho de "sábios", também conhecido como "panchayat" ou "jirga", pediu, em meados de julho, para um homem estuprar essa menina de 16 anos, como reparação pelo insulto que tinha sido infligido em sua irmã, de 12.

"Que Deus tenha piedade de nós, que dia estranho e que a injustiça", lamenta Amina Bibi, moradora de Raja Jam, lembrando do abuso duplicado na pequena vila, com 3 mil habitantes, situada na província de Punyab. "Na nossa região, não temos nem escola nem hospital, imperam a pobreza e a ignorância. Esse incidente é um reflexo da ignorância", afirma Imtiaz Matia, vizinho de 46 anos.

Depois do ocorrido, as duas jovens foram acolhidas em um refúgio para mulheres aberto neste ano, graças a uma legislação adotada em 2016 pela província, que garante novos direitos e proteção maior. O refúgio fica em Multán, a poucos quilômetros de Raja Ram, mas a distância entre o povoado e a cidade parece gigante. 


'Honra da família'
Em lugares como Raja Ram, os "panchayat" ainda são considerados o autêntico sistema de justiça, e os tribunais paquistaneses, baseados no sistema britânico, são vistos como um fenômeno externo. "Nos tempos dos nossos antepassados, já havia conselhos locais", lembra-se Manzoor Husain.

Os tribunais podem levar anos para julgar um caso, enquanto os conselhos rapidamente dão sua sentença. Essas assembleias de "sábios" suscitam, contudo, cada vez mais críticas, devido a decisões controversas, sobretudo quando se trata de mulheres. "Tudo neste sistema é baseado na honra, e não tem nada mais desonroso para uma família que o estupro de uma filha", explica a militante feminista Aisha Sarwari. "Os homens da família do agressor devem, portanto, sofrer a mesma desonra que os familiares da vítima", aponta.

Um "panchayat" ficou muito conhecido em 2002, por condenar ao estupro coletivo uma mulher chamada Mujtar Mai, cujo irmão tinha sido acusado erroneamente de estupro. Mai, que morava na província de Punyab, a algumas horas ao norte de Multán, tomou então uma decisão pouco usual no Paquistão: denunciou os agressores na Justiça. Eles foram, contudo, perdoados, os conselhos locais continuaram na região, e Mai virou defensora dos direitos das mulheres.

O Supremo Tribunal tentou dar fim a essas assembleias tradicionais e tornou-as ilegais em 2006. Contudo, para tentar acelerar a Justiça, o governo voltou a autorizá-las para resolver conflitos locais.  A "lei das jirga", como chamam as feministas, preocupa muita gente, ainda que, desta vez, a decisão do conselho de Raja Ram convenceu a Justiça a abrir uma investigação sobre o caso.  

 

Fonte: Correio Braziliense

 

 

sexta-feira, 16 de junho de 2017

O garoto da testa tatuada é símbolo de um tempo em que primeiro se pune e depois se investiga

"Eu sou ladrão e vacilão". 

O adolescente que teve a testa marcada por homens comuns, que se querem - e devem ser - honrados, traduz aquilo que, como sociedade, fizemos do que fizeram de nós. 

Nem a vítima nem seus algozes sabiam que ali estava um emblema destes dias. Quando um historiador decidir esmiuçar o Zeitgeist, o espírito deste tempo, há de se debruçar sobre esse evento aparentemente irrelevante para concluir que ele revela uma mentalidade, plasmada, sim, pelas vicissitudes do cotidiano, pela vida e seu ofício, pelas dificuldades que todos experimentamos, afinal, na própria pele. Mas não só isso. Todos temos também um juízo de valor sobre o poder, seus agentes e o bem ou mal que nos fazem. 
 
Jovem tem testa tatuada após suposta tentativa de furto de bicicleta 

Aproveitando a carona


Aquele historiador há de proceder como o norte-americano Robert Darnton no excelente "O Grande Massacre de Gatos e Outros Episódios da História Cultural Francesa". Em seis capítulos, ele expõe o modo de pensar da França do Século 18, na passagem do Antigo para o Novo Regime, por intermédio da análise de narrativas populares. Uma delas trata de um episódio ocorrido ali por 1730. Operários de uma tipografia da rua Saint-Séverin, em Paris, resolvem matar todos os gatos da vizinhança. Na origem do massacre, a revolta contra o patrão e as aviltantes condições de trabalho. A matança começou por "La Grise", a gata predileta da mulher do seu algoz. 

Seria então o massacre mera metáfora da revolta do trabalho contra o capital? Darnton vai além dessa facilidade. Os gatos já não gozavam de boa reputação - trariam algo de maligno. Havia a tradição de torturá-los no Carnaval e outras festividades. O ódio episódico desencadeou a matança, mas esta não teria acontecido sem um lastro cultural. 

Aquele acusado de ser um "ladrão de bicicleta" teve, segundo rosnou a extrema-direita nas redes sociais, o merecido tratamento. A extrema-esquerda não chegou a transformá-lo num herói, mas ensaiou o discurso das iniquidades sociais, o que é factualmente falso. Notem que o rapaz não foi espancado, linchado ou submetido a barbaridades típicas dessas situações. Ele foi "marcado". O que interessa é submetê-lo ao opróbrio. A questão concerne à política. Rodrigo Janot, procurador-geral da República, manipulava o instrumento que gravou a testa do garoto. Exagero retórico? Estamos no terreno de simbolismos reveladores. 

Então não é isso o que vem fazendo dia após dia, com a nossa - da imprensa - diligente colaboração, o MPF? Todos os políticos, de todas as tendências e matizes, trazem na testa "Eu sou ladrão e vacilão". É um truísmo: as pessoas fazem justiça com as próprias mãos quando não confiam naquela que lhes oferece o Estado. Sentem que precisam se proteger e purgar os pecados do mundo. E então se têm os bodes expiatórios, os gatos expiatórios, os homens expiatórios. E serão brutais segundo suas tradições e superstições. 

A miséria moral é ainda maior: juízes estão a fazer justiça com a própria toga. Procuradores estão a fazer justiça com a própria página no Facebook. Especuladores disfarçados de jornalistas estão a fazer justiça com suas próprias apostas na variação cambial. Um amigo, de um tempo extinto, está lendo "Dos Delitos e das Penas", que Cesare Beccaria escreveu aos 26 anos. Deveria ser obrigatório a todos os jornalistas, mais aos investigativos. Destaca um trecho e me manda por WhatsApp: "O verdadeiro tirano começa sempre reinando sobre a opinião; quando é senhor dela, apressa-se a comprimir as almas corajosas, das quais tem tudo que temer porque só se apresentam com o archote da verdade, quer no fogo das paixões, quer na ignorância dos perigos." 

Entendi. O "janotismo" tentou me marcar e busca gravar o seu emblema, como tatuagem, na testa de qualquer um que rejeite o fascismo de esquerda como consequência natural da caça aos ladrões. 

Fonte: Folha de S. Paulo - Coluna do Reinaldo Azevedo

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

INsegurança Pública - Policia Militar do DF é expulsa a pedradas ao tentar conduzir um menor para a Delegacia

Moradores do Itapoã atacam e expulsam PMs a pedradas durante apreensão

A agressão aconteceu no momento em que os PMs apreendiam um adolescente suspeito de ato infracional análogo a roubo

Uma equipe da Polícia Militar foi atacada a pedradas por moradores do Itapoã. O incidente aconteceu em um domingo, dia 8, e foi filmado por pessoas que também incentivaram a atitude dos vizinhos. A agressão aconteceu no momento em que os PMs apreendiam um adolescente suspeito de ato infracional análogo a roubo. Em uma das filmagens de celular é possível ver o jovem tentando fugir do militar que consegue colocá-lo no carro após imobilizá-lo.

Ao mesmo tempo, as pessoas gritavam e atiravam pedras contra o carro da corporação. Outra filmagem mostra o momento em que o policial entra no carro para sair com o automóvel. Um morador da região vai até o veículo e abre o porta-malas, para libertar o suspeito, preso na parte de trás. Um dos integrantes da equipe atira para cima e a pessoa recua. O mesmo PM fecha a porta e volta para a viatura.

Veja o vídeo: Moradores do Itapoã jogam pedras em viaturas de policiais

 [talvez a PSICOLOGIA explique as razões de policiais militares, em plena Capital da República, serem expulsos a pedradas  quando tentam cumprir com o DEVER.

No DF acontecem coisas que só a PSICOLOGIA para explicar: - por desleixo e incompetência do governador Rollemberg criam um racionamento de água e a atividade mais prejudicada é a Saúde Pública: esqueceram de mandar um carro pipa para abastecer a UPA da CEILÂNDIA que teve que parar total por falta de água até para lavar as mãos; 

- governador vive as turras com o vice-governador; como não pode demiti-lo do cargo de vice o demite do cargo de administrador regional;

nomeia secretária de Segurança Pública uma psicóloga. Resultado: policiais militares em serviço de patrulhamento são expulsos a pedradas.]

Incentivo ao desrespeito

pessoa que está filmando incentiva o vizinho a abrir o carro novamente. “Desce, parceiro. Abre de novo, Piauí. Abre. Abre. Abre”, ele grita. Na sequência, mais pessoas começam a jogar pedras no veículo. Eles pedem reforço, mas decidem deixar a região. Os militares levaram o suspeito para a Delegacia da Criança e do Adolescente da Asa Norte (DCA I).


Segundo a comunicação da PM, após a confusão
, “a vítima não quis comparecer à delegacia para prestar depoimento e o menor foi solto”. A resposta foi enviada à reportagem em forma de nota. "A PMDF informa que está intensificando o patrulhamento em toda área daquela satélite", conclui o texto. A agressão aos policiais foi registrada na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), que também responde pela região.

Fonte: Correio Braziliense

 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Governo Rollemberg: Gente de bem sendo tratado como bandido e o bandido sendo tratado como coitado.



Governo demite agente socioeducativo que atirou em um adolescente
O governador Rodrigo Rollemberg demitiu um agente socioeducativo acusado de atirar em um adolescente que tentou fugir do Centro de Internação de Santa Maria. O caso ocorreu em dezembro do ano passado e revelou que, apesar de proibido, o porte de armas para esses servidores é recorrente nas unidades de internação de jovens.  A punição foi publicada no Diário Oficial do DF desta segunda-feira. 

A demissão de Diego Romero das Neves foi recomendada pela Consultoria Jurídica do DF e pela Corregedoria-Geral. O ex-servidor também é alvo de uma ação penal, que tramita na 2ª Vara Criminal de Santa Maria. O jovem de 17 anos ficou ferido sem gravidade.

 Fonte: Correio Braziliense