Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Como se não bastassem todos os fatores de extrema instabilização do Oriente Médio, ainda tem os radicais que fizeram atentado no Irã
Vítimas do duplo atentado: em ação, um grupo nascido do Estado Islâmico que trata os xiitas como hereges a serem eliminados (Mohammad Ali Mohammadian/Anadolu/Getty Images)
Só para dar uma ideia: os adeptos do Isis Khorasan acham que o Talibã é moderado demais.
Também não mostram a menor sensibilidade pela aliança de interesses que permite que grupos fundamentalistas sunitas como o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina sejam nutridos, armados e, inevitavelmente, instruídos pelo regime xiita do Irã.
Para eles, os xiitas são “hereges” e está acabado. Merecem ser explodidos, como no terrível duplo atentado que matou quase cem pessoas durante uma homenagem póstuma ao general iraniano Qasem Suleimani na semana passada.
O grupo foi criado por remanescentes do Isis, ou Estado Islâmico, principalmente paquistaneses. Khorasan é o nome de uma região que abrange partes do Paquistão, do Afeganistão e do Irã. Abreviadamente, o grupo é chamado de Isis-K. O Estado Islâmico original também tinha um forte componente antixiita, refletindo numa situação limite a milenar tensão entre as duas principais correntes religiosas do Islã, os minoritários xiitas e a maioria sunita.
Esta tensão se manifesta hoje na rivalidade que países sunitas como a Arábia Saudita alimentam em relação ao Irã, embora disfarcem com reconciliações públicas.
Note-se que foram poucas as manifestações de solidariedade ao regime iraniano depois do duplo atentado, o maior da história da república islâmica instalada em 1979.
Os universitários pró-Hamas que se espalham pelo mundo ocidental e protestam contra tudo que Israel faz em Gaza também ficaram calados.
CALDEIRÃO INFERNAL O assunto talvez seja complexo demais – e desconfortável para quem tem uma visão simplificada em que todos os muçulmanos são colocados sob uma etiqueta só, e na condição de vítimas.
Na verdade, muçulmanos matando outros muçulmanos são uma constante nas últimas décadas, com exceções episódicas como em Gaza.
O maior conflito intramuçulmano recente aconteceu na Síria, onde a rebelião contra o regime foi liderada por fundamentalistas sunitas alinhados com a ideologia da Fraternidade Muçulmana.
O regime sírio, controlado por uma minoria mais desconhecida ainda, os alauítas, foi salvo pelo “eixo da resistência”: Irã e seus filiados libaneses do Hezbollah, além da ajuda da Rússia no bombardeio indiscriminado dos focos de resistência.
No auge da guerra civil, o Hamas ficou do lado dos rebeldes, por afinidades religiosas e ideológicas. Chegou a ser expulso da Síria. Mas o Irã, de quem todo mundo depende, promoveu a reconciliação depois do fim da guerra civil. Os horrores de uma guerra que matou um número literalmente incalculável – 500 mil pessoas, segundo algumas avaliações – nunca provocaram protestos como os que acontecem agora contra Israel.
O Estado Islâmico, originado no Iraque, floresceu nesse caldeirão infernal . Chegou a ter o controle de um território grande entre a Síria e o Iraque. Para combatê-lo houve uma aliança tácita que reuniu Estados Unidos e as forças xiitas iraquianas com grande influência do Irã.
A perda do controle territorial e o altíssimo número de baixas obviamente não significaram o fim da ideologia do Isis.
O Isis-K não tem a mesma força, mas se beneficia do abrigo fornecido pelas regiões montanhosas literalmente inalcançáveis do Afeganistão e do Paquistão.
PROVA DE VIDA Num sinal de que considera o Talibã moderado demais, o Isis-K foi o responsável pelo grande atentado no aeroporto de Cabul, quando as forças americanas estavam deixando o Afeganistão, com 170 mortos entre a multidão que tentava fugir do país e treze militares americanos – um dos maiores vexames do governo de Joe Biden.
O racha entre sunitas e xiitas remonta à época da sucessão do profeta Maomé. Os xiitas acreditam que Maomé designou especificamente seu genro (e primo), Ali, para conduzir os fieis.
Muito sangue rolou desde então, embora os fundamentos religiosos sejam os mesmos: a revelação, o Corão, a adesão literal à sharia e o controle total da aparência feminina que provocou uma barbaridade recente como as 74 chibatadas a que foi submetida a curda iraniana Rosa Heshmati por não usar o pano na cabeça.
Além de divergirem sobre o passado, sunitas e xiitas também têm visões diferentes sobre o futuro. Os xiitas iranianos são mais messiânicos e aguardam a próxima volta de um imã histórico, numa espécie de juízo final.
Como minoria em todos os grandes países muçulmanos, com exceção do Irã, os xiitas sofreram perseguições históricas.
No Afeganistão e no Paquistão, são frequentemente alvos de atentados pavorosos praticados pelo Isis-K em mesquitas e outros locais religiosos. De novo, com zero de protestos nas sensíveis universidades da elite ocidental.
É claro que o Irã tentou empurrar a culpa pelo duplo atentado para Israel, dizendo, ridiculamente, que a linguagem do documento em que o Isis-K assumia a responsabilidade era suspeita. Imagina-se que os serviços de inteligência de Israel saberiam imitar direitinho a linguagem do Isis-K, mas todo mundo entende que é uma encenação. A letal prova de vida do grupo mais radical de um universo em que o fundamentalismo extremo predomina acrescenta um elemento de desestabilização num cenário em que não faltam perigos de que tudo o que já está muito ruim fique pior ainda.
O Supremo Tribunal Federal afasta investidores, atrapalha a sociedade e transmite desconfiança
Nunca
houve tanta interferência dos ministros da Suprema Corte na sociedade
como nos últimos anos.Valores morais, éticos, crenças, escolhas
individuais e as diretrizes econômicas hojepassam por 11 iluminados que
disputam os holofotes entre si.
O artigo segundo da Constituição de 1988 determina que“são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. A harmonia está em crise.
Na Praça dos Três Poderes, o Supremo Tribunal Federal subiu num pedestal. E mostra cada vez menos respeito pela Constituição que jurou defender.
Essa frouxidão jurídica afasta investidores, porque o Direito se tornou um terreno pantanoso. Soma-se a isso a instabilidade política permanente. Boa parte do combustível dessa instabilidade é produzida pela velha imprensa. Ela já foi dominante, e hoje busca sobrevida em formato de consórcio. A única instância capaz de confrontar o império da toga está de joelhos. O Senado tem medo — muito medo.
A última aberração jurídica foi cometida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Numa caçada pessoal para tentar prender o jornalista Allan dos Santos, o xerife do STF decidiu proibir o funcionamento do aplicativo Telegram no Brasil.
Moraes bloqueou um aplicativo usado por milhões de brasileiros pelo mundo porque seus inimigos — especialmente os aliados do presidente Jair Bolsonaro — utilizam a rede com frequência.
A caneta cheia de tinta no coldre Proibir aplicativos de mensagens não é novidade no Brasil. Em fevereiro de 2015, um juiz do Piauí determinou a suspensão temporária do WhatsApp. Argumentou que o aplicativo não teria fornecido informações sobre um inquérito policial para apurar um crime de pedofilia em Teresina. A decisão, contudo, foi derrubada por dois desembargadores. No ano seguinte, outro bloqueio ocorreu, a mando de uma juíza do Rio de Janeiro. O WhatsApp não teria interceptado mensagens de criminosos em Duque de Caxias a pedido da magistrada. Mas nunca uma decisão de censura havia partido de um ministro da mais alta Corte do país.“Restringir um veículo de troca de informações não é medida constitucional nem democrática, pois somente países com regimes ditatoriais ou autocráticos já baniram ou restringiram o aplicativo de mensagem Telegram”,afirmou, em um artigo, a procuradora Thaméa Danelon.
O Telegram foi uma saída usada pelos “cancelados” há muito tempo para fugir da patrulha estabelecida pelas redes tradicionais, como Twitter, Instagram e YouTube. Com a caneta cheia de tinta no coldre, o magistrado disse que pessoas físicas e jurídicas seriam multadas em R$ 100 mil por dia caso utilizassem o Telegram — rede à qual reduziu em despacho como “subterfúgio tecnológico”. Deu cinco dias para o aplicativo ser bloqueado no Brasil.
Segundo o ministro, alguns países já seguem essa diretriz, porque não detêm monitoração suficiente sobre os cidadãos. A régua de Moraes assusta: os países que servem como exemplo são Bahrein, Belarus, China, Cuba, Irã, Paquistão, Rússia e Tailândia. Recentemente, a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, flertou com essa ideia e disse que o Telegram seria um “acelerador para extremistas de direita, teóricos da conspiração e outros agitadores”. Recuou no dia seguinte.
Depois da canetada, Alexandre de Moraes apareceu muito irritado nos corredores do STF, segundo relataram a Oeste jornalistas que acompanham o dia a dia do Supremo. A repercussão foi negativa. Havia dois problemas: 1) como amparar uma decisão de bloqueio tão ampla com o argumento de que há casos de pornografia infantil e venda de armas? Eles acontecem com muito mais frequência em aplicativos mais populares, como o WhatsApp; 2) o que isso tem a ver com fake news e “milícias digitais”, o inquérito sem pé nem cabeça que até hoje ele mantém aberto na Corte?
Em seu despacho de 18 páginas, Moraes usou trecho de uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, algo que não existe no Direito. “Foi explicitado que grupos no Telegram violam leis e abrigam negociações de drogas, armas, pornografia infantil e outros crimes”, tais como: estelionato, propaganda neonazista, venda de notas de dinheiro falas e falsificação de documentos e de certificados de vacinação contra a covid-19.
Não há no Marco Civil da Internet um dispositivo que autorize o bloqueio de serviços das plataformas. O próprio Supremo começou a debater esse assunto na ação 403, relatada pela ministra Rosa Weber, mas não houve decisão por causa de um pedido de vista.
A ditadura da toga “Para abrir uma investigação, antes é necessário haver indícios de crimes, que, no caso, não ocorreram”, afirma o jurista Dircêo Torrecillas Ramos, membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas.
O jurista Ives Gandra Martins avalia que as decisões de Moraes beiram o ativismo judicial. “A liberdade de expressão não poderia ser atingida, tampouco teria de ser matéria examinada pelo Supremo, mas, sim, por um juiz de primeira instância”, diz.
Para o jurista Adilson Dallari, os arroubos de Moraes configuram crime. “Os abusos praticados pelo ministro estão tipificados como crimes de responsabilidade no artigo 39, itens 3 e 5, da Lei n. 1.079, respectivamente, por exercer atividade político-partidária e proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções”, diz.
O desembargador Ivan Sartori, do Tribunal de Justiça de São Paulo, vai além e aponta uma“ditadura da toga”, expressão que, se for usada por outros críticos nas redes sociais, poderia terminar em prisão ou quebra de sigilos. “Estamos a ponto de alcançar essa situação, porque a esquerda usa o STF para prejudicar o governo. Há cerca de 200 intromissões do STF no Poder Executivo.”
“Os abusos praticados pelo ministro estão tipificados como crimes de responsabilidade”
Em meio ao entrave jurídico, o presidente Jair Bolsonaro disse que a Polícia Federal não pediu ao ministro o bloqueio do Telegram. A empresa respondeu rapidamente às exigências do STF e voltou a funcionar. O show de Alexandre de Moraes, contudo, está longe de acabar.
Apesar das críticas no meio jurídico, nada afaga mais o ego de Moraes que uma capa de revista ou os elogios dos seus jornalistas favoritos. Ao contrário de metade da atual composição da Corte, ele conversa com frequência com jornalistas — e opina. Manda mensagens por WhatsApp aos comentaristas de TV durante programas ao vivo e telefona para a direção dos veículos de comunicação para se queixar de reportagens. Fez isso, por exemplo, quando Roberto Jefferson usou apelidos depreciativos sobre ministros da Corte em entrevistas. No pedido de prisão do ex-deputado, aliás, constam trechos de um programa da Jovem Pan.
O desejo autoritário de um Poder Moderador Moraes foi um dos ministros abraçados pelo consórcio de imprensa que não aceitaram a vitória de Bolsonaro em 2018. No último dia 18, quando a crise do Telegram chacoalhou brasileiros, um comentário do correspondente da TV Globo Jorge Pontual, ao vivo, deixou os colegas atônitos. O jornalista criticou a decisão, porque o aplicativo (que por sinal foi criado na Rússia) era a melhor ferramenta para acompanhar a guerra no Leste Europeu. A turma do consórcio ruborizou.
“Uma autoridade não pode decidir o que é verdade ou mentira, o que é fake news”,afirmou Jorge Pontual, no ar.“Cabe às pessoas, ao público, aos cidadãos decidirem. Infelizmente, os nossos colegas no Brasil não vão mais poder cobrir a guerra como deveriam, porque não vão ter acesso à informação. Fico surpreso em ver um jornalista defender a censura.”
Para quem não entendeu ainda a GRAVIDADE do que fez o Ministro Alexandre de Moraes ao bloquear o Telegram no Brasil, recomendo esse depoimento do Jorge Pontual em plena Globo News, diretamente de Nova Iorque. pic.twitter.com/xpyyCziMMt
A insegurança jurídica no Brasil também é um problema para o mundo dos negócios. Quando a lei não é clara ou pode ser relativizada, ninguém quer arriscar. Prejudica a competitividade e confunde marcos regulatórios.
De acordo com um ranking produzido pela World Justice Project, uma organização que estuda o assunto, o Brasil ocupa a 67ª posição num universo de 168 nações. O país vem despencando desde 2019. O estudo analisa desde casos de corrupção, compliance, transparência de gastos públicos até leis econômicas. Não é surpresa que a Dinamarca apareça em primeiro lugar, seguida de Suécia e Holanda. Mas vale ressaltar que o Brasil está muito distante de Uruguai, Argentina e Chile, apenas para citar os vizinhos do cone sul-americano.
Resta ainda mais um fator perturbador. Desde fevereiro, a Justiça Eleitoral brasileira é chefiada por Edson Fachin. Seu vice, Alexandre de Moraes, assumirá em agosto. É ele que conduzirá a mais acirrada disputa presidencial desde a vitória de Fernando Collor de Mello, em 1989.
Fachin é um advogado paranaense ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e amigo da ex-presidente Dilma Rousseff.Foi ele quem anulou parte das condenações do ex-presidente Lula na Lava Jato. Com Moraes ao lado, é previsível que a campanha eleitoral não seja tranquila.
Não é de hoje que os ministros do Supremo Tribunal Federalmanifestam o desejo totalitário de instaurar um Poder Moderador no país. Dias Toffoli, ex-presidente da Corte, já afirmou isso abertamente no ano passado, durante um fórum em Lisboa. A Constituição de 1988 não prevê nada disso. Fica cada dia mais claro quem é responsável pela instabilidade no Brasil.
Populações na
Síria, no Afeganistão, na Nigéria, em Mianmar, no Congo, no Iraque, na Somália,
no Paquistão…vivem em clima de constante instabilidade, rodeadas pelo medo,
pela destruição e pela morte. [com a agravante de que na maior parte dos países citados a fome também impera - Somália, Iêmen, Nigéria, Iêmen, e outros não citados, aos mortos nas guerras se somam milhares de crianças (adultos também) que morrem vitimadas pela fome.
Chega a ser dificil de entender que um afrodescendente que teve seu embarque dificultado, na Ucrânia, pela confusão sempre presente no salve-se quem puder que caracteriza a fuga de refugiados, protestou alegando racismo e mereceu uma pronta resposta de apoio do governo da Nigéria, seu país de origem. Enquanto os mortos nas guerras daquele país, em seu solo, são ignorados. ]
Somália
No Iêmen, onde segundo a ONU está instaladaa mais grave crise humanitária do planeta,mais de 10 mil criançasforam mortas ou mutiladas
num conflito que se arrasta há sete anos. Ainda assim, nunca se viu tamanha comoção
ou mobilização como a causada pela "operação militar especial" na
Ucrânia, uma guerra que conta com transmissão simultânea e já levou mais de um
milhão de pessoas a cruzar fronteiras.
Iêmen
Me solidarizo com os ucranianos. A essa
altura da civilização, povo algum deveria enfrentar a barbárie da guerra, que
jamais será justa sob a ótica humanitária. Porém a humanidade demonstra sua
dificuldade de aprender com os próprios erros.
Mas a Europa respondeu ao sofrimento e ao êxodo dos
ucranianosde maneira muito distinta ou "com dignidade
humana", como definiu o jornal espanhol El País. "A União Europeia
tem agora a oportunidade de corrigir os erros cometidos na crise dos refugiados
de 2015 (...) uma vez que não foram aplicadas as normas vigentes e não foi
possível chegar a acordo sobre um novo sistema comum de asilo", dizia
trecho de editorial da semana passada.
Os refugiados da veznão precisam vagar por
praças ou ruas de países estrangeiros como ocorreu com os sírios. Felizmente
estão sendo acolhidos por Estados vizinhos e seus cidadãos. A questão é por
quê?
A mudança de atitude seguramente foi
motivada pelo identitarismo entre demandantes e demandados, num evidente
contraste com a xenofobia e o racismo verificadosantes em
casos similares e na decisão de dificultar a ultrapassagem de fronteiras por
negros atualmente.Embora nem todos os olhos sejam azuis, todo sangue é
vermelho.
EUA deixam aliança internacional contra o aborto apoiada por Bolsonaro
Junto com o ex-presidente Donald Trump, o governo brasileiro foi um dos principais apoiadores do grupo de 32 países
O governo de Joe Biden anunciou nesta quinta-feira, na Organização Mundial da Saúde (OMS), que vai apoiar ações em educação, saúde e direitos sexuais reprodutivos, além de voltar a financiar organismos internacionais e organizações que trabalham com esses temas. Com essa nova posição, Biden põe uma pá de calsobre a política abraçada por seu antecessor, Donald Trump, de combater o aborto internamente e em fóruns internacionais. Ao mesmo tempo, indica a saída dos EUA de uma aliança internacional contra o aborto, anunciada em outubro do ano passado, apoiada com ênfase pelo presidente Jair Bolsonaro.[com apenas um dia de governo, o novo presidente americano adota medidas covardes e cruéis, contra seres humanos inocentes e indefesos.
Com tais medidas um apelido já usado para identificar os Estados Unidos, volta a ter motivos para ser empregado: "Grande Satã".
A propósito: o que o mundo pode esperar de um governo de esquerda? adepto do politicamente correto e da política de desvalorizar VALORES do BEM, que incluem, sem limitar: a FAMÍLIA, a MORAL, à RELIGIÃO, à VIDA.]
A aliança internacional, denominada Consenso de Genebra, é formada por 32 países. Além de Brasil e EUA, aderiram ao documento Arábia Saudita, Polônia, Iraque, Indonésia, Egito, Congo, Paquistão e Zâmbia, entre outros.
Os governos dessas nações decidiram vetar todos os termos relacionados à saúde reprodutiva e direitos sexuais em programas e resoluções internacionais.
Eles argumentam que o uso desses termos seria uma abertura para a legalização do aborto, o que as organizações internacionais negam, já que as resoluções não se sobrepõem às leis nacionais
Para fontes da área diplomática do Brasil, não há como essa aliança internacional não ser afetada negativamente com a saída de um de seus principais integrantes. Porém, durante sua intervenção na reunião desta quinta-feira na OMS, a delegação brasileira informou que está"pronta e disposta" a trabalhar com os EUA e todos os outros países para fortalecer a organização.
No Brasil, o aborto só é permitido em três situações: quando há risco de morte para a mulher, causado pela gravidez; a gravidez é resultante de um estupro; ou se o feto é anencefálico.A participação dos EUA na reunião da OMS marcou a volta do país à organização, depois do rompimento promovido por Trump no ano passado e revogado por decreto por Biden logo depois da sua posse na quarta-feira.
Segundo o chefe da delegação americana na reunião, Anthony Fauci — que há décadas é diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA —, o governo Biden vai acabar, nos próximos dias, com as restrições que impedem que o governo federal americano repasse verbas para organizações dentro e fora dos EUA que lidam com o planejamento familiar e não refutam explicitamente o aborto. Ele também anunciou na reunião que os EUA passarão a financiar o consórcio Covax, que visa distribuir vacinas contra a Covid-19 para países pobres.
Fauci disse que a nova política em relação ao aborto faz parte do compromisso de Biden de revogar a chamada"Política da Cidade do México", adotada no governo de Ronald Reagan (1981-1988) e pelos governos republicanos desde então. Trump ampliou a política, com proibição de repasse de recursos para qualquer tipo de ajuda à saúde — como tratamentos de HIV, tuberculose e malária — se as organizações beneficiadas não firmassem um compromisso contra o aborto. [as crianças, assassinadas pelas mães no aborto - ainda na barriga de quem as concebeu = que deveria, e deve, ser o lugar mais seguro do mundo para elas = possuem mais direitos à vida do que os portadores de HIV, tuberculose, e malária (esses tem direitos à vida e a todo o tratamento médico, são seres humanos, só que como é sabido as crianças são prioridade em qualquer ação de salvamento = especialmente as que são vítimas da sanha assassina das próprias mães.]
Em direção contrária a Donald Trump, Fauci elogiou a OMS e chamou o diretor-geral do organismo, Tedros Adhanom, de "querido amigo".— Tenho a honra de anunciar que os Estados Unidos continuarão sendo membros da OMS. Os EUA também pretendem cumprir suas obrigações financeiras com a organização — disse.[o número de mortos pela covid-19, nos EUA e no mundo, comprovam a eficiência de Fauci no combate à pandemia nos EUA e do Adhanom no comando da OMS.] no mundo, comprova.
Desde que recebi a vacina experimental em novembro, um oxímetro passou a ser meu companheiro de todas as horas nesta pandemia
6 de dezembro, 8h41:Do lado da minha mesa tem um oxímetro. Ganhei dos pesquisadores do estudo clínico que tenta desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus. Como quase tudo que existe dentro das nossas casas, ele foi produzido na China, mais especificamente em Shenzhen, a cerca de 1.000 quilômetros de Wuhan, o epicentro da doença que alterou em definitivo nosso jeito de encarar o mundo em 2020. Coincidências da vida.
Há 19 dias, desde que tomei a vacina experimental do braço farmacêutico da Johnson & Johnson, meço o nível de oxigenação do sangue. No início, por ordens médicas, três vezes por dia. Agora, uma vez ou sempre que embarro no oxímetro dentro de casa. Tudo ia muito bem até o dia 20 de novembro, quando minha oxigenação no sangue bateu a casa dos 92%. E agora? Esse percentual poderia indicar insuficiência respiratória, poderia indicar que eu estava com uma queda alarmante da saturação de oxigênio no sangue,poderia indicar simplesmente que eu tinha colocado o aparelho de modo errado. Tudo ocorreu às 15h13 (sim, registro num diário minúcias como o exato momento em que aconteceu algo que possa estar relacionado à vacina). Paro, respiro e meço de novo: 99%. Acima de 95% de saturação de oxigênio o quadro é considerado normal.
A busca combinada das palavras oxímetro e Covid teve um “aumento repentino” nos últimos 12 meses, diz o Google Trends, a ferramenta de pesquisa que indica quais palavras-chave andamos pesquisando nas redes. Índia, Paquistão e Bangladesh são os países que mais têm recorrido a buscas com essas expressões. A ideia de procurar saber mais sobre oxímetros é justificada porque a Covid-19 reduz o nível de oxigênio no sangue e muitas pessoas, apesar de não se queixarem de falta de ar, podem ter uma diminuição silenciosa dos níveis de oxigenação no sangue. Daí a importância do aparelho, que não funciona como diagnóstico, mas exibe um parâmetro mínimo para se saber se está tudo bem. Tirei fotos do meu oxímetro, companheiro inseparável na pandemia, e enviei para amigos.
Vendo em retrospectiva aqueles segundos em que travei após o registro de 92% de oxigenação e pesquisando fatores que podem atrapalhar uma leitura acurada dos níveis de oxigênio no sangue, descobri que esmaltes, principalmente os escuros, ou unhas artificiais, e mãos frias no momento da medição podem levar a resultados falsos. Naquele dia, minhas unhas estavam pintadas de vermelho. Temos um culpado.
9h10: Pego o oxímetro para ter certeza de que as coisas vão bem. Primeira medição: 95%, segunda: 97%, terceira: 99%.
“Na revolução em curso no mundo do trabalho, a maioria
das profissões que existirão daqui a 25 anos, provavelmente, ainda não
foi nem criada; mesmo entre as novas, algumas terão vida efémera”
Ao examinar a medida provisória sobre a geração de empregos para
jovens, devido aos jabutis incluídos pela equipe econômica no projeto do
governo para criar quatro milhões de novos postos de trabalho, é
inevitável lembrar do refrão da música Inútil, da banda de rock Ultraje a
Rigor. Não só por causa do grande número de jovens nem-nem, fora do
trabalho e da escola, sem condições de ingressar no mercado de trabalho
devido à escolaridade precária (eram 23% dos 33 milhões de jovens entre
15 e 24 anos), mas também por causa de algumas ideias sem nenhuma chance
de serem aprovadas pelo Congresso, como a taxação do seguro-desemprego e
a extinção de várias profissões regulamentadas.
A medida provisória acaba com registros profissionais de jornalista,
agenciador de propaganda, arquivista, artista, atuário, publicitário,
radialista, secretário, sociólogo, técnico em arquivo, técnico em
espetáculo de diversões, técnico em segurança do trabalho e técnico em
secretariado, entre outros. Se levarmos em conta certas atitudes e
declarações do presidente Jair Bolsonaro e a política adotada em relação
à educação, à cultura e à imprensa, faz até certo sentido, pois existe
realmente uma ojeriza governamental aos profissionais que atuam nessas
áreas.
Jornalistas revelam o que certos poderosos não gostariam que fosse de
conhecimento público; sociólogos estudam problemas para os quais as
autoridades muitas vezes fecham os olhos; arquivistas classificam,
preservam e organizam documentos que muitos gostariam que fossem
incinerados; técnicos em segurança do trabalho denunciam condições
insalubres e desumanas nas empresas; artistas fazem a crítica dos
costumes e dos poderes. Por ironia, sobrou até para o empregado do
lava-jato. Tudo bem que é preciso modernizar a legislação trabalhista,
mas não precisa o governo meter uma mão peluda no mercado de trabalho
para precarizar ainda mais profissões que estão passando por grandes
transformações devido à revolução tecnológica. O governo deveria se
preocupar mais com a sua reforma administrativa e as carreiras do
serviço público, pois, essas sim, o mercado não resolve.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já se manifestou sobre
a proposta do governo. Disse que vários dispositivos, entre os quais o
que acaba com o registro profissional de jornalista, deverão ser
retirados. [uma medida que faltou é que o parlamentar, especialmente o que está presidente da Câmara - cargo para o qual não foi eleito, visto que seus eleitores votaram para deputado apenas e no caso do Maia pouco mais de 72.000 eleitores - tenha seus poderes ditatoriais eliminados. Ditatoriais? SIM: no sistema atual o presidente da Câmara é quem decide sobre o que a câmara dos Deputados vai deliberar. Caso ele não concorde com um projeto é só sentar em cima.] A rigor, esse não é um assunto interditado ao debate, pois a
comunicação, com as redes sociais, deixou de ser oceânica para se tornar galáctica e os jornalistas perderam o monopólio da notícia. Nada
acontece sem que um cidadão com o celular ou uma câmera de segurança
registre em tempo real. Entretanto, não tem sentido resolver a questão
por medida provisória. Na revolução em curso no mundo do trabalho, a
maioria das profissões que existirão daqui a 25 anos, provavelmente,
ainda não foi nem criada; mesmo entre as novas, algumas terão vida
efêmera, como tiveram o fax, o DVD e o iPod.
Não se resolve esse assunto com uma canetada. A medida provisória
restringe as profissões àquelas que têm conselhos que as regulamentam,
que são justamente as mais corporativistas e que transformaram seu
mercado de trabalho em grande cartório. Mesmo as profissões mais
valorizadas estão sendo muito impactadas pela inteligência artificial,
como as de advogado e de médico. A propósito, a inteligência artificial
deveria ampliar o acesso e baratear os serviços, e não encarecê-los
ainda mais e elitizá-los, como acontece no Brasil.
O governo fez cálculos cabalísticos sobre a geração de emprego, com
base em medidas que, a rigor, não aumentam a produtividade, apenas a
exploração do trabalho, como medidas para reduzir indenizações e multas
trabalhistas. Acaba até com o seguro para acidentes da trânsito, Dpvat,
que é sabidamente impactado pelos acidentes com motoboys. Espera com
isso criar 1,8 milhão de empregos por ano, uma meta chutada, que não
pode servir para legitimar as maldades da equipe econômica, pressionada a
resolver o problema do desemprego pelo próprio presidente Bolsonaro.
Um dinheiro, aí O presidente Jair Bolsonaro aproveitou a reunião do Brics, na qual
passou a presidência da cúpula para o líder russo Vladimir Putin, para
pedir mais isonomia no tratamento dado ao Brasil pelo Novo Banco de
Desenvolvimento (NBD), criado pelo grupo. Dos 45 projetos de
financiamento já aprovados, apenas seis são brasileiros. Somados, eles
aportaram cerca de US$ 1,4 bilhão em áreas como logística,
infraestrutura, transportes e sustentabilidade. “Os números mostram que
precisamos trabalhar juntos para superar o desequilíbrio em desfavor do
Brasil na carteira de financiamento do NDB”, disse. Criado em 2014, o
NBD tem capital de US$ 50 bilhões, dividido igualmente entre os cinco
países do Brics.
No documento assinado pelos chefes de Estado de Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul, há citações à região do Golfo, ao
Afeganistão e à Península Coreana, mas não há menção aos conflitos
regionais sobre os quais divergem, como as crises na Venezuela, no Chile
e na Bolívia, o conflito entre Índia e Paquistão na disputa pela
Caxemira, a anexação dos territórios de Donets e da Crimeia pela Rússia e
os protestos em Hong Kong contra o governo da China.
Joseph Coutts é arcebispo de Karachi e cardeal do Paquistão, quinto país do mundo em perseguição aos seguidores do cristianismo
Cardeal Joseph Coutts: religioso já foi
vítima de ameaças e recebe proteção policial 24 horas ao dia -
10/05/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
A cristã Asia Bibi teve de deixar oPaquistãoe se refugiar no Canadá após ser condenada pela lei da blasfêmia e passar oito anos no corredor da morte. A mãe de cinco filhos é apenas
uma das muitas vítimas da controversa legislação paquistanesa e da
perseguição cada vez mais violenta contra os seguidores do cristianismo no país. Segundo a organização de monitoramento e trabalho
humanitário Portas Abertas, com sede na Holanda, o Paquistão é o quinto
país do mundo onde os cristãos sofrem mais oposição à prática de sua fé.
A nação só perde para Coreia do Norte, Afeganistão, Somália e Sudão.
Atualmente, os seguidores do cristianismo representam 1,59% da
população do país, onde 96,28% de seus habitantes se declaram
muçulmanos. Os cristãos compõem um grupo maior apenas que os hindus,
budistas, qadianis e outros seguidores de variações do islamismo, estes
também vítimas de organizações extremistas islâmicas.
O cardeal Joseph Coutts, arcebispo de Karachi,
explica que a tensão contra os cristãos no país se tornou maior nas
últimos 25 anos, com a ascensão da ideologia islâmica extremista em todo
o Oriente Médio e em outras regiões do mundo. “Vimos o crescimento gradual de um novo tipo de Islã, muito mais
militante e pronto para usar da violência”, afirma o religioso, que
visitou o Brasil e participou da Assembleia Geral da CNBB em maio.
“Agora vivemos em constante tensão, sempre nos perguntando quando será o
próximo ataque”.
Os atentados contra igrejas destacam a situação precária dos cristãos
do Paquistão. Em setembro de 2013, um ataque suicida reivindicado pelos
talibãs paquistaneses contra a Igreja de Todos os Santos, em Peshawar,
matou 81 pessoas. Dois anos depois, explosões atingiram dois templos
próximos em Lahore, matando 15. Em 2016, terroristas de um grupo filiado ao Talibã atacaram o parque
Gulshan-e-Iqbal, também em Lahore, onde cristãos celebravam a Páscoa. No
ano seguinte, jihadistas armados e homens-bomba atacaram a Igreja
Metodista do Memorial Bethel na cidade de Quetta, no oeste do país,
matando mais nove pessoas.
A violência não se restringe a atos terroristas contra templos. Uma
média de 700 mulheres e crianças cristãs são raptadas, violentadas e
convertidas ao islamismo todos os anos, segundo a Portas Abertas. Os
seguidores dessa fé e outras minorias religiosas também sofrem
discriminação no dia a dia e são frequentemente preteridos nas seleções
para postos de trabalho e em vagas para escolas e universidades de
maioria muçulmana. Para o arcebispo da maior cidade do país, a violência se intensificou
com o apoio aos terroristas do Talibã pelo governo paquistanês durante a
investida soviética no Afeganistão, entre 1979 e 1989. Mais
recentemente, aumentou com a invasão dos Estados Unidos ao país após os
atentados de 11 de setembro de 2001. “Nunca precisamos de proteção antes, mas agora em toda missa ou
encontro nas igrejas católicas do país há policiais fazendo a segurança e
controlando a entrada de pessoas”, conta o cardeal Coutts. Joseph Coutts foi nomeado cardeal pelo papa Francisco durante o
consistório de 28 de junho de 2018. Antes de servir como arcebispo de
Karachi, o religioso foi bispo auxiliar da diocese de Hyderabad e bispo
de Faisalabad. Também foi presidente da Conferência Episcopal do
Paquistão e presidente do Caritas Paquistão.
Lei da Blasfêmia
O caso de Asia é só mais um lembrete da violência contra os cristãos e
outras minorias religiosas do Paquistão. A mulher de 48 anos foi
denunciada em 2009 por supostamente ter insultado o profeta Maomé
durante uma discussão com duas mulheres em Punjab, na fronteira com a
Índia. A acusação tomou como base a lei da blasfêmia, que agrupa várias
outras regras contidas no Código Penal e inspirada diretamente na
Sharia, a norma religiosa muçulmana, para punir qualquer ofensa contra
Alá, Maomé ou ao Corão.
A rígida legislação foi estabelecida na época em que o Paquistão era
uma colônia britânica e voltou a valer no país nos anos 1980, implantada
pelo ditador Mohammad Zia-ul-Haq sem aprovação parlamentar. Desde
então, foram registradas mais de 1.000 acusações por blasfêmia, um crime
que pode ser punido com a pena de morte, embora nenhum condenado tenha
sido executado pela Justiça do país até hoje. Ainda que a norma tenha a intenção de proteger a honra do Profeta
Maomé e do Livro Sagrado, ela pode ser facilmente usada de maneira
imprópria. É muito fácil para um muçulmano acusar alguém de blasfêmia,
mesmo sem provas consistentes.
Nunca se soube exatamente o que aconteceu com Asia naquela discussão
com as duas mulheres e muito menos se a paquistanesa, de fato, blasfemou
o profeta. Após a denúncia, contudo, ela e sua família passaram a ser
vítimas de forte opressão e violência. Até Salmaan Taseer, governador de Punjab, a província mais poderosa
do Paquistão, foi morto como consequência da lei da blasfêmia e de sua
intolerância. Ele visitou Asia na prisão e prometeu ajudá-la em seu
caso. Apesar de seguir o islamismo, Taseer foi assassinado na capital
paquistanesa, Islamabad, pelo seu próprio guarda-costas, incentivado por
muçulmanos fanáticos.
Muitos dos envolvidos no julgamento da cristã também foram vítimas de
ameaças e acabaram sendo influenciados, segundo Coutts. A decisão de
libertá-la e absolvê-la da pena de morte só veio oito anos depois,
quando o caso ganhou repercussão internacional e foi revisto pela
Suprema Corte do país. Na última instância, constatou-se que os
depoimentos das principais testemunhas ouvidas eram inconsistentes. O caso de Asia não é o único entre a comunidade cristã e até mesmo
entre muçulmanos moderados. Legisladores e membros do governo já
tentaram fazer modificações na lei, mas o governo controlado por
muçulmanos sunitas e as ameaças sofridas pelos grupos radicais impedem
qualquer mudança.
Em 2010, a deputada Sherry Rehman, do Partido Popular do Paquistão
(PPP), apresentou um projeto de lei para incluir uma emenda na lei. Seu
objetivo era fazer com que todos os casos passassem obrigatoriamente
pela Suprema Corte. O projeto passou por uma primeira comissão parlamentar, mas foi
abandonado em 2011, após pressão de grupos religiosos. Rehman passou a
receber ameaças constantes e, para protegê-la, o governo a nomeou
embaixadora nos Estados Unidos. No mesmo ano, o então ministro de Minorias e único cristão no
gabinete do governo, Clement Shahbaz Bhatti, foi assassinado por membros
do Talibã paquistanês após protestar contra a norma. O Vaticano recebeu
o pedido de sua beatificação em 2016.
Ameaças e proteção constante
O próprio cardeal Joseph Coutts já foi vítima de ameaças e recebe
proteção policial 24 horas ao dia por ordem do governo paquistanês. Sua
casa, localizada em um complexo da Igreja Católica, é sempre guardada
por uma van e quatro agentes. “Eles sabem que se algo acontecer comigo será um incidente
internacional”, afirma Coutts. “E o Paquistão já tem uma imagem ruim no
exterior.” O arcebispo recebeu ameaças pela primeira vez quando ainda era
responsável pela diocese de Faisalabad. Na época, desenvolveu laços com
clérigos muçulmanos e chegou a participar de uma festa de Natal com um
imã muçulmano da cidade em sua Madrasa, escola ou casa de estudos
islâmicos.
Ao final do evento, em que os dois grupos religiosos falaram em
esforços para consolidar a paz entre as comunidades, Coutts recebeu uma
série de telefonemas intimidadores. “Recebi também uma carta assinada
por ‘Tigres Islâmicos’, que ameaçaram me matar e arrancar minha língua”,
conta. “Nunca descobrimos a qual grupo radical os autores pertenciam”. O cardeal hoje lidera uma batalha para tentar tornar o Paquistão uma
nação igualitária para todas as vertentes religiosas. Graças aos
esforços de sua comunidade, os livros escolares de Karachi passaram a
incluir citações do fundador do país, Muhammad Ali Jinnah, sobre a
convivência pacífica dos povos. A convite da entidade ACN (Ajuda à Igreja que Sofre), Joseph Coutts
esteve no Brasil entre os dias 5 e 12 de maio e participou da 57ª
Assembleia Geral da CNBB em Aparecida do Norte, onde também falou sobre
os desafios dos cristãos no Paquistão.https://veja.abril.com.br/mundo/vivemos-sob-constante-tensao-diz-cardeal-sobre-cristaos-no-paquistao/ Revista Veja
“O Brasil sonhou com a bomba atômica durante o regime
militar. As consequências foram mais negativas. A ambição era adquirir o
ciclo nuclear por meio de cooperação internacional”
O ex-deputado federal Benito Gama é uma raposa política baiana
daquelas que já viram de tudo no Congresso, desde quando presidiu a
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o ex-presidente
Collor de Mello e resultou na sua renúncia à Presidência da República
para evitar o próprio impeachment. Governista, defende o presidente Jair
Bolsonaro com bom humor e fina ironia. Um de seus argumentos favoritos,
quando alguém cita declarações polêmicas do presidente e seus
ministros, é comparar o começo do atual governo com o do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva: “Foi muito pior, a confusão era tanta que
tinha até ministro defendendo a fabricação de uma bomba atômica!”
É uma alusão ao então ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto
Amaral, que defendeu a retomada do projeto nuclear com objetivos
militares, que teve péssima repercussão internacional. Esse argumento já
não pode ser utilizado por Benito, porque o deputado Eduardo Bolsonaro
(PSL), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e filho
do presidente da República, defendeu que o Brasil tenha armas nucleares,
para ser levado “mais a sério”. Eminência parda da política externa
brasileira, Eduardo Bolsonaro acompanhou o pai no encontro com o
presidente norte-americano, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca,
em Washington.
Eduardo soltou o disparate durante palestra para alunos do curso
superior de defesa da Escola Superior de Guerra, em reunião da comissão
que preside na Câmara. Ele defendeu o rompimento do Tratado de Não
Proliferação de Armas Nucleares, assinado pelo Brasil em 1998: “A gente
sabe que se o Brasil quiser atropelar essa convenção, tem uma série de
sanções. É um tema muito complicado, mas eu acredito que um dia possa
voltar ao debate aqui”. A Constituição brasileira, no seu artigo 21,
determina que toda atividade nuclear em território brasileiro seja
realizada apenas para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso
Nacional.
Eleito por São Paulo com 1,8 milhão de votos, Eduardo Bolsonaro é o
parlamentar com mais influência na política externa brasileira, foi um
dos padrinhos na nomeação do ministro de Relações Exteriores, Ernesto
Araújo. A visão do filho não é desconectada das ideias do presidente
Bolsonaro, que se declara um “armamentista”. A expressão não se refere
apenas à liberação da posse de armas, expressa uma concepção de projeção
de poder, que ainda pode dar muitas dores de cabeça para o Brasil na
sua política externa.
Na visão de Eduardo, bombas nucleares garantem a paz, como se não
fosse possível, no caso brasileiro, defendê-la como se fez até agora,
desmilitarizando o Atlântico Sul e evitando a nuclearização da América
Latina. É simples e direto o seu raciocínio: “Tem um colega do Paquistão
aqui, não tem? Como é que é a relação do Paquistão com a Índia se só um
dos lados tivesse uma bomba nuclear? Será que seria da mesma maneira
que é hoje? Óbvio que não. Quando um desenvolveu a bomba nuclear, o
outro desenvolveu no dia seguinte. E ali está selada ao menos
minimamente uma espécie de paz. Eu sou entusiasta dessa visão”, explicou
aos alunos da ESG.
Programa nuclear O Brasil sonhou com a bomba atômica durante o regime militar. As
consequências foram mais negativas do que positivas para o país. O
presidente Costa e Silva chegou a defender a condução de pesquisa,
mineração e construção de artefatos nucleares numa reunião do Conselho
de Segurança Nacional: “Não vamos chamar de bomba, vamos chamar de
artefatos que possam explodir”, disse. A ambição do governo era adquirir
todas as fases do ciclo nuclear por meio de cooperação internacional.
Chefiada por Paulo Nogueira Batista, um diplomata de carreira, a
recém-criada Nuclebras, na década de 1970, foi encarregada de
implementar o programa nuclear. Após a Índia testar uma bomba nuclear em
1974, no entanto, os EUA suspenderam a cooperação nuclear com o Brasil,
que passou a privilegiar as negociações com a França e com a Alemanha
Ocidental para transferência de tecnologia. A partir daí, passou a
sofrer fortes pressões de EUA, Reino Unido, Canadá, França e da antiga
União Soviética, que somente cessaram quando o Brasil e a Alemanha
Ocidental assinaram um acordo com a Agência Internacional de Energia
Atômica que assegura a natureza pacífica do programa nuclear brasileiro.
Coube ao então presidente Collor de Mello pôr uma pá de cal no
projeto, ao lacrar os poços localizados na base aérea da Serra do
Cachimbo, no Pará, em setembro de 1990. As atividades nucleares foram
reduzidas ao programa de desenvolvimento de um submarino nuclear e à
construção de duas usinas nucleares adicionais em Angra dos Reis (RJ). O
Livro Branco de Defesa Nacional, divulgado em 2012 e publicado pelo
Ministério da Defesa, reafirma que a América Latina é uma Zona Livre de
Armas Nucleares e que o Brasil defende o desarmamento nuclear. Também
afirma que o submarino de propulsão nuclear contribuiria para a proteção
de rotas comerciais, a manutenção da livre navegação, a proteção de
recursos naturais e a promoção do desenvolvimento tecnológico no país.
Segundo
o Departamento de Estado, Hamza bin Laden emergiu como o líder da
Al-Qaeda, grupo responsável pelos atentados terroristas de 11 de
setembro de 2001
Imagem da emissora Al Jazeera sem data mostra, ainda criança, Hamza bin
Laden (esq.), cujo pai foi morto durante uma operação militar dos EUA no
Paquistão em 2011
Foto: Al-Jazeera TV / Reuters
O governo dos Estados Unidos ofereceu nesta quinta-feira, 28, US$ 1 milhão por informações que ajudem a localizar o filho do líder terrorista Osama bin Laden, morto em 2011.
O governo
dos Estados Unidos ofereceu nesta quinta-feira,
28, US$ 1 milhão por informações que ajudem a localizar o filho do líder
terrorista Osama bin Laden, morto em 2011.
Em nota,
o Departamento de Estado destacou que o dinheiro será pago em troca de ajuda
para encontrar Hamza bin Laden em qualquer país como parte do programa
“Recompensas pela Justiça”. Segundo o
comunicado, o filho de Bin Laden emergiu como o líder da rede terrorista Al-Qaeda.
Seu pai foi morto durante uma operação militar conduzida pelos EUA em maio de 2011
no Paquistão.
Em
janeiro de 2017, Hamza foi nomeado “terrorista global especialmente designado”.
Em mensagens de áudio e vídeo, ele pede a realização de ataques contra americanos
e seus aliados.