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quarta-feira, 2 de maio de 2018

Criminosos que tentavam infiltrar facção nos presídios do DF são condenados a penas de 16 anos de prisão

Sentença proferida pela 7ª Vara Criminal de Brasília representa mais uma importante medida para conter o avanço da maior facção criminosa em atuação no país dentro dos presídios do Distrito Federal e do Entorno. A Justiça condenou, nesta segunda-feira (30/04), 18 integrantes do grupo que teve a prisão preventiva decretada na Operação Avalanche a penas de até 16 anos e meio de prisão, em regime fechado. Os criminosos são identificados por apelidos como Neguinho Satanás, Malévola, Pancadão, Anjo Negro, Gladiador, Chuck, entre outros.

Na tentativa de dominar o sistema penitenciário do DF e de municípios vizinhos, como ocorre em outras unidades da federação, os criminosos se referiam à região como “Área 61”. Assim, a facção se organizava para dar assistência às famílias dos criminosos presos e, em troca, compartilhar os lucros provenientes dos crimes praticados no Distrito Federal. Para passarem a integrar a facção, os criminosos eram submetidos a um “batismo” em que se comprometiam a respeitar as regras da organização.

A investigação da antiga Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) apontou a existência de uma divisão de tarefas entre os criminosos, com atuação dentro e fora das penitenciárias, para a prática de crimes como tráfico de drogas, latrocínio e homicídio. De dentro das cadeias, integrantes da facção se comunicavam por telefone e por anotações em que registravam os nomes dos comparsas, matrícula no sistema penitenciário e outros detalhes sobre a participação na organização formada como um sindicato do crime. Os crimes ocorreram entre 22 de janeiro e 9 de outubro de 2015.

Na sentença, os juízes Elisabeth Cristina Amarante Brancio Minare, Leila Cury e Newton Mendes de Aragão Filho apontaram a divisão de tarefas dos criminosos que eram liderados no DF por Edson de Souza Campos, conhecido como Neguinho do Recanto. Ele coordenava as atividades e apontava as diretrizes do grupo. Foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Wanderson Santos Silva, o Pardal, e Bruno Borges Rocha, o “BR”, eram os responsáveis pelo controle os bandidos fora dos presídios, principalmente em crimes de tráfico de drogas. Eles receberam uma pena de 12 anos e quatro meses de prisão e 16 anos e um mês. respectivamente.

Wilton de Oliveira Silva, chamado pelos comparsas de Neguinho Satanás, exercia o controle e a coordenação dos membros da facção que estão presos. Ele também era encarregado de resolver conflitos entre os integrantes da organização. Recebeu uma pena de 16 anos e um mês de detenção.  Outros 14 integrantes do grupo também foram condenados, entre os quais a advogada da facção criminosa, Indiara Almeida Moreira. Apontada como uma “leva e traz” de recados da organização criminosa, ela recebeu uma pena de três anos, seis meses e 15 dias de reclusão, em regime aberto.

Operações como a Avalanche têm sido realizadas com frequência por policiais civis do DF como forma de desarticular a formação desses grupos. Foi o que ocorreu há duas semanas com a Operação Prólogo, em duas etapas, sendo a primeira em presídios do DF e a segunda, em cadeias públicas de Águas Lindas e do Novo Gama, realizadas pela equipe da Coordenação de Combate ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e à Ordem Tributária (CECOR).

CB.Poder

terça-feira, 17 de maio de 2016

Para justificar cargo para esposa, Temer turbina currículo de Marcela



Ao contrário do que disse o presidente interino, Marcela Temer não pode ser considerada advogada porque não tem registro na OAB
O presidente interino, Michel Temer, exagerou ao falar de sua mulher, Marcela, ao afirmar que ela era advogada, como forma de justificar sua qualificação para ter um cargo na área social do governo, caso Dilma Rousseff seja afastada em definitivo.

Em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, Temer disse que Marcela era qualificada e citou o fato de ser advogada como credencial para trabalhar no governo. “Ela tem formação nessa área?”, questiona a repórter. Tem. Ela é advogada, né, e tem muita preocupação com as questões sociais”, disse Temer, que é advogado e especialista em Direito Constitucional. 

Questionada, a assessoria de imprensa da OAB de São Paulo não localizou os registros de Marcela. Procurado, o conselho federal da OAB também disse que ela não consta nos registros da entidade. "Não consta do Cadastro Nacional dos Advogados o nome da sra. Marcela Tedeschi Araújo Temer. Esse cadastro mostra a relação de todos os inscritos na OAB (profissionais e estagiários) e pode ser consultado aqui", disse a OAB em nota. 

Para ter a inscrição na OAB é preciso, além de ser formado em Direito, passar em duas fases do exame de ordem e manter o pagamento da anuidade em dia. O assunto é objeto de polêmica e já foi até alvo de projeto de lei para liberar os bacharéis em Direito para atuar mesmo sem OAB, em razão dos altos índices de reprovação no exame. 

ÉPOCA pediu esclarecimentos à assessoria de Temer,  mas ainda não obteve resposta.

Fonte: Revista Época

sábado, 25 de julho de 2015

O casal fera

Que Beatriz Catta Preta, advogada dos delatores do petrolão, não é conhecida pela simpatia, não é novidade. Nas sessões de depoimentos de seus clientes, raras vezes esboça sorriso. Por trás da esposa fechada, há um marido de personalidade idêntica. Carlos Eduardo de Oliveira Catta Preta Júnior é personagem chave na dinâmica de delação premiada. Se a advogada viabiliza e coordena as confissões, ele faz a 'contabilidade' do negócio: trata dos trâmites de pagamento com as famílias e negocia valores. 
 Advogada Beatriz Catta Preta(Evaristo Sa/AFP)

A estratégia é evitar o desgaste da relação entre advogada e delator, sobretudo diante das quantias vultosas negociadas com cada um dos acusados. Um criminalista, que prestou serviço a alguns clientes que já passaram pelo escritório de Beatriz, relata que o marido, que é ex-policial, usa métodos, digamos, indelicados para negociar pagamentos. Essa era a principal reclamação dos clientes que chegavam a seu escritório. Socos na mesa, gritos e xingamentos eram rotina na dinâmica das cobranças - em especial com famílias já fragilizadas pela prisão dos acusados. A rispidez não encontrava distinção entre os clientes. 

O mesmo tratamento dado aos donos de quantias vultosas do petrolão também era dispensado aos casos menores. Antes de cuidar com unhas e dentes dos negócios da esposa, Catta Preta, o marido, tinha experiência limitada em administração. Sua última empreitada na área foi no início dos anos 2000, quando abriu, em sociedade com a esposa, uma escolinha de kitesurf em Riviera de São Lourenço, no litoral norte de São Paulo. Àquela época, os negócios jurídicos não iam tão bem. Os ventos mudaram para os Catta Preta, e a escolinha de kite fechou.

 (Ana Clara Costa, de São Paulo)