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sábado, 27 de julho de 2019

E segue o baile das revelações embaraçosas - Blog do Noblat

Veja

República de Araraquara


De retorno ao que de fato interessa se finalmente restar provado que o hacker Walter Delgatti Neto, o cabeça da República de Araraquara, disse a verdade no seu primeiro depoimento à Polícia Federal depois de preso. E o que de fato interessa?
Primeiro, o conteúdo das mensagens trocadas entre si pelos procuradores da Lava Jato, e por Deltan Dallagnol com o então juiz Sérgio Moro. Segundo, a irresponsabilidade de autoridades no uso de meios inseguros para tratar de problemas do Estado.

O hacker disse que descobriu acidentalmente como poderia acessar o conteúdo de mensagens de terceiros – e faz sentido o que contou. Disse que ninguém lhe encomendou o serviço e nem pagou por isso. E que foi ele que forneceu o que saiu publicado. Quando Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro, confessou que agira sozinho e que ninguém lhe mandara fazer nada, os devotos do capitão não acreditaram – nem o capitão. Talvez não acreditem até hoje. [Adelio Bispo não agiu sozinho; um vagabundo que ocasionalmente trabalhava como ajudante na construção civil, curtos períodos,  não conseguiria se manter sem apoio financeiro dos mandantes - despesas com hospedagem, alimentação, etc.
Infelizmente, o diagnóstico de insanidade mental, serviu como um desacelerador das investigações e com isso os mandantes tem grandes chances de não serem identificados.] Era preciso faturar politicamente o episódio.

Ao empresário Paulo Marinho, Bolsonaro afirmou ainda hospitalizado, que a facada o elegeria, e que nada mais seria necessário. Estava certo. Bolsonaro extraiu da facada tudo o que ela poderia lhe dar mesmo depois de eleito e empossado. Então após três inquéritos a Polícia Federal concluiu que Adélio, um desequilibrado mental, agira sozinho e por vontade própria. A justiça decidiu que fora assim e mandou arquivar o caso. E Bolsonaro, podendo recorrer da decisão, não o fez. Aceitou-a. [declarações de um doente em estado grave - caso do capitão - ainda que feita a amigos podem não expressar a o real sentido.
Além do mais, não há nada que impeça que um candidato que é agredido covardemente, está gravemente enfermo, veja uma vantagem política diante de um fato adverso e inevitável.
Quanto a não recorrer, é desagradável reconhecer, mas, recentes revezes do presidente Bolsonaro tem como causa principal a falta de um competente assessoramento jurídico - o presidente não aceitou a decisão, apenas perdeu o prazo para recurso, evento que costuma ser acompanhado pelo advogado.]
Melhor já irmos nos acostumando com a ideia de que não foi nenhuma organização internacional de criminosos, capaz de mobilizar sofisticadíssimos recursos tecnológicos e uma grande soma de dinheiro, que hackeou Moro & Cia, limitada ou não. Quanto ao que foi revelado até aqui pelo site The Intercept Brasil em parceria com a Folha de São Paulo e a VEJA, é isso aí mesmo, taokey? E será muito mais pelo que está previsto. Os fracos que segurem o tranco. A vida continua. Segue o baile.


[FATOS:  gostem ou não, sejam amigos ou inimigos do Brasil, de Moro e do presidente Bolsonaro, não pode ser olvidado que:
- as supostas conversas foram obtidas por meios ilícitos - aspecto que ninguém até o presente momento, contestou, por absoluta impossibilidade;
- por serem produto de crime = meios ilícitos = não servem como prova, não podem sequer ser anexadas ao processo - exceto se os inimigos do Brasil, de Moro e Bolsonaro conseguirem revogar a Constituição Federal;
- ainda que não fossem provas ilícitas, o que elas contém não tem nenhuma garantia de autenticidade - o material não foi periciado, não ficou sob uma cadeia de custódia para garantir sua autenticidade (esta condição não pode ser retificada).

Assim, mesmo que contivessem declarações de Moro ou do presidente Bolsonaro que roubaram o ouro do aeroporto de Guarulhos, nada provariam. 
Não podem ser usadas pelos hackers nem mesmo para se defenderem dos crimes de invasão, violação de privacidade, alegando que cometeram o crime por uma causa nobre, justa - o perfil dos hackers só mostra que são movidos por ganância, por interesse financeiro e com a agravante da não comprovação da autenticidade.
A única saída para uma redução de pena é a DELAÇÃO PREMIADA: entregar que os pagou = mandante = e quem recebeu o produto de um crime = recePTador.]

Blog do Noblat - Veja 



domingo, 22 de julho de 2018

Cúpula do PCC planejou resgate em presídio de segurança máxima



Plano foi descoberto pela polícia e previa uso de um blindado para derrubar o muro da unidade e libertar seis líderes da facção

Os chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) planejaram um resgate de dentro da Penitenciária II de Presidente Venceslau, presídio de segurança máxima que fica no interior de São Paulo. O plano previa o uso de um caminhão blindado para derrubar o muro da unidade e libertar seis integrantes da cúpula da facção.  O esquema foi descoberto pela polícia no mês passado e revelado pelo SBT. Segundo a reportagem, os detalhes estão escritos em duas cartas apreendidas na casa de um ladrão de carro forte que foi morto pela polícia. As mensagens foram escritas, de dentro do presídio, por Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, um dos homens de confiança de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção.

O grupo ainda explodiria um outro caminhão em frente ao batalhão da Polícia Militar para assustar e despistar os policiais. Os criminosos, segundo as mensagens, chegaram a encomendar fuzis e metralhadoras para usar em uma possível troca de tiros e até abater aeronaves.  Caso conseguissem sair da prisão, os líderes do PCC iriam para um sítio a dois quilômetros da penitenciária e depois para um esconderijo subterrâneo. Segundo a polícia, as cartas foram transportadas por uma mulher que visitava “Bin Laden” na cadeia.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que monitora o caso há mais de um ano e que “essa fuga jamais ocorreria porque os órgãos de inteligência da SAP monitoravam a oficina onde o veículo passaria pelo processo de blindagem”. O local fica na zona norte da capital paulista.  Ainda segunda a nota, a secretaria vai requerer a remoção do preso diretamente envolvido nesse plano para uma prisão federal de Mossoró (RN) ou de Porto Velho, em Rondônia.  Já a Secretaria da Segurança Pública afirmou em nota que as ações das polícias Civil e Militar no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas levaram mais de 60 mil criminosos para a prisão em todo o estado nos últimos dois anos.  “Paralelamente às ações de policiamento, as operações de inteligência em parceria com o Ministério Público e a SAP permitiram que os principais líderes de facções criminosas fossem internados em presídios com regime disciplinar diferenciado”, afirma.

No mês passado, as forças de segurança prenderam 65 pessoas durante a Operação Interestadual Echelon, realizada para cumprimento de ordens judiciais. Do total de presos, dois foram em flagrante e 63 por mandados, sendo que 51 pessoas já estavam detidas em unidades prisionais.  Nesta operação, sete detidos foram transferidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). No decorrer das investigações, foram apreendidas mais de uma tonelada de drogas. Também foi preso um dos líderes da facção, no aeroporto de Guarulhos, quando retornava da Bahia, no dia 10 de maio deste ano.