Monopolista privado também é ideológico
Nem bem o rótulo “liberalismo” foi reabilitado no pós-PT, os eleitores de Haddad, aqueles esquerdistas “moderados” o tomaram para si.
Não fortaleceras os fracos por enfraqueceres os fortes.
Não ajudaras o assalariado se arruinares aquele que o paga.
Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes.
Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos.
Não poderás criar estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado.
Não evitarás as dificuldades se gastares mais do que ganhas.
Não Fortalecerás a dignidade e o anônimo se Subtraíres ao homem a iniciativa da liberdade.
Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios.
E quantas empresas não podem ser fechadas com leis ambientais restritivas de aplicação seletiva? Conversando com pequeno produtor rural, a gente descobre fácil que aquele selo de orgânico é pago e é caro; serve para limitar concorrência. E se o selo de orgânico se tornar obrigatório? Basta mostrar imagens de girafas morrendo queimadas por produtores rurais na Amazônia, e uma certa imprensa apoiará a medida. Quem disser que não tem girafa na Amazônia vai preso por fake news e discurso de ódio contra girafas.
Então podemos dizer que o âmbito estatal está longe de ser o monopolista da ideologização. A nossa visão se clareia se considerarmos que existe um grupo político de veio totalitário, e que esse grupo migrou do Estado para as corporações. Não faz o menor sentido supormos que trocar o ensino público pelo privado acabará com a ideologização. Basta que o ensino caia na mão desses monopolistas da ESG.
Um cenário tenebroso e factívelO que os esquerdistas “moderados” que se dizem liberais não defendem é o livre mercado. Defendem monopolistas, e fazem isto às expensas tanto dos pequenos e médios, quanto da livre escolha do cidadão.
Vejamos o caso da pandemia. A política do confinamento foi adotada como verdade inquestionável, muito embora fosse radicalíssima e, de fato, questionável.
Ora, outro setor que quebrou com a imposição do confinamento foi o da educação privada. Falidos, os pais passaram a dever mensalidades e as escolas afundaram em dívidas. O resultado disso, no Brasil, foi a compra de vários conglomerados educacionais por Jorge Paulo Lehmann. Ele, que já era o monopolista das cervejas, passou a ser também o monopolista da educação básica. Hoje seu conglomerado de educação básica, o Eleva, é um dos maiores do mundo.
Lehmann é o patrono de Tabata Amaral, que se diz defensora da educação. Que tipo de escola Lehmann ofereceria ao público?
Foquemos ainda em Tabata. Onde houver uma “causa nobre” que envolva compra pelo Estado e distribuição para a população, lá estará ela. Na última vez, foi o caso da bolsa modess. A P&G, que fabrica modess, cunhou a expressão “pobreza menstrual”, arranjou estudos para partir o coração do público e disse que o Estado tinha que comprar modess. E lá estava Tabata para combater a “pobreza menstrual”. É isso que é ser “de esquerda” e “liberal” hoje.
O cenário que eu enxergo como muito factível no Brasil é a substituição do ensino público pelo privado. Mas isso tende a acontecer com a queda da qualidade (sempre é possível piorar) e da liberdade. Porque você vai fugir de uma escola e encontrar outra igualzinha, com as mesmas aulas gravadas e as mesmas apostilas.