Em
sua primeira manifestação depois do atropelamento eleitoral sofrido
pelo seu partido, o ex-presidente Lula mostrou que não aprendeu nada com
a derrota. Recusando-se a aceitar o fato de que os brasileiros
rejeitaram o PT nas urnas em razão do desastre protagonizado pelos
governos petistas em todas as esferas da vida pública, Lula preferiu
criticar o eleitor. “Aqui em São Paulo nós temos um problema que é
o conservadorismo”, disse o ex-presidente, procurando na sociologia de
botequim, tão cara a certos intelectuais petistas, mais bem falantes que
pensantes, a resposta para os resultados eleitorais no Estado, onde o
PT venceu em somente oito cidades e perdeu em todos os municípios do
ABC, região que lhe era fiel.
Segundo a Folha de S.Paulo, Lula,
num evento na Universidade Federal de São Carlos, elaborou o seguinte –
chamemos assim – raciocínio: “Desde a Revolução de 32, quando foi
construída a USP, que eles não queriam universidade federal aqui para
não ter pensamento federal no Estado de São Paulo. Uma ideia, uma
concepção retrógrada, que não tem noção de país, não tem noção de que o
país tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, que nós somos uma mega nação, que tivemos as mais diferentes culturas deste mundo, e tem
gente que não gosta disso. Tem gente que não gosta da ascensão de outros
Estados”.
Decerto instruído pelos marqueteiros que se dedicam a
falsear a realidade para adaptá-la aos delírios lulopetistas, o
ex-presidente juntou alhos e bugalhos. Num esforço de tradução da
glossolalia de Lula, pode-se dizer que ele tentou atribuir aos paulistas
que lutaram contra a ditadura de Getúlio Vargas – o “eles” da frase – a
pretensão de isolar São Paulo do resto do País, desejo que se
manifestaria pela rejeição à instalação, no Estado, de universidades
federais.
Como se nota por esse discurso fraudulento, a verdade
não tem a menor importância para Lula e os que pensam por ele. O que
importa, para esses êmulos do personagem Pacheco, de Eça de Queiroz, que
passou a vida a dar a impressão de possuir “imenso talento” sem ter
produzido nada que prestasse, é dizer qualquer coisa para então concluir
que “tem gente (os tais “conservadores” paulistas) que não gosta da
ascensão de outros Estados” e “não tem noção de país”. É por isso,
depreende-se, que o eleitor paulista rejeitou tão ferozmente Lula, o
demiurgo de Garanhuns.
É compreensível que Lula tenha decidido
comprar briga com o eleitor paulista, uma vez que a derrota em São Paulo
foi especialmente acachapante. Mas o argumento do ex-presidente não
explica as razões pelas quais o PT conquistou menos de 5% das
prefeituras em todo o País e, entre as capitais, ficou apenas com Rio
Branco. Também não explica por que houve candidatos petistas no
Nordeste, bastião eleitoral de Lula, que preferiram não se associar ao
ex-presidente na campanha, receosos de que a impopularidade crescente do
chefão petista minasse as suas já escassas chances eleitorais.
Portanto, o ex-presidente tentou reduzir a São Paulo um fenômeno que é
nacional – a ojeriza ao PT.
Nenhum dos bajuladores de Lula – que
já foi tido como catedrático em eleições, gênio capaz de reverter em
sucesso qualquer desastre eleitoral – lhe explicou que a salvação do PT
depende da capacidade de entender o recado dos eleitores. Tanto é assim
que, no mesmo discurso, Lula preferiu enxergar na derrota os sinais de
um complô contra o Brasil. A propósito do impeachment de Dilma Rousseff,
ele perguntou: “Será por causa do pré-sal, que é a maior descoberta de
petróleo do século 21? Será que é porque nós destinamos 75% dos
royalties para resolver o problema da educação? Será que essa coisa que
aconteceu no Brasil tem alguma ligação com o fato de o Brasil ter virado
protagonista internacional, ter criado o Brics, ter criado um banco
fora do FMI? Será que o que está acontecendo no Brasil tem a ver com a
relação do Brasil com a África, da criação da Unasul, do Mercosul?”. [Unasul, que pretendia em mais um dos delírios dos idiotas do Foro de São Paulo substituir a extinta URSS; só não contavam com o surgimento de Putin.
O que deu à Unasul o mesmo valor de um monte de esterco.]
Para
Lula, no melhor estilo das teorias conspiratórias, “tem algo maior do
que a gente imagina acontecendo neste país”. De fato, tem: uma imensa
determinação de superar a empulhação lulopetista e devolver a
racionalidade à administração do País.
Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sábado, 5 de novembro de 2016
Para Lula, a culpa é do eleitor
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