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sábado, 28 de novembro de 2015

Inércia do Planalto agrava crises política e econômica

Nas cordas, com o impacto da conspiração para calar Nestor Cerveró, governo precisa reagir e tratar da pauta econômica que deve ser aprovada no Congresso

Reeleita em outubro do ano passado, a presidente Dilma, a esta altura em 2014, já sinalizava que não iria cumprir promessas de palanque, pois se sabia que estava prestes a anunciar Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. O que de fato aconteceu: Levy foi nomeado e houve a guinada do governo real em relação àquele virtual, apresentado na propaganda petista.

A popularidade de Dilma começou a desabar, e a presidente se fechou em Palácio. A situação se repete, enquanto repercute a devastadora gravação feita por Bernardo, filho do ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, de conversas entre ele e o senador Delcídio Amaral (PT-MS), o chefe de gabinete do parlamentar, Diogo Ferreira, e o advogado Edson Ribeiro, sobre um esquema para silenciar o pai, em tratativas para testemunhar na Operação Lava-Jato. Em troca, o banqueiro André Esteves (BTG Pactual) financiaria a fuga de Cerveró e sustentaria o ex-diretor e família.

A prisão do grupo, na quarta-feira, parece ter jogado o Planalto nas cordas — como aconteceu no início do mandato. Há motivos para o desnorteamento. Cerveró teria citado Dilma em depoimento, no caso da refinaria de Pasadena, e, na questão legislativa, Delcídio era peça-chave na defesa dos projetos do ajuste fiscal no Senado. Além de presidir a Comissão de Assuntos Econômicos da Casa, ele é o relator do projeto de legalização de recursos não declarados remetidos por brasileiros para o exterior, uma fonte potencial de receita num governo em extrema penúria.

O Planalto, porém, precisa reagir, junto com o que resta da base parlamentar, porque estão em aberto, no Congresso, questões sérias em torno do Orçamento do ano que vem e mesmo metas fiscais ainda de 2015. No início do ano, havia alguma margem de tempo para o Planalto se adaptar à realidade — parecia que a própria presidente acreditara no enredo de ficção da campanha. 

Mas agora, não. A existência de uma conspiração mafiosa para calar e tirar do país testemunha relevante no petrolão, com a participação de um senador petista, por si só degrada a atmosfera tensa no Congresso. Em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem sobre a cabeça a espada do Ministério Público Federal e usa o poder de dar andamento a um processo de pedido de impeachment de Dilma como escudo. Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é outro citado na Operação Lava-Jato.

O quadro político ruim piora o cenário deteriorado da economia. E se o Planalto voltar a cair em estado de depressão, tudo piorará ainda mais. Dentro do governo, também é preciso resolver logo as divergências sobre a meta do superávit primário de 0,7% do PIB para o ano que vem. E quanto à meta fiscal deste ano, não esquecer que este governo não tem qualquer margem de credibilidade para falsear nas contas públicas. O crédito acabou faz tempo, e continuam em questão novos rebaixamentos na nota de risco do país.

Fonte: Editorial - O Globo

 

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Levy perdeu o prazo quando para consertar os estragos feitos por Lula e Dilma, optou por dar preferência ao aumento de impostos



Em jantar com Dilma, Lula avalia que Levy tem "prazo de validade"
Para ex-presidente, não adiantaria ao PT brigar pelo afastamento de Cunha sem reorganizar base e sem mudar política econômica
Em jantar com a presidente Dilma Rousseff, na noite desta quinta-feira, 15, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu mudanças na política econômica para sair da crise, defendeu o afrouxamento do ajuste fiscal e voltou a dizer que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem “prazo de validade”.

Levy e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, são alvos constantes de Lula. O Diretório Nacional do PT vai se reunir no próximo dia 29, em Brasília, e cobrará, mais uma vez, a substituição do ministro da Fazenda, além de um “novo eixo” para a política econômica, com crescimento e distribuição de renda.

Na avaliação de Lula, não adianta o PT brigar para derrubar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se o governo não arrumar sua base parlamentar de apoio no Congresso e promover mudanças na economia.

Nos últimos dias, o Palácio do Planalto e Lula promoveram negociações de bastidores para tentar salvar o mandato de Cunha no Conselho de Ética da Câmara. Em troca, queriam que ele barrasse a abertura do processo de impeachment contra Dilma. Diante do agravamento das denúncias que pesam sobre Cunha, porém, a situação do deputado está sendo considerada “insustentável” pelo Planalto e por petistas.

Na noite de quinta-feira, o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar Cunha, suspeito de desviar recursos da Petrobrás para contas secretas mantidas por ele e seus familiares na Suíça.

As articulações para livrar Cunha da cassação abriram uma guerra entre as correntes do PT e, após o vazamento da notícia, o Instituto Lula divulgou nota para desmentir que o ex-presidente tenha feito articulações para proteger o deputado no Conselho de Ética. Pesou para a revolta de grupos do PT, ainda, o fato de Cunha ter sugerido a emissários de Dilma a demissão de Cardozo.

Em público, o presidente da Câmara nega essa exigência. Lula e integrantes da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT, também avaliam que Cardozo não controla a Polícia Federal e deveria deixar o cargo. Para eles, a Operação Lava Jato não pode se transformar na agenda do País. [Lula e a corja petralha querem que a Polícia Federal passe a ser um departamento a serviço do PT e da roubalheira promovida por aquele partido, que é na verdade uma organização criminosa.]

Cardozo disse ao Estado que Cunha “deve ter as suas razões” quando pede a saída dele da pasta. “Muitas pessoas têm ficado desgostosas com a minha postura de garantir a autonomia das investigações da Polícia Federal e de só atuar em caso de evidências de abusos e ilegalidades”, afirmou Cardozo. “Se é verdade que o presidente da Câmara quer a minha saída, deve ter as suas razões. Cabe a ele explicitá-las”.

Fonte: IstoÉ – OnLine