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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Surtos de negacionismo - J. R. Guzzo

Revista Oeste

Lula e a esquerda, desde o seu primeiro dia no governo, têm tomado medidas que vão contra os desejos da população. Agora ficam contra Israel, quando 80% dos brasileiros são a favor


Membros da Brigada Al-Quds, braço militar do movimento Jihad Islâmica na Palestina, durante desfile militar da unidade de mísseis, na cidade de Gaza (15/10/2021) | Foto: Anas-Mohammed/Shutterstock
 

Vamos tentar entender, sem nenhum investimento mental complicado, o que está acontecendo com a “prisão a céu aberto” ou o “campo de concentração” que, segundo a esquerda brasileira e mundial, Israel criou para manter “a Palestina” submetida a condições de vida desumana

Os fatos, aqui, podem ser entendidos até por um analfabeto. 
A Comunidade Europeia deu de presente aos moradores da Faixa de Gaza canos de esgoto para ajudar na melhoria das condições sanitárias locais — um horror que poderia lembrar a Belém do Pará da família Barbalho, e que tem sido uma das mais exaltadas denúncias da mídia contra Israel. 
As tubulações doadas pela Europa, porém, não criaram esgotos em Gaza. 
 
(...)
Essas são as realidades, sem um grama de exagero, como se vê no vídeo que ilustra este texto, divulgado pelo próprio Hamas.
 

 
 
(...)
 
Lula e a esquerda, desde o seu primeiro dia no governo, têm tomado medidas que vão sistematicamente contra os desejos expressos da população. 
Impuseram de volta o pagamento obrigatório do “imposto sindical” que os brasileiros jamais quiseram pagar durante os sete anos em que foi voluntário, por lei aprovada no Congresso Nacional. 
São a favor do aborto
São a favor da “descriminalização da maconha” — e da criminalização da liberdade nas redes sociais. São a favor do esvaziamento relativo das prisões. Agora ficam contra Israel quando 80% da população é a favor. Estão convencidos de que não precisam do povo brasileiro.
 

MATERIAL GRATUITO, NA ÍNTEGRA - CORTESIA DA REVISTA OESTE

LEIA TAMBÉM: O veneno antissemita 

Revista Oeste

 

 


terça-feira, 25 de julho de 2023

A mãe, o baile e o discurso - Revista Oeste

 Roberto Motta 

Ficam as três imagens queimando nossas retinas e contaminando o ar de nossa democracia com um cheiro cada vez pior, insuportável

 

Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução Redes Sociais/Shutterstock

Três imagens marcaram as últimas semanas. Essas imagens, tomadas em conjunto, oferecem uma explicação sobre o Brasil melhor do que a maioria das análises de economistas, jornalistas e juristas.

A primeira imagem é a de uma mãe.

A experiência da maternidade é poderosa. Nada interessa mais a uma mãe do que o bem-estar dos seus filhos. Não há nada que uma mãe tema mais do que ser separada deles. 

Na República Federativa do Brasil, até bem pouco tempo atrás, nenhuma mãe amorosa, dedicada e correta temeria ser separada de seus filhos por iniciativa do Estado. Isso mudou.
Rodou nas redes sociais um vídeo que mostra uma mãe reencontrando seus dois filhos, crianças ainda pequenas. 
A mãe não consegue parar de chorar. Quem viu as imagens ficou com um nó na garganta.
A mãe ficara presa vários meses. O pai das crianças, seu marido, ainda está preso.

Vejam isso! Uma mãe, que após 6 meses, saiu do “campo de concentração” criado a partir do 8 de janeiro e revê seus 2 filhos.Como não se emocionar com tamanha injustiça e barbárie.Imprensa tendenciosa,antiética e esquerdista essa mulher tem alguma característica de “terrorista”?🇧🇷 pic.twitter.com/nXct8lXGct— Edinaldo Marques (@EdinaldoMarques) July 10, 2023

.....


A prisão do pai e da mãe, e de milhares de outros brasileiros, por razões semelhantes, deixou um cheiro ruim no ar da democracia.

A segunda imagem marcante é a de um baile. Uma banda toca no convés de um navio. Pessoas movem seus corpos ritmicamente. 
Uma dessas pessoas é um dos homens mais poderosos do país. 
Ele tem a chave para aprovação de legislação na Câmara dos Deputados.

O homem é um jurista do Estado — poderoso, bem-remunerado e cheio de privilégios. Ele está em um local inapropriado para seu cargo — um evento político

Uma das coisas que ele permitiu — ou promoveu — foi a aprovação, em altíssima velocidade, de um projeto que altera a cobrança de impostos. É uma mudança, feita na própria carne da Constituição, que afetará a vida de todos os milhões de brasileiros por várias gerações. Na realidade, os efeitos são imprevisíveis, porque o projeto não foi discutido adequadamente nem acompanhado de qualquer estudo sério. [saiba mais sobre o pode do tal homem, clicando aqui.]

Não houve tempo. Era preciso aprová-lo rapidamente. Por quê?

Há quem diga que a velocidade foi estimulada pela liberação de bilhões de reais em “emendas” parlamentares (“emenda” significa “dinheiro”). Houve quem dissesse que a razão da pressa fora o show no navio. A embarcação tinha hora para zarpar.

Se isso for verdade, foi o show mais caro da história.


O cheiro ruim aumenta.
 

Cruzeiro do Safadão | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Na terceira imagem, um homem faz um discurso. O homem é um jurista do Estado — poderoso, bem-remunerado e cheio de privilégios. Ele está em um local inapropriado para seu cargo um evento político. Suas palavras são inadequadas para sua função. 

Na maioria das democracias, elas seriam suficientes para sua remoção imediata da posição que ocupa e para o início de procedimentos de responsabilização.

No Brasil, sabemos que nada acontecerá.

Ficam as três imagens — da mãe, do baile e do discurso — queimando nossas retinas e contaminando o ar de nossa democracia com um cheiro cada vez pior, insuportável.

Leia também “Os piores entre nós”

REVISTA OESTE, ÍNTEGRA DA MATÉRIA


Coluna Roberto Motta - Revista Oeste