O
ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal,
afirmou na manhã desta segunda-feira, 13, que a Corte máxima foi um
‘dique relevante contra avanço do autoritarismo’, rebatendo alegações de
ativismo judicial por parte da Corte. “Com frequência as pessoas chamam
de ativistas as decisões que elas não gostam, mas geralmente o que elas
não gostam mesmo é da Constituição ou eventualmente de democracia”,
alertou.
Isso vem do mesmo que gritou, em evento
político da esquerda radical em comício da UNE: "Nós derrotamos
Bolsonaro!"
O mesmo que rebateu para um patriota em Nova York que pedia,
educadamente, o código fonte das urnas: "Perdeu, mané! Não amola!"
Imagina se houvesse ativismo...
“A democracia e a
Constituição ao longo dos 35 anos têm resistido a tempestades diversas,
que foram dos escândalos de corrupção às ameaças mais recentes de golpe.
A Constituição e a democracia conseguiram resistir e a resposta é
afirmativa: quem é o guardião da Constituição? O STF. Então é sinal que
ele tem cumprido bem seu papel e o resto é varejo político”, declarou
Barroso.
Eis um típico exemplo de referência
circular: a Constituição ainda existe formalmente?
Então isso prova que
seu guardião formal, o STF, cumpriu bem sua missão! Não importa que a
Constituição tenha sido rasgada inúmeras vezes pelo próprio STF, para
que uma suposta ameaça autoritária fosse debelada - na prática, todo
tipo de perseguição política aos conservadores foi permitida à revelia
das leis.
Em
sua exposição, o ministro narrou como o Supremo ‘impediu retrocessos
diversos’ ao elencar como o populismo autoritário se manifestou no País.
Barroso citou por exemplo, o ‘negacionismo ambiental’, com o desmonte
de órgãos de proteção, e o ‘negacionismo da gravidade da pandemia’.
Ou
seja, Barroso fornece ações ativistas com base em ideologias como prova
de que não há ativismo ideológico!
Diante de
declarações tão conflitantes com a realidade, temos apenas duas
alternativas: ou Barroso vive mesmo em Nárnia, e lá os ministros
"ungidos" podem "empurrar a história" sem respeito pelas regras do jogo e
depois chamam a isso de proteger as regras do jogo, numa inversão
insana;
ou Barroso partiu de vez para o deboche, seguro de que não há
mais qualquer resquício do mecanismo de freios e contrapesos no Brasil.
Fico com a opinião
do jornalista Carlos Alberto Di Franco, que de maneira bastante
elegante e sutil, e ainda com esperanças de alguma possibilidade de
autocrítica dessa turma ativista e militante, concluiu: "A corte
suprema, infelizmente, não tem contribuído para fortalecer a sua
credibilidade. Aos olhos da população, transformou-se num espaço
político. Não creio que seja radicalmente assim. Mas é a percepção que
existe. E isso não é nada bom. É hora de os ministros de STF fazerem uma
sincera autocrítica. O Brasil merece".
O Brasil
decente, que trabalha de forma honesta, que respeita as leis e as
tradições, certamente merece até um Scalia no STF; infelizmente, Barroso
é o que temos, além de colegas tão ativistas quanto.
O Brasil da
corrupção, do autoritarismo e da esquerda radical agradece.
Clique aqui e veja o teor e o vazio da erudição do supremo ministro.