Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Barroso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Barroso. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Barroso gastou quase R$ 1 milhão com jatinhos em três meses na presidência do STF - Lúcio Vaz

Gazeta do Povo - VOZES

O presidente do STF, Roberto Barroso, gastou R$ 922 mil com voos em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) nos três primeiros meses na presidência, o que projeta uma despesa de R$ 3,7 milhões em um ano. 
O valor é próximo da gastança do presidente da Câmara, Arthur Lira, com jatinhos em 2023 – R$ 3,4 milhões
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, gastou R$ 2 milhões. 
O roteiro de viagens de Barroso evidencia o seu caráter progressista, a proximidade com o governo Lula e uma pitada de populismo. 
Teve até elogio ao Bolsa Família.

Durante visita à Favela dos Sonhos, na periferia de São Paulo, em 6 de novembro, Barroso afirmou: “O Bolsa Família foi decisivo para tirar as pessoas da pobreza”. Mas logo completou: “Mas é preciso que as pessoas se libertem do benefício e passem a ter voo próprio”. A falta de uma “porta de saída” é principal crítica ao maior programa social do governo Lula.

Em 30 de novembro, no Congresso Internacional de Tribunais de Contas, em Fortaleza, Barroso afirmou que a tese que responsabiliza veículos de imprensa por fala do entrevistado foi lida de maneira “equivocada”. 
No mesmo evento, o ministro Gilmar Mendes afirmou que se trata de "uma pauta amiga da imprensa". Segundo Barroso, os veículos só serão responsabilizados se publicarem entrevistas com a "intenção maldosa de fazer mal a alguém", segundo registro do jornal O Povo.
Sócio honorário do Flamengo
No dia seguinte, um pouco de populismo. Barroso seguiu de jatinho “chapa branca” para o Rio de Janeiro, onde recebeu o título de “sócio honorário” do Flamengo, entregue pelo Conselho dos Grandes Beneméritos do clube. O presidente Arthur Lira também recebeu o título. O roteiro Brasília/Fortaleza/Rio/Brasília de jatinho custou R$ 80 mil.

O presidente estava à vontade no seu frenético roteiro de apresentação. No dia 5 de dezembro, ele subiu ao palco no Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Salvador, e fez um dueto com a cantora Ana Mametto, cantando “O que é, o que é?”, de Gonzaguinha – ícone da chamada música de protesto na década de 70. Nesse evento, fez um desabafo: “A gente está sempre desagradando alguém. Essa é a vida de um tribunal constitucional independente que tem a coragem moral de fazer o que tem que fazer”.

Em 13 de novembro, Barroso esteve no seminário "O papel do Supremo nas democracias", evento promovido pelo jornal Estadão e pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, em São Paulo. Ainda em novembro, o ministro prestigiou o Seminário “35 anos da Constituição de 1988: Avanços e Desafios na Proteção de Direitos Fundamentais e da Democracia”, realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

A temática progressista esteve presente também na sede do Supremo. Em 5 de dezembro, o presidente assinou acordos com a Capes e a Biblioteca Nacional relativos ao Programa de Combate à Desinformação.

Viagens sob sigilo
As viagens em jatinhos não são as únicas despesas nas viagens dos presidentes do STF, da Câmara e do Senado. A falta de transparência dificulta a coleta de todos os dados, mas algumas “despesinhas” são visíveis. 
Além de torrar R$ 3,4 milhões com jatinhos oficiais, Lira gastou mais R$ 1,38 milhão com diárias e passagens das suas equipes de segurança em viagens pelo país e mundo afora. 
 Foram R$ 470 mil com passagens e R$ 907 mil com diárias. 
Assim, os gastos com viagens somaram R$ 4,8 milhões.
 
Os gastos com diárias e passagens de seguranças e assessores que acompanham as viagens do presidente do Senado não estão muito expostos.  
Em compensação, o Senado divulga as despesas pagas com cartões corporativos utilizados pelos servidores em viagens. 
Em 2023, elas somaram R$ 329 mil – quase a totalidade com passagens e despesas com locomoção. 
Esses dados não são divulgados pela Câmara dos Deputados.
 
O STF divulga com atraso de alguns meses as despesas com diárias e passagens aéreas de seguranças e assessores que acompanham os ministros. Os dados mais recentes são de agosto. 
O blog publicou recentemente os detalhes desses gastos nos dois últimos anos. 
As despesas com viagens dos servidores lotados no gabinete do ministro Barroso somaram R$ 402 mil. As viagens dos ministros são mantidas sob sigilo.
Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

VOZES - Gazeta do Povo 


quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

A paixão tórrida de Barroso pelos microfones - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

O comando da discussão política não está no Congresso, eleito pelo povo, nem entre os governantes que os eleitores puseram nos cargos executivos, mas no STF

Ministro do Supremo Luís Roberto Barroso no Congresso de UNE, em Brasília, em julho de 2023

 Luís Roberto Barroso. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
 
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, que parece viver uma paixão tórrida com os microfones, o som da sua própria voz e a celebração das virtudes que imagina ter, virou o mais ativo orador político do Brasil. 
Não poderia ser assim. Como juiz, ele tem a obrigação de ser juiz – e um juiz não pode passar o tempo todo falando como um animador de auditório na defesa das suas ideias, convicções e interesses. 
Como o público que lhe paga o salário pode esperar que seja imparcial nas suas sentenças, se está todo dia dizendo que é contra isso e a favor daquilo? 
Mas aí é que está: no Brasil de hoje o comando da discussão política não está no Congresso Nacional, que foi eleito pelo povo brasileiro, nem entre os governantes que os eleitores puseram nos cargos executivos, mas no STF – que não tem o voto de ninguém. É uma degeneração.
 
A última homilia do ministro Luís Roberto Barroso mostra, mais uma vez, o quanto o STF afundou na sua própria anomalia
Eles não percebem mais que o respeito pela instituição só pode ser conquistado como consequência dos seus atos, da sua seriedade e da sua isenção.
Acham outra coisa: o Supremo só será um grande tribunal se as suas “lideranças” ficarem fazendo elogios a si mesmas. 
Barroso, em seu discurso mais recente, disse que “o STF fez muito bem ao Brasil” e enumerou as dádivas que nos foram fornecidas por Suas Excelências.  
Quem teria de falar disso não é ele, e sim os supostos beneficiários das bondades do STF - mas pelos padrões de conduta vigentes hoje neste país a auto louvação é não apenas aceita como aplaudida. 
Ficamos sabendo, assim, que o STF nos salvou de uma ditadura, venceu o “golpe de estado” do 8 de janeiro, impediu que a Covid destruísse o Brasil etc. etc. Tudo bem: quem quiser acreditar nisso tem o direito de acreditar.  
O que não está certo é dizer que quem critica o STF são os “bolsonaristas”, e que os “ataques” ao tribunal só acontecem porque suas decisões causam desagrado a certas pessoas.
 
É falso. Os que criticam as ações do STF incluem muito mais gente que os “bolsonaristas” basta verificar, com um mínimo de serenidade, quem são os autores das críticas. 
Mais que isso, o que se condena no STF não é o teor jurídico das decisões; ninguém ignora o fato de que uma sentença judicial sempre agrada o vencedor e desagrada o perdedor. 
O problema, e aí o presidente do STF não dá um pio, é que as mulheres de ministros advogam em causas julgadas pelos maridos.  
Cidadãos estão sendo condenados a até 17 anos de cadeia por terem participado de um quebra-quebra em Brasília – e por terem supostamente praticado, ao mesmo tempo, os crimes de “golpe de estado” e de “abolição violenta do estado de direito”.  
Um cidadão tem um bate-boca com um dos ministros no Aeroporto de Roma e se vê levado a julgamento no supremo tribunal de justiça do país, no arrastão judicial dos “atos antidemocráticos”. 
A empresa J&F é dispensada de pagar os 10 bilhões de reais que devia ao Tesouro Nacional, em cumprimento ao acordo que fez para escapar de cinco ações penais por corrupção ativa.
 As provas materiais de corrupção contra a Odebrecht são declaradas como “imprestáveis” e destruídas.
 
Nada disso ter alguma coisa a ver com “defesa da democracia”, ou com máscara para Covid, ou com “extrema direita” e outras assombrações
Está errado porque é contra a lei. 
E é por isso, na verdade, que o presidente do STF age todos os dias como chefe de facção política. 
Não está interessado em Constituição, processo legal e seu dever como juiz. Como ele mesmo diz, quer “fazer História”.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Barroso poderia ler Sowell… - Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Se os ministros do STF lessem com muita calma e atenção a nossa Constituição e restringissem seus atos à sua defesa, o país seria outro. O ativismo supremo é certamente um dos maiores problemas que enfrentamos hoje.

Mas o presidente do STF não aguentaria uma missão tão restrita, ainda que nobre. Barroso é um ser iluminado, onde o Sol da Razão bate com muito mais força do que nos reles mortais. Ele precisa, portanto, "empurrar a história", como já disse.

Ao palestrar em um painel da COP 28, em Dubai, sobre "Mudança do Clima e Juízes", Barroso voltou a afirmar que o STF tem papel “iluminista” para forçar outros Poderes a adotarem agendas mesmo que não façam parte de um projeto de governo eleito democraticamente ou que não representem um anseio majoritário da sociedade:

Tribunais Constitucionais desempenham três tipos de papéis:  
(i) contramajoritário, quando invalidam atos dos outros dois Poderes que contrariem a Constituição; 
(ii) representativo, quando atendem demandas sociais, protegidas pela Constituição, e que não foram satisfeitas pelo processo político majoritário; e (iii) iluminista. Esse papel iluminista pode ser assim definido: em certas situações, raras mas importantes, cabe às Cortes Supremas, em nome da Constituição, de tratados internacionais e de valores universais de justiça, sanar omissões graves, que afetem os direitos humanos. 
Isso se dá em casos de inércia dos governos e mesmo de desmobilização da sociedade. 
Em muitas partes do mundo, foi assim com a segregação racial, os direitos das mulheres e os direitos da comunidade LGBTQIAPN+.

“Naturalmente, tribunais não são capazes de conduzir essa luta isoladamente e sempre será imprescindível a atuação governamental e da sociedade para que ela possa ter sucesso. Mas eles têm, em muitos casos, a capacidade de colocar o tema na agenda política e no debate público, forçando uma tomada de atitude”, completou o ministro.

Barroso, que adora um holofote da imprensa e fica dando dicas de leitura nas redes sociais, poderia ler Os Ungidos, de Thomas Sowell.  
Escrevi uma resenha há mais de uma década, que continua bastante atual e necessária, eu diria, para um pavão supremo que se enxerga como ser iluminado. Eis alguns trechos: Há um grupo de pessoas para quem a visão de mundo é muito mais relevante do que a própria realidade. Esta visão, ou ideologia, oferece um estado de graça especial para seus detentores. Aqueles que acreditam nesta visão pensam estar não apenas corretos, mas também em um plano moralmente superior aos demais. Para Thomas Sowell, esta postura caracteriza o que ele chamou de “a visão dos ungidos”.

Para os ungidos, há sempre uma necessidade urgente de ação para impedir uma catástrofe iminente, e esta deve partir quase sempre do governo. 
Uma minoria mais esclarecida deve decidir no lugar de milhões de pessoas, consideradas alienadas ou desinformadas, quando não motivadas por propósitos questionáveis. 
Argumentos contrários são ignorados com frequência, e as boas intenções dos próprios ungidos é o que importa
O foco nos resultados práticos dá lugar ao regozijo de sua cruzada moral.

Uma das coisas que chama a atenção de Sowell é a extraordinária habilidade de negar as evidências contrárias às suas medidas presente nos ungidos. 
Seus profetas preservam incrível aura de respeito apesar do histórico altamente negativo de suas previsões. 
As profecias apocalípticas dos neo-malthusianos, por exemplo, são refutadas de tempos em tempos, mas nada abala a confiança nestes profetas. Os termos messiânicos dos ungidos, tais como “guerra contra a pobreza”, são empregados sem respaldo algum pelas consequências concretas de tais medidas.
 
[...] Os ungidos desejam chegar até a “raiz” dos problemas sociais, para então oferecer “soluções”. Sowell considera esta característica fundamental para distinguir a visão dos ungidos da visão alternativa, que pode ser considerada trágica. 
Nesta, há a consciência de que somos seres limitados, e que a vida consiste em uma série de “trade-offs”, onde uma escolha pressupõe abrir mão de algo; naquela, os principais males sociais podem ser solucionados. O crime, a violência, a miséria, tudo isso pode ser extirpado do mundo. 
Um novo mundo é possível, assim como um novo homem.
 
E eis a minha conclusão, tão adequada ao perfil do nosso "iluministro": Os ungidos segregam o mundo em classes, colocam-nas em conflito, e depois se oferecem como os únicos capazes de solucionar os problemas oriundos destes conflitos. 
Esta nobre visão retroalimentada é o que garante a persistência deste grupo de pessoas, pois sempre haverá muita gente disposta a sacrificar o foco nos resultados em nome de sua própria imagem perante os outros e o espelho, via auto-engano. 
A vaidade enraizada na natureza humana é uma importante aliada dos ungidos. 
E, afinal de contas, vaidade das vaidades, tudo é vaidade!


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Barroso partiu para o deboche? - Rodrigo Constantino

VOZES - GAZETA DO POVO

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou na manhã desta segunda-feira, 13, que a Corte máxima foi um ‘dique relevante contra avanço do autoritarismo’, rebatendo alegações de ativismo judicial por parte da Corte. “Com frequência as pessoas chamam de ativistas as decisões que elas não gostam, mas geralmente o que elas não gostam mesmo é da Constituição ou eventualmente de democracia”, alertou.

Isso vem do mesmo que gritou, em evento político da esquerda radical em comício da UNE: "Nós derrotamos Bolsonaro!"  
O mesmo que rebateu para um patriota em Nova York que pedia, educadamente, o código fonte das urnas: "Perdeu, mané! Não amola!" Imagina se houvesse ativismo...

“A democracia e a Constituição ao longo dos 35 anos têm resistido a tempestades diversas, que foram dos escândalos de corrupção às ameaças mais recentes de golpe. A Constituição e a democracia conseguiram resistir e a resposta é afirmativa: quem é o guardião da Constituição? O STF. Então é sinal que ele tem cumprido bem seu papel e o resto é varejo político”, declarou Barroso.

Eis um típico exemplo de referência circular: a Constituição ainda existe formalmente? 
Então isso prova que seu guardião formal, o STF, cumpriu bem sua missão! Não importa que a Constituição tenha sido rasgada inúmeras vezes pelo próprio STF, para que uma suposta ameaça autoritária fosse debelada - na prática, todo tipo de perseguição política aos conservadores foi permitida à revelia das leis.
 
Em sua exposição, o ministro narrou como o Supremo ‘impediu retrocessos diversos’ ao elencar como o populismo autoritário se manifestou no País. Barroso citou por exemplo, o ‘negacionismo ambiental’, com o desmonte de órgãos de proteção, e o ‘negacionismo da gravidade da pandemia’.  
Ou seja, Barroso fornece ações ativistas com base em ideologias como prova de que não há ativismo ideológico!
 
Diante de declarações tão conflitantes com a realidade, temos apenas duas alternativas: ou Barroso vive mesmo em Nárnia, e lá os ministros "ungidos" podem "empurrar a história" sem respeito pelas regras do jogo e depois chamam a isso de proteger as regras do jogo, numa inversão insana; 
ou Barroso partiu de vez para o deboche, seguro de que não há mais qualquer resquício do mecanismo de freios e contrapesos no Brasil.

Fico com a opinião do jornalista Carlos Alberto Di Franco, que de maneira bastante elegante e sutil, e ainda com esperanças de alguma possibilidade de autocrítica dessa turma ativista e militante, concluiu: "A corte suprema, infelizmente, não tem contribuído para fortalecer a sua credibilidade. Aos olhos da população, transformou-se num espaço político. Não creio que seja radicalmente assim. Mas é a percepção que existe. E isso não é nada bom. É hora de os ministros de STF fazerem uma sincera autocrítica. O Brasil merece".

O Brasil decente, que trabalha de forma honesta, que respeita as leis e as tradições, certamente merece até um Scalia no STF; infelizmente, Barroso é o que temos, além de colegas tão ativistas quanto. 
O Brasil da corrupção, do autoritarismo e da esquerda radical agradece.
Clique aqui e  veja o teor e o vazio da erudição do supremo ministro.  

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Futuro presidente do STF, Barroso confraterniza com Joesley Batista em Lisboa - O Globo

O ministro Luís Roberto Barroso, à esquerda, e o empresário Joesley Batista, à direita Carlos Moura/STF/Divulgação e Ailton de Freitas/O Globo

Próximo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso usou o tempo livre da passagem por Lisboa, onde participou do Fórum Jurídico promovido pelo instituto ligado ao também ministro Gilmar Mendes, para confraternizar com o delator e dono do grupo JBS Joesley Batista no terraço de um dos hotéis mais badalados da capital portuguesa, o Tivoli.

O encontro, registrado em um vídeo obtido pela equipe da coluna, ocorreu na noite do dia 26, na véspera de Barroso participar de um debate sobre um marco regulatório para as plataformas de internet.

No vídeo, o ministro aparece em roda de conversa com Joesley, ao lado do DJ. Joesley está com um copo na mão e Barroso, de braços cruzados. Também participava do papo o advogado Miguel Matos, editor do portal jurídico Migalhas.

O vídeo não mostra toda a conversa, mas, segundo relatos obtidos pela equipe da coluna, o papo durou alguns poucos minutos. Naquela mesma noite, o ministro já havia marcado presença no jantar promovido pelo banco BTG no restaurante Eleven. Barroso assume a presidência do STF a partir de 28 de setembro, com a aposentadoria de Rosa Weber.

O irmão de Joesley, Wesley Batista, não aparece no vídeo, mas também estava no terraço do Tivoli.

Os dois empresários fizeram acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), validado pelo próprio STF em junho de 2017.  Na época, a J&F também fechou com MP um acordo de leniência que prevê o pagamento de multa de R$ 10,3 bilhões ao longo de 25 anos por seu envolvimento em casos de corrupção. 

Agora, o grupo quer rever o acordo e diminuir o valor.

Nos dias em que durou o fórum, os irmãos Batista circularam pelas palestras e por eventos da programação paralela – como o coquetel de boas vindas promovido pelo grupo empresarial Esfera, de que são patrocinadores. Eles aproveitaram esse coquetel para se aproximar do também ministro do Supremo André Mendonça, com quem tiraram uma foto em que aparecem sorridentes.

Mendonça é o relator de um processo de interesse do grupo J&F: a ação movida por partidos da base do governo Lula para suspender as indenizações e multas impostas em acordos de leniência celebrados entre o Estado e empresas investigadas pela Operação Lava-Jato.

No último dia 25, Mendonça deu um prazo de 10 dias para que a Presidência da República, o Congresso e o Ministério Público Federal se manifestem no caso.

Em Lisboa, os irmãos Batista ainda fizeram questão de assistir ao painel sobre “Defesa da democracia e liberdades fundamentais”, a poucos metros do principal palestrante – Michel Temer, delatado por eles em 2017.

A presença dos delatores no auditório provocou constrangimento entre aliados de Temer e organizadores do fórum, mas nem por isso eles mudaram de lugar.

Outros empresários também circularam por eventos paralelos ao fórum de Lisboa – como o banqueiro André Esteves, anfitrião de um jantar restrito para empresários e políticos e um coquetel para centenas de pessoas em um restaurante à beira do rio Tejo.

Barroso participou ativamente dos eventos do BTG. No jantar, em que estavam os ministros Gilmar Mendes e Mendonça, também estiveram o empresário Rubens Ometto, do grupo Cosan, o presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Trabuco Cappi, e o presidente da Câmara, Arthur Lira.

sábado, 15 de julho de 2023

Barroso tem a obrigação de fazer justiça, e não de fazer política - Gazeta do Povo

Vozes - J.R. Guzzo

[PARABÉNS ao ilustre jornalista José Roberto Guzzo por seu ANIVERSÁRIO e pelos bem vividos 80 anos - Que DEUS LHE DÊ  VIDA LONGA... ACRESCENTANDO MAIS ANOS e ANOS... são os sinceros votos do Blog Prontidão Total.]

O ministro Luís Roberto Barroso se acostumou a fazer ano após ano, em completa impunidade, pronunciamentos dizendo coisas que não tem nenhum direito legal de dizer.  
Ele não só é um juiz do Supremo Tribunal Federal, proibido pela Constituição de exercer qualquer atividade de ordem político-partidária – está escalado para ser o próximo presidente do STF, e nesse cargo ele tem a obrigação mínima de fingir, pelo menos, que age com algum tipo de imparcialidade.

Whatsapp: entre no grupo e receba as colunas de J.R.Guzzo

No último acesso de militância que teve, diante de uma plateia da UNE, Barroso dobrou a meta. Disse que lutou para derrotar o “bolsonarismo”, uma corrente política com existência perfeitamente legal no Brasil – teve, aliás, quase 50% dos votos nas últimas eleições presidenciais
Aí já foi demais, mesmo no estado de coma em que vegeta a vida pública brasileira. 
Barroso conseguiu ser reprovado até mesmo por seus próprios colegas de STF (pelas costas, é claro) e, acreditem se quiserem, por ninguém menos que o presidente do Senado. Até ele? Sim, até ele. [embora não seja surpresa para ninguém, se for descoberto que o omisso Pacheco, presidente do Senado, já apresentou humildes pedidos de desculpas ao ministro Barroso pelo seu descontrole verbal.]

    E onde está escrito, em alguma lei em vigor neste país, que é proibido ter ideias de direita?

Está tudo errado nesta história. Barroso, como ministro do mais alto tribunal de Justiça do Brasil, tem a obrigação de fazer justiça, e não de fazer política – seu dever é julgar o que lhe foi demandado, e unicamente isso. 
Que raios ele estava fazendo, em primeiro lugar, num comício da UNEuma óbvia organização política e, ainda por cima, extremista? 
O que falou ali foi pior do que a sua presença.  
Um ministro da Suprema Corte não pode dizer que trabalhou contra um candidato legítimo, segundo o próprio consórcio TSE-STJ, ao cargo de presidente da República. 
Como confiar num homem que diz isso? “As decisões de Barroso serão sempre tendenciosas”, afirmou o senador Hamilton Mourão
Como discordar dele? E como levar a sério o seu voto na decisão que proibiu os 140 milhões de eleitores brasileiros de votarem em Jair Bolsonaro nas próximas eleições?

Veja Também:

    Nunca o Brasil viu uma infâmia tão grande quanto as prisões políticas em massa feitas pelo STF
    Quem autorizou o STF a ser um “poder político” neste país?
    Fim das escolas cívico-militares: Lula quer destruir tudo o que Bolsonaro criou


O ministro, diante da reação à calamidade que cometeu, e cobrado a fazer uma retratação, disse que não quis “ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente”. Também assegurou que aceita a existência de “uma visão de mundo conservadora e democrática” e tem “o maior respeito por todos os políticos democratas”. Que sorte a nossa, não? 
O difícil, de qualquer forma, é determinar qual o grau de sinceridade dessas desculpas.
 
Para resumir a ópera: Barroso disse durante a campanha eleitoral, num ato de militância política em Nova York, que Bolsonaro era “o inimigo”. Disse um caminhão de coisas do mesmo tipo. Tire, aí, suas próprias conclusões. 
Outra complicação é harmonizar, como dizem os garçons, a retratação de Barroso com a última bula ideológica expedida pelo ministro da Justiça do governo Lula.  
Segundo ele, a internet tem de ser censurada porque serve de plataforma às “ideias da direita”. É mesmo? 
E onde está escrito, em alguma lei em vigor neste país, que é proibido ter ideias de direita? 
Pelo que escreveu em sua nota de explicação, Barroso acha que o cidadão pode ser de direita no Brasil. 
O ministro da Justiça acha que não pode. 
Como é que fica, então – pode ou não pode?

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 


quinta-feira, 13 de julho de 2023

Barroso confessa: perdeu, mané! - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Em um país sério, jamais um ministro de Corte Suprema seria palestrante empolgado em evento de estudantes comunistas. Em um país sério, esse ministro jamais afirmaria, com orgulho, que "derrotou" o candidato de direita. 
A constatação inapelável é a de que o Brasil não é um país sério. Nem perto disso.
 
O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse na noite desta quarta (12) que enfrentou e derrotou o “bolsonarismo”. A declaração foi dada após ser vaiado por um grupo de estudantes na abertura do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). A fala entrou na mira de deputados da oposição, que consideram entrar com um processo de impeachment contra o magistrado por cometer crime de "exercer atividade político-partidária". [o único empecilho é que o STF em julgamento extraordinário antecipado já inocentou o ministro Barroso. Valeu a regra do ministro Fux,  quando  presidente do STF, sentenciou: 'mexeu com um,mexeu com todos'. ]

As vaias a Barroso ocorreram por conta da atuação dele em processos na Corte, como o piso da enfermagem e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. “Nada que está acontecendo aqui me é estranho. Já enfrentei a ditadura e já enfrentei o bolsonarismo. Não tenho medo de vaia porque temos um país para construir. Nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse.

Quem seria esse "nós" a que ele se refere? O STF? E quem deu ao Supremo a missão de "construir um país", em vez de preservar a Constituição?  
O mesmo Barroso, não faz muito tempo, reconheceu que o Poder Judiciário virou um "poder político", admitindo o ativismo inconstitucional. 
Foi o mesmo ministro que já confessou seu desejo de "empurrar a história", e que, provocado com perguntas educadas e legítimas em Nova York, rebateu: "Perdeu, mané!"

Enquanto isso, o ministro Flávio Dino, da Justiça, reafirmou que o governo quer regulamentar as redes sociais e que as plataformas são usadas para divulgar as “ideias da direita e do poder econômico”. As falas foram dadas durante a abertura do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), que teve também um protesto com vaias ao ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Está tudo funcionando perfeitamente em nossa democracia, como podem perceber. Golpistas são os patriotas! 
 Chegou a mim uma thread de um Alexandre Andrada, que não conhecia, mas que é professor do Departamento de Economia da UnB. 
Seu pensamento retrata com perfeição a desgraça que se abateu sobre o Brasil. É o pensamento de muito tucano, gente "moderada", alguns que se dizem até "liberais". Eis o que ele argumenta: - Pra mim está cada dia mais óbvio que as elites (política, econômica, jurídica, jornalística, etc.) se juntaram no famoso “grande acordo nacional” para acabar com duas ameaças ao status quo: a Lava Jato e o Bolsonarismo. Eu, particularmente, acho que a Lava Jato estava se transformando num instrumento jurídico extremamente arbitrário e perigoso.  
E acho que o antigo status quo PT-PSDB era bem melhor que PT-Bolsonarismo. 
Para acabar com o bolso-lavajatismo, o STF se lavajatou em alguma medida. Estão usando de heterodoxias para “fazer justiça”. Isso me assusta um pouco, pq é muito fácil desse poder se corromper e desandar. Moraes é Moro com mais inteligência e foco. Que seja só uma transição.
 
Vamos criar uma ditadura "transitória" para combater os abusos lavajatistas e a direita "tacanha".  
Vamos defender o arbítrio, a censura e a perseguição para resgatar o status quo da hegemonia esquerdista, quando PT e PSDB promoviam o teatro das tesouras. 
Vamos rasgar a Constituição para proteger a liberdade. 
Vamos destruir a democracia para salvá-la. E tudo isso terá prazo de validade, claro.
 
Os comunistas queriam o fim do estado, mas aceitavam o socialismo no processo, a ditadura do proletariado. 
Estranho que jamais o aparato tirânico criado para tal finalidade recuou por conta própria, se autodestruiu e instaurou uma era de liberdade depois. Que coisa estranha, não?

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Barroso é confrontado por passageiros em aeroporto de Miami

Vídeo registra o momento em que o ministro é hostilizado 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi hostilizado no Aeroporto Internacional de Miami, enquanto estava no balcão de embarque, na noite da segunda-feira 2. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra passageiros que também embarcariam no mesmo voo para Brasília engrossando o coro contra o juiz do STF. “Sai do voo”, disseram. Também é possível ouvir vaias e xingamentos, como “vagabundo” e “lixo”.

Ministro Luís Roberto Barroso, ao deixar o balcão de embarque | Foto: Reprodução/Twitter

 Ministro Luís Roberto Barroso, ao deixar o balcão de embarque | Foto: Reprodução/Twitter

Ainda não há informações se o ministro deixou de embarcar depois do constrangimento.

Em 15 de novembro, Barroso também foi alvo de brasileiros, porém, em Nova Iorque, onde participou, com outros quatro ministros do STF, de uma conferência organizada pelo grupo empresarial do ex-governador de São Paulo João Doria.

Naquela ocasião, disse a um brasileiro que o questionou sobre a liberação dos códigos-fontes das urnas eletrônicas: “Perdeu, mané. Não amola”.

Ainda em Nova Iorque, Barroso foi a um restaurante com Cristiano Zanin, advogado de Lula, cotado para assumir uma vaga no STF. Lula poderá escolher duas pessoas para a Corte, durante seu mandato.

[situação causada pelo "excesso de admiração"  se complica para o ministro - no Brasil ele outros colegas se consideram sob ameaças e só andam com segurança; no exterior,  são vaiados e até polícia foi chamada para um deles. É comum que os tiranos se tornem, por medo, tão prisioneiros das suas 'fortalezas' quanto as vítimas das suas injustiças.

RECOMENDAMOS LER: Tiranias têm medo. - Percival Puggina]

Redação - Revista Oeste


quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Barroso é confrontado por manifestante em avião

Passageira disse 'Perdeu, mané' 

Durante um voo a Brasília na terça-feira 6, uma passageira confrontou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a mulher levantando-se do assento para dizer ao juiz do STF que está há “35 dias se manifestando democraticamente”.

Na sequência, a manifestante garante que “a vitória é do povo brasileiro”. Por fim, reproduz uma frase de Barroso dirigida a um homem em Nova Iorque: “Perdeu, mané”. Enquanto a mulher se manifesta, um dos seguranças do ministro se levanta para tentar bloquear a gravação. Barroso ficou em silêncio.


Antes do “Perdeu, mané”, nos EUA, Barroso também foi confrontado por uma manifestante em Nova Iorque, durante uma caminhada pelas ruas de Manhattan. No vídeo, é possível ver a mulher perguntando como o juiz está. O magistrado responde, ironicamente: “Feliz pelo Brasil”.Nós vamos ganhar essa luta”, rebate a mulher. “O senhor está entendendo que nós vamos ganhar essa luta? Cuidado, o povo brasileiro é maior que a Suprema Corte. Você não vai ganhar o nosso país. Foge!” Enquanto a manifestante fala, o ministro, visivelmente constrangido, busca abrigo em uma loja nas proximidades. Antes de entrar no estabelecimento, o ministro pede à mulher para não ser “grosseira”, diz “passar bem” e encerra com um “tchau”.

Leia também: “A direita está aí”, reportagem publicada na Edição 137 da Revista Oeste

 

terça-feira, 15 de novembro de 2022

‘Perdeu, mané, não amola’, diz Barroso, a apoiador de Bolsonaro, em Nova Iorque

Homem perguntou se as Forças Armadas terão acesso ao código-fonte que compõe o sistema das urnas eletrônicas

Interpelado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 15, sobre se as Forças Armadas terão acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), respondeu: “Perdeu, mané, não amola”. O juiz do STF está em Nova Iorque.

O manifestante registrou o momento em um vídeo que está circulando nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver que, inicialmente, o homem direciona a pergunta ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, que aparece acompanhado da mulher, enquanto caminha à frente de Barroso.

Barroso é confrontado por manifestante a favor de Bolsonaro  
Barroso foi confrontado por uma manifestante em Nova Iorque, no domingo 13, durante uma caminhada pelas ruas de Manhattan. No vídeo, é possível ver a mulher perguntando como Barroso está. O magistrado responde, ironicamente: “Feliz pelo Brasil”. “Nós vamos ganhar essa luta”, rebate a mulher. “O senhor está entendendo que nós vamos ganhar essa luta? Cuidado, o povo brasileiro é maior que a Suprema Corte. Você não vai ganhar o nosso país. Foge!” Enquanto a manifestante fala, Barroso, visivelmente constrangido, busca abrigo em uma loja nas proximidades. Antes de entrar no estabelecimento, o ministro pede à mulher para não ser “grosseira”, diz “passar bem” e encerra com um “tchau”.

Leia também: “A direita está aí”, reportagem publicada na Edição 137 da Revista Oeste

 

 

 

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

O ladrão e o jabuti - Gazeta do Povo

VOZES - Guilherme Fiuza 


Novo modelo de urna eletrônica.| Foto: Abdias Pinheiro/divulgação TSE

Dez motivos para você confiar cegamente na lisura das eleições:

1 - O juiz do jogo disse que as regras atuais eram suficientes contra ilegalidades. Chegou a ameaçar os que pusessem em dúvida a segurança do sistema (negacionismo, desinformação, ódio à democracia etc). Aí termina o primeiro tempo e surge uma montanha de infrações documentadas em vídeo. Que bom que você estava de olhos fechados e não teve que ver essas cenas desagradáveis.

2 - Outra coisa boa da sua confiança cega é que você não precisa ficar tentando enxergar o que não pode ser visto. Por exemplo: como aferir o impacto no resultado eleitoral desses múltiplos casos em que o eleitor chegou à seção e já tinham votado no lugar dele? 
Não dá para aferir, porque a votação não pode ser auditada.

3 - Por que a eleição não pode ser auditada? Porque o Barroso não quis. O Fachin também não. O Alexandre idem. O William Bonner não podia nem ouvir falar nisso. O pessoal da MPB também não. Precisa de mais algum motivo? Eu, hein?

4 - A vantagem de a eleição não poder ser auditada é que não dá polêmica. Polêmica gera desavença, que gera conflito, que gera ódio, que pode gerar violência política. Por isso o melhor mesmo é o resultado ser o que o xerife disser que é e ponto final.

5 - Alexandre de Moraes passou décadas inconformado com um jogo do Corinthians – e só agora desabafou sobre isso. Foi um momento importante da Justiça brasileira: ele disse que assim como não pôde contestar a derrota do seu time do coração, ninguém vai poder contestar o resultado da eleição. Tá certo, tem que se vingar mesmo.

6 - O presidente do TSE disse que é corintiano “como todos sabem”. E você aí reclamando de falta de transparência.

7 - Como todos sabem, não existe ladrão biônico.

8 - Como todos também sabem, se o jabuti apareceu no alto da árvore alguém o colocou lá.

9 - Como todos sabem, só um jabuti biônico poderia chegar ao alto de uma árvore por seus próprios meios.

10 - Como todos sabem, um jabuti seria incapaz de roubar alguém. C
omo todos também sabem, um ladrão seria capaz de roubar tudo, menos uma eleição. A não ser que roubassem para ele, mas aí ele não teria nada com isso. Nem você. [por tal razão é que o candidato petista sempre tem dito, desde os tempos do mensalão, nada saber, nada ter a ver.] Fecha os olhos e confia.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 7 de setembro de 2022

No Rio, ato bolsonarista tem cabeças de ministros do STF em caixão

Os alvos dos bolsonaristas são Moraes, Barroso e Edson Fachin, os magistrados que Bolsonaro costuma insultar em seus discursos

.Lucas Vettorazzo

 Os alvos dos bolsonaristas são Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, os magistrados que Bolsonaro costuma insultar em seus discursos  

O ato de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira deve ser marcado por manifestações de apoiadores radicais, como um grupo que levou para Copacabana um caixão com cabeças de três ministros do STF coladas e a frase: “Enterro das ações”. [petistas jogaram bola com uma cabeça do presidente Bolsonaro e nada foi feito - ele é Chefe de um Poder e a mais alta autoridade da República e os ministros são integrantes de outro Poder.]

Os alvos dos bolsonaristas são Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, os magistrados que Bolsonaro costuma insultar em seus discursos. Em São Paulo, onde bolsonaristas irão se concentrar na Avenida Paulista, pedidos de golpe e de fechamento do STF também são exibidas pelos apoiadores do presidente.

Coluna Radar - Revista VEJA

 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Teste de segurança eleitoral - Gazeta do Povo

Vozes - Guilherme Fiuza

 
Teste de segurança eleitoral

Teste de segurança eleitoral - Foto: Divulgação/TSE

– Essa urna é confiável mesmo?

Claro. Totalmente. Por que?

– Sei lá. Estou um pouco inseguro.

Então quem não é seguro é você. A urna não tem nada a ver com isso.

– Pode ser. Mas estou com uma sensação estranha.

Quer um calmante?

– Não, obrigado. Queria uma confirmação.

Que tipo de confirmação?

– De que o meu voto realmente vai pro candidato que eu escolher.

Pode confiar.

– Confiar em quem?

Na urna. O que você digitar nela é o que vai valer.

– Será? Dizem que não tem como auditar...

Como assim?

Que não tem como saber se o número que eu teclar é o mesmo que vai pro boletim dos votos daquela urna.

– Fake news. Confia no sistema e entrega.

– Mas e se eu continuar inseguro depois de votar?

– Sei lá. Procura uma terapia.

Não. Digo inseguro com o destino do meu voto.

– Aí é fácil. É só pensar positivo.

– Como é pensar positivo?

– Pensa no Barroso, no Fachin e no Alexandre de Moraes.

– Isso é pensar positivo?

– Claro. São os guardiões do sistema eleitoral. Se quiser te mando um DVD com os melhores momentos dos discursos deles.

– Ainda existe DVD?

– Ah, desculpe. Te mando um clipe. É que quando a nossa urna eletrônica foi criada ainda não existia DVD, então fiquei com essa referência de modernidade.

As questões identitárias, principalmente o feminismo e o racialismo, ganham força na ditadura venezuelana, graças à influência de marxistas americanos.

Nicolás Maduro, o lacrador que convidou o Black Lives Matters para o Foro de São Paulo

Ironia: entre o monstro da política e a bruxa do mau humor


Modernidade é importante.

– Sem dúvida. E pra seu governo, ainda tenho um DVD que funciona perfeitamente.

– Fico mais tranquilo.


– Que bom. Vou preparar o seu clipe. Você quer com mais Fachin, com mais Barroso ou com mais Alexandre?

– O que você sugere?

Todos são bons. Posso fazer um medley do Fachin falando que o sistema eleitoral brasileiro é como um tanque de guerra no meio do tiroteio, o Alexandre de Moraes dizendo que o gabinete do ódio existe porque todo mundo sabe disso e o Barroso respondendo à pergunta da deputada do Jorge Paulo Lemann sobre como evitar a reeleição do Bolsonaro. Tá bom assim?

– Tá. Mas não sei por que, ainda estou inseguro.

– Assiste o DVD e depois a gente conversa.

– O clipe.

– Isso.

– Só mais uma pergunta.


– Pois não.


– E se na hora da eleição eu digitar o número de um candidato e na tela aparecer o de outro? Posso denunciar?


– Pode. E pode ser preso também.

– Por que?

– Fake news.

– Mesmo se a urna tiver mudado o meu voto?

– Sim. A urna é segura. Você é inseguro. Portanto ela sabe o que faz, você não.

– Entendi. Se eu votar errado a urna corrige.

Exatamente. Tá mais tranquilo agora?

– Ufa. Estou. Muito obrigado.

De nada. Viva a democracia.

– Viva.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Moraes é líder da esquerda e inferniza o Brasil com Fachin e Barroso, diz Bolsonaro - Folha de S. Paulo

Em um novo ataque a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (20) que Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes "infernizam" o Brasil.

O chefe do Executivo disse ainda que Moraes se comporta como "líder de partido de esquerda".

Os três ministros são da cúpula do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e Moraes assumirá o comando do tribunal durante as eleições deste ano. As falas de Bolsonaro fazem parte de ataques do presidente ao processo eleitoral."Temos três ministros que infernizam não só o presidente, mas o Brasil: Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes. Esse último é o mais ativo e se comporta como o líder de partido de esquerda e de oposição. Esse inquérito da fake news, primeiro que fake news não existe", disse o presidente, em entrevista ao canal de Youtube do jornalista Cláudio Magnativa."Nos acusam de gabinete do ódio. Me apresenta uma matéria que achem que nasce do gabinete do ódio, não tem", completou.

As declarações foram divulgadas em teaser da entrevista do presidente no Youtube, a íntegra deve ir ao ar nesta sexta-feira ainda. Em outro trecho, ele disse que o Supremo é o "Poder mais forte" hoje, e que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem agido de forma parcial."Não vou negar que apoiei [Pacheco para o cargo]. Eu não esperava que ele fosse ser tão parcial como ele está sendo ultimamente. Não quero atrito com ele, mas [há] uma parcialidade enorme", disse.

"Eu vejo na mídia e ele diz que está protegendo o Supremo. Não é atribuição nossa proteger o outro Poder, é tratar com dignidade e isenção, como propriamente diz a nossa Constituição. E o poder mais forte no momento da República é o Supremo".

O presidente chegou a acionar, nesta semana, o STF e a PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ministro Alexandre de Moraes, alegando abuso de autoridade. Na Corte, o caso já foi arquivado, mas na PGR ainda está em análise. Na tarde de quinta-feira (19), Bolsonaro e Moraes acabaram se encontrando durante evento em Brasília e trocaram cumprimentos cordiais na solenidade que marcou a posse de novos ministros no TST (Tribunal Superior do Trabalho).

Nesta semana, Bolsonaro já havia dito também que o STF tem interferido em sua atuação na Presidência. "Mais da metade do meu tempo passo me defendendo de interferências indevidas do Supremo Tribunal Federal", disse.

Nas últimas semanas, o presidente fez diversas insinuações golpistas em relação ao sistema eleitoral brasileiro, enquanto ministros do TSE e do Supremo deram respostas duras às ilações do chefe do Executivo. Alvo de seguidos ataques de Bolsonaro, Moraes disse também nesta quinta-feira que a Justiça Eleitoral nasceu e segue com "vontade de concretizar a democracia e coragem para lutar contra aqueles que não acreditam no Estado democrático de Direito". 

Poder - Folha de S. Paulo

 

terça-feira, 26 de abril de 2022

Barroso errou… e o general errou ainda mais [errou??? por responder críticas fake news?]

 O ministro da Defesa se defende de um ataque que não recebeu, e os generais continuam ignorando o risco que as Forças Armadas correm

O ministro do STF Luiz Roberto Barroso afirmou que as Forças Armadas têm sido “orientadas a atacar e desacreditar” as urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro. Sua crítica, por óbvio, não foi aos militares (os quais elogiou pelo “comportamento exemplar”) mas a um sujeito oculto que todos sabemos ser o presidente Bolsonaro. 

Apesar de não fazer crítica aos militares, Barroso cometeu um erro crasso. O ministro entrou no “varejo da política” (justamente o terreno que recomendou aos militares evitar), fez uma acusação vaga sem apresentar prova e tocou no assunto tabu que são as Forças Armadas. Ministro do Supremo não deve falar, nunca, das Forças Armadas. Por vários motivos:

1) Muitos generais alimentam a visão de que as Forças Armadas seriam uma espécie de Poder Moderador, se ressentem de o Supremo ter a última palavra em tudo, e acham um desplante que alguém do tribunal se arvore a lhes dar conselhos.

2) De uns tempos para cá, os generais se incomodam com o Supremo porque entendem em grande medida com razão que o tribunal destruiu a Lava Jato, gera insegurança jurídico-política e invade competências do Presidente da República.

3) Por fim, as Forças Armadas são uma instituição cheia de não-me-toques. Qualquer coisa que se diga sobre a corporação é recebida como uma ofensa profunda e imperdoável que se estende a todos os militares no nível pessoal. Todos se sentem na obrigação de defendê-la (os generais da ativa de hoje eram adolescentes na época da tortura, mas mesmo assim negam um fato histórico indiscutível só para defender antecessores criminosos). [considerar fato histórico uma versão de acontecimentos, apresentada por guerrilheiros, terroristas, comunistas e coisas do tipo?]E quem é general tem que fake news responder. Responderam os generais Luiz Eduardo Ramos, Sergio Etchegoyen e, claro, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. 

O ministro emitiu uma nota dura que escala o mal estar entre as Forças Armadas e o Supremo. A nota é meio sem pé nem cabeça, pois defende a corporação de um ataque que não ocorreu.[houve o ensaio de um ataque, se as Forças Armadas silenciassem,  o ataque seria repetido mais forte, de pontos variados e mais mentiroso.]  Há também certo humor involuntário na nota, que diz que as Forças Armadas “têm uma história de dedicação a bem servir à Pátria e ao Povo brasileiro” e sempre foram “instituições respeitadas pela população”. Desde a quartelada que derrubou a monarquia em 1889, os militares se envolveram em pelo menos uma dúzia de golpes e tentativas de golpes contra governantes eleitos pelo voto.[sempre as ações militares buscaram a manutenção da Ordem, da Soberania,  do Respeito e Preservação de  valores caros ao povo brasileiro.]

Como assinalou o ministro Barroso, desde a redemocratização, os militares tiveram um “comportamento exemplar” e recuperaram o prestígio destruído na ditadura. Mas esse prestígio vem se deteriorando rapidamente desde que os militares se aproximaram de Jair Bolsonaro. Barroso pode ter errado na forma e na política, mas acertou no mérito: se os militares permitirem que Bolsonaro os oriente para atacar o processo eleitoral — o que já vimos acontecer várias vezes — o que resta do prestígio vai acabar antes da eleição. [será?]

Ricardo Rangel - Coluna em VEJA


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Os ministros do STF e o que a Ucrânia sinaliza - Felix Soibelman

Os Ministros do STF aqui fazem o mesmo jogo daqueles que empurraram Trump para fora do poder, eles são o centro de poder da esquerda, o seu maior ativo.

Vilanizaram Bolsonaro. Cito de memória algumas coisas ditas por eles ou por eles atribuída a Bolsonaro ou seus adeptos, que podem, por isto, ter um errinho ou outro, mas que em essência foram o seguinte:

a) "este é um desgoverno" - Carmem Lucia;

b). "isto aqui está como a república de Weimar" - Celso Mello - comparação de Bolsonaro com o nazismo;

c) "Estamos diante de um genocídio" - Gilmar referindo-se ao Covid e à atuação dos militares;

d) "o discurso do ódio" é atribuído à direita o tempo todo por Barroso e Moraes;

e) "crítica ao obscurantismo - Fux dando indiretas para Bolsonaro.

Não esqueçamos da criação do delito de opinião por Barroso, Moraes e Fux, censura às redes sociais contra a crítica, implantação de pensamento único e daquilo que se pode dizer mediante uma espécie de Ministério da Verdade ( Toffoli dizendo que eles do STF são os editores do país), perseguição a parlamentares e todos que abram a boca para manifestar preocupação com as urnas e fraudes (iguais àquela que levaram Biden ao poder?) , enfim, fizeram todo o jogo da esquerda e das Big Techs censoras.[o ministro Toffoli sempre faz jus a um comentário adicional: em recente viagem ao exterior, Toffoli 'emendou' a Constituição ao criar o 4º Poder = Poder Moderador = e atribuir seu exercício as Supremo: que passou na prática, na periodicidade que entender conveniente, a ter a faculdade  de ser QUATRO PODERES: três como previsto na Constituição, sendo Judiciário quando julga, Legislativo quando se arvora em legislador, Executivo quando assume funções privativas do Presidente da República e o criado pelo ministro Dias Toffoli, mediante emenda à Constituição, em solo estrangeiro.  
O ministro Barroso, também se deslocou aos 'States' para participar de um seminário sobre como se livrar de um Presidente.]

Logo, o STF se transformou no principal ativo da agenda progressista - progressista no sentido de negar nossas matrizes axiológicas metafísico-religiosas, e, nome da liberdade, inibir a predileção por estes valores.

Encamparam assim os tons da oposição veemente à Trump e Bolsonaro como emblemas do que seria retrógrado e o que vemos agora? Simples; a civilização ocidental desguarnecida, o último gigante (Trump!!!) golpeado, enquanto aqui se discute causas identitárias para solapar a cultura e tudo que nos deu nossa ideia de nós mesmos com uma civilização a ser defendida. Enfim, aqui estamos nós com a China às portas do ocidente que pessoas como estes Ministros, em todos os países, ajudam dia após dia a destruir.

É impressionante constatar a incapacidade intelectual de homens de tão alto poder de diagnosticar as forças civilizacionais em jogo, chegando a ser como fantoches de um ideário corrosivo de todas as conquistas que temos valendo-se deles, algumas vezes, os mais panfletários e demagógicos militantes, como Randolfe Rodrigues, por exemplo.

Se houvesse uma lei capitulando o crime de ser feito de idiota útil muitos deles seriam eternas vítimas. 
Bolsonaro é um gigante da resistência, das liberdades, aqui. Ele é muito mais do que um personagem, ele é o papel que lhe toca ser, não o parlamentar tosco, mas aquilo que no curso histórico representa, muito além de seu próprio personagem.

Todos agora veem a falta de que Trump faz. E perigamos ver, aqui, a falta que Bolsonaro fará, se entrar esse lixo pro-China, que bem se coaduna com o cerceamento da liberdade que já sofremos nas mãos desses ministros míopes.

É triste ver as mãos cegas e atabalhoadas desses ministros do STF sem acuidade nos fazerem palmilhar pelo mesmo caminho do desastre americano que foi medrado por esta mesma esquerda idiota que fez ruir por dentro aquela sociedade para produzir um Biden.

A luta contra o fascismo, um dos espantalhos mais idiotas que se criou, acabou se transformando na ruína do ocidente.

Diz-se que quando a política entra no templo da justiça, esta sai correndo pela janela. O debut dos Ministros do STF na política não poderia ser mais atrapalhado.

 Reproduzido  da página do autor no Facebook.