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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Golpe de mestre - Percival Puggina

         Não sei por que, não me perguntem por quê, lembrei-me desse bom e velho filme de 1973. Nele, os jovens Paul Newman e Robert Redford, no papel de vigaristas, vingam-se de Robert Shaw, responsável pela morte de um parceiro aplicando-lhe brilhante golpe de mestre, em que nada é como parece ser.

Hoje, 12 de dezembro de 2022, o verão diz a que vem em Porto Alegre e a temperatura deve elevar-se a 34 graus. Em Brasília, nublada como os tempos atuais, será formalizada a entrega do atestado de óbito da moralidade em nosso país. É um ato necessário, preliminar às exéquias previstas para o dia 1º de janeiro.

Impunha-se a antecipação da formalidade ante as angústias suscitadas pela paciente e disciplinada pressão popular. No dizer da mídia adestrada, de pudor restrito, trata-se de pessoas “com cabelos brancos”, aposentadas, acomodadas em barracas e em cadeiras de praia. Ela os vê como desprezíveis mas perigosos vovôs e vovós falando de valores inconciliáveis com os destinos que ela, mídia adestrada, anseia para a nação. [COMENTÁRIO: curioso é que os vovôs e vovós, assim chamados pela nojenta mídia adestrada, intimidaram os todos poderosos que querem impor um ladrão na presidência do Brasil - tanto que ensaiaram até que fiscais do DF Legal confiscassem as barracas e outros itens dos manifestantes;
Só que fracassaram na vil empreitada, visto que por ordem do comandante da OM por onde tentaram iniciar o supremo arbítrio, os fiscais foram  escoltados  pela Polícia do Exército para fora da ÁREA MILITAR, sob vaias, e Nota Conjunta dos comandantes das 3 Forças deixou bem claro para para quem ordenou a operação de confisco e seguidores, que em ÁREA MILITAR manifestantes não seriam espancados, expulsos ou presos.
Tanto que os vovôs e vovós continuam se manifestando de forma ordeira e pacífica para que o ladrão não suba a rampa e, caso suba, desça o mais rápido. NÃO DESISTIRÃO - 'idosos' costumam ser persistentes.]
 
Nada sei dos próximos dias. Mas penso saber mais do que suficiente sobre os últimos anos, meses e dias para entender o acontecimento funesto de hoje. Discursos não guardarão qualquer semelhança com a realidade. Tudo se passará como se o ato não fosse fúnebre. 
Afinal, o empossado fez discurso político até no velório da esposa. Por que não o fazer de modo festivo, com gratificados tapinhas no rosto, como corifeu da miséria moral, quando a virtude recebe seu atestado de óbito?

Fim do filme?

Artigos do Puggina - Percival Puggina


domingo, 27 de maio de 2018

‘Greve de caminhoneiros’. Onde?


O que houve foi uma doce parceria com os empresários do setor de transporte de cargas rodoviárias

De uma hora para outra, houve uma greve de caminhoneiros e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, tornou-se o responsável por dias de caos. Duas falsidades.

O que houve não foi uma greve de caminhoneiros, mas uma doce parceria com os empresários do setor de transporte de cargas rodoviárias. Diante dele, o governo capitulou. A repórter Míriam Leitão mostrou que só 30% dos caminhões pertencem a motoristas autônomos. Na outra ponta estão pequenas empresas subcontratadas e grandes transportadoras. Uma “greve de caminhoneiros” pressupõe greve de motoristas de caminhão. Isso nada tem a ver com estradas obstruídas.


Pedro Parente não provocou o caos. Desde sua posse na presidência da Petrobras, ele descontaminou-a do caos que recebeu. Na base dessa façanha esteve uma nova política de preços, acoplada ao valor do barril no mercado internacional. É assim que as coisas funcionam em muitos países do mundo. Se o preço do diesel salgou a operação do setor de transporte de cargas, o problema é dele, não de uma população que foi afetada pelo desabastecimento e agora pagará a conta. Os empresários sabiam muito bem o tamanho da confusão que provocariam.


O sujeito oculto da produção do caos foi o governo de Michel Temer. No seu modelito Davos, orgulhou-se da política racional de preços dos combustíveis. Já no modelito MDB-DEM-PP-PR-PPS, fez de conta que ela não teria custo político. Deveria ter provisionado um colchão financeiro para subsidiar a Petrobras, mas essa ideia era repelida pelos sábios da ekipekonômica. Diante do caos, descobriram que o colchão era necessário.


O governo tolerou a bagunça e associou-se ao atraso. A primeira reação de Temer deveria ter sido a responsabilização dos empresários, desmistificando a ideia de “greve dos caminhoneiros”. Bloqueou estrada? Reboco o caminhão, caso ele não pertença ao motorista. Queimou o talonário do policial que multou o veículo? Prendo-o. Só mudou o tom e exerceu a autoridade na sexta-feira, usando a força federal para desobstruir estradas.  [o Brasil dos que trabalham espera que o presidente Temer tenha aprendido com o locaute dos transportes que o combate a qualquer movimento paredista o governo  tem que começar jogando duro; 
primeiro passo só começar a negociar depois que os 'trabalhadores' voltarem ao trabalho; 
ter em conta que começar fazendo concessões sempre vai significar covardia e fortalecer os grevistas;
ainda nesta semana o governo vai ser testado se aprendeu a lição ou precisa repetir: os trabalhadores da Petrobras pretendem parar por três dias e além das exigências que podem até justificar uma greve - tipo manutenção do emprego, melhoria de salário - também exigem a demissão do presidente do Pedro Parente, retirada dos militares das instalações da Petrobras e outras exigências que não cuidam de assuntos que sejam de interesse  de empregados - pelo menos dos trabalhadores, dos sabotadores talvez seja; 
provavelmente, incluirão no pacote de exigências que o governo pague (  =   os contribuintes = nós) a parte que terão que pagar  para salvar o Petros - assaltado pelo PT e que tem um déficit de alguns bilhões - parte a ser coberta pelo governo e parte pelos empregados,  e estes não aceitam pagar a parte deles..... se tiverem êxito fica fácil imaginar quem vai pagar.]

Desde o primeiro momento tratou-se do caso com o gogó, deixando que o problema deslizasse para a Petrobras e seu presidente. Conseguiram piorar a discussão, beneficiando grupos de pressão, com o dinheiro dos outros.


A lição de Pedro Parente para os sábios

Na entrevista teatral e inútil que os ministros deram na quinta-feira, o doutor Carlos Marun defendeu a capitulação do governo diante da suposta greve dos caminhoneiros, referindo-se ao que denominou de “realidade brasileira”. Teve toda razão, mas essa realidade está aí há 518 anos. Em 2013, o prefeito Fernando Haddad aumentou as tarifas de ônibus e foi para um evento em Paris com o governador Geraldo Alckmin. Numa esticada noturna, cantaram “Trem das Onze”. Deu no que deu. O economista Edmar Bacha, conselheiro econômico do candidato Alckmin, cunhou a expressão Belíndia. Hoje se vê que os economistas belgas precisam aprender a viver com a realidade da Índia.


A política de preços da Petrobras estava certa. O que faltou foi combinar com os russos, com o setor de transporte de cargas rodoviárias, com as empresas e, finalmente, com os motoristas de caminhão. Faltou sobretudo acautelar-se. Perplexos, os belgas acordaram na Índia.


Pedro Parente foi satanizado até mesmo pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que o acusou de “arrogância” e pediu sua demissão. O senador Eunício de Oliveira (MDB-CE) seguiu na mesma linha, e o candidato a presidente Henrique Meirelles, corifeu do liberalismo de Temer, foi gloriosamente evasivo. Pedro Parente fez o que devia como presidente da Petrobras. Quem desafiou a “realidade brasileira" foram Temer, sua ekipekonômica e a claque belga que os aplaudia.

(...)

Bolsa Fiemg


A Federação das Indústrias do Rio diz que o fim da política fracassada de desonerações tributárias ameaçará 400 mil empregos.

Faltou-lhe sorte. No mesmo dia, a Federação das Indústrias de Minas Gerais anunciava que desempregou Eduardo Azeredo, seu consultor para assuntos internacionais, com um salário de R$ 25 mil mensais. Como se sabe, o ex-governador está na cadeia. A mesma FIEMG pagou R$ 2 milhões pelos serviços de consultoria do doutor Fernando Pimentel depois que ele deixou a prefeitura de Belo Horizonte, antes que assumisse o governo do estado.