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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Lira garantiu a Bolsonaro voto impresso com os “dedos cruzados”? - Sérgio Alves de Oliveira

Certamente uma das maiores deficiências e fraquezas do ser humano está em não conseguir ter a percepção necessária de que está sendo usado e enganado por alguém. Esse “crença” enganosa pode ter um alto custo. O Presidente Jair Bolsonaro festejou muito na época a saída do seu inimigo  político “feroz”, Eduardo Cunha, do MDB, da Presidência da Câmara  dos Deputados, por intermédio da cassação do seu mandato, em 7 de julho de 2016, quando ainda era um dos  candidatos à presidência da República e oposição mais representativa  à esquerda, ao PT, e a  “lula & Companhia”.

E todos devem estar lembrados que Bolsonaro também festejou a eleição do deputado federal Rodrigo Maia, em 14 de julho de 2016, para suceder Eduardo Cunha, passando a ser o  novo presidente da Câmara,o qual, tendo sido reeleito, esteve à frente da presidência da Câmara até 1 de fevereiro de 2021, invariavelmente “sacaneando” o Governo do Presidente Bolsonaro  para ninguém botar defeito.                   

Mas como esse antigo “festejado” passou também a integrar o rol de adversários políticos de Bolsonaro, como antes também fora Eduardo Cunha, a eleição do novo Presidente da Câmara, em 1 de fevereiro de 2021, Arthur Lira, do PP, sucedendo Maia, mais uma vez foi comemorada por Bolsonaro, igual às duas vezes anteriores, com Eduardo Cunha e Rodrigo Maia. Ao que consta, inclusive o “capitão” teria sido o fiel da balança  para a eleição de Lira.  E desde a eleição de Lira para a presidência da   Câmara, a “lua-de-mel” entre Sua Excelência e o Presidente tem sido capaz de causar inveja a qualquer casal apaixonado.

Mas será que Arthur Lira não teria cruzado os dedos de uma das mãos quando prometeu a Bolsonaro “vitória” na votação da PEC 135/19,do votos impresso, a partir das urnas eletrônicas, e auditáveis a qualquer momento? De cruzar  esses dois dedos da mão,fazendo uma interseção dos dedos “indicador” e “médio”?

Talvez a história dos “dedos cruzados” possa nos dar algumas pistas. Alguns garantem que essa história dos “dedos cruzados” teria começado pelos antigos pagãos do oeste europeu, bem antes do surgimento do cristianismo. A interseção dos dedos tinha um forte simbolismo para marcar a presença de bons espíritos e para “guardar” um desejo até que se tornasse real. Mais tarde começaram a colocar o próprio dedo indicador “cruzando” com o também dedo indicador de outra pessoa. Depois aboliram esse “empréstimo” de dedo de terceiro,colocando o próprio dedo indicador de uma mão sobre o dedo indicador da outra mão.

“Evoluindo” nos dedos cruzados,alguém  teve a iniciativa de cruzar os dedos indicador e médio de uma só das mãos, costume que teria sido praticado  durante a Guerra do  Cem Anos, quando os soldados faziam esse sinal para caírem nas graças de Deus e terem sorte nas batalhas de que participavam.  Mas algumas culturas optaram por usar a interseção dos dedos indicador e médio para mentir e amenizar a ira divina por esse “pecado”.

Também há os que garantem que os dedos cruzados teriam sido invenção dos antigos cristãos. O suporte dessa convicção estaria num dos Dez Mandamentos,ou seja,em  “não levantar falsos testemunhos”.   Por esse razão os antigos cristãos cruzavam os dedos indicador médio de uma das mãos para se protegerem da ira de Deus quando mentiam.  Ora, a simples derrota da PEC 135/19-, na comissão especial da Câmara, por 23 votos contra 11, evidentemente não carrega nenhuma culpa aparente de Arthur Lira. Ele também foi derrotado, igual a Bolsonaro. Vai ser muito difícil  que haja uma  reviravolta dessa decisão da comissão especial no Plenário da Câmara. [o complicador maior para a necessária auditagem dos votos é o Senado Federal - seu presidente, parece estar entre os que gostam de aparecer e não sendo as entrevistas o forte daquela autoridade = suas falas se destacam sempre por nada dizerem = uma forma do Senado Federal marcar presença, estilo que também manda, é travar a PEC do VOTO AUDITÁVEL.  Ainda que a Câmara aprove no Plenário, vai para o Senado - o Pacheco atrasa a pauta (mostrando  que também manda)  - duas votações, modificando alguma coisa, volta para a Câmara, enrola, fácil perceber como fica dificil a possibilidade de aprovação com um ano de antecedência. Está complicado.
Ao nosso entendimento nem o Lira é confiável. O que garante o nosso presidente é que aqueles 342 votos não estão, nem nunca estarão, disponíveis para atender os anseios dos inimigos do Brasil. ]

E se é verdade que ninguém poderá lançar a culpa sobre o fracasso da votação da PEC 135/19  no Presidente da Câmara, porque teria sido  um simples resultado da “democracia” interna da Câmara,menos verdade não é que não se pode descartar a hipótese de que o esforço de Lira para aprovar a dita PEC  não tenha passado de um “faz-de-conta”,que tenha prometido a  Bolsonaro uma vitória que sabia muito difícil, por “culpa” da Câmara,não conseguindo,desse modo, retribuir ao Presidente o apoio recebido quando da sua campanha para a Presidência da Câmara.

Ou será que Lira prometeu a Bolsonaro apoio ao voto impresso com os “dedos cruzados”?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo