A
desmoralização do PT, que está prestes a se tornar completa em razão do
esperado impeachment da presidente Dilma Rousseff e de uma previsível
derrota nas eleições municipais, fará um grande bem ao País. Para saber
do que o Brasil está a caminho de se livrar, basta ler a declaração
final do mais recente encontro do Foro de São Paulo, o convescote anual
de partidos ditos de esquerda da América Latina.
Em meio ao
acelerado desmoronamento de seu projeto de poder, o Foro resumiu, na
declaração, a irracionalidade patológica de seus integrantes, entre os
quais o PT. No texto, derrotas são tratadas como vitórias,
irresponsabilidade fiscal é chamada de conquista social e autoritarismo é
qualificado de democracia. “Os governos de esquerda em nosso
continente lograram dar estabilidade social, política e econômica a
nossas nações e tiraram da pobreza dezenas de milhões de famílias, que
se livraram assim da marginalização e do desemprego, tendo acesso à
saúde, educação e oportunidades de desenvolvimento humano”, afirma a
declaração do Foro, referindo-se a um mundo de fantasia que subsiste
somente no discurso de seus líderes.
Sempre foi assim. Inventado
pelo chefão petista Luiz Inácio Lula da Silva em 1990, sob inspiração do
tirano cubano Fidel Castro, o Foro reúne a nata dos potoqueiros que se
dizem “progressistas” enquanto sustentam regimes autoritários e, a
título de defender os “oprimidos”, aparelham o Estado, financiam-se com
dinheiro público e arruínam a democracia.
A era dourada desse
embuste se deu na primeira década dos anos 2000, quando Brasil,
Argentina, Venezuela, Bolívia, Equador e outros países menos cotados
estavam sendo governados – melhor seria dizer desgovernados – por
bolivarianos ou simpatizantes dessa deletéria ideologia, articulada pelo
caudilho venezuelano Hugo Chávez. Naquela época, a turma do Foro de São
Paulo esbanjava excitação com os “avanços no terreno político e
eleitoral”, que criaram “condições favoráveis sem precedentes para
avançar rumo à derrota política e ideológica definitiva do
neoliberalismo na nossa região”, conforme a declaração do encontro de
2007.
O tempo tratou de frustrar, de forma inapelável, esse
prognóstico otimista. A Venezuela é hoje o grande exemplo da fraude
oferecida pelos bolivarianos que antes se regozijavam de suas
conquistas. O “socialismo do século 21”, inventado por Chávez, devolveu a
Venezuela ao século 19. Em meio à gravíssima crise de desabastecimento,
que afeta quase todos os produtos consumidos pelos venezuelanos, e ao
avanço da oposição, o presidente Nicolás Maduro abandonou de vez a
democracia de fachada que o chavismo inventou para legitimar o regime e
passou a agir, sem nenhum pejo, como o ferrabrás que sempre foi.
Apesar
disso, o Foro diz que “o povo revolucionário” venezuelano está
resistindo às “investidas brutais da oligarquia apátrida e ao
imperialismo” e afirma que Maduro “tem ganhado cada vez mais respaldo
continental e mundial”. O mesmo nível de impostura se verifica em
outros pontos. O Foro, por exemplo, celebrou “o reconhecimento dos
Estados Unidos da derrota de sua política em relação a Cuba” e atribuiu a
paz na Colômbia à “heroica luta” das Farc.
Não ficou só nisso.
Na melhor tradição do realismo fantástico, o Foro declarou que “a
esquerda impulsiona a transparência e a honradez no uso dos recursos
públicos”. Tal afirmação poderia até ser vista como piada, mas, diante
dos efeitos nefastos da roubalheira generalizada protagonizada pelo PT,
trata-se de uma ofensa.
A respeito do Brasil, o Foro, é claro,
qualificou como “golpe” o processo de impeachment de Dilma e disse que
se trata de uma “contraofensiva imperial que será derrotada pelas forças
populares de todo o continente”. Lula, em mensagem ao Foro, foi na
mesma linha, apelando para a solidariedade de “todos os companheiros e
companheiras da América Latina” na defesa de Dilma, “contra os golpistas
empenhados em destruir as conquistas sociais”.
Tais apelos soam
como tentativa desesperada de salvar o que resta de um projeto imoral
que durante mais de uma década entorpeceu o Brasil. Felizmente, é o
canto do cisne.
Editorial - O Estadão
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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segunda-feira, 4 de julho de 2016
Do que o País vai se livrar
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