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quinta-feira, 14 de abril de 2016
Vitória de Pirrilma
A derrota de Dilma por 11 votos (38 a 27) na Comissão do Impeachment foi uma demonstração clara de que a avalanche de más notícias para a economia sob o comando dela é o maior estímulo para os deputados agora – e, possivelmente, o fenômeno se repetirá no Senado depois – votarem contra suas intenções de ficar no governo até o fim do mandato.
O FMI acaba de prever que este ano o Brasil terá recessão recordista de 3,8% de queda do PIB, bem maior do que a da Rússia, segunda colocada neste ranking negativo, que ronda 1%, com nova queda no ano que vem, quando o país de Putin deverá estabilizar sua economia, apesar da guerra com a Ucrânia e as sanções negativas da Europa e dos EUA.
Os CPC dos CDLs mostram um quadro detalhado e mais tétrico da principal consequência disso: 76% dos brasileiros convivem com alguém desempregado e 40% moram com algum trabalhador desocupado. Este cenário de horror reduz cada vez mais o público cativo que frequenta as assembleias sindicais de circo tampa de penico no Palácio do Planalto, que a Vácua Insana transformou em aparelho clandestino de vítimas de um golpe fictício. Isso retrata o aumento da deserção de partidos e parlamentares, que antes se dispunham a vender sua honra e sua representação no brechó montado no hotel ao lado, onde Lulinha Desfaz o Amor paga por votos a favor da afilhada com nosso escasso dinheiro.
A vã canalhice dele virou vitória de Pierro, expressão que batizou a mais recente operação da Lava Jato que prendeu o indefectível “Alcoólico” Gim, o paroquiano mais caridoso do Brasil (o que reforça as fofocas de que teria sido amante da madama). Assim como vãos têm sido os palpites tronchos do ministro Marmello, vulgo Pato Rouco, em troca da garantia de um bom futuro que a presidanta deu a sua rebenta feita, desembargadora. Como inócua também parece ter sido a nomeação da filha de Fux, aquela da sabatina com uma pergunta só, feito samba de Tom e Vinicius, já que este, cônscio da vitaliciedade própria e da sucessora, tem votado de forma mais independente do que alguns que antes pareciam não estar dispostos a atender à chefia do desgoverno.
Aliás, aproveito para fazer uma pergunta que não quer calar: se tal atividade é feita à luz do sol, o que falta para este delinquente ser preso? A debandada generalizada torna inútil as vitórias festejadas com euforia por Jaques, Giles e Oliva no âmbito da Extrema Impunidade Geral em que se transfigurou o Supremo Tribunal Federal antes do recesso. De nada adiantou Barroso escamotear na leitura de sua argumentação trecho do regimento que negava seu voto dissidente, que terminou vencedor no plenário.
Certo é que de nada adiantou o pálido Pirroso ter tentado favorecer os intuitos mantencionistas de Sua Insolência, de vez que esta agora chama de golpista a comissão de impeachment composta pelos caprichos palacianos e por pústulas vassalas como o Jovem Picciani, que começa a dar sinais de que votará contra sua profana protetora. Mais do que as pedaladas, mais do que a promissora e perigosa proximidade de madama de gentalha como Pepper no cu dos outros é refrigério e do abominável “Alcoólico” Argello, o pão que falta e a água que não sai mais da torneira do trabalhador desempregado é que estão colaborando definitivamente para as perspectivas ufa da vitória do impeachment domingo.
Este já é motivo para ter esperanças de que o fim da desesperança pode começar segunda, se o Renan que lhe calha impeça que o processo avance. Seja como for que esta quarta, mesmo não sendo muito farta, nos traga a todos, e a você também, é claro, bons presságios de que este velório planaltino desemboque o mais breve possível num enterro consagrador.
Fonte: Site de José Nêumanne
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quarta-feira, 1 de julho de 2015
Em mais uma derrota de Dilma, Senado aprova reajuste de até 78% para o Judiciário
Projeto
de lei prevê que servidores terão, em média, aumento de 59,49%. Alegando impacto nas contas do
governo, presidente deve vetar a medida
Em pleno
período de ajuste fiscal do governo, o
plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira o projeto de lei que estabelece reajustes de
até 78,56% para os servidores do Judiciário. Em média, o aumento salarial
concedido é de 59,49%. A aprovação foi unânime. Apesar disso, o líder do
governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), anunciou publicamente que o projeto será vetado pela presidente Dilma
Rousseff por causa do impacto sobre as contas públicas, calculado em mais
de 25 bilhões de reais. [a crise
já havia iniciado, a derrocada da economia brasileira já estava em curso, a
inflação e a recessão estavam iniciando o processo de elevação quando Dilma, deputados, senadores e ministros dos
tribunais superiores, incluindo o Supremo se autoconcederam aumento, com efeito cascata para todos os
membros do Poder Judiciário – por favor, não confundir ‘membro do Poder
Judiciário’ com ‘servidor do Poder Judiciário’.]
Pelo
texto aprovado, o reajuste vai variar de
53% até o máximo de 78,56%, a depender da classe e da categoria do servidor.
O pagamento deve ocorrer em seis parcelas, entre julho
deste ano e dezembro de 2017. A aplicação do cronograma depende de
previsão nas próximas leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A proposta foi
negociada com o Executivo e o Judiciário pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA),
o que permitiu a tramitação rápida, favorecida pelo parecer favorável do
relator, senador José Maranhão (PMDB-PB). Os
servidores do Judiciário estão sem reajuste desde 2006 e pressionam em busca do
aumento.
O
governo tentou adiar a votação. O senador Delcídio Amaral apresentou um
requerimento com esse objetivo, de modo que o Planalto tivesse mais tempo para
negociar com os servidores. O requerimento foi acompanhado por ofícios do
presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e do ministro
interino do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira, solicitando o adiamento
da votação. No entanto, todos os
partidos votaram contra a proposta e o projeto foi colocado em votação.
Fonte:
Agência Brasil
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