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terça-feira, 28 de junho de 2022

A ofensiva de ministros do STF alinhados a Bolsonaro para diminuir sua desconfiança sobre as urnas - Bela Megale

O Globo 
Eleições  
 
Magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) conhecidos por serem mais alinhados a Bolsonaro entraram em campo para tentar diminuir a desconfiança do presidente e de outros membros do governo sobre as urnas.

O presidente Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Ministério da Justiça

Esses ministros passaram a enviar recados diretos ao presidente sobre as medidas que já foram adotadas para as eleições deste ano sobre segurança e fiscalização do processo eleitoral, tanto por partidos como por cidadãos comuns. O objetivo é tentar diminuir as ameaças e ataques às eleições feitas pelo presidente, para que o pleito aconteça em um ambiente menos bélico. Em paralelo, eles buscam distensionar o clima de Bolsonaro com o Judiciário. 

O mesmo recado já foi levado a integrantes do Ministério da Defesa em conversas reservadas. A pasta tem feito questionamentos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as urnas, em sintonia com Bolsonaro. Esses ministros relataram à coluna que sabem que o processo eleitoral brasileiro é seguro. O presidente segue, porém, com a estratégia de tentar fragilizar do pleito. [temos o entendimento de que todas as críticas contra a segurança das urnas eletrônicas brasileiras tem como principal causa a resistência das autoridades eleitorais - especialmente o TSE - em aceitar críticas sobre o sistema eleitoral brasileiro. A maior parte dos ministros da Corte Eleitoral parecem considerar que qualquer comentário que suscite a possibilidade da ocorrência de quebra se seguranças urnas é além de questão pessoal, ato antidemocrático, contra a Constituição, etc.
Nos parece, que o presidente Bolsonaro apenas verbaliza - de forma mais enfática - o que muitos brasileiros se queixam, o que nos inclui = a característica dos equipamentos digitais permitem que certas ações possam ocorrer no processamento de  informações por um equipamento de processamento de dados que altere resultados e tais ações não podem ser detectadas e provadas.
Ao nosso ver e de milhões de brasileiros, a única confiança incontestável que que nada ocorreu durante o processamento de informações seria a checagem aleatória dos dados digitais de um percentual de urnas com os dados físicos fornecido por meio físico = impressoras.   
A alegação que o Congresso já vetou o voto auditável não se sustenta,  pois qualquer decisão do Poder Legislativa pode ser revista por aquele Poder e em dois meses é possível dotar um percentual razoável de urnas para imprimirem o voto - SEM IDENTIFICAR O ELEITOR = apenas que o voto dado para o candidato B foi realmente para o candidato B.]

No último domingo, o chefe do Executivo repetiu ameaças e ataques às urnas e voltou a reclamar do que chamou de "interferências" do STF. "Uma hora vai acontecer uma tragédia que a gente não quer. Não estamos dando recado, aviso, todo mundo sabe o que está acontecendo", disse Bolsonaro.

Bela Megale, colunista - O Globo