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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Pergunta ao ilustre procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro: qual a razão de apenas uma morte merecer a participação da PF? e os milhares de outros assassinados são mortos de segunda categoria?

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussen, enviou um ofício ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, dizendo ser favorável à participação da Polícia Federal nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes, desde que o pedido seja feito pelo interventor federal no estado do Rio de Janeiro, general Braga Netto.

[Pergunta que milhares de parentes de pessoas assassinadas no Rio de Janeiro - CRIMES ainda não esclarecidas - desejam fazer ao  Excelentíssimo  procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro: 

- qual a razão de apenas uma morte merecer a participação da PF?  e,

- os milhares de outros assassinados são mortos de segunda categoria?]


O documento ressalta que a medida não deve ser confundida com o deslocamento de competência para a Justiça Federal. “Caso o interventor e seu gabinete avaliem que a PF deve atuar no caso, quer contribuindo com as investigações, quer assumindo-as, basta que seja formulada a devida requisição”, diz o ofício.

O procurador-geral de Justiça volta a destacar “o estimado valor da colaboração da Polícia Federal para a elucidação do caso, uma vez que o órgão está legalmente autorizado a atuar em episódios dessa natureza”.

O documento foi divulgado na noite de ontem (16) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Horas depois de Jungmann ter dito, em um evento em Salvador, que tanto o Ministério Público quanto a Polícia Civil do Rio haviam recusado o apoio da Polícia Federal nas investigações do duplo assassinato, que esta semana completou 150 dias.

Agência Brasil

 


terça-feira, 4 de abril de 2017

Foragido, número 3 do PCC é condenado a 47 anos

A Justiça de São Paulo condenou Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, a 47 anos de prisão por duplo assassinato e formação de quadrilha. 

Ele foi julgado ontem no 5.º Tribunal do Júri, no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste da capital, mas não apareceu e foi sentenciado à revelia.

Gegê do Mangue, o número três do PCC, foi solto pela Justiça às vésperas de seu júri (Crédito:Divulgação)
 
Gegê do Mangue acabou solto por determinação da Justiça, no dia 2 de fevereiro, 18 dias antes de ser julgado por esses crimes. Como não compareceu ao júri, a Justiça decretou a sua prisão novamente, mas ele nunca mais foi encontrado, e foi marcada outra data para o júri. Ele é considerado o número 3 na facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e está na lista dos 32 bandidos mais procurados de São Paulo no site da Secretaria de Segurança Pública. Gegê também responde a pelo menos 11 processos por homicídio, formação de quadrilha e tráfico de drogas, entre outros crimes. 

A defesa conseguiu reverter, antes dos julgamentos, as prisões provisórias que o mantinham detido.  A decisão de libertar o integrante do PCC foi tomada pelo juiz Deyvison Heberth dos Reis, da 3.ª Vara de Presidente Venceslau, em um processo de homicídio qualificado em que Gegê é réu. O caso corre em segredo de Justiça e é relativo a um assassinato cometido em 2013.

Julgamento
Segundo o promotor Rogério Zagallo, Gegê e Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, deram a ordem para matar dois homens que eram considerados inimigos do PCC em 2004. Na época, os acusados estavam presos e usavam telefones celulares para repassar as instruções para as execuções. Os diálogos foram gravados com autorização da Justiça. Ao contrário do comparsa, Vida Loka está em um presídio federal de segurança máxima.  Os sete jurados aceitaram os argumentos do Ministério Público e condenaram Gegê do Mangue por unanimidade. O julgamento começou por volta das 11 horas e somente foi encerrado às 20h30.

O promotor lamentou que a própria Justiça tenha dado a liberdade para Gegê do Mangue. “Na minha opinião, um criminoso dessa periculosidade nunca poderia estar nas ruas”, afirmou. Ainda segundo Zagallo, os defensores de Gegê usaram de vários recursos para adiar o julgamento. Muitos abandonavam o plenário momentos antes das sessões, o que obrigava o juiz a adiar o júri. Ontem, a Justiça determinou que um advogado do Estado assumisse o caso, caso os defensores se recusassem a fazer o julgamento. Os advogados do réu não foram localizados pela reportagem. 

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.