O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussen, enviou um ofício ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, dizendo ser favorável à participação da Polícia Federal nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes, desde que o pedido seja feito pelo interventor federal no estado do Rio de Janeiro, general Braga Netto.
[Pergunta que milhares de parentes de pessoas assassinadas no Rio de Janeiro - CRIMES ainda não esclarecidas - desejam fazer ao Excelentíssimo procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro:
- qual a razão de apenas uma morte merecer a participação da PF? e,
- os milhares de outros assassinados são mortos de segunda categoria?]
O documento ressalta que a medida não deve ser confundida com o deslocamento de competência para a Justiça Federal. “Caso o interventor e seu gabinete avaliem que a PF deve atuar no caso, quer contribuindo com as investigações, quer assumindo-as, basta que seja formulada a devida requisição”, diz o ofício.
O procurador-geral de Justiça volta a destacar “o estimado valor da colaboração da Polícia Federal para a elucidação do caso, uma vez que o órgão está legalmente autorizado a atuar em episódios dessa natureza”.
O documento foi divulgado na noite de ontem (16) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Horas depois de Jungmann ter dito, em um evento em Salvador, que tanto o Ministério Público quanto a Polícia Civil do Rio haviam recusado o apoio da Polícia Federal nas investigações do duplo assassinato, que esta semana completou 150 dias.
Agência Brasil