A Justiça de São Paulo condenou Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, a 47 anos de prisão por duplo assassinato e formação de quadrilha.
Ele foi julgado ontem no 5.º Tribunal do Júri, no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste da capital, mas não apareceu e foi sentenciado à revelia.
Gegê do Mangue, o número três do PCC, foi solto pela Justiça às vésperas de seu júri (Crédito:Divulgação)
A defesa conseguiu reverter, antes dos julgamentos, as prisões provisórias que o mantinham detido. A decisão de libertar o integrante do PCC foi tomada pelo juiz Deyvison Heberth dos Reis, da 3.ª Vara de Presidente Venceslau, em um processo de homicídio qualificado em que Gegê é réu. O caso corre em segredo de Justiça e é relativo a um assassinato cometido em 2013.
Julgamento
Segundo o promotor Rogério Zagallo, Gegê e Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, deram a ordem para matar dois homens que eram considerados inimigos do PCC em 2004. Na época, os acusados estavam presos e usavam telefones celulares para repassar as instruções para as execuções. Os diálogos foram gravados com autorização da Justiça. Ao contrário do comparsa, Vida Loka está em um presídio federal de segurança máxima. Os sete jurados aceitaram os argumentos do Ministério Público e condenaram Gegê do Mangue por unanimidade. O julgamento começou por volta das 11 horas e somente foi encerrado às 20h30.
O promotor lamentou que a própria Justiça tenha dado a liberdade para Gegê do Mangue. “Na minha opinião, um criminoso dessa periculosidade nunca poderia estar nas ruas”, afirmou. Ainda segundo Zagallo, os defensores de Gegê usaram de vários recursos para adiar o julgamento. Muitos abandonavam o plenário momentos antes das sessões, o que obrigava o juiz a adiar o júri. Ontem, a Justiça determinou que um advogado do Estado assumisse o caso, caso os defensores se recusassem a fazer o julgamento. Os advogados do réu não foram localizados pela reportagem.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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