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quarta-feira, 15 de junho de 2016

É ruim, mas é bom

Na barafunda dos escândalos de corrupção, as eleições municipais a serem realizadas dentro de quatro meses são hoje assunto secundário. Natural, dado que muitos dos principais protagonistas da política brasileira estão ameaçados de prisão (talvez iminente). Concretizada a hipótese, tais excelências estarão impedidas de dar as cartas no jogo eleitoral conforme o hábito. Este é o fato inédito. Portanto, notícia relevante e prioridade na informação ao leitor, espectador, ouvinte e eleitor. Até como elemento condutor do voto mais qualificado.

Trata-se de um novo cenário, cujo ineditismo não se esgota nisso. Minucioso levantamento feito pelo Estado e publicado na edição deste domingo exibe um dado novo: a fonte de financiamento para campanhas milionárias secou. Seja por obra da crise econômica, pela nova regra de proibição de doações de pessoas jurídicas e/ou por inibição à prática do caixa dois provocada pela Operação Lava Jato. Nesse ambiente adverso, os partidos estariam restritos ao dinheiro do Fundo Partidário (R$ 819 milhões de dinheiro público), às doações espontâneas dos simpatizantes e ao auto financiamento dos candidatos mais ricos. O primeiro está submetido a regras de divisão de despesas, pois parte dos recursos precisa se aplicada nos pagamentos cotidianos das respectivas legendas – aluguéis, funcionários, viagens etc.

O segundo item, doações espontâneas, esbarra no obstáculo da falta de confiabilidade em relação aos políticos. Decorrente disso, a sensação de ausência de representatividade. É difícil, para não dizer impossível, alguém dar dinheiro a quem não é digno de sua confiança. Prova é que, de acordo com o levantamento, menos de 20% das campanhas nos últimos quatro anos foram financiadas por pessoas físicas, já incluídas aí as que (raras) aplicavam recursos próprios nas respectivas empreitadas. De onde o terceiro itemauto financiamento – explica sua insignificância no universo de que tratamos.

De acordo com que pesquisou o Estado, nas eleições de 2012 quase 80% dos gastos foram financiados por pessoas jurídicas, o que passou a ser proibido desde o ano passado por determinação do Supremo Tribunal Federal, corroborada pelo Congresso. Em 2016, portanto, serão realizadas as primeiras campanhas sob a égide da nova regra, das mais novas ainda circunstâncias de estreita vigilância aos ilícitos e da finalmente muito bem-vinda condenação teórica e prática do caixa dois.

Sem sombra de dúvida, inclusive porque um dos motivos é a crise da economia, a situação é ruim para partidos e candidatos. Poderá, contudo, vir a se mostrar muito boa para os eleitores. No lugar de campanhas cinematográficas milionárias que afastam desse “mercado” profissionais construtores de fábulas, terão diante de si pretendentes forçados a tentar ganhar por empenho, convencimento e biografia.

É nesse espaço que pode prevalecer a didática prática da política com P maiúsculo.


A ficha cairá. A realização da Olimpíada, em agosto, vai coincidir com a votação do processo de impeachment, senão no plenário, ao menos na comissão especial do Senado.
A imprensa internacional estará aqui para acompanhar os jogos e terá a oportunidade de constatar de perto que a tese do golpe se constitui numa fábula. Os colegas estrangeiros terão oportunidade de constatar com quantos artigos constitucionais se faz a democracia brasileira. 


Fonte: Dora Kramer - O Estado de S. Paulo 

 


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Preocupação e desespero dominam Lula - o 'poderoso chefão' está convicto que é só questão de tempo ser preso

Lula se reunirá com bancadas do PT na Câmara e Senado

Ex-presidente tem demonstrado preocupação com o que chama de 'desarticulação' do PT e 'paralisia' do governo diante da Lava Jato

Depois de fazer duras críticas ao PT e ao governo Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentará pôr um freio de arrumação na crise política. Na semana que vem, Lula vai se reunir com as bancadas do PT no Senado e na Câmara, em Brasília.  A reunião está prevista para a próxima segunda-feira, mas a data pode ser alterada. Nesse dia, a presidente Dilma Rousseff estará em Nova York e, à noite, em Washington, onde se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Lula está preocupado com o que chama de “desarticulação” do PT e “paralisia” do governo diante da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Quer unificar o discurso e acertar o passo petista no Congresso. Não esconde, por exemplo, a contrariedade com os rumos da CPI da Petrobras, que convocou para depor o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

Para Lula, o PT precisa sair da defensiva em relação à Lava Jato e melhorar a relação com o PMDB, que vem impondo derrotas ao governo no Congresso. Nesta quarta-feira, por exemplo, a Câmara aprovou emenda que vinculou a política de valorização do salário mínimo aos reajustes das aposentadorias graças à traição de partidos da base aliada, como o PMDB. Houve, também defecções na própria bancada do PT.

Nos últimos dias, Lula fez gestos que irritaram Dilma e causaram mal estar no PT. Diante da queda de popularidade e dos baixos índices de aprovação do governo, o ex-presidente disse que tanto ele quanto Dilma estavam “no volume morto” e o PT, “abaixo do volume morto”. Afirmou, ainda, que a gestão de sua afilhada era um “governo de mudos” e que o PT está "velho" e “só pensa em cargos”.

“Temos que definir se queremos salvar a nossa pele e os nossos cargos ou se queremos salvar o nosso projeto”, afirmou Lula, nesta segunda-feira.  Embora Dilma tenha dito que o ex-presidente tem “todo o direito de fazer críticas”, o movimento dele contrariou o Palácio do Planalto. Nos bastidores, ministros do PT observaram que Lula toma a dianteira para se afastar dos escândalos de corrupção que abalam o partido e aponta falhas do governo na tentativa de se preservar politicamente. Apesar da crise, Lula ainda é, hoje, o nome mais forte do PT para disputar a sucessão de Dilma, em 2018. A candidatura, porém, depende do êxito do governo e da recuperação da imagem do PT, desgastada com um escândalo após o outro.

No Planalto, auxiliares da presidente dizem que as críticas de Lula prejudicam o governo e abafam a "agenda positiva" das concessões de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, jogando luz sobre a divisão entre "criador" e "criatura".

“O PT não pode só dizer amém ao governo Dilma. É preciso mais independência e Lula está certo ao dar essa chacoalhada no partido”
,afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). "Eu acho que não dá para falar em volume morto. Tem muita água para rolar embaixo dessa ponte", disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). [percebem que o 'capitão cueca' quando expele pela boca alguma coisa é sempre uma estultice, que confirme o já percebido: ele é o líder que nada lidera.]


Fonte: Agência Estado