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terça-feira, 26 de julho de 2016

Relegado a quinto plano, politicamente acabado, Suplicy opta por chamar atenção mesmo só lhe restando o papel de palhaço

Suplicy protagonizou circo político ao ser detido

Na última segunda-feira (25), o ex-senador e candidato a vereador Eduardo Suplicy (PT) foi o protagonista de um verdadeiro teatro eleitoreiro. A Polícia Militar executava a reintegração de posse de um terreno na Zona Oeste de São Paulo, mas os invasores decidiram reagir fazendo barricadas, ateando fogo a um ônibus e jogando pedras e paus nos policiais. O petista, então, resolve liderar a "resistência", deitando-se no chão para impedir a passagem dos tratores que desmanchariam os barracos. A polícia o deteve e o levou à delegacia para prestar depoimento.

Relegado à irrelevância desde que perdeu a eleição para o Senado em 2014, o ex-secretário de Direitos Humanos de Fernando Haddad (PT) não tem o respeito nem da futura ex-presidente Dilma Rousseff, que o fez esperar três anos por uma audiência e só o recebeu depois de ter sido afastada. Agora, concorrendo a uma cadeira de vereador em São Paulo, busca desesperadamente os holofotes.

O oportunismo de Suplicy não poderia ser mais escancarado. Apesar de a reintegração de posse ter sido solicitada à Justiça pela Prefeitura de São Paulo, comandada por Haddad, o ex-senador escolheu criticar "a truculência da Polícia Militar do governo Alckmin", dizendo que, "se fazem isso com um ex-senador da República, imagine o que sofre a população que tanto precisa de apoio".

 
Ora, então Suplicy quer tratamento especial por ser ex-senador? [Suplicy,  o Lula também quer tratamento especial e muito em breve estará dividindo uma dela com outros bandidos seja pelo PETROLÃO, MENSALÃO, caso CELSO DANIEL e outros crimes -  afinal, Lula violou várias leis.] Qualquer pessoa que atrapalhe o trabalho da Polícia deve, por lei, ser detida. Por que com ele seria diferente? Será que o candidato a vereador acredita que deve haver leis especiais para ex-autoridades?[Lula, por ser analfabeto,  filho de mãe que nasceu analfabeta, estúpido, ignorante, boçal, não surpreende ninguém quando quer tratamento especial por ser ex;  - mas você Suplicy, ou melhor o senhor? O tratamos por senhor devido sua idade e não pelo ex que o senhor é.]

É claro que não. Ele sabia que seria detido. E é por isso que armou toda essa encenação. Para, ao melhor estilo petista, se fazer de vítima e posar de herói dos oprimidos. Suplicy foi Secretário Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, portanto, tinha poder para ajudar essas pessoas com quem ele tanto diz se preocupar. Por alguma razão, escolheu não fazer absolutamente nada. Além disso, a própria Prefeitura declarou que a área apresenta alto risco de desabamento, ou seja, caso os sem-teto continuassem lá, estariam arriscando as próprias vidas, e, se algo grave acontecesse, todos culpariam a administração municipal por nada ter sido feito. "Ah, mas Suplicy não agiu contra a reintegração, mas contra os brutamontes da PM!". Ainda que o problema realmente fosse a suposta truculência da Polícia Militar, a atitude do ex-senador não faria o menor sentido. Se a questão é a violência dos policiais, então o correto a se fazer seria proteger os sem-teto, não seus barracos. Fica evidente que, independentemente da narrativa que Suplicy e seus acólitos adotem, não há conclusão coerente se partirmos da premissa de que o petista agiu de maneira bem-intencionada.

Em sua página no Facebook, o ex-senador publicou um vídeo intitulado "Eduardo Suplicy é carregado pela PM fascista de SP". A canalhice é evidente. Nas imagens, não há nenhum abuso por parte da polícia; as cenas simplesmente mostram o petista sendo carregado tranquilamente até um carro. Não há "fascismo". O que se vê é apenas um político desesperado por atenção criticando a polícia para alavancar a própria campanha.

Apesar da turminha descolada que gosta de defendê-lo por causa do seu jeito de vovôzão largado e seu apreço por obras-primas da música brasileira –como aquela dos "Racionais Mc's" na qual, traduzindo bem a alma do petismo, o eu lírico afirma "hoje eu sou ladrão, artigo 157"–, Eduardo Suplicy não passa de um artista político que fazia palhaçada federal e passa vergonha com seus teatrinhos políticos desde a redemocratização. Derrotado nas eleições para o Senado, Suplicy agora tenta fazer palhaçada municipal.

O triste é que, aproveitando-se da imbecilidade dos que odeiam cegamente a Policia e todos aqueles que defendem a lei, tudo indica que ele conseguirá voltar ao picadeiro.


Fonte: Kim Kataguiri -  Folha de S. Paulo


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Dois exemplos do que os petistas consideram diálogo: Suplicy propõe diálogo com os ‘black blocs” e Dilma com o “Estado Islâmico”



O 'diálogo' com os black blocs
O ex-senador Eduardo Suplicy estava com a corda toda na cerimônia em que assumiu a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo. Bem a seu estilo, fez um discurso em que defendeu o diálogo com todos os "movimentos" que têm participado de protestos na cidade, inclusive com os notórios black blocs - arruaceiros cuja única reivindicação é ter a liberdade irrestrita de causar o maior dano possível ao patrimônio alheio.

Talvez seja o caso de não se levar a sério o que diz Suplicy -
a menos, é claro, que se considere normal e sadio que uma autoridade municipal entre em negociação formal com quem deveria estar na cadeia. No entanto, caso o agora secretário de Direitos Humanos resolva levar adiante sua esdrúxula promessa, será apenas mais um entre tantos atos irresponsáveis de uma Prefeitura que se apequenou diante de grupelhos radicais. Quem não se lembra do prefeito Fernando Haddad em cima de um carro de som, em março do ano passado, estimulando os baderneiros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto a pressionar a Câmara Municipal a aprovar projetos de seu interesse? Diante disso, não surpreende que, em São Paulo, a truculência tenha se tornado o atalho preferido dos oportunistas para o encaminhamento de reivindicações ditas "sociais".

Ao "conclamar todos os movimentos" para "dialogar", Suplicy elencou diversos grupos, como os que defendem o passe livre, os homossexuais, os imigrantes e os negros, e entre eles incluiu os black blocs - como se fossem legítimos representantes de uma minoria. Não foi a primeira vez que Suplicy considerou os black blocs dignos de serem ouvidos. Em 2013 ele leu, na tribuna do Senado, um manifesto daquele grupo. Dizendo que os black blocs eram, na verdade, "a sociedade civil, a juventude, os trabalhadores indignados por trás de um capuz negro", o texto, de um cinismo exemplar, informava que os vândalos "estão apenas se defendendo de uma polícia que carrega em seu cerne o autoritarismo assassino do regime militar". O manifesto exigia assim o "fim da Polícia Militar e de sua mentalidade fascista".

Não surpreende que a leitura de Suplicy tenha sido recebida com espanto e protestos por seus colegas no Senado. Mas o petista não se deu por vencido. Respondeu que os black blocs tinham de ser ouvidos, pois, embora eventualmente recorram à violência, apenas "buscam justiça" e têm "boas intenções".

O paulistano já conhece bem as "boas intenções" dos black blocs. Desde que foram apresentados a eles, nas manifestações de junho de 2013, os moradores de São Paulo sabem que, a qualquer momento, durante qualquer protesto do Movimento Passe Livre (MPL), esses mascarados estarão presentes para atacar estações do metrô, pontos de ônibus, agências bancárias e o que mais aparecer pela frente. Em sua tática, a esperada reação da Polícia Militar é sempre bem-vinda, pois assim os baderneiros podem posar de vítimas da repressão policial.

Neste ano, já foram seis os protestos promovidos pelo Movimento Passe Livre na cidade, e em todos eles os black blocs deram o ar da graça, sem que o MPL os censurasse nem tentasse deles se desvincular. Pelo contrário, a turma do passe livre tratou de criticar a Polícia Militar, que apenas fez seu trabalho ao prender alguns vândalos.
Mas o secretário não parece se importar com os transtornos que o MPL e seus parceiros truculentos estão sistematicamente causando à cidade. O que importa é "dialogar" - e Suplicy se disse animado até mesmo a participar de uma das manifestações do MPL, se isso ajudar a negociação.  Quando um secretário municipal se dispõe a esse tipo de atitude, que subverte totalmente o papel de um gestor da coisa pública, é sinal de que a crise que a cidade vive não é apenas administrativa, mas moral. Mas, como o secretário em questão é Eduardo Suplicy - aquele que, no Senado, já imitou Bob Dylan e vestiu cueca sobre as calças -, resta a esperança de que tudo não passe de uma grande blague.

Fonte: Editorial – O Estado de São Paulo