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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Produção de ovo bate novo recorde, e país tem mais boi do que gente: rebanho chega 224,6 milhões

Brasil tem mais cabeças de gado que habitantes

Com mais um ano consecutivo de preços da carne em alta no mercado interno, a demanda por ovos de galinha cresceu e a produção atingiu novo recorde, com 22,5 dúzias de ovos produzidas por habitante em 2021. Paralelamente, o rebanho bovino atingiu novo patamar histórico, com 224,6 milhões de cabeça de gado. Tem mais boi do que gente no país.

Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal do IBGE, divulgados nesta quinta-feira. O crescimento do rebanho bovino no Brasil foi de 3,1% no ano passado e atingiu o maior número de cabeças de gado desde o início da série, em 1974. É o maior rebanho comercial do mundo, o que faz do Brasil também o maior exportador de carne bovina no planeta.

O estado do Mato Grosso segue com a maior concentração do rebanho, onde foram estimadas 32,4 milhões de cabeças - equivalente a 14,4% do efetivo nacional. Na análise por município, porém, São Felix do Xingu, no Pará, é que concentrou o maior rebanho bovino do país (2,5 milhões de cabeças).

"O ano de 2021 foi marcado pela retenção de fêmeas para produção de bezerros, assim como em 2020, além da queda no abate de bovinos, devido à falta de animais prontos para o abate, e pela queda nas exportações", informou o instituto.

(...)

Recorde de exportação de suínos
Já o efetivo de galináceos - que inclui animais destinados à produção de frangos de corte - cresceu 3,5% (52,2 milhões de animais) em 2021, quando comparado à mesma data de referência do ano anterior. Ao todo foram contabilizadas 1,5 bilhão de cabeças.

Quando considerado somente as aves fêmeas destinadas à produção de ovosindependente do destino da produção (consumo ou incubação), houve um aumento de 1,1% no efetivo: foram 255,6 milhões de cabeças em 2021.

Com mais um ano consecutivo de preços da carne em alta no mercado interno, a demanda por ovos de galinha cresceu e a produção atingiu novo recorde na série histórica da pesquisa. A produção, que vem aumentando desde 1999, superou a marca de 2020 em 1,7% e alcançou 4,8 bilhões de dúzias.

Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA 

 

segunda-feira, 18 de julho de 2022

A Bíblia e a prática Homossexual - VOZES - Conclusão

Franklin Ferreira

O testemunho de Jesus
Na terceira parte, o autor analisa o argumento de que, pelo fato de Jesus não ter feito nenhum comentário em relação à prática homossexual, haveria aí um indício de que ele aprovava tais relações. E alguns reforçam esse argumento com base na ênfase que Jesus dava ao amor, concluindo que Cristo não teria criticado expressões responsáveis e amorosas da conduta homossexual.

O autor mostra que, ao contrário de tal argumento, o silêncio de Jesus sobre o assunto, unido com outros fatores, faz com que a oposição de Jesus ao intercurso homossexual seja historicamente admissível. Gagnon segue argumentando que Jesus não fez nenhum comentário direto ou explícito sobre o intercurso homossexual, como também não fez comentário direto sobre muitos outros assuntos importantes. Mas, em sentido mais amplo, Jesus não se calou sobre o intercurso homossexual, uma vez que os dados inferenciais falam alto e com clareza sobre a perspectiva de Jesus. Algumas constatações deixam isso claro: em primeiro lugar, levando-se em conta o contexto do judaísmo do primeiro século, é muito improvável que Jesus tivesse adotado uma posição diferente quanto ao intercurso homossexual, ainda mais levando em conta a consideração que Jesus tinha pela lei mosaica; em segundo, Jesus apelou a Gênesis 1,27 e 2,24 acerca do divórcio, e isso confirma sua aceitação de um modelo exclusivamente heterossexual de relacionamento; em terceiro, as posições de Jesus sobre outras questões relacionadas à ética sexual eram em geral mais – e não menos – rigorosas que as da cultura ao seu redor; em quarto, as formas como Jesus integrou a seu ensino e ministério as exigências de misericórdia e conduta justa não dão respaldo à ideia de que ele talvez tivesse adotado uma abordagem positiva ou neutra em relação ao intercurso homossexual.

A ideia de que Jesus era ou poderia ter sido neutro na questão da conduta homossexual, ou que poderia até mesmo ter aprovado essa conduta, é história revisionista da pior espécie, de acordo com Gagnon

O autor conclui afirmando que “não há nenhuma boa evidência de que Jesus tivesse permitido que os seguidores cometessem adultério, se divorciassem e voltassem a se casar, se prostituíssem, tivessem relações sexuais com animais ou com membros do mesmo sexo [...]. As evidências de que dispomos sugerem firmemente que Jesus acreditava que as pessoas que não se arrependessem de imoralidade sexual [...] não teriam um lugar no reino vindouro de Deus”.

O testemunho de Paulo
A quarta parte é a seção mais técnica de todo o livro. Aqui o autor faz uma extensa exegese dos textos de Romanos 1,18.24-27; 2,1-3.20; 1Coríntios 6,9; 1Timóteo 1,10, considerando com atenção e erudição os termos gregos malakoi, arsenokoitai e arsenokoitais.

Segundo Gagnon, no contexto de 1Coríntios 6,9-10, malakoi, que significa “os macios”, pode ser traduzido como “machos afeminados que desempenham o papel sexual de fêmeas”. E arsenokoitai, que significa “os que põem machos na cama”, pode ser traduzido como “machos que levam outros machos para a cama”. Esses textos são de suma importância, pois Paulo coloca essas falhas morais em uma lista de ofensas que levam à exclusão do reino de Deus. Sobre o texto de Romanos 1,27, o autor afirma que, quando Paulo fala do intercurso sexual de homens com homens, é evidente que ele tem arsenokoitai em mente: “No entendimento de Paulo, o ‘desonrarem o seu corpo entre si’ mencionado em 1,24 ocorria sempre que uma mulher tinha intercurso sexual com outra mulher e não com um homem, e sempre que um homem tinha intercurso sexual com outro homem e não com uma mulher. Homens trocaram o ‘uso natural’, em que pessoas do sexo oposto são parceiros complementares apropriados no intercurso sexual, por um ‘uso antinatural’ em que pessoas do mesmo sexo são parceiros sexuais”.

 
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O autor conclui mostrando que, em 1Coríntios 6,9, o termo malakoi tem mais em vista homens que buscam ativamente transformar sua masculinidade em feminilidade a fim de se tornarem mais atraentes como parceiros sexuais receptivos ou passivos de homens; arsenokoitai tem mais em vista homens que servem de parceiros sexuais ativos dos malakoi. As listas de falhas morais apresentadas nos textos citados mostram que, na opinião de Paulo, as pessoas que não desistem de participar de intercurso homossexual estão entre aqueles que serão excluídos do reino vindouro de Deus.

A relevância hermenêutica do testemunho bíblico

Uma vez que o autor já deixou claro que as Escrituras condenam veementemente a prática homossexual, na quinta e última parte ele passa à aplicabilidade dos conceitos bíblicos sobre o intercurso homossexual atualmente, e derruba diversos argumentos utilizados hoje em dia para invalidar o testemunho bíblico a esse respeito. Desbancando os principais argumentos, ele defende que as Escrituras não rejeitam o intercurso homossexual pelo fato de haver no mundo antigo relações abusadoras, como alguns tentam argumentar 
As Escrituras tampouco rejeitam a prática pelo fato de, no mundo antigo, a homossexualidade estar relacionada à idolatria, ou por alguma necessidade de afirmar o domínio dos homens sobre as mulheres. 
Em vez disso, as Escrituras rejeitam o comportamento homossexual porque, dentre outros, é uma violação da ordem de Deus, estabelecida no contexto da Criação, para que homens e mulheres existam diferenciados por gênero.
 
O autor resume em quatro as razões pelas quais “aqueles que se envolvem em intercurso homossexual agem de modo contrário às intenções de Deus para as relações sexuais humanas”. Essas razões são: 
1. O intercurso homossexual é veemente e inequivocamente rejeitado pela revelação das Escrituras. [...]; 
2. O intercurso homossexual representa uma supressão das evidências visíveis na natureza em relação à complementaridade anatômica e procriadora do homem e da mulher. [...] 
3. O endosso social do comportamento homossexual só acelerará os muitos efeitos sociais negativos decorrentes desse comportamento, pelo fato de, em primeiro lugar, solapar os esforços para impedir aqueles já envolvidos em intercurso homossexual de continuar com esse comportamento e, em segundo lugar, aumentar substancialmente o número de pessoas que tanto participam de intercurso homossexual quanto se consideram homossexuais, bissexuais ou transgêneros; [...]. 
4. O relacionamento dos próprios homossexuais praticantes com o Criador será posto em risco”.

Gagnon prestou um grande serviço à igreja cristã ao escrever este livro, escrito de forma clara e fluida, e com insights que são importantíssimos para a compreensão da homossexualidade a partir de uma cosmovisão bíblica

Oferecendo conselhos para a igreja, Gagnon afirma que homossexuais praticantes e assumidos devem ser tratados como quaisquer outras pessoas envolvidas em atos persistentes e impenitentes de comportamento sexual imoral. E devem receber acolhimento por parte da igreja: “A igreja precisa lutar lado a lado com eles [...] Eles também devem ser chamados para um padrão mais elevado de comportamento [...] No entanto, aquilo com que a igreja precisa se preocupar é o fato de permitir que membros tenham liberdade de envolver-se em comportamento terrivelmente imoral, recusando-se a se arrepender e substituindo os padrões morais de comportamento apresentados nas Escrituras pelos seus próprios padrões”.

A relevância da obra
Alguns dos mais importantes eruditos cristãos da área bíblica endossam essa obra. Alguns exemplos podem ser citados. Brevard S. Childs, que foi professor de Teologia (Bíblia Hebraica) na Yale Divinity School, nos Estados Unidos, afirma: “Gagnon oferece um exame bem fundamentado, criterioso e abrangente do testemunho bíblico. Seu livro é justo e compassivo e deve ser considerado uma fonte importante para quem deseja levar a sério o testemunho das Escrituras”. Max L. Stackhouse, que foi professor de Ética Cristã no Seminário Teológico de Princeton, nos Estados Unidos, diz: “Não tenho conhecimento de nenhum estudo equivalente sobre os textos e debates interpretativos em torno do comportamento homossexual. A abordagem do assunto por Gagnon capta a complexidade do debate e o faz com muita compaixão. Embora a obra não tenha tom polêmico, também fica claro que algumas autoridades reconhecidas sobre o assunto e amplamente citadas, bem como defensores contemporâneos da liberação sexual nessa área, têm interpretado equivocadamente informações históricas e textuais e usado de maneira equivocada dados científicos contemporâneos, argumentos clássicos e evidências pastorais”. C. E. B. Cranfield, que foi professor de Teologia (Novo Testamento) na Universidade de Durham, na Inglaterra, acrescenta: “O livro de Gagnon é uma contribuição extremamente valiosa para o debate atual e merece ser lido amplamente. A exegese bíblica distingue-se pela erudição rigorosa, ao passo que a análise de como os textos bíblicos falam à igreja contemporânea e à sociedade secular caracteriza-se por uma avaliação equilibrada e sóbria e por uma atitude compreensiva com a situação presente. Recomendo esse livro de todo o coração”.

Gagnon fornece uma defesa exaustiva da proibição bíblica do sexo homossexual. Seu estudo dos textos do Antigo Testamento e do Novo Testamento destrói as várias tentativas de silenciar as advertências das Escrituras contra o sexo homossexual.  
Ele também rejeita as tentativas populares de justificar o sexo homossexual pelas igrejas a partir do fato de muitas delas tolerarem o divórcio. Ele mostra claramente que o sexo homossexual nunca é permitido na Bíblia, sob nenhuma circunstância, mas o divórcio é permitido em algumas circunstâncias. 
Além disso, o autor mostra as consequências para a saúde das pessoas e da sociedade, especialmente para os homens homossexuais: depressão, Aids e pensamentos suicidas são os riscos associados aos homossexuais
Ainda que originalmente escrito em 2001, o autor foi presciente em relação à normalização do transgenerismo. 
Ele também antecipou a rotulação daqueles que assumem uma oposição moral às relações homossexuais como intolerantes que seriam semelhantes a racistas – e as ameaças à carreira e mesmo à integridade daqueles que se opõem à agenda homossexual. 
Em síntese, Gagnon prestou um grande serviço à igreja cristã ao escrever este livro, escrito de forma clara e fluida, e com insights que são importantíssimos para a compreensão da homossexualidade a partir de uma cosmovisão bíblica. Assim, esta obra, que pode ser considerada o melhor livro cristão sobre o tema, é altamente recomendada não apenas para os clérigos, mas para todos os cristãos católicos, protestantes e pentecostais.
Franklin Ferreira,  bacharel  em Teologia - Gazeta do Povo - VOZES
 
Leia desde inicio, clicando aqui

Para propiciar aos nossos leitores uma visão Católica, sugerimos clicar aqui, quando também terão a citação de trechos bíblicos, notadamente, do Apóstolo São Paulo e links para outras publicações

Esta resenha foi escrita com a ajuda de Willy Robert Henriques

 

terça-feira, 15 de maio de 2018

Há ministros no STF que são machos e, claro!, fêmeas o bastante para ignorar a lei para civis. Indago: eles o serão também contra militares?




 É possível rever a Lei de Anistia?

Sou contra a revisão da Lei de Anistia - Reinaldo Azevedo 


[Fosse o Brasil um País sério, democrata e vivendo realmente sob o "estado democrático de direito", sequer falar em revisão da Lei da Anistia seria admitido, cogitado.

Só que o Brasil vive sob o furor legiferante do Poder Judiciário, especialmente dos 'supremos ministros' do STF,  que tudo podem.

Assim, para rever a Lei da Anistia, absolver os porcos esquerdistas que não foram neutralizados de forma definitiva durante o Governo Militar, basta que seis 'supremas excelências' decidam revogar a Lei da Anistia, punir os militares que combateram e venceram uma guerra suja - suja por escolha dos adversários, dos subversivos, dos terroristas, dos porcos comunistas, esquerdistas -  e honrar os comunistas,  absolvendo-os, a LEI DA ANISTIA será revista.

O único obstáculo a que surja essa maioria suprema, seis a cinco, é o risco de esticando demais a corda da paciência, as coisas mudem e entre um estado de direito que permite em que as leis sejam mudadas, após quase quarenta anos de promulgadas e após ratificadas por outros diplomas legais, e um estado de direito em que as leis são impostas pelo mais forte, a escolha do Brasil seja contrária a da  África do Sul.]