Dilma Rousseff envelheceu os métodos clássicos de fazer política.
Criou um modelo próprio, baseado num tipo revolucionário de
irresponsabilidade. Sua prioridade é a autodesconstrução. A estratégia é
revelar as armadilhas que montou no primeiro mandato caindo em todas
elas nesta segunda gestão.
Dilma deixa os governistas indignados e
os oposicionistas perplexos. Por um lado, tornou-se uma caricatura que
fugiu do controle do Lula. Por outro, faz questão de produzir as crises
que podem asfixiá-la, dispensando seus antagonistas do trabalho. A
história fará justiça a Dilma. Ela se tornou um fator de progresso.
Revitaliza as instituições nacionais.
Na noite desta quarta-feira,
Dilma refundou o Tribunal de Contas da União. FHC dera suas pedaladas.
Lula também acionara os pedais. Mas foi Dilma quem desvendou o crime
cometendo-o em proporções amazônicas. Preparou o terreno para que os
auditores a flagrassem. Graças ao desejo inconsciente de Dilma de ser
desmascarada, o TCU, antes um tribunal de faz de conta, teve sua noite
de glória.
Em sessão apinhada, transmitida ao vivo, os ministros
do TCU reprovaram por unanimidade as contas do governo Dilma referentes a
2014. Coisa semelhante não sucedia havia 78 anos. O último presidente a
ter as contas rejeitadas fora Getúlio Vargas, em 1937. Orçado pelos
auditores em R$ 106 bilhões, o desprezo de Dilma pelo rigor orçamentário
fez renascer a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na véspera, a
inviabilidade de Dilma já havia prestado outro inestimável serviço à
democracia brasileira ao arrancar da letargia o Tribunal Superior
Eleitoral. Pela primeira vez na história, o TSE abriu um processo que
tem como objetivo a cassação de uma chapa presidencial —a titular e o
vice. Antes, os comitês fingiam prestar contas e a Justiça Eleitoral
fazia de conta que auditava.
Com o auxílio luxuoso da dicotomia de
Dilma, produziram-se em volume jamais visto as pistas que podem
derrubá-la. A roubalheira político-empresarial nunca mais será a mesma.
No seu esforço secreto para ser descoberta, Dilma percorreu distraída os
dois lados do balcão. Na presidência do conselho da Petrobras, conviveu
com as más companhias. No comitê eleitoral, beneficiou-se da verba
suja.
Na economia, Dilma já havia se rendido ao programa do
adversário. Joaquim Levy percorre Brasília como uma espécie de denúncia
ambulante do desmantelo fiscal e monetário que madame legou a si mesma.
Na
política, a recente conversão de Leonardo Picciani em herói da
resistência escancara o desejo de Dilma de se autoflagelar, expondo sob a
luz do sol transações que exigiriam luzes apagadas. Personagem
complexa, Dilma luta para barrar o impeachment ao mesmo tempo que
empurra seu governo para o beco-sem-saída. O grande acerto de Dilma é a
revelação dos seus erros.
Fonte: Blog do Josias
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Dilma cai caprichosamente nas suas armadilhas
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