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domingo, 17 de abril de 2022

Papa pede acesso 'livre' aos lugares sagrados de Jerusalém

 O pontífice também rezou por "paz para o Oriente Médio, devastado por anos de divisão e conflito"

O papa Francisco defendeu neste domingo (17) o acesso "livre" aos lugares sagrados de Jerusalém, onde nos últimos dias confrontos entre fiéis muçulmanos e forças israelenses deixaram dezenas de feridos na Esplanada das Mesquitas.

"Que os israelenses, os palestinos e todos os habitantes da Cidade Santa, juntamente com os peregrinos, possam experimentar a beleza da paz, viver em fraternidade e acessar livremente os Lugares Sagrados, respeitando mutuamente os direitos de cada um", disse o papa na tradicional bênção "Urbi et Orbi" do domingo de Páscoa, proferida da varanda da Basílica da Praça de São Pedro.

O pontífice também rezou por "paz para o Oriente Médio, devastado por anos de divisão e conflito".

Neste domingo, uma dúzia de pessoas ficaram feridas em tumultos entre manifestantes palestinos e policiais israelenses em torno da Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, o terceiro lugar sagrado do Islã que já foi palco de violentos confrontos na sexta-feira.

Esses incidentes ocorrem quando a missa cristã da Páscoa é celebrada neste domingo, e as orações para Pessach, a Páscoa judaica, e para o mês muçulmano do Ramadã na Cidade Velha de Jerusalém, um centro às vezes conflituoso onde as três religiões monoteístas coincidem.

Mundo - Correio Braziliense


segunda-feira, 4 de junho de 2018

"Gaza é a maior prisão a céu aberto"

Sacerdote brasileiro conta sobre rotina de atender à minoria cristã em Gaza

Padre Mário da Silva: "Gaza é a maior prisão a céu aberto"

Cerca de 1,9 milhão de pessoas, muçulmanas na maioria, travam uma luta diária por sobrevivência na Faixa de Gaza, um dos locais mais pobres e violentos do mundo. Além da miséria, do desemprego e das condições insalubres, enfrentam o medo dos tiros e das bombas disparadas por forças israelenses no interminável conflito com o Hamas — o movimento islâmico que governa o território palestino desde 2007.

Com as fronteiras terrestres, marítimas e aéreas do enclave palestino controladas por Israel, a população é proibida de sair. “É por esse motivo que dizemos que Gaza é a maior prisão a céu aberto do mundo”, disse, em entrevista ao Correio, o padre brasileiro Mário da Silva, 39 anos. Desde 2012, ele está à frente da Paróquia da Sagrada Família, refúgio para os 980 cristãos que vivem em Gaza — 138 católicos e 842 ortodoxos.

Embora desenvolva projetos sociais tanto para cristãos quanto para muçulmanos, o sacerdote brasileiro admite o medo da violência, e revela ter sido alvo de agressões pelo fato de liderar uma minoria religiosa. “Muitas foram as situações difíceis em meus seis anos aqui, como quando entraram na igreja, atearam fogo ao meu carro e colocaram uma bomba em frente ao templo, que foi todo pichado”, recorda Silva.
 
O padre Mário, nasceu no Piauí, em 13 de abril de 1979. Em São Paulo, teve contato com a diocese de Santo Amaro, que passou a ser sua nova casa e o lugar onde cresceria. Hoje, pertence ao Instituto do Verbo Encarnado, congregação religiosa fundada na Argentina, em 1984, pelo padre Carlos Miguel Buela. “Temos como desejo do nosso fundador querer ir aos lugares difíceis, onde nem todos os sacerdotes querem ir. Por isso, a presença sacerdotal é escassa”, explica Silva, ordenado em 7 de setembro de 2005 e enviado para a Argentina, a Itália e, por fim, o Brasil. Foi durante um novo trabalho na Itália que ele se ofereceu para missionar na Terra Santa, na Paróquia da Sagrada Família de Gaza, o que se concretizaria em 2012.

Além dos ataques israelenses contra palestinos, como são as condições de vida em Gaza? Quais as dificuldades enfrentadas pela população no dia a dia?
Todas as pessoas que vivem na Faixa de Gaza sofrem um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo. O que significa isso? As pessoas não podem deixar o território nem por automóvel (ou qualquer veículo terrestre), nem por barcos, nem por avião. E não apenas isso: as mercadorias não podem entrar aqui sem permissão especial, assim como as pessoas são impedidas de entrar na cidade sem permissão especial. É por esse motivo que dizemos que Gaza é a maior prisão a céu aberto do mundo. A maior dificuldade que encontramos é a falta de liberdade para ir e vir.

Como é a qualidade dos serviços disponíveis à população?
Esse grande bloqueio traz consigo outras grandes dificuldades. Por exemplo: temos somente 3 ou 4 horas de eletricidade por dia. Tudo que entra aqui deve ter permissão. A água fornecida à população escasseia e, quando chega, não é potável. Segundo um estudo da ONU, 90% da água da Faixa de Gaza é contaminada pelo esgoto ou pela água do mar: a água que se bebe deve ser comprada, mas nem todos têm dinheiro para isso.
(...)


MATÉRIA COMPLETA, Correio Braziliense