Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O presidente Lula decidiu
sair do armário de uma vez. Depois de passar meses se escondendo por
trás de razões segundo ele “humanitárias” para atacar Israel e fazer louvores aos terroristas do Hamas,
assumiu perante o mundo o que realmente é – um antissemita cada vez
mais raivoso. Por fora, ele critica o “Estado de Israel” e o “sionismo”,
e declara que só quer um país para os “palestinos”. Por dentro, e agora
também por fora, ele é um racista extremado, que age, pensa e se
orienta com base no ódio aos judeus.
Está longe de ser o único dentro da grande e moderna renascença do antissemitismo
no Brasil e o mundo – produzida, agora, por uma esquerda que usa a
“causa palestina” para botar para fora todo o seu recalque de sempre em
relação aos judeus. Mas Lula também é o presidente do Brasil e não tem o
direito de expor o país e os brasileiros à vergonha perante o mundo
democrático.
Antissemita é ele, não o Brasil. Teria de guardar os seus
rancores para si mesmo.
Lula
achou que estava na hora de oficializar o seu antissemitismo perante
mais uma plateia de ditaduras subdesenvolvidas da África.
Lula
tem feito de tudo, desde o início da guerra de Gaza, para falsificar a verdade –
e apresentar Israel o tempo todo como o agressor, num conflito em que foi
claramente o agredido. Foi incapaz até agora de dizer que os israelenses
sofreram um ataque terrorista selvagem por parte dos milicianos do Hamas, em
outubro último; nem uma sílaba que fosse. Quando Israel reagiu ao assassinato
em massa de 1.200 civis israelenses, extermínio de bebês de colo, estupros por
atacado e sequestro de reféns, incluindo crianças, Lula e seu governo ficaram
indignados.
Exigiam
que Israel reagisse à agressão com uma proposta de cessar-fogo. Depois,
passaram a gritar, de forma cada vez mais histérica, contra “a morte de
civis” em Gaza. Logo estavam dizendo que era “genocídio”.
No momento
mais baixo de sua campanha antijudaica, se juntaram à África do Sul,
um dos países mais violentos, corruptos e socialmente injustos do
mundo, para apresentar uma denúncia contra Israel perante a Justiça
internacional; foram escorraçados do tribunal, por apresentação de
denúncia inepta.
Agora,
em mais uma viagem no seu obsessivo programa de turismo diplomático com a
mulher, Lula achou que estava na hora de oficializar o seu antissemitismo
perante mais uma plateia de ditaduras subdesenvolvidas da África. Disse que os
judeus estão agindo como nazistas: “só Hitler”, nas suas palavras textuais, fez
o que Israel está fazendo em Gaza. Falou em “30.000” palestinos mortos, uma cifra
que sai diretamente do departamento de propaganda do Hamas. Repetiu de novo a
acusação explícita de que Israel está cometendo “genocídio”.
Não
se trata, nisso tudo, de mais um caso de ignorância mal-intencionada,
uma das maiores especialidades da ação política de Lula.
É má fé, mesmo –
como comparar um programa oficial e sistemático de extermínio de vidas
humanas que fez 6 milhões de mortes, todos eles civis inocentes, como
foi o caso de Hitler, com uma operação militar de defesa por parte de
Israel?
É uma tragédia, sem dúvida, que inocentes estejam morrendo na
Faixa de Gaza, resultado inevitável de qualquer guerra – e no caso, uma
guerra que foi provocada diretamente pelos terroristas.
Mas Lula não
está interessado em nada disso. Achou que estava na hora de exibir seu racismo
antissemita porque imagina, agora, que pode tirar proveito disso – na
crença imoral de que “brasileiro não gosta de judeu”. Está conseguindo
ser irresponsável e oportunista ao mesmo tempo.
Palestinos no Oriente Médio não são cidadãos dos países onde vivem, o que acaba os privando de uma série de direitos
Meu pai, filho de libaneses, nasceu no Brasil e é brasileiro.
Meus
filhos nasceram nos EUA com pais brasileiros e são americanos. Afinal,
tanto os EUA como o Brasil seguem a vertente de jus solis para concessão
da nacionalidade. Isto é, se você nasceu nesses países, automaticamente
terá a nacionalidade.
Ao mesmo tempo, filhos de americanos e
brasileiros nascidos no exterior mantêm o direito à cidadania.
Por este
motivo, meus filhos têm também a cidadania brasileira mesmo sendo de
Nova York.
Seria a aplicação do jus sanguinis, ou direito por sangue à
nacionalidade.
Algumas nações, no entanto, aplicam apenas o jus sanguinis na quase
totalidade dos casos, ignorando o jus solis. É o que ocorre no Líbano.
Eu, que sou neto de libaneses, tenho o direito à cidadania libanesa
mesmo sendo de São Paulo.
Uma pessoa de origem palestina da minha idade
nascida em Beirute não tem o direito a ser cidadão libanês, a não ser em
raros casos.
O que se aplica a mim também vale para milhões de
brasileiros que são descendentes de libaneses, independentemente da
religião. No meu caso, até estive várias vezes no Líbano.
Mas alguns
descendentes no Brasil jamais pisaram em Beirute e ainda assim têm mais
direitos do que um refugiado palestino que nasceu e cresceu em Sídon,
Trípoli ou na capital libanesa.
Isso porque seus antepassados nasceram
do outro lado de uma fronteira artificial criada por franceses e
britânicos após o colapso do Império Otomano. Como o avô deles era de
Haifa e não de Zahle, não são aceitos como cidadãos do Líbano.
Estas pessoas de origem palestina ficam restringidas a viver em campos
de refugiados e enfrentam restrições para trabalhar em uma série de
profissões.
O argumento libanês para não conceder cidadania a esses
palestinos nascidos no Líbano é de que, primeiro, isso afetaria a
balança sectária libanesa, na qual o poder se divide entre cristãos de
diversas denominações, xiitas, sunitas e drusos.
Em segundo lugar,
porque, na visão libanesa, essa é uma questão a ser resolvida entre Israel e Autoridade Nacional Palestina, pois esses refugiados têm origem no que hoje é território israelense.
Israel, por sua vez, concede a cidadania a qualquer pessoa nascida no
país desde que um dos pais seja cidadão israelense.
Isso não se aplica a
palestinos nascidos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza,que são controladas e ocupadas ilegalmente por Israel.
Já judeus
residentes nos assentamentos na mesma Cisjordânia são cidadãos
israelenses.
Filhos de israelenses nascidos no exterior e todos os
judeus que imigrarem para Israel também têm o direito à cidadania.
Mas
cristãos e muçulmanos (e seus descendentes)nascidos em vilas palestinas
que tenham sido expulsos ou deixado o que hoje é Israel em 1948 ou
vivam sob ocupação na Cisjordânia e Faixa de Gazanão têm direito à
cidadania israelense e tampouco a um Estado independente.
Portanto, os palestinos no Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza(além
dos na Síria e Egito) são, sim, refugiados porque não são cidadãos dos
países ou territórios ocupados onde vivem.
Caso houvesse uma Palestina
independente ou eles virassem cidadãos libaneses, israelenses e sírios, a
situação seria resolvida.
Palestinos no Chile, por exemplo, são
chilenos e não são considerados refugiados.
Mais jus solis e menos jus
sanguinis. Quem questiona a existência de refugiados palestinos deveria
ver as leis de cidadania no Líbano, Israel e Síria.
Se fosse como no
Brasil, não haveria problemas.
Filho de palestino, libanês ou israelense
nascido no Rio é brasileiro. Assim que deveria ser.
O pontífice também rezou por"paz para o Oriente Médio, devastado por anos de divisão e conflito"
O papa Francisco defendeu neste domingo (17) o acesso "livre"aos
lugares sagrados de Jerusalém, onde nos últimos dias confrontos entre
fiéis muçulmanos e forças israelenses deixaram dezenas de feridos na
Esplanada das Mesquitas.
"Que os israelenses, os palestinos e todos os
habitantes da Cidade Santa, juntamente com os peregrinos, possam
experimentar a beleza da paz, viver em fraternidade e acessar livremente
os Lugares Sagrados, respeitando mutuamente os direitos de cada um",
disse o papa na tradicional bênção "Urbi et Orbi" do domingo de Páscoa,
proferida da varanda da Basílica da Praça de São Pedro.
O pontífice também rezou por "paz para o Oriente Médio, devastado por anos de divisão e conflito".
Neste domingo, uma dúzia de pessoas ficaram feridas em
tumultos entre manifestantes palestinos e policiais israelenses em torno
da Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, o terceiro lugar sagrado do
Islã que já foi palco de violentos confrontos na sexta-feira.
Esses incidentes ocorrem quando a missa cristã da
Páscoa é celebrada neste domingo, e as orações para Pessach, a Páscoa
judaica, e para o mês muçulmano do Ramadã na Cidade Velha de Jerusalém,
um centro às vezes conflituoso onde as três religiões monoteístas
coincidem.
O dono do PT pode transformar-se no adversário que todo candidato pede a Deus
Entusiasmado como o tocador de tuba na última fila da orquestra, tão
vigoroso quanto paciente de UTI e com o molejo de um tanque da Primeira
Guerra Mundial,Lula faz de conta que dança na pequena pista improvisada
na sala do apartamento de Daniela Mercury.
Move-se ao lado da mulher,
Janja, e da anfitriã.
Com o sorriso forçado de quem sonha com algum
sofá, ele tenta acompanhar a cantoria ampliada por um coro de
celebridades desconhecidas.
Todos fingem não notar que, aos 76 anos, o
dono do PT aparenta pelo menos dez a mais.
Luiz Inácio Lula da Silva | Foto: Max Haack/Futura Press
Divulgado no domingo, esse registro audiovisual inaugurou a constrangedora sequência de vídeos que se estenderia até esta sexta. Na segunda-feira, o candidato a uma terceira temporada na chefia do governo avisou que, de volta ao Planalto, mudará dramaticamente as relações exteriores. Usou como exemplo a guerra decorrente da invasão da Ucrânia por tropas russas. “Vou pedir pra vocês pra gente avisar pro Putin, avisar pro presidente da Ucrânia, avisar pro Biden, avisar pros presidentes dos países europeus: parem com essa guerra!”, caprichou na bravata durante outra discurseira para plateias amestradas.[Luladrão sempre foi um imbecil, só que antes era um imbecil interessante e enganava os incautos, agora é um imbecil ridículo que não convence a ninguém; quanto a que chamam de mulher dele, é apenas uma caloteira tentando fama de alguém que não está mais sob holofotes e foge das ruas e do contato com o povo.]
Sempre aos berros, explicou que o povo precisa de paz e quer — nesta ordem — emprego, salário, educação, cultura e vida. Morte o povo não quer. Em deferência ao espírito pacífico dos brasileiros, o orador informou que toparia até retomar um hábito nada recomendável que jura ter abandonado há 48 anos. “A última vez em que bebi mesmo foi quando o Brasil perdeu para a Holanda de 2 a 0 na Copa do Mundo de 1974”, garantiu numa entrevista publicada pela Folha em 14 de outubro de 2007. Pois agora se dispõe a acabar com o conflito nos confins da Europa com uma bebedeira de bom tamanho.
“Por tudo o que eu compreendo, que eu leio e que eu escuto”, caprichou na bazófia, “essa guerra seria resolvida aqui no Brasil numa mesa tomando cerveja”. E foi em frente: “Se não na primeira cerveja, na segunda. Se não desse na segunda, na terceira. Se não desse na terceira, até acabá as garrafa a gente iria fazer um acordo de paz”. Em oito anos na Presidência, por intrometer-se em confusões internacionais,Lula consolidou a política externa da canalhice. Nesta semana, virou parteiro da diplomacia de botequim. Se insistir em acabar com a guerra entre Israel e os palestinos, não escapará da cirrose.
Na terça-feira, no meio de um falatório na CUT, o pajé da esquerda nativa do País do Carnaval impressionou com outra ousada inovação especialistas no aliciamento, compra ou aluguel de parlamentares. Disso ele entende. “Existe no Congresso uma maioria de uns 300 picaretas que defendem apenas seus próprios interesses”, afirmou em 1993. Dez anos mais tarde, instalado no gabinete presidencial, dedicou-se à ampliação da bancada da bandidagem. Com o Mensalão, comprou o apoio de uma multidão de congressistas.
Na década seguinte, arrendou partidos inteiros com o dinheiro de empreiteiros envolvidos no assalto à Petrobras. Essas fórmulas caducaram, avisou o vídeo da terça. E de nada adiantam manifestações nas cercanias da Praça dos Três Poderes. Bem mais eficaz é a montagem de patrulhas incumbidas de cercar fisicamente a residência de deputados ou senadores recalcitrantes e pressionar os familiares do alvo, sobretudo mulheres e filhos. “A gente tem de incomodar os deputados”, incitou. Mesmo que ocupasse uma vaga na Câmara, o pai da ideia não estaria exposto a esse assédio criminoso. Lula nunca teve casa ou apartamento. Tudo pertenceu ou pertence a algum amigo dele.
Na quarta-feira, a figurinha carimbada da internet decidiu substituir Marilena Chauí no comando da guerra contra milhões de brasileiros que não são pobres nem ricos. “Nós temos uma classe média que ostenta um padrão de vida que em nenhum lugar do mundo a classe média ostenta”, decolou o palanque ambulante. “Na Europa, as pessoas são mais humildes. É uma pena que a gente num nasce e não tem uma aula ‘o que qui é necessário para sobrevivê’. Tem um limite que pode contentá qualquer ser humano. Eu quero uma casa, eu quero casá, eu quero ter um carro, eu quero uma televisão… Não precisa tê uma televisão em cada sala. Uma já tá boa.” Faz 40 anos que Lula tem mais de um televisor em cada endereço. Mas continua a incluir-se na classe média.
“Na medida em que você não impõe limite”, flutuou na estratosfera, “você faz com que as pessoas, sabe… compre um barco de US$ 400 milhões e outro barco pra pousar o helicóptero.” Quem compra barcos com tal preço está longe da classe média. É mais que rico. É bilionário. Frequentam o clube que tem como sócios, por exemplo, os empreiteiros que reduziram Lula a facilitador de negócios bandidos.
Se tivesse juízo, o falastrão passaria o restante da semana ajoelhado no milho. Em vez disso, chapinhou na mesma quarta-feira no pântano das controvérsias de que todo político com juízo prefere manter distância: em outro vídeo, declarou-se favorável à liberação do aborto. No dia seguinte, teve de mudar de ideia. Reapareceu na internet para dizer que houve um mal-entendido. Ele é contra o aborto. [ele é tão contra o aborto que em 1990, Collor provou em debate realizado nas eleições presidenciais, que o Luladrão tentou promover um aborto.]
A continuar assim, algum ministro do Supremo Tribunal Federal não demorará a atribuir esse besteirol a marqueteiros infiltrados pelo atual presidente da República na cúpula da seita que vê num ladrão seu único deus. Aos olhos dos alexandresdemoraes e dos edsonsfachins, parece coisa de um gabinete do ódio audiovisual.
Mas os humanos normais sabem que tudo saiu da cabeça baldia do chefão.
O que já fez e disse ameaça transformar o ex-presidiário no adversário que todo candidato pede a Deus — e ter os vídeos que anda protagonizando exibidos, com destaque e sem cortes, no horário eleitoral do presidente que disputa o segundo mandato. Pior:pelo andar da carruagem, os partidários de Jair Bolsonaro logo estarão gritando nas ruas e repetindo na internet uma palavra de ordem que ninguém previu: FALA MAIS, LULA!
Presidente palestino afirma ser uma 'bobagem' a proposta, que retira 'direitos legítimos'da população árabe
O presidente daAutoridade Palestina, Mahmoud Abbas, rejeitou nesta terça-feira, 28, o plano de paz proposto pelo presidente americano,Donald Trump, ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgado mais cedo na Casa Branca sob o título “Acordo do Século”.
“Depois dessa bobagem que escutamos hoje, nós respondemos
mil vezes não ao Acordo do Século”, disse Abbas em uma conferência de
imprensa na cidade de Ramala, na Cisjordânia. O presidente afirmou que
os palestinos estão focados em acabar com a ocupação israelense e
estabelecer um Estado soberano no qual Jerusalémserá sua capital, não em reconhece-lo como legítimo.
[correta e esperada a reação da Autoridade Palestina; o tal 'acordo do século', elaborado por Trump e Netanyahu, sem a participação dos palestinos, só agrada aos que o tramaram; Trump está feliz já que além de satisfazer seu ego imenso, ainda o ajuda na batalha que já venceu, no processo de impeachment. Já o premiê de Israel, é duplamente favorecido com o absurdo 'plano de paz'. Em primeiro plano por: - o plano consolida a soberania do Estado hebreu sobre o território invadido dos palestinos, invadido por Israel; - reconhece a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã; - cassa, de forma definitiva, a aspiração palestina de ter a cidade de Jerusalém, que sedia lugares sagrados para os palestinos, como sua capital, tornando-a de vez território israelense soberano; e, - desmilitariza totalmente a Faixa de Gaza, que já é um campo de treinamento para as chamadas Forças de Defesa dos israelenses. Em segundo, desvia o foco das acusações de corrupção contra o primeiro-ministro de Israel, realçando eventuais méritos e minimizando as sérias acusações contra Netanyahu.]
Representantes de todos os grupos palestinos, incluindo o Hamas, se
reuniram com Abbas nesta terça-feira. “Nós não nos ajoelharemos e nem
nos renderemos”, disse adicionando que os palestinos devem resistir ao
plano com o recurso de “meios pacíficos e populares”. Em paralelo, protestos de palestinos surgiram nas proximidades de
Israel e na Faixa de Gaza. Segundo a imprensa israelense, duas pessoas
foram presas durante as manifestações.
Mais cedo, o líder do Hamas,
Ismail Haniyeh, telefonou a Abbas para discutir sobre como confrontar o
plano de paz. Na ligação, Abbas defendeu que a união é a “pedra
angular” para derrotar o acordo que, segundo ele, elimina “direitos
legítimos” dos palestinos. Haniyeh concordou que a unidade será o fator
essencial e disse que o movimento está pronto para trabalhar ao lado do
Fatah, partido de Abbas. Chamado de “Acordo do Século”
por Trump e Netanyahu, o texto mantém a solução de dois Estados para a
Palestina e Israel, aceito há anos pela comunidade internacional. Mas
prevê que Jerusalém ficará sob domínio israelense, e a capital da nova
nação árabe será nos arredores ao leste da cidade santa.
Outros pontos do acordo são
o reconhecimento da soberania israelense pelos árabes, que não poderão
reivindicar o território ocupado pelos judeus na Cisjordânia. Também
está prevista a desmilitarização do Hamas e da Jihad Islâmica, que atuam
na Faixa de Gaza. Em troca, o Estado palestino seria reconhecido
internacionalmente e receberia um fundo de 50 bilhões de dólares para
reestruturar o país, além da promessa de ganho territorial. As negociações não tiveram a participação de nenhum representante
palestino. A Autoridade Palestina rompeu os vínculos diplomáticos com
Washington após a transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém,
em 2017.
Trump se diz o presidente americano mais pró-Israel que os Estados
Unidos já elegeu. Durante sua gestão, apoiou por diversas vezes o Estado
israelense, na contra-mão do consenso internacional quanto ao conflito
com os árabes. Além de ter transferido a embaixada, ele reconheceu a
soberania de Israel nas Colinas de Golã, território ocupado da Síria, e
foi até homenageado com o seu nome para um assentamento no local.
A guerra das armas e das ideologias de um caçador
de conflitos
O presidente Jair Messias Bolsonaro quis fazer uma
exibição de tiro de fuzil durante sua recente e polêmica visita a Israel.
Segundo o ministro da Segurança daquele país, o hóspede de honra brasileiro
“acertou no alvo sete tiros de longo alcance”. Não sei por que quis destacar
que os disparos de Bolsonaro, que deram no alvo, foram sete. É um número, de
fato, mágico desde tempos antigos, mas nunca foi um número de destruição e
morte. Para Pitágoras, era o número perfeito. Roma foi edificada sobre sete
colinas. Sete são as fases da lua, e sete os dias da semana.
Das sete maravilhas do mundo aos sete pecados
capitais, dir-se-ia que esse número entranha um poder oculto. Também na Bíblia,
o número sete domina os acontecimentos mais importantes da história de Israel.
Deus descansa no sétimo dia depois de ter criado o mundo. O candelabro do
templo tinha sete braços, e Salomão construiu o templo em sete anos. E sete são
os selos do Apocalipse. Os sete tiros de fuzil de Bolsonaro em Israel, que
atingiram o alvo a longa distância com precisão, podem ser vistos como símbolo
da polêmica presidência do mandatário brasileiro. Se o presidente tivesse
querido fazer honra ao bíblico número sete, poderia ter escolhido outros campos
para prestigiá-lo, em vez do gesto bélico de disparar um fuzil sete vezes.
Sete poderiam ser outros tantos projetos do
presidente para transformar o Brasil, para devolver-lhe vitalidade econômica e
a ilusão de uma convivência pacífica que supere ódios e discórdias. Poderiam
ter sido sete anúncios de outras tantas decisões capazes de entusiasmar um país
encolhido e dilacerado após tantas frustrações com seus governantes. Poderia
ter pedido em Israel, terra bíblica, um projeto para reunificar judeus e
palestinos em um novo horizonte de diálogo e de paz, algo que desejam sobretudo
as novas gerações de ambos os lados. Poderia naquele pedacinho de terra
carregado de historia milenar ter soltado sete pombas da paz, em vez de
disparar uma arma que evoca guerra e destruição.
O mundo dos símbolos é antigo como o Homo Sapiens.
A Humanidade se comunica de muitas formas, das palavras e da escrita aos gestos
da linguagem não-verbal. Bolsonaro, desde a época da campanha eleitoral, nos
revelou a evidência de sua predileção pela linguagem explícita das armas. Já
fazem parte da mitologia seus gestos com as mãos imitando os tiros de um
revólver. Gesto que quis ensinar a uma menina de cinco anos, profanando sua mão
ainda inocente.
Em sua emblemática visita a Israel, talvez não tenha
sido apenas coincidência que o presidente brasileiro, nostálgico de ditaduras e
torturas, quisesse, em vez de gestos de paz e de distensão mundial, em um
pedaço do mundo que é um barril de pólvora sempre pronto a explodir, fazer uma
exibição simbólica de sua grande pontaria militar. Esses disparos servirão para
abrir um grande diálogo com todos os brasileiros que preferem a paz à batalha,
ou o impedirão de ser presidente de todos para se limitar àqueles que, como
ele, têm sonhos cheios de violência e vingança?
A significativa e polêmica viagem de Bolsonaro a
Israel continuará tendo consequências em seu destino como presidente da
República no Brasil. Enquanto os brasileiros condenavam [alguns brasileiros, felizmente uma minoria cuja tendencia é minguar cada vez mais.] aqui a ditadura em seu
55º aniversário, o presidente se divertia em Israel em uma exibição de tiros de
fuzil, sem que ninguém visse uma fugidia pomba de paz voar sobre sua cabeça.
A guerra, a das armas e das ideologias, é a grama
que melhor parece crescer nesse jardim sombrio do capitão reformado caçador de
conflitos. Em Jerusalém, antes de deixar Israel, o mandatário brasileiro quis
deixar plantada uma nova espécie maligna. Afirmou, sem tremer a voz, que “o
nazismo era de esquerda”. O Holocausto também? Bolsonaro e suas milícias do Governo, sempre em pé
de guerra contra a evidência da História, passarão, e a realidade brasileira
ressuscitará. Se o presidente alardeia ter adotado como lema as palavras do
Evangelho de João: “A verdade vos libertará” (Jo 8,31ss), o que estamos vendo,
ao contrário, é que a sua verdade, vendada e negada pela ideologia, o está
deixando cego.