Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador fornecimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fornecimento. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Rússia corta fornecimento de gás para Polônia e Bulgária; União Europeia diz que bloco sofre 'chantagem' e 'está preparado'

O Globo

Presidente da Comissão Europeia informou que países-membros estão 'definindo uma resposta coordenada' para a mais dura retaliação russa contra sanções até agora 

[a reação russa já era esperada e quanto a "resposta coordenada", apenas perguntamos: quem precisa do carvão,  gás e petróleo russos? Em nossa opinião, em vez de alimentar a vaidade do ex-comediante que preside a Ucrânia e que está provocando a morte de milhares de ucranianos, desmantelando a economia e infraestrutura daquela País, os 'aliados de palanque' da Ucrânia deveriam envidar esforços para substituir Zelinsky, por alguém mais sensato e que não queira acabar com o país que preside.]

Ursula von der Leyen, presidente da União Europeia (UE) Foto: POOL / REUTERS
Ursula von der Leyen, presidente da União Europeia (UE) Foto: POOL / REUTERS
Em sua retaliação mais dura até agora às sanções internacionais devido à invasão da Ucrânia, a Rússia interrompeu o fornecimento de gás para a Bulgária e a Polônia nesta quarta-feira, alegando que os países rejeitaram a sua exigência de receber pagamento em rublos. A medida foi denunciada por líderes europeus como uma "chantagem" e ocorre em um momento em que os países europeus se uniram aos Estados Unidos para reforçar os envios de armas para ajudar o Exército da Ucrânia.

Entrevista: Sanções dificilmente dobrarão Putin, mas podem cansar Ocidente, diz estudioso do mundo pós-soviético

Violência da guerra: Rússia diz ter matado 500 soldados ucranianos em apenas uma noite

A Gazprom, monopólio russo de exportação de gás, disse em comunicado que "suspendeu completamente o fornecimento de gás à Bulgargaz e PGNiG devido à ausência de pagamentos em rublos", referindo-se às empresas de gás polonesas e búlgaras. A Polônia e a Bulgária confirmaram que o fornecimento foi cortado. — Como todas as obrigações comerciais e legais estão sendo observadas, está claro que no momento o gás natural está sendo usado mais como uma arma política e econômica na guerra atual — disse o ministro da Energia da Bulgária, Alexander Nikolov.

O presidente da Polônia, Andrzej Duda, disse que tem certeza de que uma ação legal será tomada contra a russa Gazprom por quebra de contrato. — Princípios legais básicos foram quebrados, violados — disse Duda durante uma visita à capital tcheca, Praga. — As medidas legais apropriadas serão tomadas e haverá compensação apropriada da Gazprom por violações das disposições do contrato.

Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, o órgão Executivo da União Europeia (UE), disse nesta quarta-feira que o bloco está preparado para a falta de abastecimento determinada pelo governo de Vladimir Putin. A líder europeia ainda defininiu a medida como uma "chantagem".

Desequilíbrio: Guerra financeira ligada à invasão da Ucrânia volta a pôr em xeque sistema ancorado no dólar

"O anúncio da Gazprom é outra tentativa da Rússia de nos chantagear com gás. Estamos preparados para esse cenário. Estamos definindo uma resposta coordenada para toda a UE. Os europeus podem confiar que estamos unidos e solidários com os Estados-Membros afetados", informou von der Leyen em comunicado.

Em entrevista à agência Lusa, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, defendeu um "embargo total" pela UE ao petróleo, gás e carvão russo. — Quando olhamos para a dependência do gás russo, cada país [europeu] tem a sua própria realidade individual, e precisamos reconhecer isso. Mas a menos que digamos que o objetivo final tem de ser a dependência zero da Rússia em relação ao gás, nunca conseguiremos fazer isso — ressaltou.

exigência feita pelo Kremlin a países considerados "hostis" de receber pagamentos em moeda russa foi uma tentativa de proteger o rublo de sanções impostas desde o início da guerra na Ucrânia. Ainda não se sabe quantos países europeus aceitaram usar a moeda russa. A Bloomberg publicou uma notícia nesta quarta-feira que cita dez compradores, incluindo quatro países europeus, mas no entanto não diz quais são.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeitou nesta quarta as acusações de que Moscou usou o fornecimento de gás natural como ferramenta de chantagem, e afirmou que a Rússia é "um fornecedor confiável de energia", que reage às sanções impostas contra si próprio. — As condições estabelecidas fazem parte de um novo método de pagamento desenvolvido após ações hostis sem precedentes — disse Peskov, que se recusou a dizer quantos países concordaram em passar a pagar pelo gás em moeda russa.

Os suprimentos da Gazprom cobrem cerca de 50% do consumo da Polônia. O país disse que não precisava recorrer às reservas e que seu armazenamento de gás estava 76% cheio. A estatal polonesa PGNiG informou que ainda está fornecendo gás a seus clientes, conforme o necessário. "Cortar o fornecimento de gás é uma quebra de contrato, e a PGNiG se reserva o direito de buscar compensação e usará todos os meios contratuais e legais disponíveis para fazê-lo”, ressaltou a empresa.

Gerhard Schröder:Ex-chanceler que lucrou milhões com energia da Rússia simboliza erros de cálculo da Alemanha sobre Putin

A Polônia e a Bulgária são ex-satélites de Moscou que, desde o fim da da soviética, se juntaram à UE e à Otan (aliança militar ocidental, liderada pelos EUA). A Polônia tem sido um dos oponentes mais expressivos do Kremlin durante a guerra. A Bulgária há muito mantém relações mais calorosas com a Rússia, mas o seu primeiro-ministro, Kirill Petkov, um ativista anticorrupção que assumiu o cargo no ano passado, denunciou veementemente a invasão da Ucrânia.

O corte de combustível da Rússia ocorreu um dia depois de os Estados Unidos e de pelo menos 40 países se comprometerem a armar a Ucrânia “em longo prazo”. A mudança mais significativa foi da Alemanha, que disse que enviaria dezenas de veículos antiaéreos blindados.

Mesmo que a Rússia não amplie a proibição para outros países, já há consequências na Europa. Os preços do gás no continente subiram até 24% na quarta-feira, colocando pressão adicional nos custos em um momento em que a inflação está em alta e a recuperação pós-Covid está sob ameaça.