Tudo o que é feito pelos ministros, o é de forma desconexa, arbitrária, como se cada um interpretasse a Carta Magna ao sabor de seu inconsistente juízo, sempre focando baterias contra as bases estruturadas do governo federal eleito pela maioria do povo. Tudo feito com o objetivo camuflado de tornar o Brasil uma republiqueta desgovernada, sem lei, sem ordem e sem rumo.
Certa vez, em maio de 1999, quando Miguel Arraes governava o estado de PE, o então prefeito do Recife, Roberto Magalhães, afirmou em conferência pública do Rotary, à qual presenciei, que sabia quem mandava em Pernambuco. Era o governador Arraes. Porém em Brasília, em pleno governo FHC, ele disse desconhecer quem mandava. Tal era o desgoverno, a falência das gestões públicas, a corrupção desvairada, a anarquia geral. Com os governos do PT, o caos se agravou, até chegar ao ponto em que, com os desmandos das autoridades da Suprema Corte, o Brasil torna-se outra vez um país ingovernável.
Nesta república das bananas, barraram as investigações, sem questionamentos e, com isso, a partir daí a o STF passou a se arvorar como poder moderador, como afirmou recentemente o ministro Dias Toffoli, com o direito de fazer o que bem entende, sem limite, sem controle. Na democracia brasileira, o presidencialismo ficou subjugado, de segunda categoria, contrariando a tradição histórica do Brasil que sempre optou por um presidencialismo forte.
Essa interferência desmedida do STF nos outros poderes tem que acabar. Não podemos deixar que continue assim, a causar essa insegurança jurídica, geradora de bagunça institucional e anárquica.
Isso só acontece porque as instituições brasileiras são extremamente frágeis e todos consideram normal que assim seja. Nem Senado, nem Congresso, nem MP reagem. O próprio BNDES restou calado, quando o ex presidiário saqueou seus cofres para distribuir, ao seu dispor, dinheiro a republiquetas de terceira categoria, sem condições de pagar. Assim também ocorreu com a Petrobras, com os maiores fundos de pensão, com as instituições brasileiras, saqueadas sem que uma voz se alevantasse.
Pobre da nação brasileira. Tá esperando o quê?
Site Percival Puggina - Alberto Bittencourt