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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Alvo da PF, empresário próximo a Lula admitiu contrato com a Odebrecht em CPI



Taiguara Rodrigues dos Santos confirmou ser amigo do filho do ex-presidente, mas negou tráfico de influência para que sua companhia conseguisse contratos junto à empreiteira

Alvo de um mandado de condução coercitiva na operação Janus, da Polícia Federal, nesta sexta-feira, 20, o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos afirmou à CPI do BNDES em outubro do ano passado que sua empresa Exergia Brasil recebeu entre US$ 1,8 milhão e US$ 2 milhões por serviços prestados à Odebrecht na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. A Polícia Federal investiga se os pagamentos à empresa de Taiguara foram utilizados para o recebimento de propinas.

Na ocasião, o executivo falou por quatro horas à comissão, e disse que o valor é referente a serviços de sondagem, avaliação da topografia e gerenciamento de obras prestados pela empresa. Segundo ele, todos os contratos foram obtidos por meio de licitações dentro da empreiteira.  A investigação começou com o envio para a PF de um Procedimento de Investigação Criminal do Ministério Público Federal que pretendia investigar se a construtora Odebrecht teria, entre 2011 e 2014, pagado propina em troca de facilidades na obtenção de empréstimos de interesse da multinacional junto ao BNDES. No total, a obra de Cambambe recebeu do BNDES financiamento de US$ 464 milhões.

Ao falar para os deputados no ano passado, Taiguara também confirmou ser amigo de Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente, mas negou que o petista ou seu filho tenham exercido tráfico de influência para que sua companhia conseguisse contratos junto à empreiteira. O executivo disse ter contato com Lula, mas não se considerar amigo do petista, embora seu pai, que foi cunhado do ex-presidente, tenha sido “muito amigo” do ex-presidente. “Lula foi casado com minha tia, irmã do meu pai”, afirmou, negando que isso signifique que ele seja sobrinho do ex-presidente, como noticiado pela imprensa.

Em relação a Angola, ele disse que as oportunidades de trabalho naquele país apareceram “com o passar dos anos”. O executivo contou que, em 2007, foi convidado pelo empresário paulista Nivaldo Moreira, da companhia Morelate, para atuar no fornecimento de peças para ônibus e caminhões no país africano juntamente com o empresário português João Germano.
De acordo com o Taiguara, quando a Exergia foi aberta, em 2009, ele detinha 49% da sociedade, sendo o restante da participação do empresário português. Questionado por integrantes da CPI como o grupo português topou sociedade com ele sem que ele tenha entrado com qualquer capital inicial, o executivo afirmou que foi escolhido pela sua habilidade como vendedor, uma vez que seu principal papel seria “vender a empresa.

Ele disse atuar como vendedor desde os 14 anos. Parlamentares de oposição se mostraram irritados com a resposta do empresário, que confirmou ser sócio de outras três empresas, as quais, segundo ele, não atuaram em Angola.  O empresário disse ainda que a Exergia é uma empresa pequena. Segundo ele, de 2011 a 2015, o faturamento da companhia não chegou a R$ 2 milhões por ano. “Infelizmente não sou um grande empresário”, disse. Taiguara confirmou que comprou um apartamento duplex com financiamento da Caixa Econômica Federal e um veículo de luxo da marca Land Rover. Ele alegou, contudo, que, desde meados do ano passado, vive em situação econômica difícil, tendo “muitas dívidas”. De acordo com o empresário, seu apartamento corre o risco de ir a leilão. “A Exergia Brasil está há muito tempo sem contratos”, disse.

Em seu depoimento, o executivo também confirmou que Exergia Brasil firmou outros contratos com a Odebrecht, empreiteira envolvida nas investigações da Operação Lava Jato: um deles no valor de US$ 280 mil e outro de US$ 750 mileste para reformar uma casa em Angola. O empresário negou, contudo, ter fechado contrato de US$ 1 milhão para construir uma fazenda hidropônica no país africano. Segundo ele, o projeto não foi para frente porque ele não recebeu o dinheiro pelo serviço. No depoimento, o executivo disse ainda que não sabia que a obra da hidrelétrica de Cambambe possuía financiamento do BNDES.

Na ocasião, Taiguara aceitou a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário de sua empresa, solicitada pelo deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). O empresário comentou ainda que não tinha recebido nenhuma notificação ou intimação do Ministério Público de investigação a seu respeito. O executivo disse estar sabendo apenas pela imprensa estar sendo investigado pelo MP. “Está me incomodando aqui o menosprezo à minha pessoa o tempo todo”, disse.

Fonte: IstoÉ


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Lula perde a blindagem


Fim do efeito teflon: MP investiga Lula por tráfico de influência

MP abre inquérito contra Lula para investigar tráfico de influência

Procuradoria da República no Distrito Federal apura oficialmente se ex-presidente trabalhou para favorecer empreiteiras brasileiras no exterior

Depois de cobrar informações diretamente do ex-presidente Lula, a Procuradoria da República do Distrito Federal decidiu abrir inquérito contra o petista para apurar a relação dele com a construtora Odebrecht e investigar a possível prática de tráfico de influência em favor da empresa por parte do petista, entre 2011 e 2014. Para o Ministério Público (MP), é preciso apurar a atuação de Lula na concessão de empréstimos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o contexto em que o petista viajou, às custas de empresas, para negociar contratos no exterior. Na portaria em que converte o caso para um procedimento investigatório criminal, o MP pede que a força-tarefa da Operação Lava Jato compartilhe todas as informações que envolvem o relacionamento entre o ex-presidente e a Odebrecht.

Oficialmente, o inquérito tem prazo de noventa dias para ser concluído, mas pode ser prorrogado por diversas vezes. Nesta fase de inquérito, se houver evidências de que o ex-presidente tenha praticado tráfico de influência junto a agentes políticos internacionais para influenciar a contratação da Odebrecht, o Ministério Público pode pedir a adoção de medidas invasivas contra Lula, como quebras de sigilo do petista e buscas e apreensões.

África - Reportagem de VEJA revelou que Taiguara Rodrigues dos Santos ganhou contratos de obras após o ex-presidente Lula ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira. Em 2012, por exemplo, a Exergia Brasil, de Taiguara, foi contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no BNDES um financiamento para realizar esse projeto na África. Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, conhecido como Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente. Funcionários do governo e executivos de empreiteiras costumam identificá-lo como "o sobrinho do Lula".

Antes de abrir oficialmente o procedimento criminal, a procuradoria deu prazo de quinze dias para que Lula se explicasse e concedeu tempo também para que a Odebrecht, empresa citada por delatores da Lava Jato como uma das integrantes do "clube do bilhão", apresentasse a sua versão. No pedido em que reúne informações para apurar se Lula cometeu tráfico de influência, o MP cita diversas menções de que o petista viajou com recursos da Odebrecht em busca de contratos no exterior. Em um dos casos, a empreiteira teria desembolsado 435.000 reais, por meio da DAG Construtora, para pagar um voo fretado para que Lula fizesse suas transações em Cuba e na República Dominicana.

 Fonte: Veja On Line