[traição = Henrique Meirelles.
Meirelles se sente bem traindo. Lembram que em 2002 ele foi candidato a deputado e foi eleito com mais de 150.000 votos.
Bastou o agora presidiário Lula estalar os dedos e convidar para o banqueiro ser ministro e Meirelles sem pestanejar traiu todos que votaram nele para deputado.
Agora mesmo tendo sido ministro de Temer, amarra sua candidatura a Lula.
Apesar de que se tratando do atual presidente tudo é possível que já declarou, em alto e bom tom, que votará em Haddad se houver segundo turno e o procurador de Lula estiver entre os dois concorrentes.]
Além do áudio, Lula está presente no vídeo de Meirelles em fotos e vídeos. Quanto a Temer, nem sinal. O atual presidente, reprovado por sete em cada dez brasileiros, mereceu de Meirelles apenas uma citação anódina: “O mundo para mim não se divide entre quem gosta do Lula de um lado e quem não gosta. E entre quem gosta do presidente Michel Temer e quem não gosta. Para mim, se divide entre quem trabalha quando o Brasil precisa e quem não trabalha quando o Brasil precisa.”Empacado nas pesquisas na marca de 1%, Meirelles encosta sua candidatura em Lula num instante em que o candidato-presidiário do PT acaba de amealhar 39% no Datafolha. Na bica de ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa pelo TSE, Lula indicará como seu substituto o petista Fernando Haddad, hoje com 4% das intenções de voto. Meirelles aproveita a transição da campanha petista para tentar tirar uma casquinha no prestígio eleitoral de Lula. O candidato revela-se capaz de tudo, menos de defender Michel Temer da má fama que o persegue na campanha de 2018.
A propaganda associa Meirelles ao vocábulo “confiança”. O mote da peça é “Chama o Meirelles”. Ironicamente, após realçar que foi chamado por Lula para o Banco Central, o candidato apresenta-se ao eleitor como responsável por retirar a economia do país da “UTI” em foi metida por Dilma Rousseff. “Eu sei quando e por que governos anteriores erraram”, diz Meirelles no vídeo, tendo ao fundo imagens de uma Dilma transtornada, oscilando entre a carranca e uma expressão de sombrio desânimo.
Numa campanha marcada pela verba curta, o marketing de Meirelles é 100% financiado por sua fortuna. E o candidato não parece preocupado em economizar. Não faltam à propaganda inaugural as trucagens e uma certa espetaculosidade hollywoodiana —trilha animada; cenas externas; voos sobre estrada, ponte, rio e campo.
Tudo faz crer que a pujança das arcas da campanha de Henrique Meirelles será inversamente proporcional à penúria do cesto de votos do candidato, condenado a percorrer a campanha tentando se livrar da bola de ferro representada pela impopularidade de Michel Temer.
Blog do Josias de Souza
[o melhor de tudo é que não haverá segundo turno = Bolsonaro ganha no primeiro;
havendo algum acidente de percurso que leve a um segundo turno Bolsonaro estará lá e dificilmente Haddad será o adversário.
Outra certeza é que em um hipotético segundo turno Meirelles não estará lá.
Também é certo que Meireles deverá vencer a disputa entre os três candidatos menos votados.]