A novela para a escolha do candidato
a vice na chapa presidencial de Jair Bolsonaro (PSL) ganhou dois novos
capítulos. A advogada Janaína Paschoal voltou a ser seriamente cotada
para o posto, e o PRTB ofereceu o nome do general Hamilton Mourão, que
já vinha circulando entre bolsonaristas.
Janaína, co-autora do pedido de
impeachment de Dilma Rousseff em 2016, era nome quase certo para a vice.
Agregaria o fato de ser mulher, quando o eleitorado feminino é aquele
no qual Bolsonaro tem pior desempenho —pesquisas qualitativas o associam
a misoginia, além da homofobia e do racismo, nódoas que o deputado
rejeita.
Durante a convenção do PSL que
sacramentou Bolsonaro no dia 22, contudo, Janaína fez um discurso por
assim dizer relativista, comparando o furor militante de seguidores do
deputado ao petismo. Além disso, sugeriu que aborto é uma questão de
saúde pública, o que soa como pecado nas hostes do PSL. [só a bobagem sobre o aborto desqualifica Janaína - quem pensa ser o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos é questão de saúde pública (quando é questão de polícia), não tem condição de ser candidata a nenhum cargo - nem mesmo a síndico de condomínio.
Felizmente, se a candidatura dela prosperar, os curtos períodos em que a Janaína poderá assumir a presidência não representarão tempo suficiente para que ela ponha em conta suas ideias que ofendem à Família e a aos DIREITOS HUMANOS.]
Ela conversou por pouco menos de duas
horas com Bolsonaro na noite de segunda (30), antes da participação do
deputado no programa Roda Viva. Segundo interlocutores do candidato,
arestas foram aparadas e a situação avançou.
Faltaria apenas o OK da advogada, que ainda alega questões familiares para aceitar a tarefa. (…)
Na Folha.Blog do Reinaldo Azevedo
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