As coisas podem mudar de repente, como diz o slogan, mas é visível a
dificuldade de consolidar na corrida presidencial candidatos novos e já
vitaminados. Sobra por enquanto João Amoêdo, que ainda não tem voto [nem terá] mas
sobrevive, também por ser de fato novo e não apenas no nome do partido.
Os demais carregam velhices no passivo, e isso cobra seu preço alguma
hora.
João Doria entrou na arena política pelas mãos de Geraldo Alckmin,
que governa São Paulo pela quarta vez. E o prefeito precisa mostrar
serviço na cidade. Mas as vacas estão magras. Doria não pode nem pensar
em brigar com Michel Temer. Sem um partido para chamar de seu, resta-lhe
negociar com donos dos cartórios tradicionais. Vai ficando com cara de
velho.
Luciano Huck é conhecido da TV. É um ativo, mas também embute um
passivo potencial. Huck é o novo com trajetória empresarial
aparentemente reta, mas construiu relações pessoais, de negócios e
políticas com alguns alvos do momento na fogueira que queima o país. Há o
risco de rápido envelhecimento quando exposto às labaredas de uma
campanha presidencial.
Os candidatos a novo enfrentam um obstáculo adicional: boa parte do
desejo de renovação vem sendo capturado por Jair Bolsonaro. Ele
representa melhor a rejeição aos políticos que comandam o Brasil desde a
redemocratização. Se Amoêdo é o cansaço com o Estado onipresente,
Bolsonaro é o cansaço com a metodologia da Nova República, desde
Tancredo-Sarney. [Bolsonaro além de representar o desejo de renovação da maioria do eleitorado, representa a solução para muitos problemas que agligem o Brasil e ainda não foram resolvidos por pusilanimidade dos políticos.
Bolsonaro vai enfrentar os problemas e resolvê-los doa a quem doer - e o que o povo precisa é de SEGURANÇA PÚBLICA, SAÚDE, EDUCAÇÃO e TRANSPORTES e isso Bolsonaro tem condições de prometer - o que todos fazem - e CUMPRIR.
Bandido morto ou na cadeia; cidadão podendo andar sem medo nas ruas e em condições de defender sua residência e aos seus; Saúde Pública que atenda com eficiência e rapidez; Educação que ensine aos jovens além das letras o respeito aos valores tradicionais; Transporte Público de qualidade - neste item não vamos exagerar, vamos destacar que não precisa ser igual ao oferecido no Japão.]
Bolsonaro é o novo mais autêntico porque não tem compromissos ou
vínculos com as últimas três décadas da política nacional. E Amoêdo é o
novo mais ideológico porque, sem nunca ter governado nada, pode prometer
realizar o sonho do pedaço que detesta o Estado e enxerga na assim
chama livre-iniciativa o vetor de libertação da sociedade.
Os demais, velhos ou novos-velhos, têm os ônus da sua trajetória e
suas circunstâncias, diria Ortega y Gasset. E, por enquanto, vão sendo
descartados. Também porque o ambiente não anda mais tão propício assim
para a agitação pura e a raiva. Como já disse em análise anterior, é
possível que o cansaço com a confusão já esteja maior que o cansaço com
os políticos.
Mas também pode ser que não. Enquanto os candidatos a novo vão
deixando a cena e a política tradicional corre atrás da feitiçaria do
momento, o tal centro, abre-se um espaço potencial para o crescimento de
Bolsonaro e para que Amoêdo ganhe o mínimo de musculatura. Ou mesmo
para que Marina Silva volte a abocanhar alguma fatia relevante no
debate. [Marina Silva só arranca, logo falta gás e morre na praia - além de ser falsa, se declara cristão mas defende o aborto.]
O ideal dos buscadores do novo é um nome que junte o novo e o centro.
Mas não está fácil achar. Não há nada mais velho na política brasileira
do que a esquerda ou a direita autoplugando-se a palavra “centro” para
vestir um figurino palatável na eleição. E se há mesmo um desejo difuso
de renovação, o sonho centrista está restrito por enquanto só aos
alquimistas.
Michel Temer saiu da intervenção cardíaca mais animado para tentar a
reeleição. Os movimentos são claros. Promove um expurgo no
tradicionalmente flácido PMDB, não deixa desgarrar o PSDB aecista,
insiste na reforma da previdência, sem o que seu brand reformista ficará
baqueado. Aliás nem precisa fazer a reforma, basta que trabalhe por
ela. [o que complica eventual candidatura Temer é que só vai em frente se não houver reforma da Previdência e não vai haver;
mas, não havendo e sendo Temer reeleito, já no discurso de posso ele precisa engatar o tema reformar a Previdência - a reforma é necessária e a margem para adiamentos a cada dia que passa fica menor.
Por razões que ninguém sabe, Temer finge não saber que um combate rigoroso às fraudes da Previdência, resolveria mais da metade do déficit.]
As previsões para o crescimento da economia brasileira em 2018 já
oscilam em torno de 3%. Lula continuará com forte mercado eleitoral
porque a recuperação do emprego não será igualmente brilhante e a
memória de seu governo é forte, em emprego, renda e crédito. Mas, um
ambiente de alívio depois da longa e brutal recessão vai ajudar o
governismo. [Lula já era; politicamente está morto e enterrado; e fisicamente, vai assistir as eleições 2018 enjaulado em um presídio federal.]
Temer não precisaria ser candidato se houvesse um amplo acordo no
bloco governista em torno de um nome que oferecesse e garantisse
conforto político futuro às forças hoje no poder. A instabilidade do
PSDB dificulta essa convergência. E se o governo estiver algo melhor em
2018 por que deveria oferecer gratuitamente o doce aos tucanos?
* Alon Feuerwerker é jornalista e analista político/FSB Comunicação
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mostrando postagens com marcador intervenção cardíaca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador intervenção cardíaca. Mostrar todas as postagens
domingo, 26 de novembro de 2017
A viabilidade do novo enfrenta seu primeiro inverno. Além de tudo, Bolsonaro chegou antes
Marcadores:
Bolsonaro,
Geraldo Alckmin,
intervenção cardíaca,
João Amoêdo,
João Doria,
Luciano Huck,
Marina Silva,
Ortega y Gasset
Assinar:
Postagens (Atom)