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quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Marina Silva pode ser a cabeça a rolar para acomodar o Centrão - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Reforma ministerial

Em audiência no Senado, Marina Silva diz que Ibama faz análise técnica e não política para emitir licenciamento ambiental

A Comissão de Agricultura do Senado aprovou um projeto que já passou pela Câmara; é uma regulamentação infraconstitucional, uma lei sobre demarcação de terras indígenas. 
Está escrito no artigo 231 da Constituição que são indígenas as terras “que eles tradicionalmente ocupam”. Não diz “que vierem a ocupar”, nem “que ocuparam”; o que está escrito em língua portuguesa é presente do indicativo. Qual era o presente? Era 5 de outubro de 1988
São as terras que ocupavam naquele dia. 
Mas houve tanta confusão, com demarcação para lá e para cá, política, invasões, retiradas, que resolveram fazer uma lei que explicasse melhor esse artigo da Constituição, uma vez que o Supremo está julgando o assunto, e lá está 2 a 1 para derrubar o marco temporal.
 
O Supremo julga e acaba fazendo lei, mas quem faz leis é o Legislativo, como o próprio nome indica; é o poder que tem voto, tem a procuração para fazer leis em nome do povo, porque todo poder emana do povo. Esse assunto vem de longe e traz insegurança fundiária para o agro brasileiro e para os indígenas. 
O projeto vai, agora, para a Comissão de Constituição e Justiça, antes de ir ao plenário do Senado. 
O relator deverá ser o senador Marcos Rogério, de Rondônia. 
Se o texto for aprovado assim como está, entra em vigor.
 
Atrito de Marina Silva com outros ministros repete sua saída em 2008
Lula está na África e diz que, quando voltar, vai arrumar lugar para dois deputados do Centrão que já estão nomeados ministros, mas não sabem para que ministério vão. 
Voltaram a falar de tirar Ana Moser do Ministério do Esporte, mas eu estou olhando é para Marina Silva, que já teve problemas no governo Lula: foi ministra do Meio Ambiente no primeiro e segundo mandatos de Lula, mas caiu fora em 2008, porque teve divergências com o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, e com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
 
A gota final naquela ocasião foi a água do Rio Madeira, e novamente tem água envolvida em discordância.  
São as águas da foz do Amazonas, onde a Petrobras, o Ministério de Minas e Energia e o governo querem pesquisar petróleo, ao largo da costa do Amapá.  
O Ibama disse que tecnicamente não pode, que é preciso saber qual é o impacto nas populações indígenas. Acho que os índios estão torcendo é para chegar mais riqueza por lá, mais oportunidades para eles não precisarem ficar no meio do mato, numa choça sem saúde, muitas vezes sem alimento. Eles estão vendo outros indígenas, como os parecis, que têm trator, têm máquina, têm produção, exportam, estão felizes da vida, mandando os filhos para a universidade, se integrando à sociedade brasileira. Mas uma turma quer botar o índio numa campânula, num tubo de ensaio, num museu.
 
A Advocacia-Geral da União ou seja, os advogados do governodisse que é possível fazer uma negociação, e o Ministério de Minas e a Energia concordou. Mas quarta-feira, na Comissão de Meio Ambiente do Senado, Marina disse que não tem acordo, que decisão técnica é decisão técnica. Com isso, bateu de frente também com o presidente da Petrobras, outro que defende um acordo. 
Estou vendo a hora em que Marina vai abrir mais uma vaga para alguém do Centrão ir para o Meio Ambiente, tal como aconteceu lá no outro governo Lula.
 
Lula não declarou relógio de R$ 80 mil, mas só Mauro Cid está pagando no caso dos presentes
A propósito, Lula mostrou aquele relógio Piaget que ganhou de Jacques Chirac em 2005; ele próprio mostrou o relógio de R$ 80 mil.  
E a Folha de S.Paulo está dizendo que não estava na lista dos presentes dele. Como, então, ele disse que ganhou?  
E aí lembramos do caso do tenente-coronel Mauro Cid, que estava cumprindo uma missão no Palácio do Planalto e agora está preso há quase quatro meses pela história do relógio, que foi classificado como pessoal; ele pegou, era presente, e vendeu, porque não queria ficar com aquele relógio.  
Depois, o TCU disse que não podia, então ele comprou de volta e entregou o relógio. 
Nesta quinta, o advogado do coronel tem um encontro com o ministro Alexandre de Moraes. Pode ser um encontro importante, porque o caso dele é igual ao caso de mais de mil pessoas: está na última instância, não tem recurso, só a Deus. 
Se fosse no foro correto, na primeira instância, haveria recurso ao Tribunal Regional Federal, depois ao Superior Tribunal de Justiça, e finalmente ao Supremo
Agora, do jeito como está isso aí, ninguém sabe o que vai acontecer.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 


sexta-feira, 26 de maio de 2023

Marina Silva no governo Lula: pedir para sair ou engolir sapo? - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

A ministra Marina Silva, burocrata-mor do Meio Ambiente e figura colada há anos no ecossistema ambientalista, teve duas realizações notáveis em sua curta permanência no governo Lula. A primeira foi dizer, para os “bilionários do bem” que se reúnem todos os anos numa estação de esqui na Suíça, que havia “120 milhões” de pessoas passando fome no Brasil. (As agências de “verificação de fatos”, ligadas o tempo todo na fiscalização do que dizem os adversários do PT e suas vizinhanças, não fizeram nenhuma objeção – a ministra é uma dessas personalidades que foi canonizada em vida pela maior parte da mídia, e não pode ser criticada, nunca.)

A segunda realização de Marina, antes de se completarem seis meses de governo, foi ver o seu ministério amputado de funções essenciais. Para se ter uma ideia mais precisa das coisas: o Ministério do Meio Ambiente, hoje, é menos do que era no governo anterior, o mais amaldiçoado da história pelos ecologistas, militantes da natureza e salvadores do planeta. Pode?

    Marina continua querendo ser amiga de Lula e do PT para receber alguma vantagem – e continua se dando mal todas as vezes em que tenta.

As ONGs etc. etc. etc. estão indignadas, é claro.  
Exigem que o governo Lula defenda a “integridade” do MMA e lhe devolva as atribuições expropriadas; aparentemente, até agora, não conseguiram estabelecer uma relação de causa e efeito sobre o que aconteceu. 
Se foi o próprio governo quem decidiu esvaziar o ministério de Marina, como ele pode ser chamado para lhe prestar socorro? Não faz nexo. Mas o fato é que muito pouca coisa faz nexo em relação à Marina Silva.
 
Aos 65 anos de idade, e uns 50 como profissional das causas ecológicas no Brasil e no mundo, ela continua querendo ser amiga de Lula e do PT para receber alguma vantagem – e continua se dando mal todas as vezes em que tenta. 
Agora, mais uma vez, está na posição de pedir o boné e tornar-se ex-ministra, ou engolir o sapo e continuar grudada no governo
É uma situação inviável, até porque a ministra é uma figura inviável. 
Sua única função na vida pública tem sido fazer oposição ao progresso, sempre – e, aí, até o “socialismo” do PT fica incomodado.

“Qualquer tentativa de desmontar o serviço nacional de meio ambiente é um desserviço à sociedade brasileira” protestou Marina. “Isso pode criar gravíssimos prejuízos para o país”. É mesmo? Mas quem está prestando o que ela chama de “desserviço” não é a “direita”, nem o “agronegócio”, nem a oposição é o governo Lula, do qual faz parte.

Como é que fica, então? A ministra, como já aconteceu em outras oportunidades, tentou fazer parte do Sistema Lula. 
Está vendo que não faz. Sua função é enfeitar o ministério com uma pegada ambientalista – e só isso.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Marina Silva espalha fake news em Davos sobre fome no Brasil - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Ministra de Lula mente ao falar em ‘120 milhões’ de famintos para plateia de milionários entediados na Suíça

A ministra Marina Silva, escolhida pelo presidente Lula para cuidar do meio ambiente no Brasil, disse na reunião internacional de Davos que há “120 milhões de pessoas” passando fome no Brasil este momento.    É uma mentira irresponsável, agressiva e mal-intencionada. 
A ministra não apenas oferece ao mundo um número falso – é uma contrafação que vai no exato contrário da atual realidade dos fatos. Qualquer dos diversos Ministérios da Verdade que existem ou estão em projeto no Brasil de hoje chamaria isso, aos gritos, de “fake news”; como só se escandalizam com as notícias que não gostam, essa vai passar batido. Mas não deixa, por isso, de ser uma mentira de primeiro, segundo e terceiro grau.
 
O Brasil, na carta oficial das ficções da esquerda, tinha até outro dia “33 milhões de pessoas” com fome, um disparate fabricado para uso na campanha eleitoral e desvinculado de qualquer relação com as realidades mais evidentes
A ministra, ao que parece, decidiu que essa cifra não é suficientemente ruim para os seus propósitos; aumentou a desgraça por quatro, de um momento para outro, e tentou mostrar um Brasil em estado terminal de miséria para a plateia de milionários entediados que vai à Suíça uma vez por ano para lamentar os problemas do capitalismo. O que disse não tem pé nem cabeça. Os “120 milhões” de famintos são mais que um numero errado são simplesmente uma estupidez, como seria descrever um homem que tem oito metros de altura ou um cavalo que corre a 1.000 quilômetros por hora.
Fórum Econômico de Davos, na Suíça
Fórum Econômico de Davos, na Suíça Foto: Markus Schreiber/AP
No mundo das realidades objetivas o que está acontecendo com o Brasil é o oposto do que disse a ministra.  
Segundo os últimos dados do Banco Mundial, o Brasil foi o país que mais reduziu a miséria na América Latina em 2020, saindo de um índice de 5,4% da população para 1,9% – o menor de toda a serie histórica, iniciada em 1980. Em 2019, de acordo com o Banco Mundial, o Brasil tinha acima de 11 milhões de pessoas vivendo na miséria – ou seja, ganhando até 2,15 dólares, ou pouco acima de 10 reais, por dia. 
Em 2020 esse número caiu para 4 milhões; em um ano, 7 milhões de brasileiros deixaram a pobreza extrema. 
 
Não é uma informação do departamento de propaganda do governo anterior; é número do Banco Mundial, coisa que a esquerda sempre toma como definitiva. 
Como dizer, então, que há “122 milhões de pessoas” passando fome num país onde menos de 5% da população está abaixo da linha da miséria?
Não existe fome acima da linha da miséria, nem “insegurança alimentar”, como se diz hoje. 
A ministra Marina mente, apenas, e mente com uma mentira na qual é tecnicamente impossível acreditar. 
É este o padrão de seriedade dos extremistas que estão na alma do governo Lula.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

A justificativa de Marina Silva para voltar a apoiar Lula e o PT

Segundo a ex-ministra do Meio Ambiente, o petista é quem reúne neste momento as 'melhores condições' para derrotar Bolsonaro e a 'semente do bolsonarismo'

[Lula = o derrotado, o descondenado e o desesperado se juntou à evangélica (a tal Marina) favorável  ao aborto e sempre escalada para perder. Ela seca tanto,  que ninguém a quer e o Lula sabe que fracassou e procura a quem responsabilizar pela sua derrota para o 'capitão do povo'.]

Marina Silva (Rede) afirmou que apoiará Lula na corrida à presidência deste ano porque o petista é o único concorrente no pleito com condições de vencer Jair Bolsonaro. Durante coletiva de imprensa em São Paulo nesta segunda, a ex-ministra do Meio Ambiente disse que ela e Lula “estão vivendo um reencontro político e programático” para “derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarismo”. Como o Radar mostrou há pouco, a aliança põe fim a um longo período de afastamento entre Marina, Lula e o PT.

“Nós estamos vivendo aqui um reencontro político e programático. Porque, do ponto de vista das nossas relações pessoais, tanto eu como o presidente Lula nunca deixamos de estar próximos e de nos conversar, inclusive em momentos dolorosos de nossas vidas. Isso, para dirimir qualquer natureza de afastamento em termos pessoais. Nosso reencontro político e programático se dá diante de um quadro grave da história política, econômica, social e ambiental do nosso país, em que nós temos uma ameaça que eu considero a ameaça das ameaças, que é a ameaça à nossa democracia”, disse.

Marina reconheceu como legítimas as tentativas de outros candidatos de superarem Bolsonaro nas urnas, mas afirmou que o petista é o único que reúne as condições reais para vencê-lo. “Compreendo que nesse momento crucial da nossa história, quem reúne as maiores e melhores condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarista que está se implementando no seio da nossa sociedade, agredindo irmãos brasileiros, ceifando vidas de pessoas por pensarem diferente, é a sua candidatura. Em nome daquilo que está acima de nós, e olhando de baixo pra cima pra ver o que está acima de nós, é que eu manifesto o meu apoio, de forma independente, ao candidato e ex-presidente e futuro presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva”, disse.

Radar - Coluna em VEJA


domingo, 13 de março de 2022

Ex-quase tudo + perda total = fracasso total

O Globo - Camila Zarur

Marina Silva cita divergências, mas indica que pode apoiar Lula contra Bolsonaro: ‘Defesa da civilização’

Após longo rompimento, ex-senadora diz que, para superar Bolsonaro, apoio a petista é possível. Definição ocorrerá após debate com a Rede
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, fundadora da Rede, deixa as portas abertas para se reaproximar do ex-presidente Lula, de quem foi aliada e se afastou após sair deixar o governo do petista, em 2008. Candidata à Presidência em três ocasiões (2010, 2014 e 2018), [derrota em todas, já que derrota, ela e seu partido, são sinônimos de FRACASSO]  a ex-senadora ...
[nossa intenção era não gastar bytes com temas inúteis, sem futuro, sem serventia; ; 
ao nosso entendimento, a  evangélica, defensora do aborto, triplamente derrotada, fracassada,  em candidaturas ao cargo de presidente, não merece nenhuma atenção = já entra perdendo.
Só que o nosso "conselho editorial" achou conveniente postar o inicio da matéria, usar como "gancho" para lembrar aos desavisados que essa senhora só não é EX da condição de EX, no resto ela é o EX permanente.
Até ex-evangélica ela é, visto ser inconcebível que uma defensora do aborto se diga evangélica = uma condição  exclui a outra.] 
 
Política - O Globo - MATÉRIA COMPLETA
 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Fundo Eleitoral, o caminho para roubar como nunca e com total impunidade - O Estado de S. Paulo

J .R. Guzzo

Poucas vezes se roubou com tanta desfaçatez dinheiro dos impostos como no caso do 'fundo eleitoral'

Dá para entender perfeitamente porque o Brasil tem mais de 30 partidos e tanto candidato sem a menor chance de ganhar nada

O Brasil democrático, do estado de direito e das “instituições” criadas pela “Constituição Cidadã”, comete sistematicamente crimes à luz do dia para salvar a democracia – ou, pelo menos, é o que dizem os políticos que tiram proveito deles. Para não irem parar na cadeia, aprovam leis tornando legal, muito simplesmente, o crime que praticaram – e pronto, a situação está resolvida. Acontece o tempo inteiro, mas às vezes acontece mais. Está acontecendo agora.

Poucas vezes se roubou com tanta desfaçatez dinheiro dos impostos como no episódio desse “fundo eleitoral” uma transferência direta de recursos do público para o bolso dos políticos e das suas gangues partidárias, com a desculpa grosseira de que precisam de dinheiro para concorrer às eleições que são a alma da democracia, etc. etc. etc. É uma história de horror. O Congresso aprovou, como se sabe, a doação de quase R$ 6 bilhões para a politicalha gastar na “campanha eleitoral”, ou onde bem entender; o presidente da República vetou a lei, mas o veto foi rejeitado e os bilhões serão mesmo extorquidos da população. 

Agora tentam acertar as contas para construir a mentira de que estão gastando menos do que o previsto. A conversa começou na casa dos R$ 5 bi e tanto; daí fingiram cortar R$ 400 milhões e diminuíram para R$ 4,7 bi. Uma hora depois mudaram de novo – não, eles precisam daqueles 400 milhões todinhos, não podem dispensar nem um real - e voltaram, enfim, para perto dos R$ 5 bi do começo. É o triplo – o triplo - do que pegaram em 2018 e 2020.  
Dá para entender perfeitamente, nessas horas, porque o Brasil tem mais de 30 partidos e tanto candidato sem a menor chance de ganhar nada - mas com a certeza de encher o bucho com dinheiro roubado, por força de lei, ao Tesouro Nacional.[A Rede tem um deputado federal (o partido para aquela ex-senadora - Marina Silva a sempre candidata a ser derrotada nas eleições para presidente da República chamar de seu; o PSC e a Rede tem um senador, cada um - sendo que o da Rede é o sempre estridente senador Rodrigues, conhecido por ser o portador de notícia crime acusando alguém e que nunca dá em nada.]

O “fundo eleitoral” é 100% de bandidagem, salvo por parte da minoria de parlamentares que votou contra a sua aprovação. Os outros são todos eles réus, por igual, do delito que foi cometido. Uma parte não está minimamente interessada em disfarçar o que fez; querem o dinheiro, e dane-se o resto. Outros são piores. Vão meter a mão nas verbas, igualzinho, e fazer de conta que não têm nada a ver com isso.

A culpa, segundo o PT e as suas piores vizinhanças, seria do Centrão, da “direita”, do “baixo clero”, das bancadas disso e daquilo, do “sistema” e por aí afora. Conversa. A esquerda é cúmplice integral dessa ladroagemé por ser cúmplice, justamente, que votou a favor do fundo. 
Se acha que a coisa é um escândalo, por que não votou contra? Porque quer o dinheiro com tanta indecência quanto todos os demais. Não vão abrir mão de 1 centavo para os jatinhos de Lula – e para todo o maravilhoso mundo de oportunidades que essa montanha de dinheiro abre para políticos empenhados em morrer por “eleições democráticas”.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
 
 

sábado, 11 de dezembro de 2021

Fronteira demarcada - Revista Oeste

Câmara dos Deputados | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Câmara dos Deputados | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
Há um recurso pronto para decolar rumo ao STF assim que se consuma uma derrota no Congresso da Rede e seus comparsas
Um projeto de lei, uma medida provisória, uma proposta de emenda à Constituição, qualquer pretexto serve. 
O presidente da República nomeou alguém que não merece o cargo? Acione-se o Supremo. A instauração de uma CPI parece lenta? Recorra-se ao Supremo. 
Tudo está sob a vigilância do senador Randolfe Rodrigues e seus asseclas fantasiados de Pai da Pátria: paletó azul comprido demais com botões explodindo no ventre (eles sempre se acham mais altos e menos gordos do que são), calça com a barra derramada sobre sapatos pretos de bico fino, camisa azul-piscina e gravata vermelha. Desde o início do governo Bolsonaro, esse uniforme tem sido visto com maior frequência nos arredores do STF do que no local do emprego da turma.
 
Foi um recurso encaminhado pela Rede, por exemplo, que animou o ministro Luís Roberto Barroso a ordenar a instauração da CPI da Covid, um palanque pilotado por Renan Calheiros que deu em nada
Mas foi também açulada pela mesma bancada que a ministra Rosa Weber tentou invadir outros territórios governados pelo Legislativo. A reação dos parlamentares mostrou que o STF pode muito, mas não pode tudo. 
Não pode, por exemplo, desafiar o corporativismo da Câmara com uma decisão que afetaria o patrimônio politico-eleitoral dos deputados federais. A colisão deixou claro que o Poder Moderador do tribunal só existe na cabeça do ministro Dias Toffoli. A Comissão Mista de Orçamento aprovou o relatório do deputado Hugo Leal (PSD-RJ) na segunda-feira 6, que será referendado pelo plenário do Congresso Nacional até o fim deste mês. O texto reserva mais de R$ 90 bilhões para as chamadas emendas parlamentares.

Na mesma segunda-feira, Rosa Weber desistiu da perigosa ideia de barrar a votação. Nas semanas anteriores, ela fora pressionada por partidos de oposição e pela imprensa velha. Prontos para debitá-lo na conta de Jair Bolsonaro, os redatores de manchetes esperaram com avidez o nascimento do que foi batizado deOrçamento secreto”, ainda que todos os números sejam publicados no Diário Oficial da União. O escândalo não sobreviveu aos trabalhos de parto.

O que seria essa contabilidade criminosa? Resumo da ópera: o relator separa uma fatia do bolo que é liberada sem identificar o autor da emenda. A proposta foi previamente debatida por líderes de partidos e consultores legislativos. Avançava sem sobressaltos até que os jornais resolveram que se tratava de uma trama urdida por aliados do presidente Jair Bolsonaro no centrão — e que esse dinheiro seria usado para a compra de apoio na sucessão de 2022.

Num país como o Brasil, tudo parece roubalheira. Nem sempre é. Emenda é um pedaço do Orçamento que cada congressista decide livremente como aplicar. Quando o valor é muito alto, os parlamentares eleitos pelo mesmo Estado se juntam e apresentam uma “emenda de bancada”. Esses recursos serão usados para construir uma ponte num município de Minas Gerais, reformar uma praça no Paraná, asfaltar uma estrada municipal em Mato Grosso ou comprar equipamentos hospitalares para a Santa Casa de Murici.

“É preciso separar o que pode ser considerado imoral do que é corrupção”, afirma Alexandre Ostrowiecki, fundador do Ranking dos Políticos, que avalia o desempenho de deputados e senadores em atividade. “Embora não seja ilegal, as emendas parlamentares não deveriam existir, porque servem de ‘toma lá, dá cá’. Esse é o jogo que o Congresso sabe fazer.”

A polêmica das emendas
A polêmica da vez gira em torno das emendas do relator — as RP9, em congressês. O responsável por elas é o deputado Hugo Leal (PSD-RJ), a quem caberá monitorar a divisão de R$ 16,2 bilhões. Esse dinheiro não levará a assinatura do autor formal, mas, sim, a dele, e precisa obrigatoriamente ser usado para melhorias em saúde, saneamento básico e desenvolvimento regional.

No mês passado, Rosa Weber submeteu a análise do recurso ao plenário, que acolheu a tentativa de empurrar o jogo para o tapetão por 8 votos a 2. O pagamento das emendas foi proibido. Nesta semana, contudo, atendendo aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a ministra recuou. Disse ter compreendido que há “risco de prejuízo com a paralisação da execução orçamentária à prestação de serviços essenciais à coletividade”. [não pode ser olvidado que os recursos serão usados "obrigatoriamente para melhorias em saúde, saneamento básico e desenvolvimento regional".]

Na prática, nada vai mudar na forma de distribuição do Orçamento. No máximo, as emendas do relator passarão a levar o carimbo de mais gente em 2022. E só. Mas Rosa Weber decerto entendeu o recado de Lira e Pacheco: é mais sensato não colocar a colher na sopa dos parlamentares.

Depois do recuo de Rosa Weber, segundo o site Contas Abertas, R$ 100 milhões já foram “empenhados” (palavra que significa um compromisso de pagamento ainda não efetivado). Desse montante, um terço foi para o Piauí (Estado de Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil), outro terço foi repartido entre a Bahia (maior colégio eleitoral do Nordeste) e Minas Gerais (o segundo do país). A fatia restante ficou com os demais Estados e o Distrito Federal.

Morreu sem ter nascido o “escândalo das emendas secretas”.

Leia também “A primeira derrota do STF”, um artigo de J.R. Guzzo

Silvio Navarro, colunista - Revista OESTE


quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

‘Bolsonaro foi deputado de inexpressiva atuação em quase 30 anos de mandato’, diz Marina Silva

[comentário inicial e único:  Bolsonaro,  presidente eleito com quase 58.000.000 de votos, teve - segundo a sempre derrotada ex-senadora, ex-ministra, ex-isso e ex-aquilo - uma atuação inexpressiva em quase 30 anos de mandato parlamentar.

Lembramos a sempre perdedora ex que Bolsonaro foi reeleito 7 vezes para deputado federal,  e sempre com votações crescentes e tratorou o 'jaiminho', indicado pelo presidiário petista Lula (antes citávamos apenas presidiário petista, mas, são tantos os petistas presos,  que se tornou necessário nominar  o enjaulado) - falando em Haddad, de que o ex-sósia do Lula -  réu em 32 processos, vive? quem banca suas viagens? importante: réu em 32 processos é o Haddad, o Lula é réu em apenas 7 e condenado em 1;

Repetindo: Bolsonaro foi eleito presidente da República com quase 58 milhões de votos - enquanto a 'sábia' Marina foi eleita senadora uma única vez e com número de votos inferior ao recebido por um dos filhos de Bolsonaro  na condição de candidato a deputado = mais de 1.800.000 votos.

Assim, ilustre ex-perdedora, nossa sugestão é que se recolha a sua condição de ex e cale-se.

Em respeito aos nossos leitores, que possuem o direito inalienável de ler o que lhes aprouver, indicamos abaixo o link que permite acessar os sempre 'sabios' 
comentários da ex-.]


"A falência do modelo político brasileiro, com as principais forças políticas representadas pelo PT e PSDB, levou à eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, na avaliação da ex-senadora Marina Silva (Rede)...."

Editores do Blog Prontidão Total

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A derrota desmascarou os democratas de galinheiro

Condenado ao desaparecimento pelo eleitorado que tapeou por tanto tempo, o partido que virou bando vai morrer de sem-vergonhice


O discurso lido por Jair Bolsonaro revogou o destempero da primeira fala improvisada pelo presidente eleito e desconcertou adversários que esperavam ansiosamente algum escorregão autoritário. O candidato vitorioso transformou num “juramento a Deus” a promessa de respeitar a Constituição, as leis, os direitos humanos, as múltiplas liberdades. Louvou o Estado Democrático de Direito e reiterou o compromisso de esforçar-se pela pacificação do Brasil.

O discurso de Fernando Haddad, declamado minutos depois, deixou em frangalhos a fantasia do estadista que Lula escolheu para impedir que a democracia brasileira fosse assassinada por uma versão piorada de Adolf Hitler. Alheio aos 10 milhões de votos que escavaram um abismo entre ele e Bolsonaro, Haddad transformou o que deveria ser um civilizado reconhecimento da derrota no primeiro comício do terceiro turno de uma eleição que acabou.

Em vez de desejar boa sorte ao vencedor, o democrata de galinheiro tentou desqualificar a decisão da maioria do eleitorado, exigiu a libertação do corrupto engaiolado pela Justiça e avisou que a luta continua. A seu lado no palanque, Gleisi Hoffmann confirmou que o partido não perdeu para Bolsonaro: foi vítima das fraudes, da enxurrada de fake news, das injustiças praticadas contra Lula e de outras perversidades engendradas por fascistas e neonazistas.  Guilherme Boulos aproveitou o clima beligerante e convocou para esta terça-feira atos de protesto contra o governo que nem começou. Não esclareceu se vai convidar para as manifestações Joaquim Barbosa, Rodrigo Janot, Marina Silva e outros parceiros recentes da “frente democrática” simulada pela tribo que sonha fazer do Brasil uma Venezuela tamanho família. Tampouco revelou se vai aproveitar o ajuntamento para invadir algum imóvel.

O palavrório dos companheiros de naufrágio destoou pateticamente da cara de velório. Fiascos do gênero confundem seus protagonistas, sobretudo se portadores de cabeças muito avariadas. Mas o surto de alucinações não dura muito. Sacerdotes ou meros devotos, os integrantes da seita logo descobrirão que Lula vai continuar na cadeia, que a Lava Jato venceu a quadrilha, que Bolsonaro nocauteou Haddad, que os brasileiros não são um ajuntamento de otários. O comportamento dos vencidos informa: o PT pode até sobreviver por alguns anos, mas a agonia é irreversível. Condenado ao desaparecimento pelo eleitorado que tapeou por tanto tempo, o partido que virou bando vai morrer de sem-vergonhice.

Blog do Augusto Nunes - Veja

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A ciranda do sexo - Guru de Araque

A ciranda de sexo, dinheiro e mentiras de Prem Baba

A reportagem de capa de ÉPOCA desta semana revela a vida que Janderson de Oliveira levava por trás da imagem imaculada de guru do amor

Em janeiro de 1999, o paulistano Janderson Fernandes de Oliveira buscava um sentido para sua vida. Havia largado a faculdade de psicologia e era sócio de uma clínica que oferecia terapias alternativas, como massoterapia e acupuntura. O interesse por questões espirituais e religiosas tinha sido herdado da avó materna, evangélica e benzedeira. Desde criança contestava os ensinamentos da Bíblia. Não fazia sentido que a felicidade estivesse reservada apenas para um futuro após a morte. Recém-casado, em busca do autoconhecimento, resolveu tentar achar seu "eu" alhures. Embarcou com a mulher para a Índia. Disse aos amigos que obedecia a um chamado espiritual que o acompanhara desde a adolescência. Segundo seu relato, ouvia vozes que lhe diziam que ao atingir 33 anos deveria ir a Rishikesh — a cidade indiana aos pés do Himalaia é um dos berços da ioga e ponto de peregrinação.

Na cidade sagrada conheceu Sri Sachcha Baba Maharajji, um importante guru da linhagem hinduísta Saccha. Quatro anos depois, tornava-se ele próprio um mestre, o Sri Prem Baba. Em sânscrito, “Sri” significa senhor, “Prem” amor divino e “Baba” pai espiritual. Ele desenvolveu um método de autoconhecimento que batizou de “O caminho do coração”, uma mistura de psicologia, filosofia, práticas xamanistas da Amazônia e ensinamentos da tradição saccha. Com essa mixórdia espiritual, uma ferramenta para acalmar a mente e alcançar a felicidade, acumulou milhares de seguidores – entre eles, celebridades como Reynaldo Gianecchini, Bruna Lombardi e Marcio Garcia. Políticos como Aécio Neves, Marina Silva, João Doria e Marconi Perillo passaram a visitá-lo e a divulgar fotos a seu lado.

Em ÉPOCA desta semana, você conhecerá a vida que Janderson de Oliveira levava por trás da imagem imaculada de Prem Baba. Em meio a atividades de sua comunidade, ele mantinha com seus seguidores uma relação de hipocrisia, desfaçatez e manipulação. Três mulheres relataram à reportagem ter mantido relações sexuais com o guru e dizem ter sido vítimas de abuso. Elas pediram sigilo sobre sua identidade para evitar a exposição das famílias. Ele até foi confrontado por uma delas e admitiu, numa conversa reservada com ela e seu ex-marido, que "abusou" de sua posição como guru e que havia sido "desleal". 


MATÉRIA COMPLETA, em Época


terça-feira, 4 de setembro de 2018

Diminui poder de Lula para transferir votos

PT tem pouco tempo para viabilizar Haddad presidente


A menos que sofra uma violenta queda nas intenções de voto, o deputado Jair Bolsonaro é o cara a ser batido nas eleições presidenciais. Há precedentes de reversão rápida de expectativa, sendo o mais próximo o de Marina Silva (Rede Sustentabilidade), que em 48 horas perdeu o lugar no segundo turno para o senador Aécio Neves (PSDB), o que parecia assegurado, após sofrer intensa campanha negativa movida pelo PT na propaganda oficial, em 2014. [Marina Silva é candidata fraca, de primeiro turno, perdeu para Aécio Neves e em qualquer disputa para ir ao segundo turno ela perde.]

Ainda na noite do sábado que antecedeu a eleição, Marina teve uma reunião com o então presidente do PSB, Roberto Amaral, para tratar de providências para o segundo turno. Os dois foram dormir certos de permanecer na campanha e disputar com a ex-presidente Dilma Rousseff a principal cadeira do Palácio do Planalto, mas acordaram no dia seguinte com Aécio Neves com o pé na porta.

[pessoal, entendemos que em uma eleição os eleitores devem estar devidamente instruídos para que votem no candidato de sua preferencia e sabemos que grande parte do eleitorado petista tem dificuldade de exercer o direito do voto.
Diante disse, abaixo áudio com orientações sobre como votar em Lula.

Sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa, só uma campanha semelhante de desconstrução – e com o mesmo sucesso – pode ameaçar a posição de Bolsonaro. Os próximos sete, dez dias dirão sobre a eficácia dos petardos dirigidos contra o candidato do PSL, principalmente do aspirante do PSDB, Geraldo Alckmin. Mas o navio de Bolsonaro, aparentemente, segue sem grandes danos estruturais no casco. Nesse ritmo, a disputa de 7 de outubro é pela segunda vaga.

Quem vai, Marina, que hoje ocupa a segunda colocação, Alckmin, que ainda não decolou, Ciro Gomes (PDT), que ficou isolado ou Fernando Haddad, o ex-prefeito de São Paulo, com total apoio de Lula? Em geral os analistas têm afirmado que Lula terá capacidade de transferência de votos suficiente para colocar Haddad no segundo turno. Logo o próximo presidente sairia de uma disputa entre Bolsonaro e Haddad. Há controvérsia. [ousamos afirmar e, se necessário, apostar que Haddad NÃO VAI para o segundo turno;

Ciro Gomes é um navio afundando, Marina vai no mesmo caminho, assim, se houver segundo turno o adversário do futuro presidente da República será ALCKMIN - mais por falta de adversários para lhe tomar o segundo posto do que por competência do tucano.

Apesar da nossa posição, ainda achamos que o sistema de governo brasileiro possibilitasse um governo conjunto - Alckmin e Bolsonaro - deixando com Alckmin a parte da educação, saúde, agricultura, comércio e industria, relações exteriores e assuntos assemelhados e por conta do Bolsonaro a Segurança Pública, FF AA,  o combate as aberrações que pessoas insanas insistem em tentar implantar no Brasil, teríamos um governo excelente.

De qualquer forma, todas as áreas que neste governo dual poderiam ficar com Alckmin serão bem administradas por pessoas competentes escolhidas por Bolsonaro.]

O professor David Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB), vê mais obstáculos à frente de Haddad do que de Marina Silva e Geraldo Alckmin. Entre a última sexta-feira e o início desta semana foi possível perceber o motivo das dúvidas do professor: a campanha de Haddad com Lula é uma coisa e sem Lula é outra inteiramente diferente.
Como a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o registro da candidatura Lula terminou tarde da noite, já na madrugada de quinta-feira para sexta-feira, o programa do PT e algumas inserções ainda tiveram uma forte presença do ex-presidente – menos em São Paulo, onde o Tribunal Regional Eleitoral acabou com a festa e impediu a vinculação do programa do candidato petista ao governo, Luiz Marinho, tendo Lula como cabo eleitoral.

As pesquisas de intenção de votos que mostram Haddad com 12%, 14% na largada partem do pressuposto do total apoio de Lula, que não estará disponível, ao ex-prefeito. Ou seja, mostram o “Andrade”, como o vice na chapa do PT estaria sendo chamado no Nordeste, e não o Haddad, que sem a cobertura de Lula patina na mesma faixa de um dígito que Alckmin e Ciro, nas pesquisas eleitorais.

Em 2014 Lula empenhou todo seu prestígio e os recursos do PT na campanha de Dilma Rousseff, mas não conseguiu evitar o segundo turno e Dilma ganhou com estreita margem de diferença. É provável que Lula seja hoje um cabo eleitoral menos eficiente do que pode ser em 2014, a menos que a vitimização patrocinada pelo PT tenha efetivamente transformado o ex-presidente num mártir, o que ainda carece de comprovação.

O que deve reduzir o impacto do apoio de Lula é o seu banimento da telinha e das ondas do rádio, determinados pela Justiça Eleitoral. Em resumo, não pode ter comercial com Lula apoiando Haddad. Está proibido pelo TSE, decisão que vem sendo cumprida com rigor por seus ministros. Já nesta segunda-feira o ministro Luiz Salomão determinou que o PT suspenda a veiculação no horário eleitoral de uma peça para o rádio que apresenta Lula como candidato a presidente. Multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento.

Esse era o dilema ontem enfrentado pelo PT. As cabeças mais frias do partido argumentavam pela decisão imediata da substituição do candidato, a fim de dar tempo para que Haddad possa desencadear uma ofensiva de cinco semanas para tentar se fazer conhecido e escapar da faixa dos candidatos com um dígito.  Esses lembram que o partido perdeu fragorosamente a eleição municipal de 2016, o que sempre tem influência na eleição presidencial, dois anos mais tarde. Se perder com Haddad, o PT precisa ao menos sobreviver com uma bancada de média para grande no Congresso, para poder garantir recursos para as eleições seguintes de 2020 e 2022. Essa turma tem pressa. E duvida, mesmo quando as pesquisas informam que o PT é um partido com 24% das preferências do eleitorado, léguas à frente do segundo colocado.

Adiar seria o suicídio político. Esperar até o dia 11, prazo estipulado pelo TSE, para substituir Lula por Haddad deixaria o candidato com apenas três semanas de campanha. Se já parecia difícil, ficaria pior. Ou como diz Fleischer: o PT está naquela situação de que se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Os radicais do partido, que têm prevalecido na discussão, ainda não se conformaram em por fim à vitimização de Lula. Querem um mártir. Os mais sensatos queriam uma decisão ontem mesmo.

Resta saber como os outros candidatos vão tirar proveito dessa situação do PT. Alckmin segue na linha de tirar o máximo de votos possíveis de Bolsonaro. Há dúvida sobre se é a melhor estratégia. Ao redor do candidato já há quem defenda que ele deve partir logo para uma disputa do voto útil tendo como alvo não Bolsonaro, mas Marina Silva, hoje uma ameaça real à passagem do tucano para o segundo turno, se der certo a aposta de Alckmin no horário eleitoral para deixar a segunda divisão dos candidatos.

As pesquisas até agora mostraram que quem tira mais votos de Lula é Marina Silva. A candidata do Rede Sustentabilidade sobe de 8% para 16%, na disputa sem Lula. Difícil dizer se essa é a tendência que vai vingar. Mas é certo que a manutenção de Lula, a partir de agora, só prejudica o candidato do PT.

Valor Economico - Raymundo Costa

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Tem cheiro (ou mau cheiro) de Bolsonaro no ar

Bolsonaro leva a eleição ainda no primeiro turno e já está liberado para plagiar Zagallo, no 'vão ter que me engolir' e não será apenas por um mandato 

A 49 dias do primeiro turno da próxima eleição presidencial, a pergunta de não sei quantos bilhões de dólares não é mais sobre os candidatos que disputarão o segundo turno – mas sobre qual será o candidato que no segundo turno enfrentará Jair Bolsonaro (PSL).  Desvalorizou-se, pois, o valor da resposta à pergunta original. Salvo um acidente de campanha, que por acidente é difícil de prever e não se pode descartar, Bolsonaro chegará ao segundo turno em 28 de outubro empurrado pelos eleitores já assumidos dele, e pelos enrustidos. [muitos da mídia estão a comer moscas confiando em uma suposta rejeição das mulheres ao Bolsonaro;
não existe rejeição digna de monta o que existe é que a maioria das mulheres prefere deixar seu voto para o momento da 'solidão' da urna - com tal conduta se livram do patrulhamento imbecil e poderão marcar BOLSONARO para um Brasil feliz e milhões de brasileiros felizes.]

Não se despreze esses. Há, sim, um grande número deles que por vergonha ou timidez prefere não revelar que votará no capitão – seja para não ter que oferecer muitas explicações aos cobradores, seja por temer ser mal avaliado nas rodas dos pretensos bem pensantes.  Em 1989 foi assim com parte dos eleitores que empurraram Fernando Collor rampa acima do Palácio do Planalto. Em São Paulo, o deputado Paulo Maluf sempre contou com a ajuda dos eleitores envergonhados de confessar que votariam nele. Contaria outra vez se não estivesse preso.


Pesquisa de intenção de voto costuma ser um retrato do passado como dizem os que são do ramo. Mas a levarem-se em conta as características especiais destas eleições e à resiliência (êpa, perdão!) de Bolsonaro, elas parecem indicar com certa clareza o que está por vir.  Trata-se de saber se será bem-sucedido o plano traçado por Lula no cárcere de Curitiba de pôr seu substituto no segundo turno. Ou se Geraldo Alckmin (PSDB) surpreenderá seus aliados de fé e os que fingem apoiá-lo com um crescimento rápido na reta final da campanha.

Tirar da fila do Serviço de Proteção ao Crédito os brasileiros endividados não bastará a Ciro Gomes (PDT) para garantir-lhe a chance de enfrentar Bolsonaro. Por fragilidade partidária e pessoal, Marina Silva (REDE) está mais para santa do que para presidente dos desvalidos. Por ora, é só. ['santa'? entre os evangélicos não existe 'santa' ou 'santo' e se existisse os candidatos à Santidade teriam que, no mínimo, escolher entre servir a DEUS ou ao demônio;
no meio evangélico até para ser digno a pessoa tem que ter firmeza de caráter, opiniões e posições firmes, coerentes com a doutrina.
Convenhamos,  uma 'evangélica' que apoia o aborto e a maconha,  desde que um plebiscito aprove as duas aberrações, está sem sombra de dúvidas servindo ao demônio.]

Blog do Noblat - Veja
 
 

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

O eleitor fará um bem a si mesmo se declinar do nome de Marina. Afinal, vai que ela vença: nesse caso, iria governar como e com quem?

Eu me preocupo, isto sim, é com esse discurso de Marina Silva (Rede)


E, embora nada exista que pese contra a sua moralidade pessoal, serei grato aos eleitores se decidirem não sufragar o eu nome. Se, para ela, PT, MDB, PSDB e os partidos que os acompanham “não reconhecem os graves problemas de corrupção” que há no país, então não são dignos de confiança e não poderão compor um eventual futuro governo Marina.  

Então é o caso de indagar: com quem esta senhora governaria o país? Quais instrumentos empregaria para ver aprovadas no Congresso emendas constitucionais, que requerem três quintos da Câmara (308 votos) e do Senado (49)? Hoje, ela tem dois deputados e um senador. Seria tudo na base do plebiscito? [em português claro, foi a república plebiscitária que f ... a Venezuela.]

Continua aqui - Blog do Reinaldo Azevedo

 

 

domingo, 1 de julho de 2018

Os segredos dos guardiões: quem são os assessores de confiança dos presidenciáveis


Cheios de assistentes, pré-candidatos mantêm uns poucos em quem confiam

A pensadora de Marina Silva (Rede), o diplomata de Geraldo Alckmin (PSDB), o homem da lei de Jair Bolsonaro (PSL) e o bombeiro de Ciro Gomes (PDT). Nada de partido ou político ilustre. Quando a coisa aperta para o lado dos presidenciáveis são a essas quatro figuras que eles recorrem para os desabafos mais confidenciais.


No caso de Alckmin, Ciro e Marina, trata-se de uma relação construída ao longo de décadas. Para o tucano e a ex-senadora, o encontro deu-se ainda nos tempos em que estavam no Congresso. Com Ciro, o laço familiar falou mais alto.Irmão mais novo do presidenciável do PDT, Cid Gomes é "o cara" da retaguarda de Ciro [e também aquele que quando era governador do Ceará levou a sogra para passear no exterior por conta dos cofres públicos.]. É a ele que o pré-candidato confia os pensamentos mais sigilosos e também conta para apagar incêndios que seu temperamento explosivo provoca por onde passa. Se já não bastasse, Cid é ainda o principal articulador político da candidatura do irmão.
 
Um episódio de fúria de Ciro em 2016 em Fortaleza, no auge dos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff, ilustra o papel de Cid na vida do presidenciável. Na madrugada de 17 de março, Ciro desceu do apartamento do irmão para bater boca com manifestantes de um ato contra Dilma e o ex-presidente Lula. Enfurecido, o presidenciável xingou, gritou e até disse que Lula era um "merda" na discussão. Nesse momento, Cid, atrás do irmão, leva as mãos à cabeça. Ele tenta convencer Ciro a entrar no prédio. Após a explosão, Ciro aceita a sugestão do irmão. O vídeo circula na internet até hoje.— O Cid funciona como um contrapeso para Ciro, tenta trazer o equilíbrio. Mas, às vezes, tem que colocar o uniforme de bombeiro — resumiu um político cearense.
Cinco anos mais novo que o presidenciável, Cid entrou na política na esteira da popularidade no irmão. Hoje, cabe a ele apaziguar não apenas os ímpetos do presidenciável como vendê-lo como boa alternativa para o país a políticos, empresários e o mercado financeiro. Cid tem dito que, se o irmão não conseguir apoios de peso, ele abrirá mão de uma candidatura ao Senado para se dedicar exclusivamente à candidatura de Ciro.
"CHAMA O ORLANDINHO"
Dedicação exclusiva é o que oferece há 30 anos o advogado Orlando de Assis Baptista Neto a Geraldo Alckmin. "Chama o Orlandinho" é uma frase que virou bordão de Alckmin pela frequência com que é dita. Ele é o homem da confiança do pré-candidato do PSDB para qualquer assunto, de temas de governo à Lava-Jato. É o único que tem a permissão de Alckmin para fazer contato com os advogados que cuidam dos inquéritos do tucano por suspeita de caixa dois.
Alckmin aciona Orlandinho para farejar crises internas de governo, alertar auxiliares sobre eventual insatisfação do tucano com algo que tenham feito e até para tarefas mais prosaicas como a de responder cartas enviadas ao tucano quando era governador. A “jurisdição” dele, entretanto, tem limites. Na articulação política, ele palpita, mas não opera.
A relação entre Alckmin e Orlandinho começou em 1989, quando o tucano era deputado federal. Recém-formado em Direito pela Universidade de Brasília, o jovem fora recomendado a Alckmin pelo pai, vereador na região de Pindamonhangaba, onde o tucano nasceu. Orlandinho estudava para a carreira diplomática, havia acabado de retornar de uma viagem à Inglaterra e estava precisando de um emprego em Brasília.
Durante três décadas, para cada função ocupada por Alckmin, Orlandinho teve um cargo de assessor. Agora na campanha presidencial não será diferente. O fiel auxiliar tirou uma licença-prêmio remunerada de oito meses do governo de São Paulo para ajudar o ex-governador. Para aliados de Alckmin, o confidente número 1 ganhou a confiança pelo estilo discreto. Ele nunca será visto num palanque ou ao lado do presidenciável na campanha. Não existem fotos de Orlandinho na internet nem entrevistas. Com cerca de 50 anos, ele mora sozinho, não tem filhos nem redes sociais. — Ele é de uma discrição e capacidade de trabalho que ganharam o Geraldo. Nunca trabalhou com outra pessoa. Tem uma vida devotada ao Geraldo e é os olhos e a boca dele — afirmou um ex-assessor de Alckmin quando deputado estadual.
REFÚGIO DE MARINA
A confidente de Marina atende pelo nome de Maristela Bezerra Bernardo. Socióloga e jornalista, ela acompanha a política desde o mandato no Senado, em 1995. Maristela era funcionária de carreira na Casa e atuava na área de meio ambiente no grupo de consultoria legislativa quando Marina foi eleita senadora. o primeiro encontro foi nos primeiros dias daquele ano quando Maristela foi até o gabinete se apresentar à novata senadora. Do episódio corriqueiro, um vínculo estabeleceu-se, e Maristela tornou-se assessora parlamentar de Marina.
Engajada na luta em defesa do meio ambiente, as duas viajaram pelo Acre. Maristela chegou a trabalhar com Marina no Ministério do Meio Ambiente, e a relação profissional virou amizade. Marina fala pouco de Maristela. Uma dessas vezes foi para o livro sobre a trajetória dela mesma em que contou que o encontro com Maristela ajudou a tornar mais familiar o ambiente desconhecido do Senado. É a ela que a presidenciável recorre para as discussões mais profundas sobre política e a vida.
Foi na casa de Maristela que a então senadora se refugiu em outubro de 2013 quando deixou o prédio do Tribunal Superior Eleitoral com a notícia de que seu novo partido, a Rede, havia tido o registro negado para as eleições de 2014. Foi lá, com assessores próximos, que Marina decidiu se filiar ao PSB e ser vice de Eduardo Campos em 2014.
— A Maristela é a pessoa que, em tempos de crise, a Marina procura. Ela é uma grande influência para a Marina, porque ela é crítica — disse um amigo em comum das duas.
A socióloga, entretanto, é uma figura de bastidor. Na campanha de 2014, ela ajudou na formulação no plano de governo, mas nunca esteve na linha de frente das candidaturas presidenciais da ex-senadora. Maristela sempre ajudou Marina a escrever artigos. Na morte do pai da ex-senadora, em janeiro deste ano, a amiga e confidente escreveu um artigo em que deixou nas entrelinhas a forte relação entre as duas. "Pedro, Pedro Augusto, o seringueiro seu Pedro. Ontem, aos 90 anos, morreu o pai de Marina Silva. Conheci seu Pedro em minhas andanças no Acre junto com Marina", escreveu a socióloga.
Em 2010, quando Marina se filiou ao PV para disputar a eleição para presidente, Maristela foi das primeiras figuras do entorno dela a discutir publicamente os conflitos que a ex-senadora estava enfrentando no novo partido. "É interessante observar como o Partido Verde lida com a vida após a entrada de Marina Silva e de centenas de novos filiados num curto período de tempo. Há uma dupla tensão. De um lado, os que chegam com a palavra de ordem de mudança constatam que há uma resistência relevante a enfrentar. De outro, não está fácil para quem se acostumou ao “liberou geral” nos estados, nos últimos anos, em nome de metas na eleição de deputados federais e estaduais para obedecer à cláusula de barreira", escreveu. Nesta eleição, a amiga continuará contribuindo mas sem participação definida na equipe.
É o oposto do esperado do homem de confiança de Bolsonaro, o advogado Gustavo Bebianno. Morador do Rio de Janeiro, assim como o presidenciável, Bebianno começou ao lado de Bolsonaro como assessor no seu gabinete na Câmara. Aliados do pré-candidato sabem pouco da história entre eles. Bebianno foi o escolhido pelo deputado para ser o representante dele no PSL. Hoje, ele é presidente em exercício da sigla.

O Globo