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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Inventor da urna eletrônica: “Bolsonaro, votos já são auditáveis” - Blog do Mathews

Para o desembargador aposentado Carlos Prudêncio, críticas de presidente ao sistema são desnecessárias

O inventor do sistema de urnas eletrônicas usado nas eleições no país garante que as críticas que têm sido feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e seus aliados são desnecessárias, já que o sistema é confiável e o voto já é auditável. “No meu entender as críticas de Bolsonaro são desnecessárias porque o sistema está aí para mostrar e é o [sistema] mais confiável que existe no mundo”, afirma o desembargador aposentado Carlos Prudêncio.

[Ilustre desembargador,  PARABÉNS pelo invento - facilitou o processo eleitoral e nos parece que uma tranca a mais tornará sua  invenção inexpugnável; 
As considerações do senhor sobre atuação dos mesários e fiscais dos  partidos  esclarece o que ocorre na seção no período que antecede o inicio da votação até algum tempo após o encerramento - os fiscais, mesários e nenhum ser humano pode perceber o que está ocorrendo dentro do sistema.
A Nota do TSE esclarece sobre a segurança das urnas, sobre a sala-cofre, confirma o acesso indevido - item 2 - procurando minimizá-lo.
Só que o acesso indevido ocorreu e pode voltar a ocorrer - qualquer equipamento precisa sofrer manutenção periódica, corretiva e/ou preventiva, havendo períodos de vulnerabilidade.
Nós que defendemos o VOTO AUDITÁVEL ou  VOTO VERIFICÁVEL ou o REGISTRO DO VOTO,  buscamos prover o já eficiente sistema de urnas eletrônicas de meios que permitam a detecção de eventuais fraudes, que podem ocorrer pela inserção de vírus ou algo do tipo, durante os raros, mas inevitáveis, período de vulnerabilidade do sistema do voto eletrônico. 
Atualmente, caso ocorra uma invasão - nos moldes da de 2018 - e seja inserido um programa que proceda ao desvio de votos, nenhuma auditoria realizada identificará a fraude. 
Só um meio físico, palpável, visível, permitirá a constatação de  constate que o eleitor escolheu o candidato 1, porém que o 'vírus' encaminhou a informação, para o sistema digital (que realiza todo o processo eleitoral, passando pela emissão da 'zerésima', emissão do BU e apuração, etc,) como o voto fosse destinado ao candidato 5.
Não estamos dizendo que eleições tenham sido fraudadas ou que serão - expressamos apenas o nosso entendimento de que podem ocorrer fraudes e o VOTO AUDITÁVEL será mais uma tranca. Esse registro se torna necessário para evitar que nos acusem de crimes contra a democracia, contra os poderes da República, contra as instituições, etc. Em suma: não estamos praticando, nem temos a intenção, ou o desejo, de praticar nenhum crime de lesa pátria - o que inclui, sem limitar, os citados.] 

O magistrado inventou a urna eletrônica nas eleições presidenciais de 1989, quando ocupava o cargo de juiz eleitoral. Naquele ano, o equipamento foi usado pela primeira vez na cidade de Brusque, em Santa Catarina, e em 1996 foi usado em todo o Brasil. Apesar de ter tido resistências no início, Prudêncio conseguiu comprovar a confiabilidade das urnas. Ele afirma que, como inventor do aparelho, não tem nenhuma dúvida da segurança do processo e diz que uma eventual aprovação do voto impresso no Congresso seria um retrocesso.

“Se os nossos congressistas quiserem retroceder no tempo… Mas o voto impresso também já foi feito”, afirma o magistrado ao lembrar que, no passado, os votos eram contados no papel. Para ele, o voto já é auditável. Ele ressalta que cada partido tem o direito de indicar um fiscal que fica na zona eleitoral acompanhando todo o processo. Antes do início da votação, é possível imprimir a zerésima, que confirma que não há votos prévios computados na urna. Ao fim da votação, os fiscais também podem retirar um extrato dos votos coletados em cada urna e levar para o seu diretório.

“O presidente da sessão sai com o disquete, vai até o fórum e ali entrega, assina, na presença dos fiscais que o acompanharam e também dos fiscais que estão lá dentro do fórum. A gente chama de fiscal de apuração. Então eles estão vendo esse material todo e aí é processado no computador, vai se divulgando seção por seção. No momento em que chega a seção daquele fiscal, se o partido tiver dúvida, ele vai pegar o boletim de urna para conferir o arquivo que está saindo do computador. O Bolsonaro tem que saber que já são auditáveis”, explica Prudêncio.

 Matheus Leitão, jornalista - Blog em VEJA

 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

O ELEITOR CONTA, OU NÃO CONTA? - Percival Puggina

Porque nos deixamos demitir durante tanto tempo da vida pública brasileira, hoje recolhemos adjetivos cuja síntese é a seguinte: “Vocês, conservadores e liberais, são invasores intrometidos num compartimento da vida social do qual nós, ‘progressistas’, legítimos proprietários, os dispensamos com um abano de nossos lencinhos perfumados”.

É o que deduzo do noticiário destas horas que sucedem à longa exposição feita pelo presidente da República na noite do dia 29 de julho. Só essa usurpação explica a arrogância explícita daqueles que nos falam com inconcebível non sense desde o alto de sua fragmentada torre de marfim. O que dizem e escrevem tem o mesmo tom repressivo das providências adotadas pelo senhor Barroso nos altiplanos do TSE. Sai para o corpo a corpo da comunicação, como dono da eleição, dono das urnas e de cada urna, em defesa de um obscuro processo de votação e apuração
É o mesmo tom presunçoso que ouvi no discurso de Diaz Canel, presidente cubano, no dia 11 de julho. Ele falou como dono das ruas, sem apresentar credenciais para essa posse;  
Barroso fala como senhor da eleição, sem apresentar credenciais para se postar entre ela e os olhos do eleitor.

Todos os jornalistas e meios de comunicação que adestradamente reproduzem as manifestações do ministro ao Brasil e ao mundo usam artifícios muito rasos de linguagem para contornar as seguintes obviedades e dificuldades:

- nossas eleições não infundem certezas e exigem sucessivos atos de fé cuja natureza é tecnológica e, portanto, de um catecismo incomum entre os cidadãos;

- embora o sistema pelo qual se bate o TSE seja tão divinamente perfeito, de 178 países, apenas 16 usam algum tipo de urna eletrônica de votação e nenhuma grande democracia realiza - - eleições nacionais com artefatos como os usados no Brasil (1);

- sessões de votação fiscalizadas por partidos e candidatos, juntas escrutinadoras sob os olhos do juiz eleitoral, dos partidos, dos candidatos e da imprensa, boletins de urna acompanhados e conferidos por todos os interessados inspiram muito maior credibilidade do que uma urna incineradora que dá sumiço nos votos do eleitor;

- a impressão de votos pela urna, sua conferência visual pelo eleitor, o recolhimento mecânico desse sufrágio  para uma outra urna com cujo conteúdo o BU eletrônico possa ser auditado, não é um retorno ao velho voto em papel como falsamente informa o TSE;

- não há como comprovar fraude num sistema em que os votos não podem ser contados aos olhos de todos;

- há algo muito misterioso na atmosfera política quando mero aperfeiçoamento do sistema para atender à transparência e à publicidade exigida dos atos eleitorais suscita súbitas mudanças de opinião dentro do Congresso Nacional, após inusitada visita do ministro presidente do TSE...

Negar tudo isso exige a mesma dificuldade de visão e de percepção requerida para não notar que os indícios trazidos pelo presidente têm vício de origem. É contra ele que se faz toda essa mobilização de bastidores. E você, eleitor, não conta. Você também foi demitido do processo; vota e não bufa
Nem uma palavra é dita a seu respeito por aqueles que, com unhas e dentes se aferram a essa velharia eletrônica em que votamos..

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.