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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Petistas são agredidos por PMs após tumulto com eleitores de Bolsonaro [na verdade os 'militontos' agrediram os policias militares, que reagiram.]

Segundo Secretaria da Segurança, policiais reagiram com "força proporcional" para conter o tumulto

Militantes do PT foram agredidos, na noite deste domingo (28), por policiais militares após uma confusão com eleitores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.  Segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), a confusão começou durante passagem de alguns veículos que comemoravam a vitória de Bolsonaro. Eleitores de Fernando Haddad jogaram objetos nos carros e policiais agiram para evitar brigas generalizadas.
Mulher fica ferida após confronto entre militantes petistas e a polícia no bairro de Rio Vermelho em Salvador (Reprodução/Twitter)
[pergunta inocente: o que essa mulher estava fazendo na rua, participando de tumultos? O candidato dela perdeu e com certeza se ela estivesse em casa, sem perturbar a ordem pública, não estaria machucada. ]  
De acordo com a SSP-BA, os PMs foram agredidos e usaram “força proporcional” para conter o tumulto. Uma jovem acabou agredida por policiais e foi levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), com ferimentos.  Na confusão, uma mulher também foi detida. Na condução da militante até a viatura, foi dado um disparo de arma de fogo para cima, com objetivo de dispersar o grupo que ameaçava liberar a detida.

As corregedorias das polícias informaram que montaram um esquema especial para colher depoimentos e emitir guias de corpo de delito para as pessoas que saíram agredidas com a ação policial. Nas redes sociais, o governador reeleito Rui Costa (PT) condenou os atos de violência e disse que determinou “ampla e rigorosa apuração” do caso.

Veja

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Militância truculenta



Também é com violência, chicanas e mentiras que os petistas defendem seu grande líder, Luiz Inácio Lula da Silva, das suspeitas de que esteja ocultando patrimônio e que se tenha beneficiado de suas relações fraternas com empreiteiros de grosso calibre. É o que resta à tigrada, pois Lula não lhe dá alternativa: sem conseguir elaborar uma explicação convincente para os “presentes” que recebeu daquela turma da pesada, envolvida de corpo e alma no petrolão, o ex-presidente prefere tratar como inimigos todos os que estão a lhe cobrar esclarecimentos, o que explica a reação selvagem por parte dos que ainda se dispõem a segui-lo.

Não que a atitude belicosa dos petistas seja propriamente inesperada. Não é de hoje que gente grossa do partido prefere o caminho do confronto para intimidar aqueles que considera seus oponentes – e, uma vez criado o conflito, os petistas posam de vítimas da truculência dos “inimigos da democracia”.

Foi o que aconteceu na quarta-feira passada, quando os sindicatos ligados ao PT arregimentaram algumas centenas de manifestantes para expressar apoio a Lula diante do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. O ato fora organizado em razão do esperado depoimento do ex-presidente e de sua mulher, Marisa Letícia, sobre o mal explicado caso do triplex no Guarujá. O depoimento havia sido suspenso no dia anterior, graças a uma manobra petista contra o procurador do caso, mas mesmo assim os sindicalistas decidiram manter o protesto.

Com clara disposição para a provocação, os petistas chamaram para a briga um punhado de manifestantes que ali estavam para protestar contra Lula. Os apoiadores do ex-presidente recorreram à força quando o grupo adversário tentou inflar o famoso boneco que retrata Lula como presidiário. Considerando-se ofendidos pelo tal boneco, os petistas fizeram de tudo para furá-lo, enfrentando não apenas os manifestantes anti-Lula, mas os policiais que estavam tentando apartar os grupos. A PM teve dificuldades para conter os arruaceiros.

Passado o incidente, o PT, a despeito do que mostram as imagens, julgou-se vítima da “política truculenta da PM comandada pelo PSDB, que resiste em conviver com o direito democrático de manifestação”. Na mesma nota, o partido chegou ao cúmulo de dizer que a polícia “comandada pelo governador Geraldo Alckmin” atuou “em proteção ao boneco da imagem do ex-presidente”, o que jamais aconteceu.

Mas é inútil esperar que os militantes petistas demonstrem alguma estima pela verdade. Nisso agem estritamente de acordo com o manual do mestre Lula, que ensina a mentir sem corar. Numa de suas mais recentes aulas de descaramento, o mandachuva do PT, quando questionado sobre o fato de que uma operadora de telefonia camarada instalou uma antena de celular perto do sítio que ele frequenta como se fosse seu, em Atibaia, mandou dizer simplesmente que “nem tem telefone celular”.

Lula também quer que todos acreditem, conforme se lê em uma das furibundas notas oficiais emitidas por seu instituto, que o fato de ter mandado boa parte de sua mudança para o tal sítio quando deixou a presidência não tem nada de mais, pois tudo foi feito “com o consentimento dos proprietários, que são amigos de Lula e de sua família há décadas”. Aqueles que ousam desconfiar dessas e de outras tantas explicações esdrúxulas fazem parte, segundo o Instituto Lula, “da ruidosa guerra que os grandes meios de comunicação movem contra o ex-presidente desde 2002”.
É assim, expressando-se em termos que incitam seus seguidores à violência, recorrendo a manobras capciosas para não se ver obrigado a falar a verdade nos foros adequados e esforçando-se para inventar uma conspirata onde só há perguntas legítimas, que Lula pretende esquivar-se de dar explicações para a incrível generosidade de seus amigos empreiteiros, classificada por Gilberto Carvalho, seu notório escudeiro, como “a coisa mais natural do mundo”.

Fonte: Publicado no Estadão - Editorial do Estadão