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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Efeitos imediatos

O acordo que o governo fechou com o setor de transporte de carga significa o seguinte: será tirado dinheiro do Orçamento para compensar a Petrobras pelo subsídio dado ao diesel. O governo cedeu no quarto dia da greve dos caminhoneiros e das empresas de transporte. Será criada uma câmara de compensação que vai ressarcir a Petrobras por reajustar apenas uma vez por mês o preço do combustível.

Que a greve era também dos empresários ficou claro em um dos itens do acordo repetido pelo ministro Eliseu Padilha de não reonerar o setor. Quem paga o imposto sobre a folha é quem tem funcionário. Um autônomo, por definição, não tem. A propósito, greve de empresário, locaute, é proibido por lei. O governo sabe que eles estavam ferindo a lei, mas não teve forças para enfrentá-los. Preferiu tratar o espinhoso tema, diplomaticamente. O governo sabe que está fraco e que o risco que o país corria com essa chantagem era alta demais. O país viveu ontem um dia de Venezuela, com supermercados racionando a compra de produtos e mercadorias faltando, crianças sem aula, e avisos como a que fez a Cedae no Rio, de que poderia haver falta de água. Essa não foi a primeira greve do setor de transporte de carga no país, mas a economia mudou muito e os efeitos agora são mais imediatos. Durante o dia inteiro o governo negociou com os representantes dos caminhoneiros e da indústria de transporte de carga. Depois que o governo anunciou suas concessões, o Rio anunciou a queda do ICMS. O Rio é que tem a maior alíquota de ICMS sobre combustíveis e tem tido, por outro lado, um grande ganho com o aumento de 70% do pagamento de royalties e participação especial.

Há 19 anos, em 1999, o governo enfrentou uma greve muito parecida com a que está ocorrendo agora. Até o negociador era o mesmo: o ministro Eliseu Padilha. O governo chegou a ameaçar usar o Exército para desbloquear as estradas, mas no quarto dia cedeu e recuou dos reajustes de diesel e dos pedágios. É sempre no quarto dia.
A diferença entre as outras greves do setor e a atual é que a difusão da tecnologia permitiu que a economia aprofundasse o sistema just in time, ou seja, trabalha-se com pouco estoque e dependendo da entrega diária de produtos. Com isso, em pouco tempo a economia fica desorganizada. O just in time não é apenas na indústria, é em toda a economia. Outra mudança é que naquela época os caminhoneiros tinham uma liderança clara. Hoje há uma dispersão de líderes, e eles não necessariamente refletem as bases que se organiza por WhatsApp.

O que não mudou é que naquela época como agora o apoio das grandes empresas de transporte garantiu o sucesso da greve. Os caminhoneiros decretam a paralisação e realizam os bloqueios nas estradas, mas as empresas que os contratam dão seu aval. O produtor perde sua produção, o consumidor é explorado ao ter que pagar mais caro pelo que encontra, mas o transportador acaba lucrando com as concessões feitas pelo governo, como a que está sendo apresentada agora, de redução de impostos e preços fixos por um tempo.  Há excesso de oferta de transporte de carga, o que deveria dar às grandes empresas do setor poder de barganha para parar o movimento grevista. O governo passado deu um enorme subsídio para a compra de caminhões, mas logo depois o país entrou em recessão e o setor ficou então com capacidade ociosa. Se a economia estivesse funcionando normalmente, seria difícil fazer greve.

Os efeitos se espalharam da feira do bairro às grandes negociações em bolsa. A Petrobras foi ontem a empresa que teve a maior queda de ação na bolsa americana, com uma perda de US$ 12 bilhões, segundo a Economática. O que a indústria de transporte quer, de fato, como resultado final da greve dos caminhoneiros, é a volta da política de preços que vigorou no governo Dilma, quando o governo controlava os preços de combustíveis, a Petrobras ficava com o prejuízo, os maiores beneficiários do subsídio ao diesel eram os donos das empresas de transporte. Ontem encontrou-se uma fórmula de controle disfarçado. O que acontece a partir de agora é que dinheiro diretamente do Orçamento vai subsidiar um combustível fóssil.

Coluna Miriam Leitão, com Alvaro Gribel - O  Globo

sábado, 3 de outubro de 2015

10%: o Judiciário e a oposição

 Membro do Poder Judiciário e servidor do Poder Judiciário são coisas distintas
Ao reduzir o seu salário e o dos ministros em 10%, a presidente Dilma faz um contraponto com o Poder Judiciário. Para atendê-lo, o Congresso aprovou reajuste de 78%.  

Dilma vetou esse índice e propôs um aumento de 41,4%, escalonado até 2019. Os governistas avaliam que a redução salarial da presidente vai pressionar o Judiciário e a oposição, quando for votado o veto aos 78%.
[ESCLARECIMENTO:
Dilma, não teve, não tem e nunca terá coragem, ousadia, petulância, de impedir qualquer aumento salarial aos MEMBROS do Poder Judiciário  - tanto que suas excelências além de vários ajustes e reajustes recebidos, já cuidaram da reposição da inflação deste ano,  que ainda não terminou,  e já 'imaginada' pelos MEMBROS do Poder Judiciário em 15%.

Dilma também não reduziu o salários dos parlamentares - (MEMBROS do Poder Legislativo) e a razão foi a mesma que a impediu de se intrometer no aumento dos MEMBROS do Poder Judiciário = ou seja, COVARDIA = reajustados nos percentuais e nas vezes em que o salário dela e dos seus  ministros  foi reajustado.

O que ela fez foi apenas reduzir o salário dela - que não gasta com nada, visto  que todas as suas despesas correm por conta da nação (as famosas despesas de representação) e as pessoais/particulares também a 'viúva' banca, via 'cartões corporativos'. Tanto que a redução salarial divulgada apenas reduziu um pouco sua capacidade de 'poupança' - sendo avessa a guardar dinheiro em bancos, a 'soberana búlgara' guarda no colchão.
O salário dos ministros do Poder Executivo sofreu uma redução ínfima, só para  enganar otário = eleitor da Dilma.

 Os servidores do Poder Judiciário - que NÃO SÃO MEMBROS daquele Poder - estão desde 2006 sem receber aumento salarial. O tão apregoado reajuste, nada mais é do que a tentativa de repor as perdas salariais acumuladas desde aquela data.]


A campanha contra Cunha
O PSOL aposta na erosão da base de apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Para isso, pediu à PGR que confirme ter recebido informações sobre contas do peemedebista na Suíça. Não há prazo para a resposta. O deputado Ivan Valente (SP) anuncia que, se confirmado, o PSOL representará contra ele no Conselho de Ética. “O problema é a hipocrisia do PSDB e do DEM, que querem que ele patrocine o impeachment antes de derrubá-lo, e o medo do PT”, diz. Na terça-feira, Valente vai cobrar, na CPI da Petrobras, que Cunha cumpra promessa feita em depoimento voluntário em março, quando disse que voltaria à comissão se necessário.


Me manda um telegrama
Um dos relatos da festa do PMDB, anteontem no Jaburu, é divertido. Quando o ministro Eliseu Padilha (Aviação) foi recebido pela presidente, estendeu papéis em sua direção. Foi atalhado: “Não quero ver isso. Você está confirmado”. Então, ele retrucou: “Presidente, não é uma carta de demissão, é um relatório do meu trabalho”.

Avulsas transcritas da Coluna do Ilimar Franco em O Globo