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domingo, 29 de agosto de 2021

Felizes para sempre - Revista Oeste

Foto: Montagem com Imagem Shutterstock
Foto: Montagem com Imagem Shutterstock 
 
— Você é feliz?

— Ainda não.

— Mas não perdeu a esperança, pelo visto.

— De jeito nenhum. Eu chego lá.

— Lá, aonde?

— Na felicidade.

— É isso aí. Tem que manter o pensamento positivo.

— Não é pensamento positivo. É estratégia.

— Ah, é? Qual?

— Agenda 2030.

— Como assim?

— É um projeto muito bacana. Estou nele.

— Mas 2030 não tá um pouco longe?

— Tá, mas vale a pena.

— E como é esse projeto?

— Não sei direito. Só sei que é muito bom.

— Sei… E o que ele tem de bom?

— Bom, não. Muito bom.

— Certo. O que ele tem de muito bom?

A ideia geral. Me identifiquei totalmente.

— Qual seria essa ideia?

— É uma ideia muito simples e muito inteligente.

— Juntar simplicidade com inteligência costuma dar boa coisa mesmo.

— Muito boa. Estou animado.

— E qual seria esse plano 2030?

— Seria, não. Será.

— Vejo que você está confiante.

— Totalmente.

— Estou precisando confiar em alguma coisa também.

— Então vem comigo.

— Pra onde?

— Pra agenda 2030.

— O que eu tenho que fazer pra embarcar nessa?

— Nada. Só embarcar. Eles cuidam do resto.

— Legal. Parece prático.

Vou repetir: em 2030 vamos ser felizes.

— Muito prático. Simplicidade e inteligência, como te falei.

— Bem lembrado. E qual seria a ideia geral mesmo?

— Seria, não. É.

— Opa, desculpe. Ainda me falta confiança.

— Normal. Você chega lá.

— Tomara. Então qual é mesmo a ideia geral?

— Sinto que você está um pouco ansioso.

— Talvez.

— Também fiquei assim no começo. É a vontade que 2030 chegue logo.

— Deve ser. E por que mesmo a gente quer que 2030 chegue logo?

— A sua memória não tá legal mesmo, hein? Não retém nada do que eu falo.

— Desculpe.

— Tudo bem. Vou repetir: em 2030 vamos ser felizes.

— Ah, é! Poxa, como pude me esquecer de uma coisa tão boa?

— Acontece. Pode ser medo de ser feliz.

— Já ouvi falar.

— Muito comum. Mas você vai superar.

— Obrigado.

— De nada. No que você embarcar na agenda 2030 já vai se sentir outra pessoa.

— Será?

— Experimenta.

— Tá bom. Embarquei.

— Parabéns! E aí, já tá sentindo a mudança?

— Não sei, acho que sim…

— Não se reprime. Deixa a felicidade começar a se espalhar pelas suas células. Sem medo.

— Ok. Estou tentando.

— Ótimo.

— Estranho é que mesmo aqui dentro da agenda 2030 ainda não estou conseguindo ver a ideia geral do projeto.

— Não se preocupa. Você ainda está com seu olhar para o mundo defasado. Daqui a pouco sua visão se abre.

— É bom sentir a sua confiança.

— Aprendi com a agenda 2030.

— Incrível. Será que enquanto a minha visão não se abre você pode me dar uma ideia sobre a ideia da coisa.

— A ideia da ideia… Viu como você já tá pensando com mais clareza?

— Você acha?

— Acho, não. Tá na cara!

— Que bom. Então, a ideia da ideia seria…

— Seria, não. É! Repete comigo: a ideia É!

— A ideia é.

— Perfeito. Sua confiança já está visivelmente maior.

— Opa, legal. Então vou aproveitar que estou confiante e perguntar sem meias palavras, ok?

— Pode perguntar o que quiser. Não existe segredo na agenda 2030.

Obrigado. Lá vai: qual é a ideia geral do projeto?

— Percebo que a sua confiança aumentou, mas a sua ansiedade ainda não diminuiu.

— Isso é normal?

— Absolutamente normal. Afinal, todos queremos que 2030 chegue logo.

— Fico mais tranquilo. E enquanto ele não chega você poderia me dar uma ideia da ideia geral da coisa?

— Claro. Não vou te torturar com isso.

— Te agradeço. Então, qual é?

— É uma ideia muito inteligente e muito simples.

— Essa parte já entendi.

— Ótimo. Você está pegando rápido.

— Obrigado. E qual é mesmo a ideia?

— A ideia é a seguinte: “Em 2030 você não vai ter nada e vai ser feliz”.

— …

— Ficou até sem fala, né? Também fiquei no começo. É porque parece bom demais pra ser verdade.

— Quem criou esse plano?

Uns bilionários reunidos na Suíça.

Eles também não vão ter nada em 2030?

— Essa parte não foi detalhada no plano.

— E por que você confia tanto nesse plano?

— Porque já vi que ele funciona.

Como?

— Com os trancamentos do lockdown — outra ideia simples e genial da mesma turma que fez a agenda 2030 — eu fui à falência.

— Você acha isso bom?

— Claro! O plano é “você não vai ter nada e vai ser feliz”. A primeira metade dele já se concretizou pra mim.

— Isso é verdade. Só falta a felicidade, né?

— Calma. Uma coisa de cada vez.

Leia também “Democracia na marca do pênalti”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste 

 

terça-feira, 3 de julho de 2018

Jogador da Dinamarca é ameaçado de morte após perder pênalti

Federação Dinamarquesa de Futebol defendeu o atacante Nikolai Jorgensen: "Denunciamos este problema à polícia para colocar um fim nesta loucura"

O sonho de avançar na Copa do Mundo chegou ao fim para a Dinamarca no último domingo, com a derrota nos pênaltis para a Croácia, após empate por 1 a 1 no tempo normal. Responsável por perder a última cobrança, o atacante Nikolai Jorgensen passou a sofrer com agressões verbais e até ameaças de morte através das redes sociais.

O atacante foi alvo de ofensas homofóbicas, entre outras publicações que o condenaram pelo pênalti perdido. “Vai se f…”, “você destruiu a Dinamarca, seu porco” e “morte ao Jorgensen” foram alguns dos comentários postados nas redes sociais do jogador do Feyenoord.

As ameaças geraram até posicionamento da Federação Dinamarquesa de Futebol, que defendeu o atleta. “Parem. Nossa sociedade nunca deve aceitar ameaças de morte, seja contra estrelas da Copa do Mundo, políticos ou outros. É totalmente inaceitável e obsceno. Denunciamos este problema à polícia para colocar um fim nesta loucura”, comentou.

No domingo, Dinamarca e Croácia ficaram no 1 a 1 ao longo dos 90 minutos, resultado que se estendeu na prorrogação. O jogo foi para os pênaltis, e aí brilhou a estrela do goleiro Subasic, que defendeu as cobranças de Eriksen, Schöne e Jorgensen, na tentativa derradeira.

Veja
 

 

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Foi muito bonito acompanhar o pai torcendo pelo filho




Schmeichel ia virando o herói da partida contra a Croácia 


Moscou, 1 de julho de 2018



O dinamarquês Schmeichel defendeu três pênaltis na partida contra a Croácia - MARTIN BERNETTI / AFP


Pedro querido,
Mamãe me contou que hoje você foi capitão do time da escolinha num amistoso e voltou pra casa chateado com o resultado. Aí eu fiquei vendo o jogo da Croácia e pensando em quantas emoções passam pela cabeça de quem está no campo. Não sei se vai te consolar, mas imagina o que seria estar na pele do Modric hoje!

Em primeiro lugar, ele teve de bater um pênalti que nem precisava ter existido! O Rebic driblou o goleiro e perdeu a passada na hora de completar para o gol. Ainda tentou continuar a jogada depois que foi derrubado, mas não deu. E aí... O Schmeichel ia virando o herói da partida!

Vi o pai dele (que eu achava um goleiraço e vi jogar contra o Brasil na Copa de 98) e pensei: se eu e a Mamãe já sofremos tanto vendo você jogar a Copinha, imagina uma Copa de verdade... Foi muito bonito acompanhar o pai torcendo pelo filho.

Mas o.personagem principal seria mesmo o Modric. Na disputa de pênaltis, ele bateu o dele ainda pior do que na prorrogação. Mas fez o gol e, o mais importante, mostrou coragem. Lembrou muito o que aconteceu com o Zico na Copa de 86, num jogo contra a França que marcou a minha geração. Só que o Brasil perdeu aquela disputa de pênaltis.

A Croácia ganhou, graças às três defesas do goleiro Subasjc - para você que gosta de datas, a última vez que isso aconteceu numa Copa foi há exatamente 12 anos, quando Ricardo, de Portugal, ajudou a eliminar a Inglaterra. E apesar de o Schmeichel ter feito mais duas!

A imagem do Modric pulando no colo do Subasjc já é uma das mais legais da Copa do Mundo. E a Croácia ganhou a simpatia de muita gente com esse sofrimento. Agora quero ver achar a camisa que você pediu... Mas vou tentar até o fim, como os croatas fizeram.
Beijos para você, Mamãe e Nina. Com saudade,

Papai
 

Diário de Moscou