Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Por
que a Câmara dos Deputados aprovou a prisão do deputado Daniel Silveira,
silenciou perante o “fique em casa” e o “lockdown”, aceitou os
primeiros ataques à liberdade de expressão e tolerou que até seus
membros fossem sancionados com restrições de direitos de uso das redes
sociais?
Por que, como
poder de Estado com legitimidade para representação do povo,
conformou-se quando a cúpula do Judiciário foi assumindo competências do
Governo e do Parlamento?
Por que se
aquietou quando ato soberano de concessão de graça a um parlamentar foi
jogado à lixeira no plenário do STF?
E por que o Senado da República
nunca reagiu aos abusos de poder, reelegeu com ampla margem o mais
omisso de seus presidentes e nada faz para conter a onda totalitária que
agora conflui ao novo governo?Por que apenas uns poucos e valorosos
discursos ousaram protestar contra a violência que caracteriza a
cassação do deputado Deltan Dallagnol?
Nesse já
longo e sinistro caminho, enquanto tantos se ocupam com a CPI das
apostas, das Americanas, das criptomoedas, e outras questões de variado
porte, uns poucos e bravos deputados custam a encontrar assinantes para a
CPI do abuso de autoridade. Então, cravo aqui mais um “por quê?”.
Há várias
respostas, mas a essencial é a enorme distância que nosso sistema de
eleição proporcional estabelece entre os parlamentares e os cidadãos,
entre Brasília e a Santana do Livramento onde nasci.
Em nosso sistema,
deputados e senadores só têm contato com quem está na sua bolha. Não são
abordados, nem conhecidos.
Menos ainda são reconhecidos e cobrados por
quem está fora de seu convívio, de suas equipes e dos recursos que
liberam em destinações específicas. Cristalizou-se no Brasil um sistema
antipovo.
Por isso,
temas da cidadania não suscitam interesse do parlamento, a menos que, em
surtos de animação, as redes sociais sejam acionadas. Por isso, cá nas
escarpas da realidade, longe da planície dos favores, costumamos dizer
perante raros congressistas favorecidos por convite para se manifestar
em algum canal de tevê: “Esse me representa!”.
É o cidadão brasileiro
que habita em nós diante de alguém que desviou os olhos dos interesses
pessoais e viu a nação, viu a democracia solapada, o estado de Direito
corrompido, a liberdade sendo suprimida, os brutamontes se multiplicando
e elevando o tom de voz.
Os temas da
cidadania morrem à míngua com esse sistema eleitoral! Creia, leitor
amigo, voto distrital faz de cada deputado representante de todos em seu
distrito, devedor de explicações a quaisquer de seus cidadãos. Se não
os representar bem, perde o mandato por decisão daqueles que o
concederam. É vacina indispensável à cura da enfermidade que descrevi,
capaz de sanar o primado da estupidez e da aberração instalado no país.
Sei que isso não é fácil nem para já.
Por enquanto, só posso apontar a
razão não-monetária pela qual nosso Congresso não lhe dá a mínima bola,
cidadão.
Os votos da reeleição já estão sendo comprados com recursos da
torneira conectada a seu bolso.
Percival
Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
“Podemos
fazer todos tremerem nas bases com a nova variante”: governo britânico
fez uso do medo para controlar população na pandemia
Matt
Hancock, que foi secretário da saúde do Reino Unido nos primeiros 18
meses da pandemia, teve 100 mil mensagens de WhatsApp do período vazadas
para ojornal The Telegraph.
Os cidadãos britânicos ganharam acesso privilegiado aos
bastidores da resposta de seu governo à pandemia. Cem mil mensagens do WhatsApp
de Matt Hancock, que atuou como secretário da saúde do país entre julho de 2018
e junho de 2021, foram vazadas pela coautora de seu livro de memórias “Pandemic
Diaries” (“Diários da Pandemia”, em tradução livre, 2022) para o jornal The
Telegraph. Ele ocupou, portanto, o cargo do Reino Unido equivalente à de
ministro da Saúde no Brasil nos primeiros 18 meses da pandemia, a fase mais
crítica da crise de saúde global. Representantes de Hancock disseram que um
acordo de confidencialidade foi violado com o vazamento.
Desde a semana passada (28), as revelações com base nas mensagens têm sido publicadas pelo Telegraph.
Matt Hancock deixou um assessor oferecer tratamento especial para ao
menos um político ter acesso a testes quando eram escassos, superestimou
a cobertura da testagem, fez uma lista secreta de 95 parlamentares a
serem pressionados para aceitar o lockdown, considerou usar um centro
para deficientes como moeda de troca para obter o voto de um parlamentar
a favor do lockdown, pediu que a polícia endurecesse contra quem
furasse o confinamento, descartou aimunidade de rebanho como parte da
estratégia, defendeu fechamento de escolas, ficou chocado que havia
consultores científicos ganhando até um milhão de libras por dia(R$ 6,1
milhões, na cotação atual) do governo.
Hancock falou mal pelas costas da chefe da Força-Tarefa da
Vacina porque ela questionou na imprensa sua promessa de vacinar toda a
população em prazo arbitrário, e continuou a política chamada de “desumana” por
uma colega de banir visitas a idosos, impondo solidão a eles. Ele também
rejeitou conselho de especialista para testar toda pessoa que entrasse nos
asilos de idosos, lançando dúvida na alegação do governo de que havia posto um
“cordão de proteção” em torno do grupo vulnerável.
Algumas mensagens são pouco lisonjeiras sobre a impressão
que o ex-secretário de saúde tinha de si mesmo. Ele fez elogios às próprias
fotos na imprensa e via na pandemia um trampolim político para alturas maiores,
rejeitou conselhos de dar trégua no isolamento porque “implicaria que estávamos
errados”. Muitos outros atores estão nas mensagens, inclusive o ex-primeiro-ministro
britânico Boris Johnson. Na maior parte, Hancock não agiu sozinho.
Projeto do Medo e Lockdowns Em 23 de março de 2020, o Reino Unido começou o primeiro de três lockdowns. O último foi encerrado mais de um ano após o início do primeiro. Boris Johnson pedia que os cidadãos ficassem em casa e prometia que a curva do crescimento e queda do vírus, que ele chamava de “sombreiro”, seria achatada em três semanas.
Como contou a Gazeta do Povo em fevereiro do ano
passado, o governo britânico usou
teorias de ciência comportamental, a conselho de especialistas, para manipular psicologicamente
sua população a aderir ao lockdown por medo. Hancock participou disso. Em
uma das mensagens vazadas, para um assessor em 13 de dezembro de 2020, ele
planeja como superar uma possível resistência do prefeito de Londres a mais um
lockdown. O assessor sugere usar uma nova variante. “Podemos fazer todos
tremerem nas bases com a nova variante”, diz Hancock. “Sim, é isso que vai dar
na mudança de comportamento apropriada”, responde o colega. “Quando acionamos a
nova variante?”, pergunta o secretário da saúde.
As mensagens vazadas mostram que Liam Booth-Smith, hoje
assessor especial do primeiro-ministro Rishi Sunak, tentou quatro dias antes do
início do primeiro lockdown introduzir uma crítica à ideia de fechar o país.
Booth-Smith via uma contradição na “lógica do lockdown”. “Se os negócios estão
vendo sua renda cair”, disse ele em um grupo do WhatsApp, “isso sugere que as
pessoas estão na verdade obedecendo [às regras de segurança] e não indo a
restaurantes, lojas etc... Então, qual benefício adicional o ‘confinamento’
traz?”
Dominic Cummings, na época consultor político sênior de
Johnson, respondeu que todos deveriam parar de usar o termo “lockdown” por ser
confuso, e que o problema era definir o que seria uma atividade “não
essencial”. No mesmo mês, Cummings violou as regras do confinamento e viajou
para fora de Londres enquanto tinha sintomas de Covid-19.
Hancock e Sunak (então ministro das Finanças) defenderam
Cummings na época, mas em mensagens privadas um ao outro se disseram aliviados
por se livrarem dele em novembro daquele ano: “Um pesadelo que espero que nunca
tenhamos que repetir”, disse Sunak. Estrategista político profissional, Cummings
usou sua posição no governo para sua empresa de pesquisas ganhar um contrato de
580 mil libras (R$ 3,5 milhões), sem concorrentes, para monitorar a opinião
pública durante a pandemia.
E foram pesquisas de opinião pública, não “seguir a ciência”,
como dizia o governo Johnson, o que muitas vezes determinava o curso das
decisões. Em 6 de junho de 2020, Boris Johnson mandou uma mensagem a Hancock
dizendo que queria encerrar o lockdown antes que o pretendido. Ele queria
promover um “dia da liberdade” que marcasse o fim das medidas restritivas. Mas
dois assessores de imprensa com carreira nos tabloides Daily Mirror (Lee
Cain) e The Sun (James Slack) aconselharam contra antecipar a reabertura
porque isso estaria “muito à frente da opinião pública”. Hancock concordou:
“Slack e Lee têm um bom argumento”.
Como
Cummings, o próprio Hancock também caiu de sua posição por ter furado
regras de confinamento em junho de 2021. Ele foi flagrado dando um beijo
em sua amante, Gina Coladangelo, também oficial do governo e casada,
hoje sua companheira. As mensagens vazadas mostram que ele também
escondeu convites à amante para jantares do G7.
A
menina dos olhos de Hancock na questão do confinamento foi seu plano de
lockdown com zonas baseadas em prevalência da Covid em outubro de 2020.
Foi em nome deste plano que ele ignorou uma mensagem de Helen Whately,
ministra de serviço social. “Estou ouvindo que há pressão para banir
visitas aos asilos na zona 2 e na zona 3. Você pode ajudar?”, escreveu
Whately. “Eu me oponho a isso. Onde os asilos têm visitação segura
contra Covid, devemos permitir. Impedir maridos de verem suas esposas
porque elas por acaso vivem em asilos, por meses e meses, é desumano”.
“Ouvindo de quem?”, respondeu Hancock. “A zona 2 teve
consenso ontem, até onde sei”. Whately repetiu sua opinião: “foi errado para os
asilos”. Dias depois, quando as regras foram implementadas, a zona 1, de maior
relaxamento, só permitia dois visitantes recorrentes por idoso. O segundo
lockdown geral começou em 5 de novembro, com o governo permitindo que os asilos
fizessem suas próprias políticas de visitação, uma parte dos quais chegou a
banir todos os visitantes. A segunda onda da Covid, concomitante às medidas,
foi a mais letal para os idosos do país. Quase todos os internos de asilos
haviam sido vacinados em janeiro de 2021, quando Whately voltou a falar em
relaxar as regras para visitações “dados os riscos de vidas perdidas pelos
idosos desistirem [de viver], além de pela Covid”. Hancock respondeu “sim para
as visitas, mas só depois de algumas semanas”. As visitações retornaram a um
nível próximo da normalidade só seis meses depois.
Em novembro e dezembro de 2020, quando Hancock queria
introduzir seu sistema de confinamento em zonas, muitos dos parlamentares
conservadores, partido do governo, estavam ficando céticos quanto à eficácia das
medidas. Os votos deles eram necessários na Câmara dos Comuns para o plano ser
implementado. Foi então que, junto a seu assessor Allan Nixon, o secretário da
saúde fez uma planilha com uma lista negra de 95 parlamentares resistentes do
Partido Conservador. Os mais irredutíveis eram marcados em vermelho (57 deles),
os mais persuasíveis em amarelo.
A
estratégia discutida nas conversas privadas de Hancock e Nixon era
ameaçar tirar verbas para projetos favoritos dos políticos caso não
votassem com o governo a favor das zonas sanitárias. James Daly,
parlamentar que representava o distrito de Bury Norte, na zona
metropolitana de Manchester, tinha deixado claro que não estava contente
com os lockdowns. Em mensagem de 22 de novembro, Nixon menciona que
“James quer seu Centro de Deficiência do Aprendizado em Bury”, para
deficientes mentais, e sugere que “a equipe da Saúde quer trabalhar com
ele para entregar isso, mas fica fora de questão se ele se rebelar”. A
resposta de Hancock: “sim, 100%”. Daly havia aparecido antes em fotos
com Hancock dando a entender para seus eleitores que obras de saúde
viriam para o distrito com a ajuda do secretário.
“Galinha sem cabeça” e a Força-Tarefa da vacina da AstraZeneca Clive Dix, doutor em farmacologia e diretor executivo de uma empresa especializada em descobrir novos medicamentos, que chefiou a Força-Tarefa da Vacina do governo britânico, disse em artigo no Telegraph que Hancock era “o mais difícil de todos os ministros” porque não dedicava tempo a “entender coisa nenhuma”. O ministro parecia perdido, “meio como uma galinha sem cabeça”. A vacina da AstraZeneca, que foi aplicada no Brasil, enfrentou problemas de fabricação que levaram Hancock ao “pânico”.
“Ele não acreditava em nós”, escreveu Dix. “Estávamos
trabalhando dia e noite para fazer a coisa funcionar, mas ele virava e dizia
‘eu disse que toda a população do Reino Unido será vacinada’. Mas não podíamos
mudar a natureza do processo [de fabricação] e ele não entendia isso”. Em
consequência, diz o profissional, Hancock acabou tomando para o país doses que
eram destinadas à Índia, fabricadas no país em desenvolvimento, para cumprir
“um cronograma arbitrário”. Essa atitude levou Dix a abdicar de sua posição.
Em outubro de 2020, quando a investidora de risco Kate
Bingham, outra chefe da Força-Tarefa, disse ao Financial Times que no
máximo metade da população britânica poderia ser vacinada no curto prazo, Hancock
reagiu. As mensagens no WhatsApp mostram-no dizendo que o gabinete do
primeiro-ministro “precisa sentar forte nela” pois ela teria uma “forma maluca
de expressar” suas opiniões “e é totalmente indigna de confiança”. Em seu
artigo, Dix considerou essa opinião injusta e “deplorável”. Bingham ganhou da
Rainha o título de Dama, o equivalente feminino de Sir, em reconhecimento por
seu trabalho com as vacinas.
As primeiras conversas sobre vacinas datam de fevereiro de
2020, quando uma reportagem alegou que Israel estava a semanas de desenvolver
um imunizante. Dominic Cummings perguntou sobre a credibilidade da notícia aos
consultores sêniores de ciência e medicina, respectivamente, Sir Chris Whitty e
Sir Patrick Vallance. Vallance não deu crédito à notícia, acertadamente. Whitty
comentou que “Para uma doença com uma mortalidade baixa (1%, a título
argumentativo), uma vacina tem que ser muito segura, então não se pode fazer
atalhos nos estudos de segurança”. O Reino Unido iniciou seu programa de
vacinação em massa em dezembro de 2020, antes de fazer testes completos em
humanos, que só começaram em janeiro de 2021.
Repercussão Um porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse que “é claro” que ele não gostaria que seus ministros se comportassem como Hancock, especialmente na ameaça do corte de verbas aos parlamentares.
O jornal Independent noticiou
nesta quarta (8) que o vazamento motivou os ministros do governo Sunak, do
Partido Conservador, a ligarem a função de deleção automática de mensagens no
WhatsApp. Membros do partido Liberal Democrata acusaram os ministros de “se
esconder por trás de mensagens que desaparecem”.
Delito contra a ética jornalística? As mensagens de Hancock foram obtidas porque ele próprio confiou na jornalista Isabel Oakeshott, coautora de seu livro de memórias da pandemia, que as vazou para o Telegraph. Em texto publicado na semana passada, no dia em que o jornal começou a publicar matérias com base no material (28), ela se justifica citando um poema de luto de uma viúva deixado no Muro Memorial Nacional da Covid, em Londres: “Sei que sua vida poderiam ter salvado; O governo, se tivesse se comportado”. A viúva foi proibida de estar na companhia do marido em seu leito de morte e de vê-lo no funeral pelas políticas sanitárias.
Há
no momento uma investigação pública independente da resposta à pandemia
no país chefiada pela Baronesa Heather Hallett, juíza aposentada e
membro da Câmara dos Lordes que também liderou um inquérito independente
sobre os ataques terroristas de 7 de julho de 2005. Oakeshott julga que
“podemos ter que esperar muitos anos antes que ela chegue a quaisquer
conclusões. É por isso que decidi liberar esse arquivo chamativo de
comunicações privadas — porque não podemos esperar mais por respostas”. A
jornalista também teme que os resultados da investigação sejam inócuos
devido aos esforços judiciais, com gasto de dinheiro público, para
censurar nomes e proteger reputações.
Matt Hancock teria mandado para Isabel Oakeshott, logo após
o anúncio do vazamento, na madrugada do dia seguinte (1º), uma mensagem
“ameaçadora”, diz a jornalista. Dessa vez, ela não revelou o conteúdo da
mensagem, mas aproveitou para dizer que também fez o vazamento pelas crianças,
dando estatísticas que mostram que a saúde mental delas piorou bastante na
pandemia por causa do fechamento de escolas do qual Hancock foi um dos
proponentes. Ela também mostrou gráficos ilustrando o declínio das capacidades
dos alunos em redação, gramática, matemática e ciência durante o mandato dele
como secretário da saúde.
O ex-ministro da saúde acusa Oakeshott de “traição” e o jornal Telegraph de
ter de alguma forma tirado de contexto ou manipulado as mensagens.
Sobre o bloqueio à construção do centro para deficientes em Bury, um
porta voz de Hancock disse à BBC que “o que foi acusado aqui nunca
aconteceu”. Daly confirmou à BBC Manchester que a ameaça não
foi cumprida, mas que ficou “muito decepcionado” ao saber da conversa.
“Só pensar que alguém usaria possíveis verbas que poderiam ajudar alguém
vulnerável na nossa comunidade para conseguir votos para o governo é
simplesmente inaceitável”, completou.
Em editorial de opinião publicado no WSJ este domingo, Emily Finley resgate Tocqueville para falar da nova "democracia" das elites, que pariu um imenso poder tutelar dos "especialistas" e que despreza a participação popular.
Democracia virou uma palavra vazia para justificar basicamente tudo, mas não conta mais com o povo. Seu nome é utilizado para conceder um mandato "sagrado"para que essas elites façam simplesmente o que der na telha. Vivemos a tirania das elites.
Quando vemos que Celso de Mello também declara apoio a Lula, isso fica mais claro ainda. Para a surpresa de zero pessoas, o“juiz de merda", segundo relato de Saulo Ramos, declara apoio ao chefe da quadrilha organizada, que ele descreveu exatamente nesses termos. Essa gente nem esconde que debanda para o lado de uma quadrilha criminosa.
Enquanto isso, Alexandre de Moraes faz um gesto bizarro durante o voto contrário de uma juíza, algo que carece de urgente explicação - mas ninguém da velha imprensa acha adequado cobrá-la. Imagina só se o “empresário bolsonarista” que foi alvo de inquérito arbitrário tivesse, em vez de mandado um simples"joinha" no grupo fechado de WhatsApp, feito um gesto em público de degola de algum desafeto…
Os "donos do poder" estão todos unidos contra um só homem, que nada tem além do povo ao seu lado.Já essa elite podre e corrupta tem a mídia, os sindicatos, os artistas, os banqueiros, os empreiteiros, os invasores de propriedade, as ditaduras socialistas do mundo todo etc; ela só não tem mesmo o povo!
O ministro Paulo Guedes esteve nesta terça no programa Flow, com enorme audiência, pois o brasileiro despertou e está interessado no futuro do país. Guedes deu uma aula!O número de desocupados no Brasil agora é de 9,7 milhões, 8,9% da população, menor taxa desde julho de 2015. E o emprego, nas palavras de Ronald Reagan, é o melhor programa social.
Esse governo vem fazendo o dever de casa com responsabilidade, entregando resultados apesar de lockdown, guerra e sabotagem interna.
O Brasil está dando certo, mas os monstros do pântano querem a volta da roubalheira.
Quem escuta a aula do Paulo Guedes e mesmo assim quer a volta de Mantega e Mercadante é um completo energúmeno - ou, claro, um safado oportunista.
O que essa elite podre tem feito é uma verdadeira degola de nossa democracia.
Confira e deduza o que o gesto sugere - vídeo de 58 segundos
Mas tudo em nome do povo e da democracia, claro, pois a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude, como sabia La Rochefoucauld...
Por razões estranhas, muitos imaginaram que os governos poderiam
simplesmente fechar uma economia e ligá-la novamente sem consequências
Foto: Shutterstock
A capacidade de negação dos norte-americanos é realmente espantosa. Por pelo menos 27 meses, deveria ter ficado óbvio que estávamos caminhando para uma grave crise. Não só isso: a crise já estava aqui em março de 2020. Por razões estranhas, muitos imaginaram que os governos poderiam simplesmente fechar uma economia e ligá-la novamente sem consequências. E ainda estamos aqui.
[atualizando: antes que a mídia militante contra o presidente Bolsonaro cite algo como referente ao Brasil, a matéria cuida predominantemente do desastre economico dos Estados Unidos da América, sob a presidência do dorminhoco e senil Joe Biden, com leves passagens pela Europa.]
Os historiadores do futuro, se houver algum inteligente entre eles, certamente ficarão horrorizados com nossa espantosa ignorância. O Congresso promulgou décadas de gastos em apenas dois anos e imaginou que seria bom. As impressoras do Fed (Federal Reserve, equivalente à Casa da Moeda nos EUA) funcionavam a todo vapor. Ninguém se importava em fazer nada sobre os emaranhados comerciais ou as quebras da cadeia de suprimentos. E aqui estamos.
Nossas elites tiveram dois anos para consertar esse desastre que se desenrolava. Não fizeram nada. Agora enfrentamos uma inflação terrível, sombria, extenuante e exploradora, ao mesmo tempo em que estamos mergulhando novamente na recessão, e as pessoas ficam se perguntando que diabos aconteceu. Vou lhes contar o que aconteceu: a classe dominante destruiu o mundo que conhecíamos. Aconteceu bem diante de nossos olhos. E aqui estamos.
Não há mais brindes Na semana passada, o mercado de ações cambaleou com a notícia de que o Banco Central Europeu tentará fazer algo sobre os mercados que combatem a inflação. Então, é claro, os mercados financeiros entraram em pânico, como um viciado que não consegue encontrar sua próxima dose de heroína. Esta semana já começou com mais do mesmo, por medo de que o Fed seja forçado a conter ainda mais seu evento de política de dinheiro fácil. Talvez não; mas a recessão parece iminente de qualquer maneira.
A má notícia está em toda parte. Mesmo em meio a mercados de trabalho muito apertados e desemprego muito baixo (principalmente mítico quando você considera a participação da força de trabalho), as empresas começaram a demitir trabalhadores. Por quê? Para se preparar para a recessão e a perspectiva de mais caos econômico à frente.
Funcionários do governo afirmavam que tudo ficaria bem. Muitas pessoas acreditaram neles, apesar de todos os dados apontarem exatamente o oposto
Gigantes da tecnologia que voam alto também estão restringindo seu entusiasmo. Aparentemente, o Facebook foi enganado ao pagar grandes agências de notícias para permitir que os usuários do FB tivessem acesso gratuito a artigos — sem dúvida àqueles que reforçavam a propaganda do governo, já que Mark Zuckerberg ofereceu toda a sua empresa para ser mensageira do regime em 2020. O FB foi roubado e agora está repensando. Não há mais brindes.
Este poderia muito bem ser o tema da vida norte-americana. Não há mais caridade. Não há mais bondade. Chega de fazer algo por nada. Em tempos inflacionários, todos se tornam mais gananciosos. A moralidade fica em segundo plano e a generosidade não existe mais. É cada um por si. Isso só pode ficar mais brutal.
Houve uma espécie de ruptura psicológica na última sexta-feira com as notícias da CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês).Não foi melhor do que no mês passado. Não foi o mesmo do mês passado. Foi pior: 8,6% ano a ano, o pior em 40 anos. Honestamente, todo mundo já sabia disso no fundo do coração, mas há algo sobre o anúncio oficial que o codificou.
Sem saída para o momento Mas digamos que empilhamos os dados em dois anos em vez de um ano. Com o que se parece? Chega a 13,6%. Nunca vimos nada assim. E está realmente começando a doer como nunca. O gás está acima de US$ 5 e os aluguéis a mais de US$ 2 mil por mês, em média. Os aumentos no trabalho pararam de chegar também. Pelo contrário, os empregadores esperam maior produtividade por cada vez menos dinheiro em termos reais.
Os preços têm um longo caminho a percorrer para lavar o papel espalhado pela economia mundial. Aqui está a onda de impressão em comparação com as tendências atuais de preços. De jeito nenhum isso vai melhorar antes de ficar muito pior.
Junte tudo, especialmente com as finanças em declínio, com as quebras da cadeia de suprimentos e outros deslocamentos econômicos, e é por isso que parece que as paredes estão se fechando. É porque estão. E realmente não há saída para ninguém neste momento.
E é assim que você obtém o pior índice de confiança do consumidor já registrado.
O que torna hoje diferente da década de 1970 é o ritmo em que tudo isso se desenrolou. Mesmo um ano atrás, funcionários do governo afirmavam que tudo ficaria bem. Muitas pessoas acreditaram neles, apesar de todos os dados apontarem exatamente o oposto. Realmente parece que nossos senhores e mestres acreditam que suas fantasias são mais reais do que a própria realidade. Eles dizem isso e de alguma forma se torna verdade.
Você pode imaginar que, apenas no mês passado, o governo Biden inventou a ideia de estabelecer um “Conselho de Governança da Desinformação”?
Ele foi projetado para roteirizar a verdade para todas as mídias sociais e meios de comunicação convencionais, censurando todas as dissidências.
O plano explodiu apenas porque era abertamente orwelliano para consumo público.
O que importa aqui é a intenção, que é nada menos que totalitária.
Vida de luxo sem trabalho A política é uma boa diversão para muitas pessoas, um esporte real e uma boa distração da vida real. Mas a política se transforma num negócio muito sério quando as finanças pessoais tornam a vida boa cada vez menos viável. No momento, todo mundo está procurando alguém para culpar, e a maioria das pessoas deu em cima do velho da Casa Branca.
De alguma forma, eles acreditam que Biden deveria fazer algo sobre todos esses problemas, apesar de uma carreira ao longo da vida de não saber nada e não fazer nada sobre nada.
Que coisa surpreendente ver desenrolar-se diante de nossos olhos, e tão rapidamente! O “mal-estar” de 1979 demorou muito para chegar, mas o colapso de 2022 atingiu muitas pessoas como um furacão, que de alguma forma evitou a detecção do radar. E, no entanto, pode estar longe de terminar.
Em 2020 e nos anos seguintes, o dinheiro apareceu como mágica nas contas bancárias de todo o país. Um terço da força de trabalho havia se acostumado a definhar em casa, fingindo trabalhar. Os alunos começaram a usar o Zoom em vez de aprender. Adultos que passaram a vida inteira abraçando as desutilidades normais do trabalho ganharam pela primeira vez a visão de uma vida de luxo sem trabalho.
Um dos resultados foi um enorme boom nas economias pessoais, mesmo que apenas por um breve período. Parte do dinheiro foi gasta na Amazon, com serviços de streaming e entrega de comida, mas também grande parte foi parar em contas bancárias, pois as pessoas começaram a economizar dinheiro como nunca antes, provavelmente porque as oportunidades de gastar em entretenimento e viagens secaram. As economias pessoais subiram para mais de 30%. Parecia que éramos todos ricos!
Esse sentimento não poderia durar. Uma vez que a economia se abriu novamente e as pessoas estavam prontas para sair e gastar suas novas riquezas, uma nova e estranha realidade se apresentou. O dinheiro que eles achavam que tinham valia muito menos. Também havia estranhas carências de bens que antes eles davam como garantidos. Suas novas riquezas se transformaram em vapor em questão de meses, cada mês pior que o anterior.
Como resultado, as pessoas tiveram de esgotar suas economias e recorrer ao financiamento da dívida, apenas para acompanhar o declínio do poder de compra, mesmo quando sua renda em termos reais caiu drasticamente. Em outras palavras, o governo tirou o que deu.
A teoria do mingau O longo período de negação parece ter acabado de repente. Pessoas de todas as convicções políticas estão fumegando de raiva. O crime em todos os lugares hoje em dia não é incidental ou acidental. É uma marca do declínio civilizacional. Algo tem que dar e vai dar em algum momento. A classe dominante neste país e seus amigos ao redor do mundo causaram uma tremenda destruição.
Aqui está o poder de compra do dólar desde 2018. Veja o que nossos governantes fizeram!
E, no entanto, o que nossos governantes têm a nos dizer?Eles nos dizem para confiar mais no vento e no sol — as palavras exatas de Janet Yellen ao Senado. Eu costumava pensar que ela era uma espertinha, mas acho que o poder transforma mesmo as boas mentes em mingau. Mingau é exatamente o que eles fizeram de uma nação outrora próspera e esperançosa.
O aspecto mais frustrante de tudo isso é a falha desenfreada em conectar causa e efeito. A causa deve ser clara: tudo isso foi iniciado pelas políticas mais flagrantes, arrogantes, irresponsáveis, imprudentes e brutais já perpetradas em toda a vida norte-americana, tudo em nome do controle de doenças.
Ainda estou para ver evidências de que qualquer uma das pessoas e agências que fizeram isso conosco está disposta a reavaliar suas decisões. Pelo contrário.
Deve haver um acerto de contas.Não foram os pobres, as classes trabalhadoras ou a pessoa na rua que fizeram isso.
Essas políticas não foram um ato da natureza.
Elas nunca foram votadas pelas legislaturas.
Foram impostas por homens e mulheres com poder administrativo descontrolado, sob a crença equivocada de que tinham tudo sob controle. Eles nunca fizeram e não fazem agora.
É
uma tragédia; o Brasil está produzindo analfabetos, quando necessita
desesperadamente fazer o exato contrário - dar à população ensino de
melhor qualidade
A educação pública no Brasil vive possivelmente os piores momentos que já teve em muitos anos; está entre as mais infames do mundo e, além disso, como se vê agora, é assaltada por quadrilhas de corruptos. A polícia investiga a exigência e o pagamento de propinas, numa operação de tráfico de influência na distribuição de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para as escolas municipais. O ex-ministro Milton Ribeirofoi preso, por suspeitas de envolvimento no esquema. Treze mandados judiciais de busca e apreensão estão sendo cumpridos, em quatro Estados. Pastores evangélicos são denunciados por sua participação no roubo. É um fundo de poço – se fosse possível saber se este poço tem fundo.
Tudo o que o Brasil não precisa neste momento é exatamente isso que está acontecendo.Com as escolas fechadas durante dois anos, por conta dos “lockdown” anti-covid,o número de crianças de seis e sete anos de idade que não sabem ler nem escrever aumentou de 1,4 milhão, em 2019, para 2,4 milhões em 2021. É uma tragédia. O Brasil está produzindo analfabetos, quando necessita desesperadamente fazer o exato contrário: dar à população ensino de melhor qualidade, com a transmissão dos conhecimentos hoje indispensáveis para que os jovens possam aspirar à uma vida profissional mais digna e contribuir com o bem-estar da sociedade. O país está imensamente atrasado nesta área - fica, a cada pesquisa internacional sobre situação do ensino, entre os piores do planeta.
Que esperança de progresso real se pode ter, em pleno século XXI, quando o número de analfabetos aumenta?Não se trata, aí, dos casos já perdidos - adultos que não aprenderam o suficiente e agora não tem condições de recuperar o conhecimento perdido.Trata-se, isto sim, de fabricar crianças analfabetas, uma garantia de que nunca estarão qualificadas para a execução dos trabalhos melhor remunerados, menos primitivos e mais promissores profissionalmente. É uma agressão direta à cidadania - e uma das atitudes mais eficazes que uma sociedade poderia tomar para aumentar a concentração de renda, agravar as dificuldades e produzir pobreza.
O Brasil já tem as escolas fechadas por conta da covid – dois anos de pura perda, que não pode mais ser “reposta”. Tem professores sem capacidade para ensinar. Tem uma distribuição insana dos recursos públicos destinados à educação, com bilhões de reais desviados para um ensino superior de péssima qualidade, aparelhado por professores, políticos e funcionários, e inútil na transmissão de conhecimentos capazes de ajudar a uma sociedade moderna. Em cima disso tudo, agora, vem a corrupção. É uma situação de xeque-mate. Não há como dar certo.
Durante dois anos li e assisti importantes meios de comunicação, cientes
de sua influência junto à opinião pública,defenderem com unhas e
dentes o “Fique em casa!” e suas consequências, como o “lockdown” e o
“Para tudo!”. A economia (e a fome da população mais pobre) a gente
veria depois. O Brasil precisava estacionar para o vírus não circular.
Qualquer
contestação a essas práticas era tratada como conduta “anticiência”,
desumana, criminosa, dinheirista e genocida.
Sob tais conceitos e
determinações, idosos eram presos sentados em banco de praça.
Sumiram os
pipoqueiros, os ambulantes, as bancas de jornal, os catadores.
Despovoaram-se os canteiros de obras. Empresas foram constrangidas a
demitir. A produção caiu e o PIB despencou.
Por isso
pergunto: como ocultar a indignação, quando vejo noticiário de ontem e
jornais de hoje produzirem matérias sobre o aumento da fome a patamares
dos anos 1990 nos quais a causa é a pandemia “e as políticas dos
governos”, sem qualquer menção ao modo desumano e ineficaz com que a
pandemia foi enfrentada?
Sem explicitar a principal relação entre a
causa e seu efeito?
Sem baterem no próprio peito?
Tenho bem
presente o empenho do governo federal em prover recursos para atender as
necessidades básicas da população.
E tenho bem presente as acusações
sobre o caráter eleitoreiro de tais medidas!
Tenho bem presente os
adjetivos, as etiquetas e o peso da militância midiática que jogava
sobre o presidente da República os males do vírus, as dificuldades da
economia, o “mau exemplo” de sua presença nas ruas e a cotidiana
reprovação de seus clamores pelo retorno à normalidade das atividades
produtivas.
Com esse
jornalismo de subsolo, militante, a “mídia tradicional”, que tanto
agrado causa ao ministro Alexandre de Moraes,vê e analisa a realidade
nacional.
Eduardo Leite não ganha nem no próprio estado Aqui em Porto Alegre está todo mundo esperando para ver o que decide
agora na quinta-feira o PSDB. Porque está entre Simone Tebet, que é MDB,
e Eduardo Leite, que perdeu as prévias para João Doria.Dentro do
partido não queriam Doria, ele não decolou. Eduardo Leite está se
oferecendo para ser candidato, aliás já renunciou ao governo do Rio
Grande do Sul exatamente para isso, não renunciou por nada, nem para ser
vice de ninguém. Simone Tebet também não quer ser vice de Eduardo
Leite, então já dá para prever que o PSDB siga com Eduardo Leite como
cabeça de chapa.
Leite não vai ganhar mais votos que os outros
dois, Bolsonaro e Lula, nem no estado onde foi governador. Estou
sentindo aqui o ambiente, e é o seguinte: todo mundo sabe que ele saldou
as dívidas do estado com o dinheiro recebido do governo federal para
tratar de pandemia.
E da pandemia todo mundo se queixa que ele, assim
como outros governadores e prefeitos, o que fez foi tirar emprego e
renda, porque não teve nenhum outro efeito o tal de lockdown.
Maratona de viagens O presidente Jair Bolsonaro está indo nesta segunda-feira a Recife. Vai ver in loco os males causados pela chuva. São mais de 60 mortos e mais de mil desabrigados já. Tragédias brasileiras em todas as épocas do ano. No Rio de Janeiro, é no verão. Agora é Recife com chuvas torrenciais.
Não sei como o presidente aguenta, é a maior correria, não tem parada. Estava em Goiânia na Marcha para Jesus. Depois foi para Manaus, com aquela multidão gigantesca também na marcha. Antes disso teve Minas Gerais, também acompanhado de multidões, inclusive em Belo Horizonte.
Em Minas, no auditório da federação das indústrias, Bolsonaro levantou o braço de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, mostrando uma aliança. Depois levantou o braço de Arthur Lira (Progressistas), que ficou satisfeitíssimo, mostrando que está tudo bem entre o presidente da Câmara e o presidente da República.
Eu faço uma ressalva, porque eu perguntei ao Palácio sobre o Rodrigo Pacheco, que muitos reclamam e chamam de roda presa.
O Palácio disse que não tem queixas dele, que está encaminhando bem as questões de interesse da presidência da República.
Tríplex sorteado e o ridículo passado pelo STF Foi sorteado no sábado o tríplex do Guarujá, que a OAS deu para Lula, conforme o processo que já foi revisado duas vezes e comprovou as condenações.Foi revisado no tribunal regional e superior, que comprovou as condenações, só que o Supremo que resolveu decidir que houve um erro de CEP, que não era em Curitiba que deveriam tratar disso.
Fernando Gontijo comprou e fez um sorteio numa plataforma chamada “Pancadão”. Quem pagasse R$ 19,90 poderia participar do sorteio. Duzentos e cinquenta mil pessoas pagaram e quem ganhou foi Antônio Tarcísio. Ele ganhou o tríplex que era de Lula, e que Lula disse que não era dele e sim de um amigo, assim como o sítio de Atibaia.
O Supremo passa por um ridículo com essas coisas, mas é um assunto seríssimo, um assunto de confiança na Justiça.
Agora mesmo, vão para Algarve, em Portugal, segundo o Estadão, juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores para um evento sobre maus pagadores, débitos não pagos.Tudo de graça, pago exatamente pela entidade Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud). Os juízes que estão indo lá são responsáveis por processos de mais de R$ 8 bilhões de devedores insolventes.
Vai ser aberto pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Morte em abordagem da PRF A Polícia Rodoviária Federal abriu inquérito, vai tomar medidas, afastou os cinco policiais que causaram a morte de Genivaldo de Jesus Santos. Ele, esquizofrênico, foi abordado e reagiu com susto. Puseram gás onde ele foi preso e acabou morto.
Eu vi uma postagem do ministro Gilmar Mendes dizendo“o assassinato do homem negro Genivaldo de Jesus Santos”.
Gente, se houvesse uma petição do advogado dele, o texto seria “Genivaldo de Jesus Santos, brasileiro, casado, aposentado”. Ninguém falaria em cor de pele, Gilmar Mendes viu cor de pele. É o contrário do que diz a Constituição, em que todos são iguais sem distinção de qualquer natureza.
A
pandemia, o “Fique em casa!”, os lockdowns e o terrorismo
sanitário-financeiro na comunicação social foram grandes parceiros da
supressão de nossas liberdades nos últimos anos. Com os plenários em
silêncio, com as pessoas guardando distância e a vida em stand-by, os
vivaldinospretenderam domar a sociedade e cavalgá-la com
Só
que não.Houve uma parcela que rejeitou a sela! Refiro-me àqueles que
têm expressado seu descontentamento nas redes sociais e nas
manifestações ocorridas ao longo do período em ruas e praças do país.
Convencido de sua absoluta utilidade, estive em todas, testemunhando a
indignação comum ante os avanços de uma tirania que desdenha deveres
e limites constitucionais.
É
principalmente através das redes sociais que, todo dia, ouço a voz das
ruas. Não é raro que ali se expressem opiniões no sentido de ser tudo
inútil porque nada muda. São pessoas que colhem dos eventos um
sentimento de fracasso. Ele é estimulado pelo comportamento da CUJO (Central Única do Jornalismo Obtuso) que, em seus poderosos veículos, se
esmera em desqualificar a representatividade dessas manifestações.
No
entanto, creio poder afirmar no sentido oposto. O fato de essas
manifestações públicas haverem resistido ao tempo, ao vento, à chuva e
ao vírus é um sinal de contradição que ninguém – em sã ou em nociva
consciência – pode deixar de ponderar.Ninguém pode desconhecer a
clamorosa derrota,nesses dois territórios de liberdade, daqueles que
anseiam pela consolidação da tirania e pelo retorno dos que desejam
retornar para concluir sua obra sinistra.
Não é
difícil entender o que estaria acontecendo no país não fosse a
resistência das redes e das ruas, não fosse tão nítido o caráter ético,
cívico, civilizado, familiar e verdadeiro daquilo que expressam em
dimensão nacional. Imagine! Imagine se tudo acontecesse legitimado pelo
silêncio nacional. Imagine se estivessem caladas as vozes dos livres,
dos que desejam o bem do país e podem, pelo amor que dedicam à Pátria e
por seu patrimônio moral e espiritual, fornecer a ela a energia da
reconstrução e dizer basta ao arbítrio.
Serem tão odiadas e tentarem reprimi-las certifica de modo eloquente seu
valor.Mostra que se há um muro intransponível, percebido como tal por
tiranos e negocistas, ele está nas redes e nas ruas.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de
dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o
totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do
Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Com 25 milhões de pessoas confinadas, Xangai registra as
primeiras mortes por covid desde o início do surto
Com cerca de 25 milhões de pessoas confinadas para evitar a
transmissão de covid-19, Xangai, na China, registrou três mortes por
covid no domingo 17. Essas são as primeiras desde o surto recente de
contágio em que a cidade se encontra, de acordo com autoridades
chinesas.
Um documento emitido pelo comitê de saúde da cidade informou que as
vítimas tinham entre 89 e 91 anos de idade e não estavam vacinadas,
segundo o portal de notícias da BBC.
Sem contar essas vítimas, os registros revelam que a China teve 4,6
mil mortes por covid na pandemia, apenas sete delas em Xangai, segundo o
site Our World in Data. Os novos registros levam a cidade agora a dez mortes pela doença.
Lockdown severo em Xangai A maior cidade chinesa e mais importante centro financeiro, Xangai está em sua terceira semana de confinamento obrigatório de milhões de pessoas, o que tem causado polêmica entre os moradores.
Desde o dia 10 de março, as autoridades locais realizaram mais de 200
milhões de testes para a doença na cidade, em uma tentativa de
controlar o surto de covid.
A prefeitura estabeleceu uma meta para impedir a propagação do vírus
fora das áreas em quarentena até quarta-feira 20, o que permitirá à
cidade aliviar seu confinamento e começar a retornar à vida normal à
medida em que cresce a frustração da população com o cerco. Os moradores usaram as mídias sociais para desabafar com as
autoridades locais por dificuldades na obtenção de alimentos, perda de
renda, separação entre familiares e más condições nos centros de
quarentena. As tensões geraram alguns protestos e brigas com a polícia.
Xangai se tornou o epicentro do maior surto da Chinadesde que o
vírus foi identificado pela primeira vez, em Wuhan, no final de 2019, e
registrou mais de 320 mil infecções por covid-19 desde o início de
março, quando a onda teve início.
Ontem, Xangai registrou quase 20 mil novos casos assintomáticos e 2,5 mil sintomáticos, segundo dados oficiais.
Desde o início da
tragédia mundial da Covid, ficou claro para quem tentava pensar com
objetividade, coerência e isenção política que o “lockdown”, como se
passou a chamar as medidas de fechamento maciço da atividade social, era
a arma errada para combater a pandemia.
Não só errada: era a mais
errada de todas as possíveis.
Placa com os dizeres 'O ACT está em lockdown' em Canberra, Território da Capital Australiana (ACT), Austrália, 24 de agosto de 2021
Rapidamente, a paralisia total revelou-se o que realmente foi: uma reação de pânico e de ignorância das autoridades públicas, turbinada, também desde o começo, por uma vasta lavagem cerebral de ordem ideológica.
O “lockdown”, na tábua de mandamentos da militância da Covid, era um imperativo para “mudar a sociedade”; deveria ser criada uma “nova normalidade”, caso a humanidade quisesse sobreviver. Quem tentava argumentar, com fatos e realidades, que o fechamento radical não fazia sentido, era amaldiçoado como “negacionista” ou “genocida”.
A Covid passou, depois de deixar mais de 6 milhões de mortos em todo o mundo, cerca de 660 mil no Brasil– é o que dizem os registros de mortes atribuídas ao vírus. Sobrevive em alguns focos de resistência entre os jornalistas, funcionários públicos, etc, etc, etc, mas acabou na vida real – e vai deixando a claro, pouco a pouco, o tamanho da mentira que foi o “lockdown”.
Se ele funcionasse, por que o vírus continuou a se espalhar livremente, durante dois anos, com todas as medidas de repressão à vida em sociedade? Por que as pessoas que obedeciam o “fique em casa” continuaram a pegar Covid?
Agora, num clima mais racional, a ciência de verdade – não o charlatanismo dos ministros do STF, dos governadores e dos prefeitos, que passaram a maior parte dos últimos dois anos brincando de ditador – começa a esclarecer as coisas.
Um estudo de economistas-pesquisadores da Universidade de Chicago publicado pelo National Bureau of Economic Research do governo federal dos Estados Unidos, e citado pelo Wall Street Journal, é o mais recente demonstrativo concreto, com base em números, do desastre universal que foi o “lockdown”.
Tomando como base três critérios – mortes, educação e economia – e computando as cifras de todos os estados americanos, a pesquisa comprova que o fechamento teve efeito próximo ao zero na redução de mortes; ao mesmo tempo, foi devastador nas escolas e na performance econômica.
A pesquisa demonstra que a Flórida, estado que aplicou um mínimo de restrições durante a pandemia – seu governador, Ron de Santis, foi chamado pela mídia, o tempo todo, de “Governador Sentença de Morte” –, teve o mesmo número de mortes, proporcionalmente, que a Califórnia, onde o governo aplicou as medidas de repressão mais agressivas de todo o país.
Mas, entre os 50 estados, a Flórida ficou em terceiro lugar na relação dos que menos perderam em educação;a Califórnia ficou em último. Dos mesmos 50, a Califórnia ficou no 47º lugar entre os que tiveram o pior desempenho econômico; a Flórida ficou entre os melhores, no 13º lugar.
Resumo da ópera: a Flórida registrou um número de mortos equivalente ao da média nacional, mas protegeu muito melhor os seus cidadãos das devastações que a Covid provocou na economia e no desempenho escolar das suas crianças e jovens.
O estudo mostra outras realidades reveladoras. O Havaí,que adotou medidas extremas de “lockdown” – chegou a proibir, pura e simplesmente, o desembarque de qualquer pessoa em seu território –,ficou em primeiro lugar em número de mortos, entre os 50 estados. Na economia foi o pior de todos, com o 50º lugar, e na educação levou o 46º.
Em Nova York, o ex-governador Andrew Cuomo, que renunciou ao cargo em meio a um escândalo, foi um campeão do “fique em casa”. Seu estado teve o 48º lugar entre os 50 em termos de desempenho econômico.
No Brasil, obviamente, não haverá nenhum estudo semelhante. Aqui o STF vai continuar dando 100% de razão a qualquer autoridade que quiser prender a população dentro de casa. A mídia vai continuar considerando como heróis nacionais os governadores que receberam poderes absolutos e exclusivos – ninguém podia interferir nas suas decisões –para tratar de uma epidemia que deixou 660 mil mortos.
As classes intelectuais continuam tratando o “lockdown” como uma causa da esquerda;quem é contra é condenado como sendo “de direita”, bolsonarista e negativista. Vamos continuar, oficialmente, não sabendo nada.
Dois anos depois da primeira ordem de “ficar em casa”, precisamos prometer nunca mais paralisar a sociedade “Vocês
precisam ficar em casa.”
Dois anos atrás, em 23 de março de 2020, o
primeiro-ministro Boris Johnson deu essa orientação para o povo
britânico, introduzindo o primeiro lockdown da história do Reino Unido.
Espaço publicitário em Newport, no País de Gales, usado para avisar ao público para ficar em casa durante a pandemia (28/04/2020) | Foto: Gareth Willey/Shutterstock
O lockdown pode estar ficando para trás, graças, em parte, a outras crises internacionais mais urgentes. Mas, conforme aprendemos a “seguir em frente” em relação à covid-19, nunca mais podemos deixar que uma política tão extremada, excepcional e cruel seja vista como normal ou necessária.
Na época, o termo “sem precedentes” foi muito usado. Mas o que Johnson anunciou não era apenas sem precedentes. Semanas antes, teria sido impensável — pelo menos em uma democracia liberal do Ocidente. Não era algo que as autoridades, como um consultor científico definiu, acreditaram que “conseguiriam fazer”.Talvez um regime autoritário como a China pudesse colocar sua população em prisão domiciliar — mas com certeza isso não aconteceria na Inglaterra.
O lockdownpareceu anular muitas de nossas suposições mais básicas sobre a vida em uma democracia liberal. Durante aquele período, deixamos de ser um povo livre. Fomos proibidos de sair de casa e banidos de todas as interações sociais fora do nosso ambiente doméstico. Havia apenas uma gama estreita e limitada de exceções obrigatórias. O período entre março e maio de 2020 foi, nas palavras de um juiz da Alta Corte britânica à Comissão Mista de Direitos Humanos, “possivelmente o regime mais restritivo sobre a vida pública das pessoas e das empresas que já existiu”.
Muitas pessoas sem dúvida vão argumentar que o lockdown foi uma precaução sensata, necessária para reduzir o contato humano e a disseminação de uma doença mortal. Mas esse relato não faz jus ao clima de histeria, de apocalipse e de autoritarismo que tomou conta da nação nessa época. O Reino Unido se tornou uma distopia. E essa espiral de loucura não só foi tolerada, ela foi ativamente incentivada em todos os níveis da vida pública.
A polícia se deliciou com sua nova autoridade ao impor a ordem de que todos ficassem em casa. Tanto que muitas vezes foi muito além do que de fato era exigido pela lei — que já era a mais rígida da história britânica, não nos esqueçamos. Drones da polícia vasculharam o interior, com medo de que a população fosse fazer exercícios “não essenciais”. Oficiais inspecionaram carrinhos de compra em busca de itens “não essenciais”, como ovos de Páscoa. Alguns chegaram até a colocar tinta preta nos lagos para impedir reuniões perto dessas belas paisagens.
Nada disso tinha nenhuma justificativa legal — não estava nas regulamentações introduzidas usando o Ato de Saúde Pública (que deu efeito legal ao lockdown) nem no Ato do Coronavírus de 2020 (que concedeu poderes de deter pessoas “potencialmente contagiosas”). Na verdade, ainda que poucos tenham notado na época, o lockdown não teve início legalmente até 26 de março, três dias depois do anúncio de Boris Johnson. Mas, no Estado policial da covid-19, a palavra dos ministros do governo foi tratada pelas autoridades como indistinguível da lei.
Mesmo que você tenha ficado obedientemente em casa, os policiais do coronavírus ainda podiam ir atrás de você. Surgiram filmagens de policiais derrubando a porta de um homem só para encontrá-lo sozinho em casa assistindo à televisão. A polícia teve de se desculpar por dizer a um homem que ele estava proibido de ficar em seu próprio jardim. Estar em situação de rua também não era uma desculpa para não ficar em casa. Um morador de rua foi levado ao tribunal pelo crime de“sair de seu lugar de moradia” — “a saber, sem endereço fixo”.
Mais tarde ficou claro que a maior parte das pessoas que morreram durante a primeira onda de covid-19 pegou o vírus durante o lockdown
Você poderia ter esperado que nosso confiável sistema legal entrasse em ação a essa altura, que as Cortes fizessem pressão contra esses abusos óbvios da autoridade policial.
Mas, em abril de 2020, uma mulher foi presa, mantida sob custódia da polícia por 48 horas e depois condenada por um crime que não existe.
Em fevereiro de 2021, todo processo movido sob o Ato do Coronavírus, ao ser revisado, foi considerado ilegal.
De fato, o lockdown trouxe o pior das pessoas à tona. Muitos descobriram seu xerife interno da covid-19. Ligações para o serviço de emergência médica e policial dispararam, com vizinhos entregando vizinhos por não obedecerem às regras sobre os exercícios, ou seja, sair para mais de uma corrida por dia. Algumas forças policiais encorajaram isso ao criar portais on-line e serviços de atendimento telefônico para denúncias ligadas ao confinamento. Ao fim de abril de 2020, a polícia do Reino Unido tinha recebido 194 mil ligações sobre desobediências de lockdown.
Esse ódio descontrolado por quem não seguiu as regras significa que não houve espaço para discernimento nem compaixão. As regras de distanciamento social foram aplicadas rigorosamente em todas as circunstâncias. As pessoas foram impedidas de visitar familiares que estavam morrendo — e foram impedidas de confortar umas às outras nos funerais.
A mídia teve um grande papel nisso tudo. Além do alarmismo apocalíptico sobre o vírus, os jornalistas prepararam alegremente seus dois minutos de ódio diário contra o novo inimigo público número 1 — os chamados “covidiotas”, aqueles que foram vistos fazendo contato com outras pessoas em parques e praias, causando dano a exatamente ninguém.
De modo involuntário, o fenômeno dos covidiotas enfatizou a irracionalidade do lockdown. Tanta energia, tantos recursos, tanto ódio foram direcionados às pessoas que se reuniram em pequenos grupos ao ar livre, onde o vírus tinha dificuldade de se espalhar. E muitos desses supostos vetores de doença eram jovens, portanto, não corriam riscos graves relacionados à covid-19. Mais tarde, ficou claro que a maior parte das pessoas que morreram durante a primeira onda de covid-19 pegou o vírus durante o lockdown, e não antes ou depois. Prestamos relativamente pouca atenção aos mais vulneráveis à covid — os idosos e os doentes, em especial os que vivem em casas de repouso.
Da mesma forma que o lockdown estava trazendo o caos para a vida cotidiana, os danos de longo prazo também começaram a ficar mais evidentes.
Paralisar a sociedade mergulhou a economia na recessão mais profunda da história do capitalismo britânico. Esse transtorno não se fez sentir da mesma forma. Enquanto os mais vulneráveis da sociedade foram ainda mais mergulhados na pobreza, os mais privilegiados na verdade fizeram economias, aumentando sua riqueza e seu conforto, enquanto se adaptavam a um estilo de vida de trabalho remoto. Agora que a economia foi retomada, os efeitos do confinamento estão sendo sentidos com aumentos impressionantes no custo de vida(ainda que os governos ocidentais tenham tentado culpar a invasão da Ucrânia pela Rússia).
As mídias impressa e eletrônica se tornaram animadoras de torcida do lockdown, criticando o governo apenas por não ter agido mais rápido ou com maior rigidez
A educação foi devastada. As crianças em idade escolar perderam 1 bilhão de dias letivos combinados. E milhares de estudantes abandonaram o sistema de ensino por completo. A lacuna de aprendizado entre as escola públicas e privadas se tornou imensa.
Até mesmo a saúde foi monumentalmente prejudicada pelo primeiro lockdown e pela ordem de “ficar em casa” para “proteger o sistema público de saúde”. Pacientes não foram atendidos, e doenças não foram diagnosticadas. Sim, a covid-19 ocupou milhares de leitos de hospital, mas o número de pessoas em busca de tratamento também despencou. Não é uma surpresa que a lista de espera do NHS, o Serviço Nacional de Saúde britânico, esteja batendo recordes.
As privações de curto prazo e os danos de longo prazo estavam claros para qualquer pessoa que se desse ao trabalho de considerá-los. Mas, nos primeiros meses de confinamento, houve uma intolerância extremamente poderosa à divergência. Falar sobre os males causados pelos excessos do lockdown significava ser acusado de estar do lado da doença e da morte.
Praça vazia na frente da Catedral Duomo, em Milão, na Itália, durante o lockdown | Foto: Shutterstock
A oposição à abordagem do governo foi extremamente limitada. As mídias impressa e eletrônica se tornaram animadoras de torcida do lockdown, criticando o governo apenas por não ter agido mais rápido ou com maior rigidez. Plataformas da big tech censuraram vozes dissidentes, rotulando opiniões que contradiziam as orientações de saúde pública da Organização Mundial da Saúde como “desinformação”. O Labour Party — supostamente a “oposição oficial” do Reino Unido — apoiou todas as restrições do governo com veemência.
Por que tão poucos fizeram objeções a medidas tão extremadas? Isso não pode ser explicado pela gravidade da pandemia. Ainda que o lockdown possa ter parecido uma ruptura violenta com o “antigo normal”, ele também se aproveitou e aprofundou uma série de tendências destrutivas preexistentes. A cultura da “segurança”, a ampla difamação da liberdade e da liberdade de expressão, o aumento do Estado-babá e do autoritarismo na saúde pública, bem como a atomização da vida social já estavam claros antes da pandemia. E, mesmo enquanto as regras que nos confinaram eram canceladas, essas tendências problemáticas continuam existindo e assumindo novas formas em reação aos novos desafios.
Ainda que leve anos para entender por completo o que aconteceu nesse período excepcional e desolador das nossas vidas, dois anos depois podemos dizer com absoluta certeza: precisamos não deixar nunca mais que nos confinem.
Fraser Myers é editor assistente da Spikede apresentador do podcast da Spiked Siga-o no Twitter: @FraserMyers