Declaração coincide com prazo dado por seis países da União Europeia para que Nicolás Maduro convoque uma nova eleição presidencial
Quando questionado sobre a possibilidade de intervenção militar no país sul-americano, o presidente respondeu que “certamente, é algo que está no horizonte, é uma opção”. Trump também explicou o motivo de ter recusado a reunião diplomática com Maduro meses atrás. “Eu declinei porque já estamos muito avançados no processo”, disse.
O “processo” de que fala Trump é a deposição de Maduro da presidência da Venezuela, diante de uma onda de protestos populares e da ascensão do opositor Juan Guaidó, que se auto-proclamou presidente interino durante a crise. As próximas eleições legislativas estão programadas para o final de 2020. Desde o início das mobilizações, no dia 21 de janeiro, dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Caracas para exigir a partida de Nicolás Maduro, enquanto outra parte da população celebrava o 20º aniversário da revolução bolivariana e reafirmava o apoio ao líder socialista. Cerca de quarenta pessoas já morreram em confrontos e mais de 850 foram presas, segundo a ONU.
O chefe de Estado venezuelano voltou a propor eleições legislativas antecipadas em resposta à pressão da oposição e dos ocidentais, enquanto expira neste domingo, 3, o ultimato dado por seis países da União Europeia para convocar uma eleição presidencial. Alemanha, Espanha, França, Holanda, Portugal e Reino Unido deram a Maduro oito dias para convocar uma nova eleição presidencial, caso contrário, prometeram reconhecer Guaidó como presidente interino. Apoiado pela Rússia, China, Coreia do Norte, Turquia e Cuba, Maduro, de 56 anos, rejeitou o ultimato europeu e acusou os Estados Unidos de orquestrarem um golpe de Estado.
Agências Reuters e France-Presse