Rodrigo Constantino
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Qual o maior crime que alguém pode cometer no Brasil de hoje? Deixa eu reformular a pergunta: qual o pior "crime" que alguém pode cometer no país da juristocracia? Não é roubar, por certo. Isso pode até levar à Presidência!
Não é virar traficante de droga, pois isso pode garantir um habeas corpus supremo. O que seria esse terrível crime, então?
É ser "bolsonarista", ou seja, é ser alguém de direita, que condena o arbítrio supremo, o abuso de poder, desconfia do processo eleitoral e repudia a "volta do ladrão à cena do crime", como dizia Alckmin.
Isso pode dar censura, cadeia, contas bancárias bloqueadas, cancelamento de passaporte etc.
O Estadão, que demonizava Bolsonaro em nove de cada dez editoriais, publicou uma reportagem hoje demonstrando preocupação com o futuro da liberdade de expressão no Brasil lulista: "Gestão Lula cria órgãos contra desinformação, define ‘mentira’ e acende alerta para arbitrariedades", diz a chamada.
O jornal tucano continua: "Conceito ainda não foi definido na lei, mas AGU diz que se trata de ‘mentira voluntária’ e ataques a ‘membros dos Poderes’; especialistas veem riscos". Não diga?! Então quer dizer que termos vagos como "desinformação", "fake news" ou "discurso de ódio" permitem interpretação elástica e abuso de poder, censura, tirania? Sério?!
Será que o Estadão vai dar ouvidos, agora, aos "bolsonaristas" que apontam para esse risco faz tempo?
Durante a pandemia tivemos apenas um aquecimento do que estava por vir: em nome da "ciência", os "negacionistas" foram calados, mesmo quando eram especialistas, médicos, virologista respeitado etc. Só podia repetir o que o "consórcio" da imprensa dizia, o Estadão incluído.
A mesma mídia criou a narrativa de "atos antidemocráticos" que tem servido de instrumento para o abuso de poder, para prisões arbitrárias, busca e apreensão, conta bancária suspensa, censura etc.
A velha imprensa já chamou o ministro Alexandre de Moraes de "muralha da democracia" ou de "fiador da democracia". Agora essa turma está preocupada com excessos?
É uma piada mesmo! O Brasil já vive numa ditadura, onde prerrogativas constitucionais básicas são ignoradas se o alvo for "bolsonarista". A definição do conceito é elástica e abrangente.
Os tucanos acharam que estariam protegidos. Os petistas agora estão no poder, e vão avançar mais e mais.
Pau que bate em Francisco também dá em Chico. Tudo isso foi antecipado pelos "bolsonaristas".
A tirania em curso não teria sido possível sem o consentimento e a cumplicidade da velha imprensa. O Estadão incluído.
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES