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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

A pretensiosa e totalitária Lei Geral dos Povos - Percival Puggina

 

        Hoje de manhã, chegou-me um vídeo desses rapidinhos que têm uma infinidade de nomes. Plic-ploc ou algo assim. Nele, bailarina seminua rasga uma Bíblia em requebros supostamente eróticos. Admitamos ou não, trata-se de uma performance com intuito cultural, vale dizer, esteticamente não vale o furo de um tostão furado, mas a ação da moça opera no campo da cultura. 
A sucessão e a repetição levam à habitualidade e à tolerância. 
Ali adiante, a rejeição se desloca da ação para o vulnerável e passivo objeto da ação.

Foi longa a discussão dos intelectuais de esquerda sobre como superar a cultura e a tradição religiosa cristã do Ocidente. O caminho encontrado consistiu em abandonar a luta de classes e mobilizar os descontentes articulando os supostamente excluídos e oprimidos.

Essa estratégia invadiu a própria estrutura da Igreja mediante a Teologia da Libertação (TL). No momento em que substituíram o pobre do Evangelho pelo excluído da TL ou pelo oprimido de Paulo Freire, proporcionaram aquilo que Fidel reconheceu como o mais inestimável serviço à revolução (palavras do ditador cubano transcritas por Frei Betto, muito orgulhoso delas, em “O paraíso perdido”).

As utopias políticas são muito sedutoras. Só eu sei o quanto escrevi e falei denunciando os perigos da TL no ambiente católico e na sociedade. Ganhei inimigos. E dormi em paz. “Diversidade na pluralidade!”, diziam-me. Sim, claro, contanto que eu não falasse e não escrevesse. Quanta celeuma causei por criticar uma tal “utopia cristã”!

No entanto, se tudo fosse uma questão de sistema, Cristo teria proposto um, em vez de perder seu tempo propondo-se a si mesmo, do modo como o fez.

A política, lembremos sempre, acontece num ambiente cultural onde estão fixados os elementos simbólicos através dos quais os indivíduos, majoritariamente, respondem de modo instintivo, emocional e racional aos estímulos que sobre eles incidem. Ciente disso, a Igreja não pode ceder um milímetro em seu papel no mundo da Cultura. Que lhe tomem à força; mas que não ceda nem conceda.

Há algo profundamente corrosivo e corruptor no arcabouço cultural do globalismo, da Nova Ordem Mundial e dessa coisa totalitária que chamo Lei Geral dos Povos.  
Refiro-me à negação categórica de todo absoluto. O motivo é simples: é preciso que esse poder central cultural e político unificado seja absolutizado, negue a Deus, extirpe o fundamento das religiões e as vinculantes que exercem sobre as sociedades.

O catolicismo, ao qual caberia o papel de principal antagonista desse propósito, tornou-se o mais vulnerável porque os católicos já aceitaram o relativismo como parte de suas vidas. O católico médio, se tornou um relativista. Por isso, ouço: “Os dez mandamentos, a Lei de Deus, são do tempo de Jesus, Maria e José. Está claro que hoje não servem mais”. [aos que ousam ter tão absurdo entendimento lembramos que DEUS estabelece e o homem cumpre.

Site  Estes seis pecados ficaram “fora de moda”...

 

Saber mais:  Site Padre Paulo Ricardo]

Sempre vale lembrar as palavras de São Paulo aos Gálatas comunicando que “quando chegou a plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho, nascido de mulher e nascido, também, sob a autoridade da Lei para resgatar os subjugados pela Lei a fim de que recebêssemos a adoção de filhos”.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


domingo, 4 de setembro de 2022

Lula, o agro fascista e a palhaçada do arroz orgânico - J. R. Guzzo

Revista Oeste

É só Lula falar para ficar provado que o projeto de país que existe hoje em sua cabeça é a mais completa coleção de propostas cretinas que um candidato jamais apresentou numa disputa eleitoral

Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação
Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação

Ninguém precisa de mais nenhuma informação para saber que Lula seria o pior presidente possível para o Brasil, nas atuais e provavelmente em quaisquer circunstâncias; o pior de todos os que estão concorrendo nas eleições de outubro e pior do que ele próprio já foi, com certeza, quando ficou por lá durante oito anos. Cada dia de campanha faz com que Lula piore — é só o homem falar, sobre praticamente qualquer assunto, para ficar provado que o projeto de país que existe hoje em sua cabeça é a mais completa coleção de propostas condenadas a dar errado, ou malignas, ou simplesmente cretinas, que um candidato jamais apresentou numa disputa eleitoral pela presidência da República. É uma coisa impressionante. 

Tudo o que Lula promete fazer é contrário aos interesses da maioria, ou já foi experimentado e acabou em fracasso, ou é mentira; não sobra nada. Pior que tudo, porém, parece ser a sua paixão cada vez mais descontrolada pelo absurdo puro, simples e enfurecido. O que estaria acontecendo com ele?  
O último alvo de sua ira é o agronegócio brasileiro — e aí, por mais informação que já se tenha sobre a desgraça anunciada que são os seus planos gerais para o Brasil, vale a pena pensar mais um pouco. 
Lula acaba de dizer que o agronegócio é “fascista” e “direitista e, portanto, um inimigo a ser destruído neste país. Isso mesmo: o agro, hoje o setor de maior sucesso na economia brasileira, é “fascista”. Coloca-se, então, a pergunta básica: Lula é ainda pior do que você pensa?

Essas 12.000 toneladas não significam absolutamente nada. São, na verdade, um certificado do miserável fracasso do MST como produtor de alimentos

O candidato do PT não apenas disse isso, mas quis provar que tinha razão; apresentou, aí, fatos, números e raciocínios que achou serem coerentes, para demonstrar o papel a seu ver essencial que o MST tem para a prosperidade da agricultura brasileira. Ele sim, o MST, é o futuro do nosso campo e não os produtores rurais fascistas que transformaram o Brasil no segundo ou terceiro maior fornecedor de alimentos do mundo.  
Aconteceu, é claro, o que sempre acontece quando o sujeito diz uma estupidez e decide se exibir como quem sabe o que está falando — sobra apenas a estupidez. 
 
Em sua denúncia contra o “fascismo” do agro, que segundo ele destrói o meio ambiente e envenena a população com “agrotóxicos”, Lula disse que a solução é o MST que, ao mesmo tempo, produz alimentos, protege a natureza e cuida da saúde do povo. 
 
A prova, segundo ele, é a produção de arroz orgânico colhida pelo MST em sua última safra nas terras que invadiu: 12.000 toneladas
O ex-presidente achou que isso é um feito monumental — “uma coisa extraordinária”, nas suas exatas palavras. 
No mundo dos fatos, porém, essas 12.000 toneladas não significam absolutamente nada. São, na verdade, um certificado do miserável fracasso do MST como produtor de alimentos. É extremamente simples. 
O Brasil produziu, na mesma safra, entre 10 e 11 milhões de toneladas de arroz — ou seja, não longe de mil vezes mais. 
Que diabo você vai fazer com 12.000? Não dá para alimentar o Brasil, que consome mais de 30.000 toneladas de arroz por dia, nem por 12 horas, calculou a Gazeta do Povo. E isso: você se levanta amanhã para trabalhar e ao voltar para a cama, à noite, o país terá comido o dobro de todo o arroz orgânico que o MST produziu durante um ano inteiro.[exatamente o dobro mais metade da produção do MST = MOVIMENTO SOCIAL TERRORISTA.]
São essas as soluções de Lula para o nosso país; ele, que fala sem parar que vai salvar o Brasil “da fome”, está propondo, na prática, criar por aqui a maior fome que o mundo já conheceu desde que o faraó foi punido por Deus com as dez pragas do Egito.  
O fato é que ele não tem a menor ideia do que diz; se quisesse provar que o MST é uma calamidade na hora de alimentar o povo brasileiro, não conseguiria nada melhor do que essa história do arroz orgânico. 
A declaração sobre essa “coisa extraordinária”, muito a propósito, foi feita na “sabatina” da Rede Globo em que Lula foi homenageado com a revelação de que “não deve nada à justiça” — essa sim, uma coisa tão extraordinária que acabou saindo dali direto para o programa de propaganda eleitoral do PT. 
 
Ninguém se lembrou, naturalmente, de pedir ao candidato a menor explicação sobre o número fenomenal que havia acabado de revelar ao mundo; os apresentadores da “sabatina” ouviram o anúncio das 12.000 toneladas de arroz orgânico com a mesma cara de incompreensão opaca com que se ouve a exposição de um teorema de álgebra polinomial. 
Já os devotos mais excitados da candidatura Lula ficaram fora de si diante das primeiras observações de que o arroz orgânico de Lula é apenas mais uma explosão nuclear da sua ignorância ilimitada, pretensiosa e invasiva — e que aparentemente piora com a passagem do tempo. 
 
“É arroz orgânico, e não o arroz comercial produzido pelo agro”, exclamaram com a mesma agitação irada do candidato. “Não se pode comparar as duas coisas quando se fala em produção.” Querem comparar com o que, então? Arroz é comida, orgânico ou não orgânico; serve exatamente para a mesma finalidade — ir para a panela. O problema com o arroz do MST não é ser orgânico. É ser pouco. No mundo das realidades, a safra colossal de Lula é uma miséria — um punhadinho de grãos que não vai encher barriga de ninguém.

O Brasil, quando se vai aos fatos concretos, reduziu em 25% o total de seus incêndios e queimadas nos dois últimos anos

O agro “fascista” e o arroz orgânico do MST são a prova mais recente do Lula que existe de verdadenão o ídolo oculto da “Carta aos Brasileiros”, dos banqueiros de esquerda e do consórcio de veículos antigoverno, mas um poço de rancor contra tudo o que dá certo e que não é dele, nem do “Estado”, o deus do qual agora está falando sem parar. 
A sua agressão aos agricultores e aos pecuaristas brasileiros, na verdade, revela quem é o verdadeiro vira-lata da política brasileira — é ele mesmo, e não os que acusa o tempo inteiro de ficarem embasbacados com o julgamento do Brasil pelos estrangeiros. 
É Lula, hoje, o primeiro a ficar de joelhos e dizer “sim, meu senhor”, quando um holandês qualquer diz que a Amazônia está pegando fogo, ou que o produtor brasileiro envenena com “agrotóxicos” tudo o que produz, da soja à goiabada de tacho. 
É ele o primeiro a tomar como a santa palavra de Deus Nosso Senhor Jesus Cristo qualquer bobagem dita pelo sub-do-sub-do-sub-do-sub de qualquer organização internacional idiota que lhe passa pela frente, a qualquer hora do dia ou da noite. 
É ele o primeiro a ficar contra o Brasil, automaticamente, quando ONGs, governos, empresas, “cientistas” e desocupados estrangeiros atacam os produtores rurais do seu próprio país.

O Brasil, quando se vai aos fatos concretos, reduziu em 25% o total de seus incêndios e queimadas nos dois últimos anos; não é discurso, são dados da NASA, obtidos pelo satélite AQUA M-T e usados internacionalmente para monitorar focos de fogo. 

Quem está com problemas dramáticos, neste preciso momento, não é o Brasil. É a Europa, e especialmente a França justo a França, onde o presidente diz que a floresta brasileira “está em chamas”, e que é preciso “internacionalizar” a Amazônia

De janeiro para cá foram queimados 700.000 hectares de florestas na Europa; é o pior número desde 2006, segundo o sistema europeu de monitoramento de incêndios florestais, o EFFIS. 
Na França a destruição é a pior em quase 20 anos; calcula-se que os incêndios franceses causaram a emissão de 1 milhão de toneladas de carbono, o equivalente à poluição de quase 800.000 veículos. 
Mais: os incêndios na Europa estão causando mortes, evacuação de casas, intoxicação respiratória e problemas dentro das cidades — que ficam perto das florestas queimadas. Outra coisa: dos 280 ingredientes ativos que estão presentes nos defensivos agrícolas utilizados hoje no Brasil, a maioria é empregada também nas lavouras dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão. 
 Onde está, então, a “comida envenenada” que esses fascistas produzem? “A legislação ambiental brasileira é exemplar”, diz, enfim, o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez. Tudo isso é o contrário, exatamente, do que Lula está dizendo sobre o agronegócio brasileiro; ele e a verdade, como acontece praticamente o tempo todo, estão em lados opostos.
 
A ira de Lula contra o agronegócio não tem nada a ver com a preservação da natureza.  
Ele detesta o agro não por causa das florestas, dos índios e do mico-leão-dourado, mas porque o agro é um sucesso que transformou o Brasil em superpotência agrícola — e provou que o capitalismo, e não a “reforma agrária”, é o único sistema capaz de levar o progresso, a geração de renda e o avanço social para o campo brasileiro. 
Isso Lula não perdoa, nem admite — e por isso parte para as acusações de “fascismo” e outras alucinações.
Obviamente, ninguém à sua volta vai lhe dizer uma palavra sobre o assunto; Lula é cercado pela mais espetacular coleção de puxa-sacos jamais formada em torno de um político brasileiro, e a única reação que obtém no seu círculo íntimo é a obediência
Se mudar de conversa, ao longo da campanha, é porque ele próprio chegou à conclusão que a mudança lhe interessa. Pode ser que aconteça. Mas o que falou não pode mais ser apagado.

Leia também “É proibido escolher”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste