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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

A pretensiosa e totalitária Lei Geral dos Povos - Percival Puggina

 

        Hoje de manhã, chegou-me um vídeo desses rapidinhos que têm uma infinidade de nomes. Plic-ploc ou algo assim. Nele, bailarina seminua rasga uma Bíblia em requebros supostamente eróticos. Admitamos ou não, trata-se de uma performance com intuito cultural, vale dizer, esteticamente não vale o furo de um tostão furado, mas a ação da moça opera no campo da cultura. 
A sucessão e a repetição levam à habitualidade e à tolerância. 
Ali adiante, a rejeição se desloca da ação para o vulnerável e passivo objeto da ação.

Foi longa a discussão dos intelectuais de esquerda sobre como superar a cultura e a tradição religiosa cristã do Ocidente. O caminho encontrado consistiu em abandonar a luta de classes e mobilizar os descontentes articulando os supostamente excluídos e oprimidos.

Essa estratégia invadiu a própria estrutura da Igreja mediante a Teologia da Libertação (TL). No momento em que substituíram o pobre do Evangelho pelo excluído da TL ou pelo oprimido de Paulo Freire, proporcionaram aquilo que Fidel reconheceu como o mais inestimável serviço à revolução (palavras do ditador cubano transcritas por Frei Betto, muito orgulhoso delas, em “O paraíso perdido”).

As utopias políticas são muito sedutoras. Só eu sei o quanto escrevi e falei denunciando os perigos da TL no ambiente católico e na sociedade. Ganhei inimigos. E dormi em paz. “Diversidade na pluralidade!”, diziam-me. Sim, claro, contanto que eu não falasse e não escrevesse. Quanta celeuma causei por criticar uma tal “utopia cristã”!

No entanto, se tudo fosse uma questão de sistema, Cristo teria proposto um, em vez de perder seu tempo propondo-se a si mesmo, do modo como o fez.

A política, lembremos sempre, acontece num ambiente cultural onde estão fixados os elementos simbólicos através dos quais os indivíduos, majoritariamente, respondem de modo instintivo, emocional e racional aos estímulos que sobre eles incidem. Ciente disso, a Igreja não pode ceder um milímetro em seu papel no mundo da Cultura. Que lhe tomem à força; mas que não ceda nem conceda.

Há algo profundamente corrosivo e corruptor no arcabouço cultural do globalismo, da Nova Ordem Mundial e dessa coisa totalitária que chamo Lei Geral dos Povos.  
Refiro-me à negação categórica de todo absoluto. O motivo é simples: é preciso que esse poder central cultural e político unificado seja absolutizado, negue a Deus, extirpe o fundamento das religiões e as vinculantes que exercem sobre as sociedades.

O catolicismo, ao qual caberia o papel de principal antagonista desse propósito, tornou-se o mais vulnerável porque os católicos já aceitaram o relativismo como parte de suas vidas. O católico médio, se tornou um relativista. Por isso, ouço: “Os dez mandamentos, a Lei de Deus, são do tempo de Jesus, Maria e José. Está claro que hoje não servem mais”. [aos que ousam ter tão absurdo entendimento lembramos que DEUS estabelece e o homem cumpre.

Site  Estes seis pecados ficaram “fora de moda”...

 

Saber mais:  Site Padre Paulo Ricardo]

Sempre vale lembrar as palavras de São Paulo aos Gálatas comunicando que “quando chegou a plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho, nascido de mulher e nascido, também, sob a autoridade da Lei para resgatar os subjugados pela Lei a fim de que recebêssemos a adoção de filhos”.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Marxismo e água benta - Percival Puggina

          Quem condena a riqueza, dissemina a pobreza. Sem riqueza não há poupança e sem poupança não há investimento. 
Sem investimento, consomem-se os capitais produtivos preexistentes, surge uma economia de subsistência, vive-se da mão para a boca, aumenta o número de bocas e diminui o número de mãos. 
Quem defende o socialismo sustenta que a ideia é exatamente essa e que assim não há competição ou meritocracia, nem desigualdade 
E como diz Lula criticando a classe média, ninguém precisa de dois televisores...

Quando o Leste Europeu estava na primeira fase, consumindo os bens produtivos preexistentes, surgiu a teologia da libertação (TL), preparada pelos comunistas para seduzir os cristãos.  
A receita - uma solução instável, como diriam os químicos, de marxismo e água benta - se preserva ainda hoje. Vendeu mais livros do que Paulo Coelho. Em muitos seminários religiosos, teve mais leitores do que as Sagradas Escrituras.  
Aninhou-se, como cusco em pelego, nos gabinetes da CNBB
Perante a questão da pobreza, a TL realiza o terrível malabarismo de apresentar o problema como solução e a solução como problema. Assustador? Pois é. Deus nos proteja desse mal. Amém.       
 
A estratégia é bem simples. A TL vê o “pobre” do Evangelho, sorri para ele, deseja-lhe boa sorte, saúde, vida longa e passa a tratá-lo como “oprimido”
Alguns não percebem, mas a palavra “oprimido” designa o sujeito passivo da ação de opressão. 
O mesmo se passa quando o vocábulo empregado na metamorfose é “excluído”, sujeito passivo da exclusão. 
E fica sutilmente introduzida a assertiva de que o carente foi posto para fora porque quem está dentro não o quer por perto.  
Então ele ganha R$ 50 para ficar na esquina agitando bandeira de algum partido vermelho, por fora ou por dentro.
 
A TL proporciona a mais bem sucedida aula de marxismo em ambiente cristão. Aula matreira, que, mediante a substituição de vocábulos acima descrita, introduz a luta de classes como conteúdo evangélico, produzindo o inconfundível e insuperável fanatismo dos cristãos comunistas. 
Fé religiosa fusionada com militância política! 
Dentro da Igreja, resulta em alquimia explosiva e corrosiva; vira uma espécie de 11º mandamento temporão, dever moral perante a história e farol para a ordem econômica. 
É irrelevante o conhecimento prévio de que essa ordem econômica anula as possibilidades de superar o drama da pobreza. 
A TL substitui o amor ao pobre pelo ódio ao rico e acrescenta a essa perversão o inevitável congelamento dos potenciais produtivos das sociedades. 
 
Todos sabem que Frei Betto é um dos expoentes da teologia da libertação. Em O Paraíso Perdido (1993), ele discorre sobre suas muitas conversas com Fidel Castro. 
Numa delas, narrada à página 166, a TL era o assunto. Estavam presentes Fidel, o frei e o “comissário do povo”, D. Pedro Casaldáliga, que foi uma espécie de Pablo Neruda em São Félix do Araguaia.  
Em dado momento, o bispo versejador comentou a resistência de João Paulo II à TL dizendo: “Para a direita, é mais importante ter o Papa contra a teologia da libertação do que Fidel a favor”. E Fidel respondeu: “A teologia da libertação é mais importante que o marxismo para a revolução latino-americana”.       

Haverá maior e melhor evidência de que teologia da libertação e comunismo são a mesma coisa?

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

sexta-feira, 25 de março de 2022

As injustas demonizações da teologia da libertação e de Paulo Freire - Sérgio Alves de Oliveira

Na primeira metade dos anos 70 (setenta) tive contatos de perto  com alguns adeptos da TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, ideia nascida na América Latina após o  “Concílio Vaticano II” e  Conferência de Medellín”, em 1971, com base no princípio do Evangelho ,que preconiza  preferência pelos  pobres.  

Seu foco principal está na interpretação dos ensinamentos de Jesus Cristo  para uma libertação de injustas condições sociais ,econômicas e políticas, mediante uma “reinterpretação analítica” da fé cristã. Mas seus adversários acusam-na de vinculação ao marxismo. Mas não é verdade. Ao menos lá na ORIGEM.            

Mas hoje  é, especialmente  no Brasil, em virtude da deterioração local da Teologia da Libertação, protagonizada pelos seus líderes, que resolveram formar consórcio com a pior escória política do  pais, a  esquerda.

Cursava eu  um pós-graduação em sociologia na PUC/RS.  Esse período coincidia com o  Regime Militar instalado no país  a partir de março de 1964. Era, portanto, um “prato cheio” , inclusive para quem quisesse obter subsídios para criticar ou enfrentar o Regime Militar ,moralizador, e e mais  tantas outras qualidades.

Os tais “teólogos da libertação” eram o “chodó” do curso. Dentre eles os preferidos  eram o  teólogo/padre peruano Gustavo Gutièrrez, autor de “Teologia da Libertação”, considerado o grande impulsionador da doutrina ,e os brasileiros  Padre Leonardo Boff e Frei Betto, dentre outros. Mas a Teologia da Libertação acabou tendo  alguns revezes na Santa Sé  e foi condenada nos Pontificados de João Paulo II e Bento XVI,  pela Congregação para a Doutrina da Fé, de 1984 e 1986.

Coincidentemente ao impulso dado à Teologia da Libertação, também tinham grande sucesso  nas aéreas das ciências humanas  e sociais da PUC da época, os polêmicos livros  escritos  pelo filósofo e pedagogo brasileiro PAULO FREIRE, que na época  estava exilado no Chile.

Pelas interpretações  que fiz na época , enxerguei grande afinidade entre  as obras de Paulo Freire (“Pedagogia do Oprimido” e “Educação como Prática da Liberdade” ),e a Teologia da Libertação.  A única grande diferença “libertadora” que havia entre uma doutrina e outra é que a primeira tinha “Deus” como centro, e a segunda não, tinha como centro a potencialidade do homem em si mesmo. Mas não procedem as falsas insinuações que andam por aí que essas obras estariam dando algum incentivo ao marxismo ou a quaisquer outras teorias socialistas ou comunistas. Essas “interpretações” equivocadas foram feitas pelas esquerdas , para fins de fazer “média” e “somar forças” . E também pela direita “burra” e mal-intencionada, que considera “comunismo” qualquer tentativa de  ajudar a libertação dos pobres por intermédio dos seus próprios méritos e esforços.

Mas com o passar do tempo essas interpretações, que antes não eram verdadeiras, parcialmente  passaram a sê-lo. No caso do Brasil, por exemplo, os ideólogos da Teologia da Libertação antes citados (Leonardo Boff e Frei Betto), se ligaram a partidos políticos declaradamente de esquerda e corruptos, como é o caso do PT, apesar de ser  de uma esquerda “tosca”,”primária”,”vulgar”, de “primatas”, e de ter emprestado a sua sigla como chave  para seus membros assaltarem os cofres públicos em dimensão  nunca vista na história política do Brasil, calculando-se tenham roubado cerca de 10 trilhões de reais

Esse procedimento estaria tendo cobertura da “Teologia da Libertação” ? “Libertação” de quem ? Como poderiam “teólogos da libertação” apoiarem descaradamente ladrões que roubam uma sociedade inteira? Leonardo Boff e Frei Betto se atiraram de corpo e alma na sigla  PT, e misturaram com ela os princípios de uma “teologia da libertação” muito esquisita e interesseira. Desmoralizaram-na, em síntese.  
O PT,  como qualquer outro ladrão, tem mais a ver com o diabo do que com Deus. Que “teologia” é essa então?  Na versão brasileira, a Teologia da Libertação não ficaria mais verdadeira se chamada  “diabologia da libertação”?

Mas também vejo nessa adesão interesseira dos corruptos à Teologia da Libertação uma motivação derivada do envelhecimento dos líderes da TL, sem renovação dos seus quadros, portanto, uma espécie de “estado de necessidade”. Tanto isso é verdade que resolveram aderir de corpo e alma aos diversos encontros  do “Foro Social Mundial”, iniciado em Porto Alegre, durante a gestão do PT, prosseguindo com eventos anuais em outras partes  do mundo. Mas o “Forum Social Mundial” sempre levou de “arrasto”  a Teologia  da Libertação. Interessante,não?

Mas o que eu acho mais  engraçado em tudo isso  é que a esquerda brasileira resolveu levantar um altar para Paulo Freire. E a direita passou a demonizá-lo.  Só que  essa esquerda  não chegou a apreender que ninguém mais do que Paulo Freire  censurou com tanto rigor o ASSISTENCIALISMO, a esmola, que ele considerava a negação do ser humano, e que tem sido a base do sucesso eleitoral da esquerda e a sua principal política.                                                                                                    

E o que é a tal “bolsa família”? Porventura isso não se resumiria em “moeda de compra” de votos ?  Em “dar” o pão , e não a  “ensinar” a fazer o pão?  Essa prática antes    ocorrera  na Roma Antiga, onde os tiranos   acomodavam o povo dando-lhe só  pão e circo. E aqui o “pão e circo” se dá na versão do “bolsa família”, ”futebol” e “carnaval”. Tudo a mesma coisa.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

 


terça-feira, 9 de abril de 2019

#SanatórioGeral: Entre o manicômio e o purgatório e o Gênio da raça

[o cara enlouqueceu - quanto ao purgatório está um estágio abaixo do que o ex-frei tem se esforçado toda a vida para ter direito = o inferno.]

Frei Betto revela que tem tido visões de "mobilizações pró Lula livre em todo mundo" e escutado aplausos para o ex-presidente presidiário


“Mil condenações jamais haverão de sombrear o seu protagonismo na história do Brasil e a força de sua liderança popular. Quanto mais tentam esmagá-lo, mais você cresce. Em todo o mundo há mobilizações pró ‘Lula livre’. 

Ao proferir conferências no exterior e dedicá-las em sua homenagem, seu nome tem sido efusivamente aplaudido. A prisão é um eremitério. Lugar de reflexão e aprofundamento. Sei que você tem aproveitado para avaliar acertos e equívocos dos 13 anos de governo do PT. Os acertos são sobejamente conhecidos”.

 (Frei Betto, em carta enviada a Lula, revelando que tem tido visões de “mobilizações pró Lula livre em todo mundo”, que tem escutado aplausos efusivos ao dizer seu nome em palestras e que o protagonismo do ex-presidente presidiário tem crescido durante a temporada atrás das grades, fazendo com que os brasileiros imaginem se o ex-frade merece uma temporada num manicômio por excesso de loucura ou no purgatório por excesso de mentiras)

#SanatórioGeral: Gênio da raça

Lindbergh chega à brilhante conclusão de que o YouTube faz parte do complô internacional contra Lula formado por Moro, Bolsonaro, Palocci, a CIA e Israel

“A gente decidiu lançar esse canal ‘À Esquerda’ porque, infelizmente, no YouTube há uma hegemonia muito grande da direita. E a gente acha importante ocupar esse espaço, que é um espaço de resistência a esse governo do Bolsonaro. É um espaço de quem defende a democracia, de quem defende a liberdade do Lula“.

 (Lindbergh Farias, sem emprego conhecido desde outubro, ao explicar por que criou um canal no YouTube em parceria com Vanessa Grazziotin, chegando à brilhante conclusão de que o canal de vídeos mais democrático da internet também faz parte do complô internacional contra Lula que inclui, entre outros indivíduos e entidades, a Polícia Federal, ministros do TRF-4, o Ministério Público, Sergio Moro, Jair Bolsonaro, Antonio Palocci, a CIA e Israel)

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Uma trinca da pesada: Amante, Betto e Boff

Se Deus é brasileiro, não tem tempo para evitar que os conventos abriguem pecadores sem salvação

Leonardo Boff disfarçou-se de frade até ser defenestrado da Ordem dos Franciscanos por fazer o diabo com a doutrina católica. É mais um caso sem remédio, reafirmou a recente visita que fez a seu deus particular na cadeia em Curitiba. “Lula não é um político preso: é um preso político”, mentiu Boff ao absolver a versão brazuca do Bom Ladrão.

Carlos Alberto Libânio Christo caiu fora faz tempo da Ordem dos Dominicanos, mas usa o codinome para continuar fantasiado de frade. Depois de visitar a mesma divindade venerada por Leonardo Boff, Frei Betto jurou ter testemunhado dois milagres: Lula não sente falta de bebida e assiste diariamente à missa transmitida pela TV Aparecida.

Nesta semana, graças ao senador Roberto Requião, soube-se que os católicos brasileiros escaparam por pouco de ver em ação, em parceria com os frades ateus, uma religiosa paranaense incapaz de decorar a Ave Maria. Confiram o trecho do discurso de Requião na tribuna do Senado:
“Conheço Gleisi Hoffmann desde menina. A menina que primeiro queria ser freira para ajudar os pobres, mas que, depois, viu na militância política e na luta pela transformação da sociedade o espaço maior para a realização daqueles anseios adolescentes”.

Uma trinca formada por Amante, Betto e Boff seria a prova definitiva de que, se Deus é brasileiro, não tem tempo nem paciência para evitar que os conventos do país natal sirvam de abrigo para pecadores sem salvação.
Requião diz que Gleisi sonhava em ser freira

[E Lula, a encarnação do coisa ruim,  foi eleito por aclamação para presidir a trinca diabólica - continuaria trinta, já que Lula seria apenas uma ideia do mal encarnada - óbvio que o0 pau mandado e faz tudo, Gilberto Carvalho, o ex-seminarista de "missa negra", seria o braço direito do presidiário .]

Blog do Augusto Nunes - Veja




 

 

terça-feira, 22 de maio de 2018

Órfãos do PT aderem a manifesto pró-Boulos

Agora vai! Paulo Betti, Letícia Sabatella e Gregório Duvivier estão com Boulos! As massas estão em marcha rumo à revolução!

[os artistas  decidiram oficializar a morte política de Lula e sepultar o cadáver, já putrefato; melhor assim, poupa que outros sujem as mãos.

Só o presidiário Lula, a ré Gleisi Hoffmann - que também preside o PT e ainda é senadora - e, por conveniência, a defesa do petista condenado é que não perceberam que Lula já era, politicamente a 'jararaca' está morta, teve o corpo partido em pedaços que foram queimados.]

Texto a ser lançado hoje leva assinatura de figuras associadas ao ex-presidente Lula, como Frei Betto e Paulo Betti 

Nomes tradicionalmente associados ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva figuram em manifesto de apoio à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Presidência da República, que será lançado nesta terça (22). Entre eles, os atores Paulo Betti e Letícia Sabatella, o religioso Frei Betto e a urbanista Raquel Rolnik. O documento "Vamos com Guilherme Boulos e Sônia Guajajara" tem cerca de 500 assinaturas e será lido pelo cantora Maria Gadú. 


O escritor Gregório Duvivier, a atriz Sônia Braga e a cartunista Laerte Coutinho endossam o texto, no qual a pré-candidatura de Boulos é descrita "como arejada, construída de baixo pra cima, em aliança inédita entre partidos e movimentos sociais".  Segundo o documento, é preciso interromper a destruição de direitos. "Estamos diante de um momento que revela o esgotamento dos poderes da República. Basta ver o presidente, a elite econômica e financeira que arquiteta as contrarreformas e os golpes, a interferência seletiva do Poder Judiciário na própria disputa eleitoral. Defender direitos elementares soa como radicalismo, exigir outra política econômica e outra democracia é antissistêmico. Mas, para essa pré-candidatura, radical é a injusta realidade a que a maior parte do povo está sujeita”, diz o manifesto. 

O documento não explicita apenas o desembarque de apoiadores do PT, mas de Marina Silva (Rede). Antigos eleitores dela, como o ator Wagner Moura, a empresária Paula Lavigne e o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro estão entre os signatários.
Os atores Érico Brás, Bruno Mazzeo e Alinne Moraes também estão entre apoiadores da candidatura do coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), além do sociólogo Chico Oliveira e do poeta Ferrez.

A lista inclui ainda colaboradores na redação de programas de governo. Crítico da Lava Jato e presença em atos em defesa de Lula, o advogado Pedro Estevam Serrano terá participação na pré-campanha. Assessor especial do primeiro governo Lula, Frei Betto participará do grupo dedicado aos programas sociais. A economista Laura Carvalho —  colunista da Folha — deverá coordenar a área econômica. O manifesto conta com apoio de militantes do movimento negro, líderes religiosos e parlamentares europeus.

A secundarista Ana Júlia Ribeiro que em 2016, atraiu a atenção de Lula ao discursar em favor da ocupação de escolas no Paraná, também assina o documento. [moça de futuro; quer começar sua estúpida revolução fechando escolas.]   No mesmo ato, será lançada, na Casa do Baixo Augusta, uma plataforma para arrecadação de recursos para pré-campanha e discussão de propostas de governo. Será apresentada também uma ferramenta de mobilização, permitindo a criação de grupos.

Folha de S. Paulo  

LEIA TAMBÉM:  Deus o fez assim, diz papa a homem gay

Blog Reinaldo Azevedo


 


 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Carta de um defensor de bandidos ao general Braga Netto

Artigo: Carta ao general Braga Netto

"Não autorize seus soldados a se transformarem em assassinos fardados que, ao ingressar nas comunidades, primeiro atiram e depois interrogam"


"General, o Rio precisa de intervenção cívica, e não militar. O Estado fluminense e a prefeitura carioca estão acéfalos.

Em 10 anos de implantação das UPPs houve tempo suficiente para evitar que uma geração de crianças e jovens escapasse das garras do narcotráfico. Cometeu-se o equívoco de instalar postos policiais nas comunidades, e não escolas, cursos profissionalizantes, quadras de esportes, oficinas de dança, teatro, música e literatura.



O Exército brasileiro acumula uma história de fracassos. Promoveu um genocídio no Paraguai, e até hoje os arquivos da guerra no século XIX são mantidos secretos para não envergonharem a nossa história militar. Fez uma matança desnecessária em Canudos para evitar que os nordestinos se livrassem da tutela dos donos de engenhos.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Criticar o PT, agora, é fácil

Outros, depois de haver preparado o caminho do petismo ao poder como esfregadores de gelo no jogo de curling, e segurado a barra ao longo de 13 anos, agora se posicionam contra. Mas não mudam de lado!

Com a crise multiforme se expandindo em todas as dimensões da vida política, econômica e social, com os escândalos vindo a lume como saem os lenços, amarradinhos um ao outro, da cartola do mágico, com a crise pedindo passagem a bordoadas e deixando pelo caminho as vítimas da inflação, da recessão e do desemprego, aí, meu caro leitor, é muito fácil criticar o governo petista.

Dureza foi apontar os males do petismo quando, antes de assumir poder político real, ele era o megafone de todas as reivindicações, perante os portões das fábricas e dos palácios. Difícil era confrontá-lo quando, como grande inquisidor das condutas de seus adversários, orientava os mais candentes sermões em favor - lembram? - da moralidade e da austeridade. O petismo, então, se vestia de justiça, solidariedade, direitos humanos, superação dos desníveis sociais; e atraía multidões. Os ouvidos da CNBB, por exemplo, se encantaram para sempre. A partir de então, vá o partido para onde for, a entidade marcha ao seu lado. Até frei Betto largou o PT de mão. Mas a CNBB, não.

À luz da história, analisando partidos políticos com condutas semelhantes, era fácil perceber para onde estávamos sendo conduzidos. Ante o que acontecia no Brasil, não. Aqui, tendo em vista a fragilidade das nossas instituições e a pouca credibilidade dos partidos políticos já afeitos ao exercício do poder, era mais complicado perceber que o petismo significava o canto das sereias, atraindo a nação para os rochedos e para o naufrágio.

Em 2003, o PT chegou ao poder e em 2005, quando estourou o mensalão, tornou-se comum encontrar com leitores que me paravam na rua para afirmar que eu profetizara. Mas era bem o contrário. Bastavam as entrelinhas e o entreouvido e, principalmente, ler o passado. Aquelas ideias e aquele modo de fazer política, em toda parte, produziram o resultado que passávamos a observar por aqui. Não obstante, foram necessários outros 12 anos, um descomunal estrago, e uma crise do tamanho da que aí está, para que, finalmente, ampla maioria da população compreendesse o que já deveria estar bem sabido. [o risco é que a Dilma fique impune, consiga concluir o mandato, deixe o Brasil em frangalhos e o estrupício do Lula consiga ser reeleito. O risco é imensurável pela simples razão que tem políticos procurando formas de livrar a cara do Lula e deixar Dilma concluir o mandato. Para o Brasil ter salvação, é necessária a EXCLUSÃO POLÍTICA, TOTAL do Lula e Dilma.
Parece absurdo se pensar nisso, mas, quem escolhe o presidente da República são  brasileiros, classificados como eleitores, que na maioria não sabem votar e estão prontos a vender o voto a troca de qualquer Bolsa miséria.]

"Coxinhas! Golpistas! Lacerdinhas! Ultradireitistas! Fascistas!". É assim que argumentam, hoje, muitos defensores do governo. Xingam os que afirmam algo tão óbvio quanto que o governo acabou e que as instituições precisam resolver a encrenca. Conduta rasteira, chã, mas eu os entendo. Não há argumento que lhes lave as mãos e lhes limpe os calçados. Outros, depois de haver preparado o caminho do petismo ao poder como esfregadores de gelo no jogo de curling, e segurado a barra ao longo de 13 anos, agora se posicionam contra. Mas não mudam de lado! Para estes, o governo não serve. E a oposição tampouco. São os mais perigosos porque se alinharão, ao fim e ao cabo, com algo ainda pior do que isso que aí está.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

A farsa do PT no campo social

Editorial - O Estado de São Paulo
O Partido dos Trabalhadores (PT) tem sido motivo de profundas e amargas decepções para quem acreditou em seus propósitos iniciais. Criado há 35 anos por um grupo heterogêneo composto por acadêmicos de esquerda, líderes sindicais e católicos identificados com a Teologia da Libertação, levantou a bandeira da justiça social e da moralização da vida pública e se propôs a lutar contra "tudo o que está aí", para garantir os direitos dos trabalhadores e a inclusão na vida econômica dos miseráveis abandonados na periferia das metrópoles e nos grotões do interior. 

Depois de mais de 20 anos, ao custo de renegar fundamentos de seu ideário, conquistou o poder e ali permanece até hoje, de braços dados com as lideranças políticas mais retrógradas que antes combatia. Hoje, o PT "ou muda ou acaba", segundo anátema lançado por um de seus muitos militantes desiludidos, a senadora Marta Suplicy.

Outro contundente depoimento sobre os descaminhos do PT foi prestado por um de seus apoiadores de primeira hora, o dominicano Frei Betto, que no primeiro mandato de Lula, em 2003, coordenou a implantação do programa Fome Zero, logo substituído pelo Bolsa Família. Substituição que, aliás, motivou o afastamento voluntário de Frei Betto do governo, pelas razões que deixa claras na longa entrevista concedida à coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy, publicada no Estado de 30 de março.
Afirma o religioso dominicano que hoje se assiste ao "começo do fim" do PT. Mas, provável e compreensivelmente levado pela memória afetiva que o liga a líderes e à história do PT e "apesar de todos os pesares", Frei Betto entende que os 12 anos de governo do PT até agora "foram os melhores de nossa história republicana". O que não o impede de botar o dedo na ferida, indo diretamente à questão central que provoca sua desilusão com o partido de Lula: "O PT trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder". E isso se reflete no fato de que não se concretizou até hoje "nenhuma reforma de estrutura, nenhuma daquelas prometidas nos documentos originais do PT". E cita: "Nem a (reforma) agrária, nem a tributária, nem a política. E aí poderíamos acrescentar: nem a da educação, nem a urbana. Em suma, o que falta ao governo - e desde 2003 - é planejamento estratégico". Em outras palavras, um projeto de País.

Para Frei Betto, os governos do PT facilitaram "o acesso dos brasileiros aos bens pessoais, mas não aos bens sociais". E explica: "Se vamos em um barraco de favela, lá dentro tem TV a cores, micro-ondas, máquina de lavar" e muitos outros bens de consumo.

"Porém, essa família continua no barraco, sem saneamento, em um emprego precário, sem acesso à saúde, educação, transporte público e segurança de qualidade. O governo  facilitou o acesso dos brasileiros aos bens pessoais, mas não aos bens sociais." Essa colocação explicita o espírito das "políticas sociais" dos governos petistas, sempre de caráter pontual, feitas para atingir objetivos de curto prazo e, de preferência, eleitorais. Foi o que ocorreu com a substituição do Fome Zero pelo Bolsa Família. O primeiro, muito mais complexo e, consequentemente, preso a possibilidades de ampliação mais lentas, não se limitava a proporcionar às pessoas excluídas da vida econômica uma contribuição financeira mensal para a sobrevivência, mas oferecia um conjunto de possibilidades e impunha obrigações, de modo a criar condições para a inserção do beneficiado na atividade produtiva. É o que Frei Betto chama de programa de "caráter emancipatório". Ao contrário, o Bolsa Família, muito mais facilmente implantável e ampliável, acaba tornando seus beneficiários dependentes financeiros do poder público. Cria e alimenta, em português claro, verdadeiros currais eleitorais.
  
Essa evidência se confirma com o testemunho de outro desiludido com o PT, o jurista Hélio Bicudo, que relatou em entrevista gravada a um programa de televisão o seguinte episódio: em 2003, numa reunião de membros do governo sobre a implantação do Bolsa Família, questionado sobre os objetivos e benefícios do programa, o então ministro José Dirceu, chefe da Casa Civil, respondeu sem pestanejar: "Quarenta milhões de votos". Dá para entender por que o PT acabou se transformando numa farsa até para muitos antigos e fiéis militantes e apoiadores.