Gazeta do Povo - VOZESUm blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
O
país parou para falar da suposta agressão sofrida pelo ministro
Alexandre de Moraes e seu filho no aeroporto de Roma, na Itália. Muito
pouco se sabia sobre o caso, mas nossos "jornalistas" e autoridades já
tinham o veredicto: uma família bolsonarista agredira o ministro
verbalmente e seu filho fisicamente.
Ninguém quis ouvir o outro lado,
esperar com cautela por mais informações, aguardar os fatos e as
imagens.
De João Amoedo a Sergio Moro, de Gilmar
Mendes a Augusto Aras, todos os puxa-sacos foram bem rápidos em publicar
mensagens se solidarizando com o ministro e repudiando a agressão - da
qual não tinham qualquer prova ou contexto.
Nas redes sociais, tinha
gente pedindo a prisão da família, expondo suas fotos e alimentando a
Inquisição com desejos incontidos de linchamento em praça pública.
Na
velha imprensa, chegou-se a se falar em prisão de vários anos por
"ameaça ao Estado de Direito", isso por conta de uma confusão ainda não
esclarecida que se deu em outro país. A Polícia Federal foi acionada imediatamente, o que causa algum espanto: sua jurisdição é o Brasil. João Mauad comentou: Xingue
um ministro do Olimpo, num país estrangeiro, e seja acusado de
tentativa de abolição do estado democrático de direito. Parece piada,
mas é o que a mídia sabuja anda especulando, a sério. Em Pindorama, eu
não duvido mais de nada. Nem mesmo que o meliante super perigoso, de 70
anos, seja trancado em prisão perpétua. Basta que os poderosos assim
desejem…
Agora
a Itália vai entregar as imagens das câmeras de segurança para a PF,
mas esta, segundo a Folha, pede preservação das imagens. O Brasil
aguarda para descobrir o que realmente aconteceu, enquanto nossa mídia,
que matou o jornalismo, não liga a mínima, pois já tem o culpado e a
vítima - que precisa bajular para ser poupada de sua caneta poderosa.
Enquanto
todos discutem o caso envolvendo Alexandre de Moraes em Roma, a
confissão do seu colega Luís Roberto Barroso pode ser finalmente
esquecida. A imprensa agradece!
Barroso, sem se segurar na vaidade,
assumiu os créditos por ter derrotado Bolsonaro.
Torcedor na melhor das
hipóteses, ativista ilegal na mais provável.
É crime essa partidarização
escancarada, e Barroso é reincidente.
Várias vezes. "Perdeu, mané, não
amola!" "O Poder Judiciário virou um poder político". "Eu impedi aquela
PEC do retrocesso, do voto impresso!" "Eles queriam a volta do voto em
cédulas de papel..."
Por que falar dessas confissões
bizarras, não é mesmo?
Isso derruba toda a narrativa encampada pela
imprensa de que uma terrível ameaça fascista justificava atos mais
"ousados" do nosso STF.
O ladrão voltou à cena do crime, como diria
Alckmin, com a ajudinha do sistema, o "amor" venceu, e o Brasil está de
volta: Gedel, aquele das malas com cinquenta milhões de reais, pode
prestar consultoria em Brasília, Sergio Cabral virou influencer, a
Odebrecht pode negociar com a Petrobras e os impostos vão aumentar
muito.
As armas serão confiscadas, mas não as dos
traficantes, e sim da turma dos CACs, pois o governo vai endurecer nas
regras.
Está tudo funcionando que é uma maravilha no Brasil.
Ai de quem
ousar dizer o contrário!
A democracia foi salva, os golpistas estão
sendo punidos, e todos podem voltar à normalidade, sem Lava Jato para
encher o saco.
Empresários "bolsonaristas" se arrependem em público para
ganhar o aval do sistema, e "jornalistas" petistas já liberam a volta
do consumo de esfirras.
No
Brasil da democracia e do amor, todos serão agraciados com alguma
boquinha, desde que acendam velas aos reis.
Só não pode bater boca com
um deles, nem que seja reagindo a alguma ofensa. Isso é o único crime
que vai restar no país, além de apoiar Bolsonaro...
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta o Povo