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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Temer chega a fazer ironia com o fato de que a PF vai mudando o objeto da investigação à medida que suas hipóteses não se cumprem

O presidente Michel Temer chegou a fazer ironia, nesta quarta, com o inquérito que apura se o tal decreto dos portos beneficiou a empresa Rodrimar. Bem, essa era a acusação. Essa era a investigação. Mas já foi o tempo em que uma investigação tinha de se ater, afinal de contas, a um objeto determinado. Agora não! Como a Polícia Federal não encontrou nenhuma evidência de que a coisa aconteceu, então começou a investigar o patrimônio de Temer e de seus familiares a partir de acusação nenhuma. Em nota oficial, o presidente afirmou que a investigação “entrou no terreno da ficção policial” e que se trata de “um escândalo digno do Projac”, referindo-se aos estúdios da Globo em que se gravam as novelas.
 
É evidente que o presidente tem razão. Se o procedimento posto em prática com ele se generalizar, nunca mais um sujeito deixa de ser investigado. Mais: a acusação torna-se desnecessária. Não se vai mais investigar um fato. O que teremos serão pessoas permanentemente investigadas.  Ainda que houvesse motivos para manter o caso aberto e não há —, faria tanta diferença esperar que passem os menos de seis meses de mandato? No caso dos atos anteriores ao exercício do cargo, não há que se cumprir o que diz a Constituição.

Blog do Reinaldo Azevedo 


terça-feira, 3 de janeiro de 2017

STF determina quebra de sigilo telefônico de Gleisi Hoffmann

Um dos alvos da medida, publicitário diz a VEJA que presenciou pedido de dinheiro, na sede da Odebrecht, para a campanha da senadora

Enquanto o acordo de delação premiada da Odebrecht não é homologado pelo Supremo Tribunal Federal, a Operação Lava-Jato avança nas investigações sobre políticos que receberam propinas da empreiteira. Para apurar se a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) recebeu dinheiro sujo da construtora, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos do petrolão na Corte, a quebra do sigilo telefônico da parlamentar. O pedido foi deferido no fim do ano passado.

Conforme VEJA revelou há dois meses, Gleisi é suspeita de figurar na lista do setor de propinas da Odebrecht com o apelido “Coxa”. A ex-ministra da Casa Civil teria recebido meio milhão de reais em  dinheiro vivo durante sua campanha para o governo do Paraná em 2014. Documentos encontrados pela Polícia Federal na sede da empreiteira relacionam o codinome “Coxa” a um número de telefone e a um endereço em São Paulo onde funciona a agência Sotaque Publicidade e Propaganda. O dono da linha telefônica é Bruno Martins Gonçalves Ferreira, ex-sócio da Sotaque, empresa que era administrada pelo marqueteiro Oliveiros Domingos Marques Neto, responsável pela campanha fracassada de Gleisi em 2014.

Procurado por VEJA, Bruno Martins Gonçalves esclareceu: “Caí de gaiato nessa história. Na verdade, o meu ex-sócio, Oliveiros Domingos, que estava cuidando da campanha da Gleisi em Curitiba, me pediu um favor: levar o Leones ( Dall’agnol, ex-chefe do gabinete de Gleisi Hoffmann) do aeroporto de Congonhas até o escritório da Odebrecht, em São Paulo. Na reunião que ocorreu na empresa e que acompanhei, foram pedidos recursos para a campanha da Gleisi, e o executivo da Odebrecht disse que iria ajudar. Não me lembro de terem discutido valores”. Bruno esclareceu, em depoimento prestado à Polícia Federal, que a reunião na sede da empreiteira foi conduzida por Fernando Migliaccio da Silva, executivo da empreiteira responsável pelo gerenciamento do departamento de propinas da companhia.

A quebra de sigilo telefônico, autorizada por Teori, também se estende a Bruno Martins Gonçalves, a Leones Dall’agnol e a Fernando Migliaccio, um dos 77 delatores da Odebrecht. O objetivo dos investigadores é conferir se os suspeitos se comunicaram entre si e depois provar, a partir de dados da localização dos celulares, que eles se reuniram na sede da Odebrecht.

Homem de confiança de Gleisi, Leones Dall’agnol integrou o conselho de administração dos Correios, presidido pelo ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo, marido da senadora petista. O ex-chefe de gabinete da senadora petista teria embolsado uma propina de 600 000 reais de contratos dos Correios, segundo delação do ex-vereador do PT Alexandre Romano, conhecido como Chambinho.

Em setembro, Gleisi e Paulo Bernardo se tornaram réus na Lava-Jato após o STF aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República que os acusa de terem praticado os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com os investigadores, a senadora teria recebido 1 milhão de reais em propina da diretoria de abastecimento da Petrobras para a sua campanha eleitoral ao Senado em 2010. O casal nega as acusações.

Procurada por VEJA, a senadora Gleisi Hoffmann disse por meio de sua assessoria que desconhece as informações da investigação.

Leia também: Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann: sr. Propina e sra. Caixa Dois