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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Com o crescimento gradual e irreversível da sua candidatura a presidente da República, vão se tornar constante as acusações de cunho político contra Bolsonaro

Justiça condena Bolsonaro por ‘quilombolas não servem nem para procriar’

Deputado terá de pagar R$ 50 mil por danos morais ao Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos, decidiu juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26.ª Vara Federal, do Rio

Ministério Público Federal processou o deputado por discriminação com base em declarações feitas durante discurso no Clube Hebraica, no Rio, em abril deste ano.

A juíza Frana Elizabeth Mendes condenou o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), em ação civil pública, ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil. O Ministério Público Federal, no Rio, por meio dos procuradores da República Ana Padilha e Renato Machado, acusou Bolsonaro por danos morais coletivos a comunidades quilombolas e à população negra em geral.

Em 3 de abril, o deputado fez uma palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, na qual, segundo a Procuradoria, ‘ofendeu e depreciou a população negra e os indivíduos pertencentes às comunidades quilombolas, bem como incitou a discriminação contra esses povos’. Na ocasião, o deputado afirmou que visitou uma comunidade quilombola e “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”. Ainda citando a visita, disse também: “Não fazem nada, eu acho que nem pra procriador servem mais”.

Na ação, os procuradores da República sustentaram que Bolsonaro usou informações distorcidas, expressões injuriosas, preconceituosas e discriminatórias com o claro propósito de ofender, ridicularizar, maltratar e desumanizar as comunidades quilombolas e a população negra. O Ministério Público Federal havia pedido R$ 300 mil de danos morais.

No processo, Bolsonaro alegou que a ação se tratava de ‘demanda com flagrante cunho político’, e que suas declarações ‘são flagrantemente interpretadas de forma tendenciosa e, com um claro intuito de prejudicar sua imagem, e de toda a sua família’. O deputado afirmou ainda que havia sidoconvidado pela Hebraica RJ como Deputado Federal para expor as suas ideologias para o público em geral’ e que, nesta qualidade, ‘goza de imunidade parlamentar, sendo inviolável, civil e penalmente, por qualquer de suas opiniões palavras e votos, conforme dispõe o artigo 53 da CRFB’.

Ao condenar Bolsonaro, a juíza afirmou. “Impende ressaltar que, como parlamentar, membro do Poder Legislativo, e sendo uma pessoa de altíssimo conhecimento público em âmbito nacional, o réu tem o dever de assumir uma postura mais respeitosa com relação aos cidadãos e grupos que representa, ou seja, a todos, haja vista que suas atitudes influenciam pessoas, podendo incitar reações exageradas e prejudiciais à coletividade.”

COM A PALAVRA, JAIR BOLSONARO
A assessoria de imprensa de Jair Bolsonaro informou que o deputado ‘vai recorrer’.

[Por uma questão de elementar respeito à Constituição Federal, o deputado Jair Bolsonaro, futuro presidente da República, vai ter o seu recurso deferido e está condenação será mais uma a ir para o arquivo.] 

Fonte: O Estado de São Paulo



 

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Entidades protocolam denúncia contra Bolsonaro por racismo

Grupo quilombola faz representação contra Jair Bolsonaro por racismo

Grupo diz que deputado fez discurso "de ódio" e comparou "quilombolas com animal"

A Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a organização Terra de Direitos, que atua na área dos direitos humanos, protocolaram, nesta quinta-feira, uma representação contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na Procuradoria-Geral da República (PGR). O documento cita a prática de racismo e pede que a PGR inicie uma ação penal contra o parlamentar. 

A denúncia foi registrada depois de declarações de Bolsonaro sobre comunidades quilombolas durante uma palestra ministrada na última segunda-feira, no Clube Hebraica, no Rio. Em determinado momento durante o evento, o deputado falou: "Fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles".

Para a Conaq, a declaração de Bolsonaro "compara as pessoas de comunidades quilombolas com um animal, que tem a massa corporal medida através de arrobas". [arroba = quarta parte do quintal = 25 libras = 15 Kg.]  O documento enviado à PGR pontua que ao se manifestar publicamente desta forma, "o deputado corrobora o discurso racista de ódio, onde quilombolas não teriam lugar ou função na sociedade brasileira, sem nem mesmo terem condições de perpetuar suas famílias."

O documento apresentado pela Conaq destaca ainda a atribuição da PGR em instaurar um procedimento administrativo para apurar a conduta de Bolsonaro e, ao final, denunciá-lo criminalmente por racismo. Como Bolsonaro tem foro privilegiado, somente a Procuradoria Geral da República (PGR) pode abrir processo contra ele para o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue.


Ronaldo dos Santos, coordenador executivo da Conaq, disse que ainda não teve retorno da PGR, mas que vai lutar para ver a lei contra o racismo ser cumprida. — Nós, quilombolas do Brasil, queremos ver a lei ser cumprida independentemente do Bolsonaro ser deputado federal ou não. Além de ser parlamentar e ter foro privilegiado, ele aposta na impunidade que é generalizada no Brasil — disse.

Na quinta-feira, parlamentares do PT e do PCdoB também protocolaram uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro pedindo que o órgão apure se o deputado cometeu racismo na mesma palestra.  O convite para Bolsonaro palestrar veio do presidente do clube no Rio, Luiz Mairovitch, após o deputado ter sido vetado em evento similar no clube de São Paulo, após polêmica entre integrantes da comunidade.

MANIFESTANTES PROTESTARAM DO LADO DE FORA
Durante a palestra do deputado na segunda-feira, um grupo de cerca de 150 pessoas protestou em frente à Hebraica, em Laranjeiras, gritando palavras de ordem como: "Judeu e sionista não apoia fascista" e "quem permite torturar se esquece da shoá".


Em um dos momentos mais fortes do protesto, articulado por movimentos juvenis da comunidade judaica, uma pessoa gritou nomes de judeus mortos na ditadura, como o jornalista Vladimir Herzog e a psicóloga Iara Iavelberg, e os manifestantes respondiam: presente. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) e o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC-RJ) acompanharam o pai no evento.


Fonte: O Globo