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sábado, 26 de março de 2022

Por que Brasília “esconde”o petróleo gaúcho? - Sérgio Alves de Oliveira

Nos Estados Unidos a exploração do primeiro poço de petróleo viável” deu-se na Pensilvânia,em 1859,em terras do Coronel Edwin Drake.                                                            

Nessa mesma época, no Brasil, durante o regime do “Império”,já se sabia da existência de petróleo no subsolo pátrio. Porém a exploração propriamente dita  deu-se somente na década de 1930, coordenada pelo  Engº Agrônomo Manoel Inácio Bastos. Portanto o petróleo brasileiro “atrasou” cerca de 70 anos,relacionado ao dos Estados Unidos.

Ildefonso Simões Lopes, gaúcho de tradicional família de Pelotas, ao lado do ex--Presidente Getúlio Vargas, Monteiro Lobato e outros personagens não menos importantes,teve toda a sua história intimamente ligada ao petróleo brasileiro. Foi deputado estadual pelo Partido Republicano Rio-Grandense (1897 a 1904),deputado federal (entre 1906 e 1930),Ministro da Agricultura,Indústria e Comércio do Presidente Epitácio Pessoa,de 1919 a 1922,Presidente da Sociedade Brasileira de Agricultura,de 1926 a 1943,fundador da Confederação Rural Brasileira,em 1928, Membro do Estado-Maior  Civil Revolucionário (da revolução de Getúlo Vargas,de 1930),e Diretor  do Banco do Brasil,de 1930 a 1943. Escreveu diversos livros,entre os quais o título “O Petróleo no Brasil”.

Mas a prospecção do petróleo  e gás natural no subsolo do Brasil tem “detalhes” muito difíceis de  compreender. Desde o primeiro momento em que começaram as prospecções  e a exploração do petróleo  e gás natural brasileiros ,na década de 30 do século passado,sabia-se perfeitamente da chamada BACIA DE PELOTAS.a 200 quilômetro da costa gaúcha,com a área superficial marítima de 210 mil Km/2.maior que o território do Estado RS,localizada desde o sul de Santa Catarina até o limite do Rio Grande com o Uruguai.

Sabe-se que a “Bacia de Pelotas” é tão promissora para essa exploração quanto o é a “Bacia do Uruguai”,cujo país  recentemente promoveu uma rodada de leilões com grande sucesso  em área contígua  à “Bacia de Pelotas”,com participação de grandes operadores internacionais,como as britânicas BG e BT,e a francesa “Total”,que já assinaram os contratos.

Ildefonso Simões Lopes, profundo  conhecedor da questão do petróleo, já sabia, no início da década de 1930, quando começou a exploração do petróleo no recôncavo baiano,da existência da “Bacia de Pelotas”. Tanto sabia que escreveu em 1936 um livro com o  título O PETRÓLEO EM PELOTAS,que misteriosamente “sumiu” de todas as prateleiras e bibliotecas,inclusive a da própria Petrobrás,não deixando “rastro” de um só exemplar. Tive a cautela de tentar descobrir alguma coisa na internet. O que teria havido?  Em um dos trabalhos a que tive acesso,também “misteriosamente”, foi riscado do “mapa”a parte que se referia à “Bacia de Pelotas’ relacionada à obra de Ildefonso Simões Lopes”. Lá “pelas tantas”,percebendo-se claramente que houve algum “corte”,aparece “solto” o nome “Ildefonso” (que só poderia ser ele mesmo).

Que tem “boi nessa linha”,tem. Que tem alguma “conspiração”,também tem.

Desde a época de criação do CONSELHO NACIONAL DE PETRÓLEO,em 1938,no Governo Getúlio Vargas,posteriormente  substituído pela  “Agência Nacional de Petróleo,Gás Natural e Biocombustíveis”, em 1999,a opção preferencial pela exploração do petróleo e gás natural tem recaído exclusivamente sobre áreas terrestres a marítimas não compreendias pelo território do Rio Grande do Sul,mais especificamente da “Bacia de Pelotas”. Por que essa exclusão pela ANP? Por que assa exclusão  do SUL ,se a exploração dessas riquezas  minerais custariam menos que a do pré-sal,por serem em águas menos profundas?

Por que esse “lero-lero” das autoridades federais sobre os leilões na “Bacia de Pelotas”,que nunca se efetivam? Seria alguma “lembrança” nada animadora em relação à “Revolução Farroupilha”, de 1835? Medo em dar “combustível” para os gaúchos reativarem a sua revolução interrompida,  inexplicavelmente,  pelo “Pacto de Ponche Verde”,de 1845?

Teria algum sentido “esconder” e petróleo gaúcho da “Bacia de Pelotas” nessa época em que o petróleo e seus derivados  se tornam cada vez mais raros e caros?

Teria algum sentido o fato de Brasil ter “atrasado” a exploração do seu petróleo em 70 anos,comparado com os Estados Unidos? E o da “Bacia de Pelotas”já estar há  mais de 90 anos atrasado em relação às outras regiões do Brasil? Qual o critério para essas  opções? Econômico? Político? De “compadrio”? Discriminações regionais?

Sérgio Alves de Oliveira

Presidente do Partido da República Farroupilha-PRF (proscrito)